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[29 de Outubro de 2007]
FESTA DO HALLOWEEN NO COLISEU EM LISBOA
A NOITE DOS MORTO
Há quem aprove o ritual, outros não lhe dão importância, despreza
canices, dizem!). A verdade é que o Halloween instalou-se na cultur
vai vestir-se de negro para a noite mais tenebrosa do ano. Querem
Halloween? Fernando Ribeiro dos Moonspell e Jel dos Kalashnikov
JEL EM ENTREVISTA
«PARA NÓS É TUDO CARNE PARA CANHÃO»
MÓNICA MOITAS
O que é que os Kalashnikov e o
Halloween têm comum?
Para nós faz imenso sentido
tocar neste dia. Embora
gostemos de tocar em sítios
onde haja guerra como no
Iraque ou no Afeganistão,
porque nestes países é
sempre dia dos mortos.
Portanto, para nós é
mais um concerto normal. Apesar
de não haver tiros nem granadas,
porque a lei portuguesa não o
permite.
E qual é a tua opinião pessoal acerca
do Halloween?
Eu faço anos no dia dos mortos!
A sério? Não acredito!
Pois é, nada é por acaso. Para ti que me conheces mal é
coincidência, para outros já não é tanto. Vai ser um prazer
celebrar o meu aniversário, na presença de tanta gente de
negro. Tantos vampiros, zombies, o próprio líder da igreja
de Satanás da República Checa [vocalista dos Root], que
vai tocar a seguir a nós e os próprios Moonspell com todo
o seu ideal negro, gótico, metálico. No backstage vou levar
com bolo, com os chapéus bicudos e cantar os
parabéns.... até no meio do mal se arranja tempo para
cantar os parabéns. É bom festejar os meus anos no meio
de todo o mal que nós somos. Não acreditamos no amor,
somos cães de guerra, mas também temos direito a
apagar as velas.
Vais participar no Zombie Walk Lisboa, que vai desde a
Praça do Comércio até ao Coliseu dos Recreios?
Eu queria participar no desfile, mas não vai haver motins,
fuzilamentos, nem tiros e isto para mim é mais Carnaval. É
bom que venham todos porque temos imagens exclusivas
dos últimos dois concertos no Iraque! Posso garantir às
pessoas grande rock´n roll, numa má onda e de total
apoio à guerra. O dinheiro do nosso merchandising é para
apoiar a Al-Qaeda e o terrorismo internacional.
Pára tudo! Disseste que o merchandising é para apoiar a
Al-Qaeda e o terrorismo internacional. E vais participar
numa festa importada dos EUA. Não há por aqui uma certa
contradição?
Nós realmente somos fiéis à guerra e os EUA é um país
que apoia a guerra em alto nível. Aliás, o inglês é a língua
da guerra, o dólar é a moeda da guerra e os EUA são
definitivamente os grandes patrocinadores da guerra. Não
temos problemas em tocar para americanos, afegãos,
iraquianos, nós somos é fiéis à guerra. Para nós é tudo
carne para canhão. Nos concertos damos sempre o
máximo. Em alguns sítios há tiros, noutros há palmas.
DIA 31 DE OUTUBRO – TODOS OS CAMINHOS VÃO DAR
Irá ser algo inovador a nível nacional no próximo
dia 31 de Outubro, nas ruas de Lisboa.
Pela primeira vez, irá realizar-se uma Zombie
Walk, isto é, um grupo de pessoas irá mascarar-se
de zombie e passear-se pelo centro
da capital, podendo qualquer pessoa participar.
Situações do género aconteceram pela primeira
vez no Canadá, na cidade de Toronto, em
2003. A adesão não foi das melhores, contando-se
apenas seis participantes. De qualquer
maneira, não fez demover a organização, que
passados três anos conseguiu a maior Zombie
Walk de sempre (e registado no livro do Guinness),
registando-se 894 zombies.
Para este ano, a Zombie Walk Lisboa está
organizada da seguinte forma: o ponto de
partida será às 18h00 na Praça do Comércio,
onde
caminhad
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