relações entre valores individuais, valores organizacionais e ... - Ucg
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CAPÍTULO 2<br />
VALORES HUMANOS<br />
1. Conceito de Valores<br />
Segundo Gondim (1996), o interesse pelo estudo dos <strong>valores</strong> remonta à antiguidade, na<br />
filosofia, e ressurgiu com vigor, na atualidade, em diferentes áreas do conhecimento, tais como Psicologia<br />
Social, Antropologia e Administração. Schwartz (1992), quando discute a importância dos <strong>valores</strong> em<br />
diferentes contextos, confirma a centralidade no estudo deste conceito para unificar interesses de diversas<br />
ciências preocupadas com o comportamento humano.<br />
Segundo Torres et al (2001), na década de 1950, Gordon Allport declarou que<br />
a importância que as pessoas dão a certos <strong>valores</strong>, em detrimento de outros, influencia a<br />
maneira pela qual elas percebem a realidade social. Algum tempo depois (ALLPORT,<br />
1961, p.543), esse mesmo autor afirmou que “os <strong>valores</strong> são a força que dominam a vida<br />
humana”, pois influenciam na percepção da realidade e nas atitudes. No entanto, pode-se<br />
dizer que Rokeach (1968, 1973) e seus estudos sobre a natureza dos <strong>valores</strong> humanos<br />
exerceram influência sobre as investigações posteriores.<br />
O conceito de <strong>valores</strong> para teóricos como Rokeach (1973), Schwartz (1987,<br />
1992, 1994) e Tamayo (1993, 1997), expressa interesses e desejos do tipo individual,<br />
coletivo ou misto, dentro de áreas motivacionais bem definidas.<br />
Schwartz & Ros (1995, p.93) concebem os <strong>valores</strong> culturais como “idéias<br />
abstratas compartilhadas sobre o que é bom, desejável e correto em uma sociedade ou em<br />
um grupo cultural determinado.”<br />
Para autores como Tamayo e Schwartz (1993, p.330), na psicologia o conceito<br />
de <strong>valores</strong> possui uma dimensão motivacional como definidores de “princípios