265 1 Sustento 1 Chances de Crescimento Satisfação 3 Esperança 3 Gratidão 2 2 Política 3 Interfere 5 Retrocesso 5 Insegurança 4 4 5 Gráfico 6: Discurso dos gestores do Programa de Qualidade de Vida no Trabalho (PQVT) da organização Interprise, ao serem perguntados: “O que você imaginava sobre a organização confirmouse ou não?” Tinha Idéia Pré- Concebida 4 3 1 3 2 2 4 1 Sim 4 Não 3 3 4 1 1 Deixou Acontecer Houve Surpresas 1 3 Conheceu Positivas Realidade Depois de Entrar na Organização Negativas No Gráfico 5, diante do núcleo induzido: “O que você imaginava sobre a organização confirmou-se ou não?”, do discurso dos trabalhadores emergiram dois núcleos de pensamentos: Sim e Não. No primeiro Sim, os trabalhadores direcionaram-se para respostas como: trabalhar para sustentar os estudos, chances de crescimento, trabalho no sentido de satisfação, esperança e gratidão. No segundo Não, os trabalhadores relataram que os <strong>valores</strong> são diferentes e, também em conseqüência disso, precisam adaptar-se, o que causa insegurança. Declararam também que a política interfere, causando um retrocesso dentro da organização e gerando insegurança.
266 No gráfico 6, diante do núcleo induzido: “O que você imaginava sobre a organização confirmou-se ou não?”, do discurso dos gestores emergiram quatro núcleos de pensamentos: Não, Deixou Acontecer, Positivas e Sim. No núcleo de pensamento Não, os gestores declararam que não tinham nenhuma idéia pré-concebida da organização, pois conheceram a realidade depois de nela entrarem. Os gestores expressam tal representatividade, por exemplo, no trecho seguinte: “Na realidade, eu não tinha nenhuma idéia na época. É, eu fui conhecer a partir do momento que eu <strong>entre</strong>i aqui, como era o trabalho de uma empresa. Mas não tinha nenhuma idéia, não tinha nenhum pensamento pré-concebido como seria.” (GS1) Em Deixou Acontecer, os gestores relataram que deixaram acontecer. Expressam tal representatividade, por exemplo, neste trecho: “[...] deixei o dia ir acontecendo, né? O dia acontecendo e faz 30 anos” (GS2) No núcleo Positivas, os gestores confirmaram suas expectativas positivas, mas, em relação às expectativas negativas, não confirmaram. No núcleo de pensamento Sim, eles manifestaram, em seus discursos, que suas expectativas se confirmaram em relação à organização, não tendo maiores surpresas. Apreende-se que no grupo G1 alguns trabalhadores confirmaram suas expectativas em relação ao trabalho na Interprise, no sentido de que teriam chances de crescimento, satisfação e, acima de tudo, de busca pela sobrevivência, conforme discutido na análise dos gráficos 3 e 4. Percebe-se que ocorre na sociedade essa representação social, bastante arraigada, de que a busca de um emprego em uma organização pública será sempre transformado em uma carreira com grandes chances de crescimento, satisfação e sustento para o resto da vida. De fato, é uma realidade que também acontece na Interprise, mas para que o trabalhador consiga todas essas vantagens, é necessário muito jogo político, muita manobra, amigos influentes e habilidades diplomáticas. Aqueles que não possuem esses diferenciais permanecem estagnados por longos períodos em suas funções, ou mesmo até à aposentadoria. Eis um trecho de <strong>entre</strong>vista que exemplifica tal situação: Concretizou, nossa! Uma empresa excelente aqui...A Interprise foi tudo pra mim. Tudo o que eu tenho hoje, ela participou, foi a Interprise que me deu. Às vezes eu vejo alguém falar mal da Interprise, eu falo: “Oh! Calma aí”. É uma empresa que...por mim...ficava aqui até mais tempo. (TS7). Segundo Carbone (2000), se fosse possível estabelecer um comportamento de sucesso ou de sobrevivência pessoal dentro do setor público, ele teria pouco a ver com atributos como empreendedorismo, capacidade de inovação, ousadia ou competência técnica. O que se valoriza no indivíduo que trabalha em organizações públicas é a sua capacidade de conciliar interesse, contornar conflitos e mostrar aquilo que não é. Já para outros trabalhadores do grupo G1, as expectativas não se confirmaram em relação a Interprise, porque os <strong>valores</strong> propagados por ela são divergentes dos <strong>valores</strong> <strong>individuais</strong> dos trabalhadores,
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