04.10.2014 Views

Quando se quer aprender, consegue-se lá chegar - Mundo ...

Quando se quer aprender, consegue-se lá chegar - Mundo ...

Quando se quer aprender, consegue-se lá chegar - Mundo ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

[ flash ]<br />

Entrar no<br />

mercado<br />

de<br />

trabalho<br />

P. 6 e 7<br />

[ play ] [ jukebox]<br />

[ passatempos ]<br />

Roland Garros<br />

2005: Powered by<br />

Smash Court Tennis.<br />

Para a tua<br />

PS2!<br />

P. 13<br />

Os K’s Choice<br />

estão em stand<br />

by. Agora ela é<br />

simplesmente<br />

Sara Bettens.<br />

P. 14<br />

De La Guarda<br />

Bilhetes para<br />

o teatro, cds<br />

e dois baptismos<br />

de surf.<br />

Vê como ganhar!<br />

QUINZENAL<br />

Próxima edição a 20 de Junho<br />

Director: Gonçalo Sousa Uva | Segunda-feira, 6 de Junho de 2005 | N.º 20 | Quinzenal | distribuição gratuita | www.mundouniversitario.pt<br />

O actor José Fidalgo<br />

«<strong>Quando</strong><br />

<strong>se</strong> <strong>quer</strong><br />

<strong>aprender</strong>,<br />

con<strong>se</strong>gue-<strong>se</strong><br />

<strong>lá</strong> <strong>chegar</strong>»<br />

P. 10 e 11<br />

PUB


2 | 6 JUNHO 2005<br />

[ notícias ]<br />

Universidades sujeitas<br />

a avaliação internacional<br />

National Geographic<br />

concede bolsas<br />

A National Geographic Portugal vai atribuir<br />

bolsas para investigação de campo<br />

e exploração, através do Global Exploration<br />

Fund Portugal. Todos os projectos<br />

propostos devem ter um vasto alcance<br />

científico, limitando-<strong>se</strong> as<br />

candidaturas às <strong>se</strong>guintes disciplinas:<br />

Antropologia, Arqueologia, Astronomia,<br />

Biologia, Botânica, Geografia, Geologia,<br />

Oceanografia, Paleontologia e Zoologia.<br />

E exige-<strong>se</strong> a apre<strong>se</strong>ntação de<br />

uma proposta de projecto oito me<strong>se</strong>s<br />

antes das datas previstas do trabalho<br />

de campo. Destinado a todos cidadãos<br />

portugue<strong>se</strong>s ou nascidos em paí<strong>se</strong>s de<br />

língua oficial portuguesa, que <strong>se</strong> encontrem<br />

a estudar ou a trabalhar em Portugal,<br />

as bolsas variam entre 5.000 e<br />

30.000 euros e devem <strong>se</strong>r usadas em<br />

despesas directas de campo, como<br />

transportes, abastecimentos, subsistência<br />

ou custos de licença.<br />

Para mais informações ligar para 21<br />

350 02 48.<br />

Painel de Ouro<br />

Curso sobre<br />

Constituição Europeia<br />

No <strong>se</strong>guimento dos últimos de<strong>se</strong>nvolvimentos<br />

