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relações entre valores individuais, valores organizacionais e ... - Ucg

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33<br />

3.1.2 Abordagem de Schein<br />

Schein (1991, p. 247) define cultura como sendo<br />

o conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou<br />

desenvolveu ao aprender como lidar com os problemas de adaptação<br />

externa e integração interna e que funcionaram bem o suficiente para<br />

serem considerados válidos e ensinados a novos membros com a forma<br />

correta de perceber, pensar e sentir em relação a esses problemas.<br />

Para Schein (1991), são os pressupostos básicos que permitem a compreensão<br />

dos <strong>valores</strong> e do comportamento aberto do grupo. São eles que determinam, em última<br />

instância, como os membros do grupo percebem, pensam e sentem.<br />

Schein (1991) desenvolveu um modelo de análise e intervenção, no qual<br />

distingue três níveis de apreensão da cultura em uma organização, que são:<br />

• Nível dos artefatos visíveis: Segundo Schein (1991, p. 252), esse nível é composto<br />

pelas “estruturas <strong>organizacionais</strong> e processos visíveis (difíceis de decifrar)”, ou seja,<br />

ele é constituído pelo ambiente da organização, arquitetura, layout, a maneira dos<br />

indivíduos se vestirem, padrões de comportamento visíveis, documentos públicos:<br />

cartas, mapas.<br />

• Valores compartilhados: De acordo com Schein (1991, p.252), esse nível compreende<br />

as “estratégias, objetivos e filosofias (justificativas fundamentadas).” Nele os <strong>valores</strong><br />

são difíceis de se observar diretamente para identificar. É recomendável que se<br />

<strong>entre</strong>viste os membros-chave de uma organização. Os <strong>valores</strong> expressam o que as<br />

pessoas reportam ser a razão de seu comportamento, o que, na maioria das vezes, são<br />

idealizações ou racionalizações.<br />

• Pressupostos básicos: Para Schein (1991, p. 252), esse nível é constituído pelas<br />

“crenças inconscientes e assumidas, hábitos de percepção, pensamento e sentimento<br />

(última fonte de <strong>valores</strong> e ação)”, ou seja, constitui-se nos pressupostos que<br />

determinam como os membros de um grupo percebem, pensam e sentem.<br />

Schein (1991) afirma que os três níveis da cultura interagem <strong>entre</strong> si e que os<br />

pressupostos básicos constituem a essência da cultura, formando em seu conjunto a cultura,<br />

enquanto os <strong>valores</strong> e artefatos seriam manifestações dessa essência. Para ele, portanto, a<br />

essência da cultura organizacional reside nas premissas subjacentes onde se originam tanto<br />

os <strong>valores</strong> quanto o comportamento dos membros do grupo, as quais referendam as

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