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“Honoris causa” para Eduardo Lourenço
O ensaísta Eduardo Lourenço vai ser distinguido
“honoris causa” com o título de doutor em Literaturas
e Filologias Europeias pela Universidade
de Bolonha no próximo dia 4 de Dezembro. A
atribuição do título coincidirá com a inauguração
naquela universidade da Cátedra Eduardo
Lourenço de História da Cultura Portuguesa, patrocinada
pelo Instituto Camões e que funcionará
a partir deste ano lectivo na Faculdade de
Línguas e Literaturas Estrangeiras.
Campus [inovação]
[29 de Outubro de 2007]
5
Breves
Mais universidades
de elite
A Escola Superior Técnica
de Aachen, a Universidade
Livre de Berlim e as universidades
de Freiburg, Göttingen,
Heidelberg e Constança
juntam-se ao grupo de
elite da Alemanha, anteriormente
constituído por três
instituições. Assim, cada
uma pode contar com verbas
públicas de 100
milhões de euros nos próximos
anos. A decisão foi
tomada por uma comissão
formada pela ministra da
Educação, pelos secretários
de Estado da Economia e
por representantes do sector
económico alemão.
Universidade de São
Paulo, a melhor
A Universidade de São
Paulo, Brasil, foi considerada
a melhor instituição
universitária daquele
país, no concurso Prémio
Melhor Universidade Guia
do Estudante e Banco
Real 2007, ao arrecadar
9 num total de 24 prémios,
distribuídos nas
categorias de As Melhores
por Área de Conhecimento,
Pesquisa Científica
e Sustentabilidade. As
ciências da saúde, do
bem-estar e arquitectura
foram algumas das áreas
distinguidas.
Trabalhar para a UE
Está aberta a recepção de
candidaturas para recrutamento
de um bolseiro de
investigação para colaborar
em projectos, já em
curso e a iniciar, financiados
no âmbito dos programas
quadro da Comissão
Europeia. A bolsa, em regime
de exclusividade, terá a
duração de 12 meses,
eventualmente renovável.
O bolseiro terá oportunidade
de integrar equipa dinâmica
e trabalhar por objectivos
em projectos internacionais.
INSTITUTO DE ENGENHARIA DE SISTEMAS E COMPUTADORES
Portugueses exportam tecnologia
de ponta a nível mundial
Películas finas
e biossensores são alguns
dos produtos da área
dos microssistemas
e nanotecnologia
exportados a nível
mundial pelo Instituto
de Engenharia
de Sistemas
e Computadores,
sedeado em Lisboa.
Margarida Rolo Matos
mrmatos@mundouniversitario.pt
O Instituto de Engenharia
de Sistemas e Computadores
(INESC) para lá da sua
componente de investigação
«é uma fábrica do mundo
avançadíssima». Quem
o diz é o presidente da comissão
executiva e do conselho
de directores da entidade,
José Tribolet. Focada
nas áreas de sistemas e
tecnologias de informação,
esta instituição possui um
dos únicos laboratórios do
país de microssistemas e
nanotecnologias. Neste
âmbito, os investigadores
de áreas tão diversas como
Engenharia Informática,
Electrotécnica e Materiais
desenvolvem investigações,
concebendo posteriormente
tecnologia de
ponta que é exportada para
todo o mundo.
JOSÉ TRIBOLET – PERFIL
Professor catedrático do Instituto Superior Técnico de Lisboa,
impulsionou ali a criação da licenciatura em Engenharia Informática.
Actualmente, é o presidente da comissão executiva e
do conselho de directores do INESC, instituição com grande
papel na investigação na área da informática e electrónica digital.
Licenciado em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto
Superior Técnico, esteve 10 anos nos Estados Unidos da América,
onde obteve o grau de doutor no Instituto. Nos últimos anos,
tem-se debruçado sobre uma área recente da engenharia, a
engenharia organizacional. Esta vertente tem como intuito «instrumentalizar
acções humanas na relação com as organizações,
ou seja, realidades socio-técnicas que resultam da interacção
entre pessoas e máquinas».
DIVÓRCIO ENTRE TECNO-
LOGIA E DESENVOLVI-
MENTO ECONÓMICO
No entanto, o também
professor catedrático do
Instituto Superior Técnico
põe o dedo na ferida. Portugal
apresenta «uma grande
capacidade individual, mas
falta capacidade de implementar
um desenvolvimento
sustentado num ambiente
de convergência e
cumplicidade em prol do interesse
nacional». Além disso,
diz, preocupado «há um
problema estrutural de fundo
que é o divórcio entre
ciência, tecnologia e o desenvolvimento
económico
e social do País». Para José
Tribolet, um dos exemplos
críticos «é o desajustamento
entre a arquitectura da
administração pública e as
missões e desafios que o
País tem pela frente, ou seja,
estamos perante um
problema de falta de organização
corporativa».
«O País precisa de abrir-
-se ao mundo, respirar ar
fresco e de uma mentalidade
conjunta da parte do
Governo e dos empresários».
O Instituto Nacional
de Sistemas e de Computadores,
com 27 anos, foi a
primeira associação privada
de utilidade pública, dedicada
à investigação científica
e consultoria
tecnológica em Portugal.
São associados do INESC,
o Instituto Superior Técnico,
a Portugal Telecom, a
Universidade do Porto, a
Universidade de Aveiro a
Universidade Técnica de
Lisboa, a Universidade de
Coimbra e os Correios de
Portugal.
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