relacionados com a Constituição<br />

Europeia, o Instituto de Estudos<br />

Europeus da Universidade<br />

Católica Portuguesa vai realizar, nos<br />

dias 6 e 8 de Junho e 21 e 22 de Setembro,<br />

um curso intensivo. Ministrado<br />

pelo Professor Doutor Ernâni Lopes<br />

e o Mestre Eduardo Lopes Rodrigues,<br />

a ideia é debater e esclarecer<br />

as vantagens e desvantagens que<br />

este processo trará a Portugal. Sendo<br />

a Constituição Europeia um tema<br />

de elevada importância para o país,<br />

enquanto membro da União Europeia,<br />

o curso é destinado aos quadros<br />

executivos mais interessados<br />

nas questões europeias, proporcionando<br />

um debate sobre os aspectos<br />

levantados nesta fa<strong>se</strong> da construção<br />

europeias e que passam pela Europa<br />

perante a globalização, os novos<br />

equilíbrios geopolíticos ou a partilha<br />

de soberanias.<br />

Mais informações disponíveis em<br />

www.ucp.pt/iee/<br />

O processo de avaliação internacional<br />

das instituições de ensino<br />

superior portuguesas deverá<br />

avançar já em Setembro, depois<br />

de terminadas as negociações<br />

com as organizações consultadas<br />

pelo Ministério da Ciência, Tecnologia<br />

e Ensino Superior. Em declarações<br />

ao Correio da Manhã, Mariano<br />

Gago revelou que os «os resultados<br />

deverão <strong>se</strong>r conhecidos<br />

antes do Verão de 2006, para ter<br />

con<strong>se</strong>quências a <strong>se</strong>guir». A acreditação<br />

internacional das universidades<br />

e politécnicos é um dos desafios<br />

principais do Processo de<br />

Bolonha, já que a declaração<br />

avança uma avaliação interna obrigatória<br />

das instituições de ensino<br />

e a participação dos estudantes<br />

nesta avaliação. Já em declarações<br />

ao Diário Económico, o<br />

Ministro afirmou que «o ensino<br />

superior português tem que <strong>se</strong>r<br />

reconhecido internacionalmente<br />

como um passaporte de qualidade».<br />

Animais para adopção<br />

A Faculdade de Medicina Veterinária<br />

de Lisboa (FMV) está a de<strong>se</strong>nvolver<br />

uma campanha de adopção muito<br />

especial. Os animais que durante toda<br />

a vida foram utilizados nas aulas<br />

estão agora reformados. A sua adopção<br />

assume um carácter de alguma<br />

urgência já que passaram muito tempo<br />

em canis e a <strong>se</strong>rvirem de cobaias<br />

nas aulas. A iniciativa destina-<strong>se</strong> a<br />

encontrar um local onde possam viver<br />

o resto das suas vidas com o<br />

conforto e a tranquilidade que merecem.<br />

Os animais só <strong>se</strong>rão dados a<br />

adopção a quem provar ter a competência<br />

e compreensão para os tratar.<br />

A FMV manterá um contacto muito<br />

regular (telefonemas e eventuais visitas)<br />

com os futuros donos.<br />

Norte debate ambiente<br />

Nos próximos dias 16 e 17 de Junho<br />

<strong>se</strong>rá realizado, no Fórum da Maia, o<br />

fórum Ambiente no grande Porto, integrado<br />

no projecto Futuro Sustentável,<br />

que tem como objectivo elaborar<br />

um plano estratégico de ambiente<br />

para a região. Prevê-<strong>se</strong> que a discussão<br />

aprofundada e participada sobre<br />

as estratégias a adoptar para melhorar<br />

o ambiente no grande Porto resulte<br />

num conjunto de directrizes, todas<br />

relativas às quatro áreas temáticas<br />

fundamentais <strong>se</strong>leccionadas de acordo<br />

com o processo de participação<br />

pública: água; transportes e mobilidade;<br />

formação e educação ambiental;<br />

ordenamento do território, espaços<br />

verdes e áreas naturais. A entrada é<br />

livre mas sujeita a inscrição prévia,<br />

até ao próximo dia 13.<br />

Mais informações em www.futurosustentavel.org<br />

Agenda Universitária<br />

UNIVERSIDADE DE AVEIRO<br />

até 30 Junho | Elementos Estruturais e<br />

Compositivos da Arquitectura<br />

UNIVERSIDADE DE ÉVORA<br />

7 de Junho |Himalaias: o desafio da<br />

altitude<br />

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO<br />

7 de Junho | Políticas de Comercialização de<br />

Medicamentos Genéricos<br />

UNIVERSIDADE DO PORTO<br />

8 de Junho | A Unificação da Física<br />

UNIVERSIDADE DO MINHO<br />

9 de Junho | Jovens em «cri<strong>se</strong>»: educação formal<br />

e aprendizagem informais<br />

UNIVERSIDADE DO MINHO<br />

18 de Maio | I How to write a paper for a good<br />

Economics Journal<br />

UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE<br />

HUMANIDADES E TECNOLOGIAS<br />

de 9 a 16 de Junho | Ciclo de Conferências<br />

sobre Pirataria Informática e Cinematográfica<br />

UNIVERSIDADE DE LISBOA<br />

15 de Junho | Os Homens e os In<strong>se</strong>ctos<br />

ESCOLA SUPERIOR DE<br />

EDUCAÇÃO JEAN PIAGET<br />

de 16 a 18 de Junho | II Encontro de<br />

Expressão Dramática e Artes de Espectáculo em<br />

Educação<br />

Internet para pais<br />

e educadores<br />

A Universidade Autónoma de Lisboa<br />

(UAL) já abriu inscrições para o primeiro<br />

curso de Internet em Portugal<br />

dirigido exclusivamente a pais, educadores<br />

e professores do ensino básico<br />

e <strong>se</strong>cundário. Trata-<strong>se</strong> do curso<br />

de especialização “Net Para Pais” em<br />

48h, que tem como principal objectivo<br />

apetrechar os pais de conhecimentos<br />

sobre o mundo do ciberespaço,<br />

no <strong>se</strong>ntido de evitar que os filhos<br />

estejam desprotegidos quando <strong>se</strong> encontram<br />

a navegar na Internet. Pretende-<strong>se</strong><br />

dar aos encarregados de<br />

educação os mecanismos básicos<br />

que permitam evitar surpresas desagradáveis<br />

no <strong>se</strong>io da família provocadas<br />

pela Internet, como fugas de casa,<br />

crimes de pirataria e outros. As<br />

inscrições estão abertas até dia 9 de<br />

Junho e a formação realiza-<strong>se</strong> entre<br />

14 e 15 de Julho.<br />

Mais informações em www.netparapais.com.<br />

O <strong>Mundo</strong> Universitário deve-<strong>se</strong> também ao apoio e contributo das marcas apre<strong>se</strong>ntadas no Painel de Ouro.<br />

Ficha Técnica: Título registado no I.C.S. sob o nº 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa nº 223575 | Matrícula nº 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Con<strong>se</strong>lho de Gerência: António Stilwell Zilhão; Francisco Pinto Barbosa; Gonçalo Sousa Uva | Chefe de Redacção: Raquel Louçã Silva | Colaboradores:<br />

Ana Deslandes; Andreia Arenga; Alexandre Nobre; Diogo Torgal Ferreira, Geraldes Lino, Martim d’Araújo Jorge, Miguel Aragão; Patrícia Salvador. | Projecto Gráfico: Sara del Rio | Paginação: Joana Túlio | Ilustradores: André Laranjinha, Bruno Franquet e Carlos Pontes | Sede Redacção: Estrada da Outurela nº 118 Parque Holanda<br />

Edifício Holanda 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 416 92 10 | Fax: 21 416 92 27 | Tiragem: 35 000 | Periodicidade: Quinzenal | Distribuição: Gratuita | Impressão: Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, S.A; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646−1649.


