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relações entre valores individuais, valores organizacionais e ... - Ucg

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não havendo, portanto, conflito <strong>entre</strong> eles. Ou seja, Auto-realização e Hedonismo<br />

expressam compatibilidade, porque estão a serviço de um mesmo interesse e possuem<br />

metas conciliáveis. Entretanto, o que se percebe é que mesmo que esses <strong>valores</strong> sejam<br />

indicação de prioridades axiológicas <strong>individuais</strong>, torna-se difícil para os trabalhadores da<br />

Interprise admitirem que têm como orientação <strong>valores</strong> de sucesso social ou prazer, uma<br />

vez que os mesmos não são tão aceitos socialmente.<br />

Os <strong>valores</strong> Auto-direção e Tradição expressam metas motivacionais de<br />

independência de pensamento e ação; Tradição enfatiza <strong>valores</strong> de comprometimento e<br />

respeito a idéias e costumes. São <strong>valores</strong> que na estrutura circular são opostos e<br />

pertencentes a pólos diferentes, havendo, portanto, conflito <strong>entre</strong> eles. Ou seja, Autodireção<br />

e Tradição expressam incompatibilidade <strong>entre</strong> si, porque estão a serviço de<br />

interesses diferentes e possuem metas inconciliáveis. Percebe-se, por meio desses <strong>valores</strong>,<br />

que há uma relação de conflito, indicando que possivelmente uma parte dos trabalhadores<br />

encontra-se em estágio mais avançado de socialização na organização, tendo internalizado<br />

sua cultura e <strong>valores</strong>. Quanto à outra parte, possivelmente por ter menos tempo de serviço<br />

na organização, ainda enfatiza seus <strong>valores</strong> <strong>individuais</strong>.<br />

Pesquisas têm demonstrado que certos <strong>valores</strong> são especialmente importantes<br />

socialmente (por exemplo, honestidade e outros <strong>valores</strong> pró-sociais) e outros são menos<br />

importantes (por exemplo, riqueza e outros <strong>valores</strong> de poder).<br />

Pesquisa transcultural, formada por três conjuntos de amostras, realizada por<br />

Schwartz e Bardi (2001), com o objetivo de comprovar a mesma natureza na<br />

hierarquização de <strong>valores</strong>, aponta para um tipo de estrutura hierárquica de <strong>valores</strong> em que<br />

o tipo de valor Benevolência emergiu no topo da hierarquia de <strong>valores</strong> com a maior média.<br />

Em seguida, estão os <strong>valores</strong> Auto-Direção e Universalismo. Os <strong>valores</strong> Segurança,<br />

Conformidade e Auto-Realização estão localizados no meio da hierarquia, seguidos pelos<br />

<strong>valores</strong> Hedonismo, Estimulação, Tradição e Poder, que foram localizados no final da<br />

hierarquia de <strong>valores</strong>. Ao valor Poder foi atribuída menor média por ele enfatizar domínio<br />

e exploração sobre pessoas e recursos. Essa é uma comparação <strong>entre</strong> os resultados aqui<br />

encontrados e os obtidos por Schwartz e Bardi (2001).<br />

Segundo Schwartz (1994), a busca do valor Benevolência envolve<br />

comportamento aprovado pelo grupo mais íntimo do indivíduo. Nota-se que na<br />

organização Interprise existe uma união <strong>entre</strong> os grupos dos trabalhadores, uma vez que o<br />

valor Benevolência foi o que mais se sobressaiu.

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