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relações entre valores individuais, valores organizacionais e ... - Ucg

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Mais uma vez, porém, pode-se perceber uma dinâmica contraditória quando a<br />

organização pesquisada prioriza o valor Domínio ao mesmo tempo que dá importância aos<br />

<strong>valores</strong> de Conservação e Hierarquia. Reafirma-se que essa contradição pode ser<br />

explicada pelo momento que a organização tem passado no sentido de ser privatizada.<br />

Diante de um mercado que passa a ser competitivo com as privatizações nesse setor, ela<br />

precisa garantir sua permanência e continuidade, por isso é que se dá importância aos<br />

<strong>valores</strong> do pólo Domínio.<br />

Portanto, se por um lado há uma relação de centralização de poder, gerando<br />

uma administração entravada com um alto nível de burocracia e que dificulta implantação<br />

de inovações, d<strong>entre</strong> elas o PQVT, por outro, há uma relação <strong>entre</strong> inovação de práticas e<br />

políticas administrativas que facilita a implantação de um PQVT. Essas mudanças de<br />

práticas e políticas administrativas sobre os <strong>valores</strong> <strong>organizacionais</strong> ocorrem somente<br />

quando as inovações introduzidas já estão bem estabelecidas, isto é, quando já existem<br />

garantias de que elas chegaram de fato e irão cumprir o papel a que se propuseram.<br />

È natural que um PQVT desenvolvido em organizações públicas enfrente<br />

dificuldades como um programa desta natureza, ou seja, com falhas no seu planejamento e<br />

ações inexperientes, haja vista que nas organizações públicas há predominância dos<br />

processos políticos, que muitas vezes oneram de várias formas os processos operacionais e<br />

administrativos, ou mesmo se opõem a eles.<br />

É de se esperar também que um programa desse porte, em organizações<br />

públicas, seja interrompido na mudança de gestão. Segundo Schall (1997), essa<br />

descontinuidade administrativa é um dos pontos que mais diferencia a organização pública,<br />

pois a cada gestão só se privilegia projeto que se possa concluir dentro do mandato, para<br />

ter retorno político; e também a cada gestão iniciam-se novos projetos, muitas vezes quase<br />

idênticos, reivindicando a autoria para si.<br />

Um outro aspecto preditor de um PQVT em organizações públicas é a<br />

limitação crítica e os interesses políticos dentro das mesmas que, na maioria das vezes,<br />

explica o fato dos indivíduos envolvidos diretamente na organização não tomarem decisões<br />

que induziriam uma melhoria do ambiente e da estruturação do trabalho.<br />

Torna-se relevante, neste momento, lembrar que os <strong>valores</strong> são o núcleo da<br />

cultura. A cultura de organizações públicas, portanto, pode até ser um entrave para o<br />

processo de um PQVT, mas acredita-se que, ao investir no ser humano, desvelar, conhecer

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