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Missão: Autonomia e Responsabilização<br />
Como administrar as universida<strong>de</strong>s na<br />
Europa do pós-2010? É esta a incógnita<br />
que vai estar sobre a mesa entre os dias<br />
25 e 27, na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tecnologia<br />
<strong>de</strong> Wroclaw, na Polónia, on<strong>de</strong> se realiza<br />
a Conferência <strong>de</strong> Outono da Associação<br />
da Universida<strong>de</strong> Europeia. O foco estará<br />
sobre a relação entre universida<strong>de</strong>s e<br />
governos, bem como sobre as estratégias<br />
<strong>de</strong> autonomia e <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização.<br />
Campus [ciência]<br />
[29 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2007]<br />
7<br />
Breves<br />
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA<br />
Robôs capazes <strong>de</strong> ver e ouvir<br />
Animação<br />
distinguida nos<br />
Estados Unidos<br />
UA premiada<br />
em Espanha<br />
A equipa autora do projecto<br />
“Toma lá Física” do Departamento<br />
<strong>de</strong> Física da Universida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Aveiro (UA)<br />
venceu a Gran<strong>de</strong> Final do<br />
Concurso Ibérico Ciencia<br />
en Acción, na categoria <strong>de</strong><br />
Demonstrações em Física.<br />
Neste concurso, que <strong>de</strong>correu<br />
em Saragoça entre 19<br />
e 21 <strong>de</strong> Outubro, o projecto<br />
Hologramas <strong>de</strong>senhados à<br />
mão, do mesmo Departamento<br />
da UA, foi também<br />
distinguido com uma menção<br />
honrosa.<br />
Em primeiro no ranking<br />
O artigo sobre a evaporação<br />
<strong>de</strong> líquidos iónicos,<br />
publicado no ano passado<br />
na revista Nature por<br />
uma equipa internacional<br />
li<strong>de</strong>rada pelo professor<br />
Luis Paulo Rebelo do<br />
Instituto <strong>de</strong> Tecnologia<br />
Química e Biológica da<br />
Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong><br />
Lisboa é actualmente o<br />
artigo da área da química<br />
mais citado no ranking<br />
do ISI Web of Knowledge,<br />
o observatório<br />
mundial <strong>de</strong> ciência por<br />
excelência.<br />
Novo peixe <strong>de</strong>scoberto<br />
no rio Tejo<br />
Alunos <strong>de</strong> doutoramento<br />
da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências<br />
<strong>de</strong> Lisboa, juntamente<br />
com a orientadora da tese<br />
<strong>de</strong> doutoramento, <strong>de</strong>scobriram<br />
uma nova espécie<br />
<strong>de</strong> peixe no rio Tejo. Este<br />
foi baptizado <strong>de</strong> Chondrostoma<br />
olisiponensis,<br />
baseado no nome romano<br />
<strong>de</strong> Lisboa, Olisipo. A nova<br />
espécie foi apresentada<br />
na revista Zootaxa. «É<br />
uma espécie pequena,<br />
cujos exemplares têm <strong>de</strong>z<br />
centímetros, esver<strong>de</strong>ada<br />
ao longo da linha lateral e<br />
com reflexos dourados e<br />
prateados», po<strong>de</strong> ler-se no<br />
artigo.<br />
Investigadores da Faculda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Ciências e Tecnologia<br />
da Universida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Coimbra integram<br />
um projecto europeu que<br />
tem como objectivo <strong>de</strong>senvolver<br />
robôs capazes<br />
<strong>de</strong> “ver” e “ouvir”, aproximando-se,<br />
<strong>de</strong>sta forma,<br />
da percepção visual e<br />
auditiva dos seres humanos.<br />
Margarida Rolo Matos<br />
mrmatos@mundouniversitario.pt<br />
«Aperfeiçoar as capacida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> percepção visuais e<br />
auditivas <strong>de</strong> robôs para<br />
que estes tenham comportamentos<br />
idênticos aos do<br />
humano e respondam a<strong>de</strong>quadamente<br />
aos estímulos<br />
do meio ambiente» é o objectivo<br />
<strong>de</strong>ste projecto, <strong>de</strong><br />
acordo com o coor<strong>de</strong>nador<br />
da equipa <strong>de</strong> investigadores<br />
portuguesa, Hél<strong>de</strong>r<br />
Araújo, docente do Departamento<br />
<strong>de</strong> Engenharia<br />
Electrotécnica e <strong>de</strong> Computadores<br />
da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Ciências e Tecnologia da<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra.<br />
A inovação do estudo «resi<strong>de</strong><br />