4| 6 JUNHO 2005<br />

[ poder à palavra ]<br />

Delegado do mês<br />

Delegado do mês<br />

Lembram-<strong>se</strong> que havia<br />

uma eleição para delegado<br />

do mês de Maio<br />

a decorrer? Pois é, já<br />

temos vencedor. Chama-<strong>se</strong><br />

Ricardo Lapa,<br />

estuda no Instituto<br />

Superior de Engenharia<br />

de Lisboa e é um dos delegados mais<br />

antigos e empenhados do MU. Ele põe-nos<br />

a par da adesão do jornal no ISEL e não <strong>se</strong><br />

cansa de enviar sugestões. Foi com bastante<br />

entusiasmo que reagiu à novidade de<br />

que tinha ganho um telemóvel (prémio<br />

delegado do mês mais chorudo do que o<br />

costume por <strong>se</strong> referir a Maio, altura do<br />

nosso aniversário!). "Achei um projecto aliciante<br />

e <strong>quer</strong>ia dar o meu contributo para<br />

divulgar o <strong>Mundo</strong> Universitário", é assim<br />

que justifica o interes<strong>se</strong> em assumir as funções<br />

de delegado mal teve conhecimento<br />

do jornal. Parabéns Ricardo e obrigada<br />

pela ajuda!<br />

PASSATEMPO<br />

À restante comunidade de delegados<br />

um alerta: estamos qua<strong>se</strong> todos<br />

a ir de férias, mas ainda há uma eleição<br />

de delegado do mês de Junho a<br />

fazer.<br />

Quem mostrar mais empenho ganha<br />

um baptismo de surf patrocinado<br />

pela Tagus. Empenha-te!<br />

Criativos e empreendedores do mundo académico, uni-vos!<br />

Quem dis<strong>se</strong> que na faculdade os alunos<br />

deviam limitar-<strong>se</strong> a marrar para as cadeiras?<br />

Será que <strong>se</strong>r estudante de ensino<br />

superior significa apenas estudar? Esqueçam<br />

tudo isto pois a antiga fórmula matemática<br />

"Universidade = marrar" está em<br />

desuso. Actualmente em várias instituições<br />

académicas, a criatividade de alunos e<br />

docentes vem ao de cima, interes<strong>se</strong>s paralelos<br />

aos estudos ganham mais importância<br />

e surgem núcleos e grupos de interes<strong>se</strong>s<br />

um pouco por todas as faculdades.<br />

Por exemplo, no passado dia 6 de Maio,<br />

um grupo de alunos portugue<strong>se</strong>s e alunos<br />

de Erasmus da Faculdade de Economia e<br />

Gestão da Universidade Nova de Lisboa<br />

criou um grupo sócio-religioso sobre a<br />

temática de Taizé (para quem não sabe é<br />

uma comunidade religiosa no sul de França).<br />

Este tipo de iniciativas são uma prova de<br />

que as Universidades não <strong>se</strong> devem restringir<br />

apenas aos temas de estudo de<br />

cada curso - são também um espaço para<br />

a criatividade dos estudantes e um lugar<br />

onde cada um pode expor as suas ideias e<br />

opiniões. Por outro lado, prova que as Universidades<br />

não são um mundo fechado ao<br />

exterior onde os estudantes <strong>se</strong> limitam a<br />

estudar as matérias, mas um lugar onde <strong>se</strong><br />

podem aliar várias áreas distintas e debater<br />

os mais variados temas da actualidade.<br />

Pouco a pouco, a imagem que os alunos<br />

portugue<strong>se</strong>s têm do Ensino Superior e que<br />

vigorou durante várias décadas vai esmorecendo:<br />

um pouco por todas as Universidades<br />

surgem núcleos desportivos, grupos<br />

de debates, associações culturais, entre<br />

outros. Apesar disso, há alguma resistência<br />

por parte dos alunos para aderir a estas<br />

iniciativas e dos docentes para as promover.<br />

Desta maneira a maioria dos projectos<br />

morre um ano após a sua criação e alguns<br />

deles até antes. O que fazer para não deixar<br />

estas iniciativas perecerem<br />

precocemente <strong>se</strong>m <strong>se</strong> terem<br />

de<strong>se</strong>nvolvido? A solução deve<br />

partir não só do empenho e<br />

determinação dos alunos mas<br />

também dos docentes e das<br />

associações de estudantes que<br />

devem apoiar e estimular estas<br />

iniciativas, mostrando um conceito<br />

moderno de Universidade que<br />

não <strong>se</strong> cinja apenas ao<br />

marranço.<br />

Há que vencer também o medo<br />

de existir que José Gil fala no<br />

<strong>se</strong>u livro e que tanto marca a<br />

sociedade lusitana - temos<br />

de ultrapassar o receio<br />

de expormos as nossas<br />

ideias e de nos<br />

resignarmos com<br />

uma incompetência<br />

que não existe<br />

<strong>se</strong>não nas<br />

nossas cabeças.<br />

Assim poderemos<br />

ir em frente. Para<br />

terminar faço um<br />

apelo aos estudantes<br />

universitários: criadores<br />

e empreendedores<br />

do mundo académico, uni-nos!<br />

Nuno Berberan, UNL<br />

Envia a tua opinião para poderpalavra@mundouniversitario.pt<br />

PUB


6| 6 JUNHO 2005<br />

[ flash ]<br />

Entrada no Mercado de trabalho<br />

Atirados às feras<br />

Tal como terminar o<br />

ensino <strong>se</strong>cundário e<br />

entrar na<br />

universidade,<br />

finalizar os estudos<br />

universitários e<br />

de<strong>se</strong>mbocar no<br />

mercado de trabalho<br />

pode <strong>se</strong> revelar uma<br />

tarefa bastante<br />

árdua. Procurar<br />

emprego, fazer o<br />

currículo, ir a<br />

entrevistas ou<br />

estabelecer<br />

contactos são várias<br />

das frentes que o<br />

recém licenciado tem<br />

de enfrentar. As<br />

universidades<br />

portuguesas estão<br />

atentas e podem<br />

ajudar a estender a<br />

ponte para um novo<br />

mundo. | por Diogo<br />

Torgal Ferreira<br />

António Gouveia, aluno finalista da<br />

Faculdade de Engenharia da Universidade<br />

do Porto (FEUP), não podia <strong>se</strong>r mais claro:<br />

«não tenho ideia onde vou con<strong>se</strong>guir arranjar<br />

emprego quando acabar o curso». Poderia<br />

pensar-<strong>se</strong> que este caso <strong>se</strong>ria uma<br />

excepção, mas não é. Antes pelo contrário.<br />

Como o António há milhares de recém licenciados<br />

que anualmente entram no exigente<br />

mundo profissional <strong>se</strong>m perspectivas, planos<br />

definidos ou qual<strong>quer</strong> ponto de partida.<br />

Nos tempos que correm, e ainda mais com<br />

a cri<strong>se</strong> que <strong>se</strong> vive desde há uns anos para<br />

cá em terras nacionais e europeias, a questão<br />

das saídas profissionais é cada vez mais<br />

pertinente e prova disso é a importância crescente<br />

que a questão vem assumindo nas<br />

próprias universidades portuguesas.<br />

| Porto de abrigo |<br />

Há quem lhes chame Serviço Alunos e Carreiras,<br />

outros preferem Gabinete de Estágios<br />

e Saídas Profissionais, uns ainda Unidade<br />

de In<strong>se</strong>rção na Vida Activa ou Gabinete de<br />

Apoio Profissional. A denominação varia,<br />

mas todos têm uma finalidade comum. Nos<br />

últimos anos, as universidades de Portugal<br />

tem dedicado cada vez mais esforços e atenção<br />

para o problema da saída dos <strong>se</strong>us formandos<br />

para a vida profissional. A criação<br />

de departamentos para responder às dúvidas<br />

e necessidades dos alunos universitários<br />

finalistas têm sido uma saudável constante<br />

e, em alguns casos específicos, o<br />

sucesso des<strong>se</strong>s organismos é notório. Asua<br />

utilidade e importância é inequívoca. Estamos<br />

a falar de <strong>se</strong>cções que <strong>se</strong> organizam<br />

com uma finalidade principal: ajudar mais e<br />

o melhor possível, na entrada de recém licenciados<br />

no mundo profissional da área respectiva.<br />

Analisando este tipo de departamentos<br />

nas universidades nacionais, verifica-<strong>se</strong><br />

que as suas traves mestras são:<br />

• Auxílio e acompanhamento na passagem<br />

do aluno para a vida activa;<br />

• Apoio pedagógico no que diz respeito às<br />

técnicas de procura de emprego (currículos,<br />

entrevistas, etc);<br />

• Promoção e fomento de um maior autoconhecimento<br />

por parte do aluno: expectativas,<br />

objectivos, novas competências de cariz<br />

relacional e motivacional, factores individuais,<br />

etc.<br />

Tomando como ponto de partida estes três<br />

pilares de actuação, os departamentos de<br />

que falamos de<strong>se</strong>nvolvem uma série de iniciativas<br />

(ver caixa 1) que ajudam os finalistas<br />

a con<strong>se</strong>guir uma entrada no mundo profissional<br />

com o maior sucesso possível.<br />

Do lado dos alunos as opiniões variam. O<br />

futuro engenheiro António adianta: «só agora<br />

estou a tomar o primeiro contacto com a vida<br />

de trabalhador através do estágio que estou<br />

a realizar, mas de qual<strong>quer</strong> maneira já estou<br />

inscrito no departamento da minha universidade<br />

para me acon<strong>se</strong>lhar sobre a melhor<br />

forma de entrar no mercado de trabalho».<br />

Além do gabinete de apoio, explica que «no<br />

site da faculdade existe uma bolsa de emprego<br />

de empresas que pretendem <strong>se</strong>leccionar<br />

candidatos da FEUP de um determinado<br />

curso e colocam os <strong>se</strong>us anúncios». Patrícia<br />

Salvador, finalista de Ciências da Comunicação<br />

na Universidade Nova de Lisboa,<br />

Modus Operandi<br />

Aqui ficam algumas das formas atravØs das quais <strong>se</strong> de<strong>se</strong>nvolve a actividade dos<br />

gabinetes de apoio aos alunos nas Æreas do emprego e carreiras:<br />

Elabora ªo, manuten ªo, sistematiza ªo e divulga ªo de uma ba<strong>se</strong> de dados<br />

com ofertas de emprego, concursos pœblicos e estÆgios;<br />

Estabelecimento de um contacto permanente entre a universidade e entidades<br />

empregadoras;<br />

Elabora ªo de protocolos com entidades empregadoras tendo em vista a cria ªo<br />

de oportunidades laborais;<br />

Cria ªo de programas de estÆgio curriculares ou profissionais;<br />

Promo ªo de programas de bolsas de emprego ou part-time;<br />

Dinamiza ªo de testes psicotØcnicos e psicol gicos;<br />

Dinamiza ªo de conferŒncias, <strong>se</strong>minÆrios ou cursos pedag gicos tendo em vista<br />

a entrada dos alunos na vida activa;<br />

Utiliza ªo de suportes de informa ªo como sites na internet ou linhas telef nicas<br />

abertas.