na colaboração <strong>de</strong><br />
neurocientistas, que através<br />
da aplicação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />
matemáticos dos mecanismos<br />
<strong>de</strong> percepção visual<br />
e auditiva, simulam <strong>de</strong> forma<br />
simplificada a estrutura<br />
da cabeça humana, procurando,<br />
<strong>de</strong>ste modo, melhorar<br />
a forma como os robôs<br />
vêem e ouvem», explica.<br />
Quanto à estrutura dos<br />
robôs «é simples, mas a<br />
sua operação será fundamentada<br />
em sistemas artificiais<br />
(constituídos por motores,<br />
sensores, microfones<br />
e câmaras) e <strong>de</strong> computação<br />
<strong>de</strong> relativa complexida<strong>de</strong>,<br />
baseados em sistemas<br />
biológicos».<br />
POSSÍVEIS<br />
APLICAÇÕES CLÍNICAS<br />
Segundo o docente, este<br />
tipo <strong>de</strong> robôs po<strong>de</strong>rá ser<br />
utilizado em todas as tarefas<br />
que exijam mecanismos<br />
<strong>de</strong> percepção, nomeadamente<br />
em vigilância e<br />
segurança, em ambientes<br />
industriais. E, a longo prazo,<br />
se o estudo obtiver<br />
bons resultados, será possível<br />
conceber próteses<br />
avançadas para <strong>de</strong>ficientes<br />
visuais e soluções tecnológicas<br />
para um conjunto<br />
alargado <strong>de</strong> problemas da<br />
visão e audição, adianta.<br />
O trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />
pelos investigadores da<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />
(UC) envolve a integração e<br />
a coor<strong>de</strong>nação das medidas<br />
visuais e auditivas e o<br />
controlo dos dispositivos<br />
mecânicos, bem como a<br />
sua sincronização e coor<strong>de</strong>nação,<br />
<strong>de</strong> modo a gerar<br />
nos robôs o comportamento<br />
previsto.<br />
A equipa do Instituto <strong>de</strong><br />
Sistemas e Robótica da Faculda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Ciências e Tecnologia<br />
da UC integra um<br />
projecto europeu na área<br />
da robótica e dos sistemas<br />
cognitivos, <strong>de</strong>nominado<br />
Perception on Purpose. Esta<br />
investigação multidisciplinar<br />
envolve especialistas<br />
em robótica, neurocientistas<br />
e médicos <strong>de</strong> Portugal,<br />
França, Inglaterra e Alemanha<br />
e conta com um financiamento<br />
<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> dois<br />
milhões <strong>de</strong> euros.<br />
Um investigador luso<br />
conquistou o prémio Oscar<br />
Buneman <strong>de</strong> melhor<br />
visualização científica,<br />
na categoria <strong>de</strong> animação,<br />
na 20.ª conferência<br />
Internacional <strong>de</strong> Simulação<br />
Numérica, realizada<br />
em Austin, nos Estados<br />
Unidos. Ao criar uma animação<br />
sobre a expansão<br />
<strong>de</strong> um plasma no espaço,<br />
Luís Gargaté abriu<br />
caminho para gerar a<br />
protecção <strong>de</strong> satélites<br />
ou naves espaciais «através<br />
<strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong><br />
atmosfera à sua volta,<br />
uma bolha <strong>de</strong> gás que<br />
se expan<strong>de</strong> no espaço<br />
ao ser atingida por radiação<br />
solar, criando <strong>de</strong>terminadas<br />
características<br />
no campo magnético<br />
e eléctrico», como explicou.<br />
A simulação, gerada no<br />
computador mais potente<br />
para cálculo científico<br />
em Portugal, existente<br />
no Instituto Superior<br />
Técnico (IST), analisa o<br />
que se está a passar em<br />
termos físicos ao longo<br />
da evolução do sistema.<br />
A experiência já foi feita<br />
há alguns anos e actualmente<br />
é possível fazer<br />
simulações em computadores.<br />
O trabalho consiste na<br />
visualização científica<br />
dos resultados <strong>de</strong> simulações<br />
numéricas <strong>de</strong> larga<br />
escala do cometa artificial<br />
AMPTE, permitindo<br />
capturar a dinâmica observada<br />
nas experiências<br />
realizadas nesse cometa.<br />
Através <strong>de</strong>sta animação,<br />
adianta um comunicado<br />
do IST, criou-se uma nova<br />
perspectiva sobre os<br />
fenómenos da formação<br />
<strong>de</strong> cometas e da sua interacção<br />
com o vento solar,<br />
apontando novas direcções<br />
para a utilização<br />
<strong>de</strong> magnetosferas artificiais<br />
para a protecção <strong>de</strong><br />
naves espaciais. MRM