6 JUNHO 2005<br />

| 7<br />

[ flash ]<br />

Manual de<br />

instruções<br />

Curriculum Vitae<br />

1. Escrito a computador;<br />

2. Adaptar o documento a quem Ø dirigido,<br />

devidamente datado e assinado;<br />

3. Escrever de modo sintØtico<br />

4. Apenas colocar as informa ıes relevantes;<br />

5. Dividir por partes:<br />

Dados pessoais;<br />

Habilita ıes literÆrias;<br />

Forma ªo complementar;<br />

ExperiŒncia profissional;<br />

Outros conhecimentos.<br />

(Para consulta do modelo europeu de<br />

curriculum vitae:<br />

http://europa.eu.int/comm/dgs/internal_m<br />

arket/docs/calls/2003-07/eu-cv_pt.doc)<br />

Carta de apre<strong>se</strong>ntação<br />

1. Escrito em pr pria mªo;<br />

2. Dirigir o documento a remetente definido<br />

(normalmente Exmo. Dir.K);<br />

3. Escrever por palavras pr prias e utilizar<br />

um tom formal;<br />

4. Demonstrar conhecimento da empresa<br />

para a qual <strong>se</strong> dirige a candidatura.<br />

não <strong>se</strong> mostra tão entusiasmada com a correspondente<br />

unidade na sua faculdade. «Eu<br />

inscrevi-me, dando todos os meus dados,<br />

mas ainda não percebo bem como aquilo<br />

funciona e acho que não trabalha de forma<br />

muito eficaz, porque só há uma pessoa no<br />

gabinete e não há muita informação». Continuando<br />

o desabafo Patrícia diz-nos que «há<br />

mails que os meus colegas recebem e eu<br />

não, uma lacuna que de vez em quando<br />

acontece com várias pessoas. Parece que<br />

<strong>se</strong> perdem contactos pelo caminho». Apesar<br />

deste cepticismo, concede que «de qual<strong>quer</strong><br />

forma, [os gabinetes] são úteis na divulgação<br />

de empregos, estágios e formações, porque<br />

funcionam como elo de ligação entre as<br />

empresas e os alunos da faculdade».<br />

Por sua vez, José Maria Bouza Serrano,<br />

aluno finalista de Economia da Universidade<br />

Nova de Lisboa, já retirou alguns frutos<br />

do Gabinete de Apoio Profissional (GAP) da<br />

sua faculdade. «Foi através do GAPque con<strong>se</strong>gui<br />

entrar em contacto com dois bancos»<br />

diz. O aluno de economia não poupa elogios<br />

ao departamento: «é muito útil porque uma<br />

vez que estou inscrito, recebo com frequência<br />

propostas de empresas por e-mail. É bom<br />

para saber que tipo de ofertas existem. Ao<br />

mesmo tempo <strong>se</strong>i quando é que uma empresa<br />

vai realizar uma apre<strong>se</strong>ntação na minha<br />

faculdade».<br />

| Preparai-vos! |<br />

Sinal e prova da crescente preocupação<br />

dos estabelecimentos de ensino superior<br />

nacionais e das próprias entidades empregadoras<br />

em relação a esta temática, são iniciativas<br />

como a que decorreu recentemente<br />

no Instituto Superior de Engenharia de<br />

Lisboa (ISEL). Numa acção de <strong>se</strong>nsibilização<br />

conjunta, promovida pela <strong>se</strong>guradora<br />

Mondial Assistence Portugal (MAP) em parceria<br />

com o próprio ISEL, apre<strong>se</strong>ntou-<strong>se</strong><br />

aos alunos finalistas as linhas gerais e procedimentos<br />

a <strong>se</strong>guir na procura do primeiro<br />

emprego. Com a participação de profissionais<br />

no ramo de recursos humanos, psicologia<br />

e gestão, durante a apre<strong>se</strong>ntação<br />

deu-<strong>se</strong> aos interessados uma série de<br />

informações fundamentais na demanda da<br />

primeira oportunidade profissional. Coisas<br />

tão importantes como o modo de elaboração<br />

de um curriculum vitae ou de uma carta<br />

de apre<strong>se</strong>ntação, como encarar uma bateria<br />

de testes psicotécnicos ou psicológicos,<br />

que postura adoptar numa entrevista de<br />

emprego ou os principais direitos e deveres<br />

relacionados com o primeiro contrato laboral<br />

foram temas focados, num anfiteatro<br />

bem composto de atentos qua<strong>se</strong> engenheiros.<br />

Re<strong>se</strong>rvado um último espaço para<br />

a colocação de dúvidas por parte dos alunos,<br />

ficou as<strong>se</strong>gurada a resposta a muitas<br />

perguntas que cada um pudes<strong>se</strong> ter.<br />

Através deste tipo de acções é possível<br />

mentalizar e preparar o finalista para o que<br />

o espera <strong>lá</strong> fora. Tendo em conta o mundo<br />

laboral e a sua constante evolução e exigência,<br />

<strong>se</strong>ssões de informação como a descrita<br />

podem vir a <strong>se</strong>r fundamentais no futuro<br />

do aluno. Como referiu a directora de<br />

Recursos Humanos da MAP, Elisa Fon<strong>se</strong>ca,<br />

«na procura do primeiro emprego é<br />

importantíssimo saber tanto o que <strong>se</strong> deve<br />

fazer, como o que não <strong>se</strong> deve fazer». O<br />

con<strong>se</strong>lho está dado.<br />

PUB


8| 6 JUNHO 2005<br />

[ 5.ª dimensão ]<br />

Bazar das Novidades<br />

Nova quinzena, novas propostas. Aqui, o artigo absolutamente inútil para um, pode <strong>se</strong>r imprescindível para<br />

outro. Quem manda é o cliente... nós só sugerimos. | por Diogo Torgal Ferreira<br />

Um-dó-li-tá<br />

Quantas vezes somos assaltados por dúvidas em relação a qual<strong>quer</strong> decisão que <strong>se</strong> tenha de<br />

tomar no dia a dia? Pois, acabou-<strong>se</strong> es<strong>se</strong> problema! Com o Decision Maker até o mais indeciso do<br />

mundo vê as suas angústias eliminadas. Para uma pergunta difícil, nada melhor que rodar o brinquedo<br />

decisório e esperar qual das oito respostas possíveis o ponteiro sugere. Se a resposta não<br />

agradar há <strong>se</strong>mpre a possibilidade de rodar outra vez (ninguém vê!).<br />

www.imagecollection.com.au<br />

Recados<br />

luminosos<br />

Agora já não há desculpas para<br />

não verem notas ou recados. O<br />

Lumipad não deixa! Apetrechado<br />

com um íman e com um <strong>se</strong>nsor<br />

de movimento, é impossível a<br />

quem <strong>quer</strong> que <strong>se</strong>ja não reparar<br />

no que está escrito no quadro<br />

luminoso. Mal <strong>se</strong>nte movimento<br />

acende-<strong>se</strong> e o que está escrito<br />

fica de cor fluorescente. Para<br />

mudar de inscrição basta passar<br />

um pano <strong>se</strong>co pelo quadro. De<br />

uma eficiência <strong>se</strong>m mancha!<br />

P.V.P. a partir de 26 euros<br />

www.paramountzone.com<br />

Sobe sobe,<br />

balão sobe<br />

É o último dos brinquedos: um balão de<br />

hélio comandado por controle remoto.<br />

Ao princípio não é propriamente<br />

fácil de comandar, mas uma vez<br />

dominada a técnica, é vê-lo a flutuar<br />

casa a dentro por entre portas, divisões<br />

e janelas. Única recomendação: impreterível a sua<br />

utilização indoors, caso contrário, vai directamente para as nuvens.<br />

P.V.P. a partir de 59 euros<br />

www.firebox.com<br />

PUB<br />

Revolução contraceptiva<br />

Nestas coisas de evitar uma gravidez<br />

inde<strong>se</strong>jada é melhor jogar<br />

pelo <strong>se</strong>guro. E porque "mais vale<br />

prevenir que remediar" deixamos<br />

aqui a sugestão do inovador adesivo<br />

contraceptivo. Nas costas, na<br />

parte de fora do braço, no abdómen<br />

ou na nádega é escolher o<br />

local que der mais jeito, e de <strong>se</strong>te em <strong>se</strong>te dias substituir o adesivo maravilha.<br />

Com uma eficiência avaliada em 99%, a diferença da pílula contraceptiva oral<br />

está no facto das hormonas <strong>se</strong>rem<br />

tranferidas directamente para a<br />

corrente sanguínea <strong>se</strong>m terem de<br />

<strong>se</strong>r absorvidas pelo aparelho<br />

digestivo. Acon<strong>se</strong>lha-te com o teu<br />

médico de família ou ginecologista<br />

ou então liga para Sexualidade em<br />

linha: 808 22 20 03.


Futebol<br />

6 JUNHO 2005 | 9<br />

[ desporto, radical ]<br />

Para o ano há mais Experiência<br />

radical<br />

Na edição de 14 de Março a <strong>se</strong>cção Radical<br />

do MU foi dedicada ao todo-o-terreno.<br />

Uma descrição do tipo de pas<strong>se</strong>ios radicais<br />

que a Carla Caldeira Produções organiza<br />

aguçou o apetite aos nossos leitores. A<br />

Carla Neves, por exemplo, participou num<br />

passatempo que a levou a viver um fim-de<strong>se</strong>mana<br />

muito especial. Fica aqui o relato<br />

da experiência.<br />

O ano futebolístico, ficou marcado pelo regresso à ribalta de clubes um pouco por toda a Europa. Benfica,<br />

Vitória de Setúbal, Chel<strong>se</strong>a, Barcelona e Liverpool voltaram às vitórias, ao passo que outros desceram aos<br />

infernos. Espalhados pelos vários campeonatos europeus, os portugue<strong>se</strong>s continuam a marcar posição. |<br />

por Martim d'Araújo Jorge.<br />

Com mais ou menos justiça, numa<br />

Liga com maior ou menor qualidade, o<br />

Benfica sagrou-<strong>se</strong> campeão nacional 11<br />

anos depois da última grande conquista.<br />

Depois de um ano em que com Camacho<br />

todos elogiavam a alegria com que a<br />

equipe jogava (conquistaram a Taça de<br />

Portugal), eis que o pragmatismo e o <strong>se</strong>ntido<br />

de eficácia de Trapattoni trouxeram o<br />

Benfica de volta à ribalta. Em mais uma<br />

época marcada pela polémica em torno<br />

da arbitragem – "Apito Dourado"; troca de<br />

galhardetes entre clubes; o manifesto<br />

Benfica-Sporting; o desaparecimento de<br />

José Mourinho do Futebol português –, os<br />

tais <strong>se</strong>is milhões viveram uma <strong>se</strong>mana de<br />

euforia depois da conquista da Super<br />

Liga, para logo de <strong>se</strong>guida "caírem na<br />

real" e lançarem a loucura pelas terras do<br />

Sado. É que <strong>se</strong> o Benfica não ganhava o<br />

campeonato há 11 anos, o Setúbal não<br />

fazia a festa na Taça há 38!<br />

No reverso da medalha está o Sporting,<br />

que em menos de uma <strong>se</strong>mana desceu<br />

do céu ao inferno. Em pouco mais de 15<br />

minutos de jogo, os leões perderam a<br />

Super Liga e caíram aos pés de uns russos,<br />

que vindos do frio derrotaram o clube<br />

de Alvalade perante 45 mil adeptos que<br />

assistiram ao samba dos brasileiros<br />

Daniel Carvalho e Wagner Love. A norte,<br />

o Porto viveu uma época, no mínimo, difícil<br />

de descrever. Depois de dois anos apoteóticos,<br />

os portistas viram o clube perder<br />

vários treinadores, inúmeros jogadores, a<br />

Super Liga, a Champions e qua<strong>se</strong> a cabeça.<br />

Resta o consolo de terem voltado a<br />

vencer a Taça Intercontinental qua<strong>se</strong> 20<br />

anos depois, numa época em que, <strong>se</strong>m<br />

cá estar, Mourinho continuou a marcar a<br />

vida dos azuis e brancos. É que com a<br />

saída do técnico os campeões foram<br />

outros "blues". Para o caso foi o Chel<strong>se</strong>a<br />

que, mais "português" que nunca (para<br />

além de Mourinho, Ricardo Carvalho,<br />

Paulo Ferreira, Tiago, Nuno Morais, e os<br />

restantes "tugas" do Staff de Mourinho),<br />

venceu a Premier League pela <strong>se</strong>gunda<br />

vez na sua história, 50 anos depois da primeira<br />

conquista.<br />

Lá por fora mais portugue<strong>se</strong>s fizeram<br />

a festa. Numa época fantástica, Deco<br />

impôs-<strong>se</strong> num Barcelona que não vencia<br />

a Liga há 6 anos. O "mágico" (o tal que<br />

jogava com os dois pés e era melhor que<br />

o Pelé), chegou à cidade condal e maravilhou<br />

tudo e todos, chegando mesmo a<br />

<strong>se</strong>r considerado mais importante para os<br />

"blaugrana" que Ronaldinho.<br />

De volta à terra de sua majestade, Cristiano<br />

Ronaldo impôs-<strong>se</strong> definitivamente<br />

no Manchester United e, mesmo <strong>se</strong>m ter<br />

conquistado qual<strong>quer</strong> troféu, é já uma<br />

enorme figura do futebol mundial.<br />

Sem portugue<strong>se</strong>s, mas de regresso às<br />

grandes vitórias, o Liverpool, num jogo<br />

épico (estiveram a perder por 3-0 ao intervalo)<br />

trouxe à memória as grandes equipas<br />

do antigamente e deitou por terra as<br />

esperanças de Rui Costa em vencer pela<br />

<strong>se</strong>gunda vez a Liga dos Campeões.<br />

Para os portugue<strong>se</strong>s, o outro lado da glória,<br />

fica por inteiro entregue a Figo. No<br />

Real Madrid, de figura de proa, o extremo<br />

português passou primeiro a suplente e<br />

depois a dispensável. Fica o ano salvo<br />

pelo regresso à Selecção. Depois de tantas<br />

trocas e baldrocas, festas e choradinhos,<br />

euforias e depressões, resta tirar<br />

umas férias e aguardar pela época 2005/<br />

Um fim-de-<strong>se</strong>mana<br />

radical foi, realmente,<br />

o que me foi proporcionado<br />

pelo<br />

<strong>Mundo</strong> Universitário<br />

e pela Carla Caldeira<br />

Produções!<br />

Monforte, no interior<br />

alentejano viu<br />

a sua pacatez<br />

completamente<br />

transformada no<br />

fim-de-<strong>se</strong>mana<br />

de 7 e 8 de Maio.<br />

Para além de<br />

poder visitar a<br />

Monforfeira (a V<br />

Festa do Toiro a decorrer na altura), tive a<br />

oportunidade de experimentar algo nunca<br />

antes vivido: uma verdadeira aventura radical,<br />

repleta de adrenalina.<br />

Dois dias de TT por magníficas planícies,<br />

numa comitiva de 15 jipes e 10 motas4, foi<br />

motivo mais que suficiente para provocar<br />

<strong>se</strong>nsações no mínimo divergentes. Uma<br />

<strong>se</strong>nsação de perigo e diversão única, tudo<br />

ao mesmo tempo. É algo inexplicável e apenas<br />

quem o experiencia é capaz de perceber<br />

o que <strong>quer</strong>o dizer.<br />

Foi verdadeiramente um fim-de-<strong>se</strong>mana<br />

memorável! Acima de tudo pela convivência<br />

com toda a organização deste grande<br />

evento e por isso gostaria de agradecer por<br />

tudo.<br />

aaaa<br />

PUB


10 |<br />

6 JUNHO 2005<br />

[ ídolos ]<br />

Vontade, trabalho e auto estima. Ideias-chave que ficam da conversa com<br />

José Fidalgo. Talvez <strong>se</strong>ja essa a receita que faz com que, aos 25 anos, <strong>se</strong><br />

afirme cada vez mais no mundo da repre<strong>se</strong>ntação. Deixou de <strong>se</strong>r apenas o<br />

'menino bonito' e aí está ele a mostrar o que vale.<br />

ENTREVISTA Raquel Louçã Silva | FOTOS Alexandre Nobre<br />

«<strong>Quando</strong> <strong>se</strong> <strong>quer</strong><br />

<strong>aprender</strong>,<br />

con<strong>se</strong>gue-<strong>se</strong> <strong>lá</strong><br />

<strong>chegar</strong>»<br />

Não digo ‘vão ver<br />

porque é português,<br />

mas vão ver porque<br />

o trabalho é bom’<br />

<strong>Mundo</strong> Universitário | Com que idade começaste<br />

a trabalhar como manequim?<br />

José Fidalgo | Comecei a fazer anúncios com 14<br />

anos, entrei para a L'agence nessa altura.<br />

MU | Quem é que te inscreveu?<br />

JF | Eu! Em primeiro lugar porque <strong>quer</strong>ia ganhar<br />

dinheiro e em <strong>se</strong>gundo porque tinha a ideia de poder<br />

fazer anúncios fora do comum e bastante engraçados.<br />

Depois, a partir dos 16 anos, surgiu a oportunidade de<br />

fazer moda. Começaram a dizer-me 'tu podes fazer,<br />

tenta!' e eu 'ok, vou tentar!'.<br />

MU | Passaste a fa<strong>se</strong> da adolescência <strong>se</strong>mpre<br />

ligado ao mundo da moda. Isso ajudou-te<br />

a conviver com o teu corpo<br />

numa fa<strong>se</strong> geralmente<br />

problemática?<br />

JF | No meio da moda é muito difícil con<strong>se</strong>guires estabelecer<br />

es<strong>se</strong> equilíbrio, porque há muita concorrência e<br />

estás a utilizar o teu corpo como instrumento de trabalho.<br />

A partir daí os "filmes" que fazes em relação aos cuidados<br />

que tens que ter com o corpo e em relação ao<br />

facto de ires a determinados castings onde estão pessoas<br />

com corpos mais bonitos que o teu… É preciso ter<br />

muita força de vontade e uma grande auto estima. Se<br />

con<strong>se</strong>guires es<strong>se</strong> equilíbrio é meio caminho andado<br />

para <strong>chegar</strong>es onde <strong>quer</strong>es.<br />

MU | Como é que começaste a repre<strong>se</strong>ntar?<br />

JF | Comecei a fazer teatro num grupo amador, o In<br />

Impetus, no liceu Maria Amália Vaz de Carvalho. Cheguei<br />

a fazer duas peças com eles e até hoje continuo<br />

ligado ao grupo, <strong>se</strong> bem que nunca mais tenha trabalhado<br />

com eles, porque foram aparecendo outras propostas<br />

e fui aceitando.<br />

MU | Também tiveste uma experiência de apre<strong>se</strong>ntador<br />

mas nunca mais repetiste…<br />

JF | Sim, apre<strong>se</strong>ntei o Clube Disney na RTP. Tinha<br />

20 anos. Nunca mais repeti porque nunca mais surgiu<br />

oportunidade. Na altura fiz o casting e acharam<br />

que podia <strong>se</strong>r uma mais valia para o programa, mas<br />

o meu objevtivo principal já era fazer aquilo que<br />

estou a fazer agora. Se calhar não investi na apre<strong>se</strong>ntação<br />

como a Sílvia Alberto [com quem apre<strong>se</strong>ntava<br />

o programa infantil] por isso. Mas curiosamente,<br />

e acho que posso dizer isto, ela tem uma<br />

grande ambição de <strong>se</strong>r encenadora.<br />

MU | <strong>Quando</strong> decidiste investir numa carreira de<br />

actor não foste à procura de uma formação contínua<br />

numa escola. Porquê?<br />

JF | Porque preciso de dinheiro e o Con<strong>se</strong>rvatório,<br />

por exemplo, tira-nos imenso tempo e para além<br />

das aulas tens que pagar a tua própria subsistência.<br />

Entendi que quando <strong>se</strong> <strong>quer</strong> mesmo <strong>aprender</strong>, <strong>se</strong>ja<br />

através de que meio for, con<strong>se</strong>gue-<strong>se</strong> <strong>lá</strong> <strong>chegar</strong><br />

[optou por fazer workshops e outro tipo de cursos de<br />

formação de actores].<br />

MU | Que formação é que <strong>se</strong> traz da profissão de<br />

manequim que ajude no de<strong>se</strong>mpenho de actor?<br />

JF| Como manequim preocupas-te muito com o teu<br />

aspecto. Isso fez com que, no início, ainda com pou-


«É preciso ter muita força de vontade e uma<br />

grande auto estima»<br />

6 JUNHO 2005<br />

| 11<br />

[ ídolos ]<br />

ca experiência, tives<strong>se</strong> a mais valia de<br />

ter essa atenção com as minhas personagens.<br />

Não tinha só em conta os<br />

aspectos de carácter da personagem,<br />

mas também o que podia vestir ou não<br />

e <strong>se</strong>, fos<strong>se</strong> preciso, que adereços é que<br />

podia ter. Também há vantagens ao<br />

contrário. Hoje em dia vês grandes<br />

actores a <strong>se</strong>rem contratados por grandes<br />

marcas e grandes campanhas. E<br />

eles levam a sua imagem e o <strong>se</strong>u trabalho<br />

de actores <strong>quer</strong> <strong>se</strong>ja para um anúncio,<br />

<strong>quer</strong> <strong>se</strong>ja para um trabalho fotográfico.<br />

MU | Quais são as características principais<br />

que um bom actor deve ter?<br />

JF | Versatilidade, concentração e muita<br />

força de vontade e auto estima.<br />

MU | Voltas a falar de auto estima...<br />

JF | Concorrência, muita concorrência<br />

aguerrida. Tens muito actores ou pessoas<br />

que têm a mania que <strong>quer</strong>em <strong>se</strong>r<br />

actores. Mas independente de <strong>se</strong>rem<br />

bons ou maus tens concorrência e tudo<br />

para agradar a um só grupo, a uma só<br />

pessoa, a uma só marca ou a um só realizador...<br />

Se concorres a um trabalho e<br />

não és chamado não significa que não<br />

<strong>se</strong>jas bom para outras coisas. Saber ver<br />

isso na altura em que levas com um não<br />

é difícil, por isso a auto estima tem de<br />

<strong>se</strong>r grande.<br />

MU | Onde vais buscá-la?<br />

JF | Procuro transformar alguma raiva ou<br />

energia negativa, pelo facto de levar um<br />

não, em algo que possa <strong>se</strong>r construtivo.<br />

Trabalho muito comigo, tenho desabafos<br />

com a agência, que eles também estão<br />

aqui para me ouvir e para me ajudar, conto<br />

com os meus amigos e a minha família<br />

mas, es<strong>se</strong>ncialmente, conto comigo.<br />

MU | Ver outros actores também é uma<br />

escola?<br />

JF | Claro. Ir ao teatro, ver filmes... e os<br />

próprios making off dos dvds são maravilhosos<br />

e um óptimo instrumento de trabalho.<br />

MU | Fala-nos da tua experiência no<br />

cinema, no filme O Fascínio.<br />

JF | Gostei muito.... adorei! Normalmente<br />

não gostas muito de ver aquilo que fazes,<br />

ainda por cima quando é um ecrã enorme,<br />

em que os pormenores são evidenciados.<br />

É mais o gozo do trabalho do que<br />

propriamente a finalização.<br />

MU | Fazer televisão é inevitável para<br />

quem <strong>se</strong> está a afirmar?<br />

JF | Na minha opinião, um actor tem que<br />

trabalhar em qual<strong>quer</strong> área. Acho que um<br />

actor não é só teatro. O importante é<br />

estares apto a evoluir em tudo o que dê<br />

para interpretar e para construir uma personagem.<br />

Críticas e elogios<br />

MU | És consumidor de ficção portuguesa?<br />

JF | Posso dizer que os telefilmes que a<br />

SIC lançou durante uma temporada me<br />

prenderam. Não vou dar a cara pela produção<br />

nacional só porque é nosso. Agora,<br />

<strong>se</strong> me agrada vou ver e faço publicidade<br />

a <strong>se</strong>guir. Normalmente não digo<br />

'vão ver porque é português, mas vão ver<br />

porque o trabalho é bom'. Se for português<br />

melhor ainda.<br />

MU | Actualmente a gravar uma novela<br />

[Ninguém como tu, TVI], como é o teu<br />

dia-a-dia?<br />

JF | Dentro daquilo que faço é normal. É<br />

ir para as gravações, vir das gravações e<br />

ir para casa trabalhar. Normalmente gravamos<br />

de <strong>se</strong>gunda a sábado e a disponibilidade<br />

tem de <strong>se</strong>r das 8hs às 2 da<br />

manhã.<br />

MU | Quanto tempo é que tens para<br />

preparar uma cena?<br />

JF | Normalmente é de um dia para o<br />

outro. O ritmo de televisão é intenso e<br />

isso é um desafio. <strong>Quando</strong> te convidam<br />

para uma produção tens o molde feito,<br />

tens uma ba<strong>se</strong> e dizem-te logo para trabalhares<br />

bem nisso, porque depois não<br />

tens tempo. Por isso tens de apanhar logo<br />

o carácter da personagem para depois<br />

<strong>se</strong>r só acrescentar pequenas coisas.<br />

Férias, merecidas<br />

férias!<br />

.<br />

A <strong>chegar</strong> o tempo de férias que,<br />

apressa-<strong>se</strong> a dizer, este ano não<br />

vai ter, José Fidalgo deixou no ar<br />

algumas sugestões de como bem<br />

passar os dias quentes de Verão. É<br />

claro que o destino depende <strong>se</strong>mpre<br />

«da bolsa de cada um». A sua<br />

viagem de sonho, por exemplo,<br />

leválo-ia a cruzar o Atlântico para<br />

<strong>chegar</strong> à antiga capital sagrada da<br />

civilização Inca. «Adorava mesmo<br />

ir, ficar <strong>lá</strong> assim uma temporada a<br />

<strong>aprender</strong> muitas coisas», conta.<br />

Nada mal escolhido, atrevemo-nos<br />

a comentar, afinal, Quosqo (designação<br />

actual) é uma espécie de<br />

mu<strong>se</strong>u vivo ou não fos<strong>se</strong> a mais<br />

antiga cidade viva do continente<br />

americano, com uma ocupação<br />

contínua de mais de 3000 anos.<br />

Para além de "Capital Turística do<br />

Peru", em 1983 a UNESCO declarou-a<br />

"Património Cultural da<br />

Humanidade". Por cá, a costa alentejana,<br />

misto de campo e mar, é o<br />

<strong>se</strong>u local de eleição. Apesar de<br />

considerar que «toda a costa portuguesa<br />

é maravilhosa» e que para<br />

descobrir o país nada melhor do<br />

que percorrer as pousadas de Portugal,<br />

porque «cada pousada está<br />

num sítio histórico e dá-te a oportunidade<br />

de conhecer e <strong>aprender</strong><br />

mais». Ficam as sugestões!<br />

MU | Tens tempo para ti, o que é que<br />

fazes para descontrair?<br />

JF | Vou para a praia... vou surfar!<br />

MU | Uma crítica que já te tenham feito...<br />

JF | Em O Olhar da Serpente [2001], a primeira<br />

novela que fiz, tinha uma cena em que chegava a<br />

casa e tinha um desabafo... estava com medo, porque<br />

era uma espécie de primeira prova de fogo.<br />

Por saber isso estava a dar muito peso e muita carga<br />

àquilo, não me estava a concentrar no que<br />

devia e levei um raspanete da directora de atores.<br />

É es<strong>se</strong>ncial concentrares-te só naquilo que estás a<br />

fazer e não pensares em absolutamente mais<br />

nada. É difícil, mas não é impossível.<br />

MU | E uma coisa muito boa?<br />

JF | Fiz um telefilme francês agora. Eu não <strong>se</strong>i<br />

falar francês e fui ao casting já com a perspectiva<br />

de não <strong>se</strong>r aceite. Mas fui por descargo de consciência<br />

porque me tinha preparado. E quando o<br />

realizador me dis<strong>se</strong>, muito antes de eu saber que<br />

tinha sido escolhido, 'tu és um actor!'...<strong>se</strong>m me<br />

conhecer de lado nenhum, fiquei muito contente.<br />

A <strong>se</strong>guir a isso dis<strong>se</strong>-lhe 'mesmo que não me<br />

escolhas isso para mim já foi suficiente para continuar<br />

a lutar’.<br />

<strong>Quando</strong> soube que tinha ficado no filme foi de<br />

mais! Toda a preparação para a personagem, que é<br />

o antagonista, um papel que eu já <strong>quer</strong>ia fazer há<br />

imenso tempo, e ainda por cima em francês exigiu<br />

uma grande preparação: aulas de francês,<br />

aulas de fonética, aulas de dicção.<br />

No final, com os elogios de<br />

todos, foi um dos momentos<br />

mais felizes da minha carreira.


12 | 6 JUNHO 2005<br />

[ noites e copos ]<br />

SuperBock<br />

SuperRock<br />

COM O APOIO DE:<br />

www.centralfaces.pt<br />

Este ano não faltou cerveja para ninguém e o já mítico festival da capital deu o mote aos muitos outros que aí vêm...<br />

CGD Groove<br />

Ele há festas e festas... e às vezes abrir o olhinho não é propriamente tarefa fácil! Reparem bem!<br />

INVESTE EM TI MESMO!<br />

FAZ O TEU BOOK FOTOGRÁFICO NA CENTRALFACES - people. Publicidade - Castings - Trabalhos Temporários e muito mais!<br />

Para mais informações: 912212779 | catarinass@centralfaces.pt


6 JUNHO 2005 | 13<br />

[ play ]<br />

Pancadinhas de<br />

amor não doem<br />

Embates por paixão ao ténis ou à vida. Os melhores intérpretes a nível mundial e uma<br />

repescada lutadora do universo virtual. Acção, aventura e simulação ao <strong>se</strong>rviço da<br />

diversão na análi<strong>se</strong> desta quinzena . | por Miguel Aragão<br />

Death By Degrees | PS2<br />

Muitos já a conhecem de outras bordoadas.<br />

Pela frieza, determinação e carácter<br />

expostos em cada um dos <strong>se</strong>us golpes.<br />

Nascida e criada em Tekken – a popular<br />

série de luta da Namco –, Nina Williams regressa<br />

agora com outro protagonismo ao<br />

universo dos jogos.<br />

Em moldes de aventura, mas <strong>se</strong>m descurar<br />

a acção, Death By Degrees apre<strong>se</strong>nta<br />

uma Ms. Williams mais bonitinha<br />

e energética do que nunca. Mas<br />

<strong>se</strong>m a destreza para encabeçar um<br />

enredo que já evidenciou a partir<br />

ossos.<br />

Entre distribuir sovas por tudo o<br />

que mexe, coleccionar items e<br />

ob<strong>se</strong>rvar cenas cinemáticas,<br />

destaca-<strong>se</strong> o sistema de ataque 360º, <strong>se</strong>melhante<br />

ao de Ri<strong>se</strong> To Honor. Às ofensivas<br />

de <strong>se</strong>te e oito adversários em simultâneo,<br />

Nina responde com uma notável<br />

destreza, por meio do stick analógico direito<br />

que lhe permite rodar alternando de inimigo<br />

com rapidez.<br />

Se os truques primam pela simplicidade e<br />

capacidade de resposta, o processo complica-<strong>se</strong><br />

quando <strong>se</strong> recorre a combos mais<br />

elaborados. E a magia de um combate envolvente<br />

e intuitivo acaba por <strong>se</strong> esvair em<br />

labirínticos empurrões de sticks e pressionar<br />

de botões, ao ponto de alguns dos movimentos<br />

de ataque parecerem estar re<strong>se</strong>rvados<br />

apenas a contorcionistas. Desiste-<strong>se</strong><br />

de perceber muitas das combinações disponíveis,<br />

ainda que <strong>se</strong> invistam preciosos<br />

pontos de habilidade a desbloquear algumas<br />

delas.<br />

Os elementos de aventura nada de novo<br />

acrescentam ao interminável role de jogos<br />

do género. E <strong>se</strong> a alguns puzzles nada originais<br />

acrescentarem outros tão sólidos<br />

quão raros mini-jogos, encontram a imagem<br />

de um jogo que poderia ter ido bem<br />

mais longe na exploração das façanhas de<br />

Nina. Ainda pior estão os infindáveis loads<br />

e o acompanhamento por parte das câmaras:<br />

fixas como em Resident Evil.<br />

Por tudo isto, ainda que <strong>se</strong> valha de alguns<br />

argumentos sólidos, Death By Degrees<br />

com certeza terá muitas dificuldades em<br />

ombrear com as alternativas do género que<br />

abundam no cada vez mais competitivo e<br />

exigente universo dos jogos.<br />

Roland Garros 2005:<br />

Powered by Smash Court Tennis | PS2<br />

PUB<br />

Mal abandonou os courts de Paris e<br />

aí está ele, o <strong>se</strong>gundo torneio do Grand<br />

Slam, a invadir os 128 bits Playstation2.<br />

Sem grandes novidades, é certo, mas<br />

com qualidade mais que suficiente para<br />

agarrar os amantes da modalidade à<br />

consola durante vários torneios. Em boa<br />

verdade, Roland Garros 2005, mais não<br />

é do que uma versão ligeiramente melhorada<br />

de Smash Court Tennis Pró<br />

Tournament 2. As alterações, aliás, limitam-<strong>se</strong><br />

qua<strong>se</strong> exclusivamente à apre<strong>se</strong>ntação.<br />

Nada, ou qua<strong>se</strong>, foi alterado<br />

no que toca à jogabilidade.<br />

Aos que têm andado arredados dos<br />

courts virtuais convém, no entanto, dizer<br />

que, ao contrário de Virtual Tennis e Top<br />

Spin, Smashed Court é orientado para a<br />

simulação e para a técnica. A Namco<br />

oferece uma incrível<br />

<strong>se</strong>nsação de<br />

realismo, ao permitir<br />

total liberdade<br />

de colocação<br />

da bola. E, ainda<br />

que a aprendizagem<br />

demore um<br />

pouco, o investimento<br />

compensa.<br />

Roland Garros<br />

2005 marca também<br />

o adeus a<br />

Andy Roddick, James<br />

Blake, Marat<br />

Safin, Kim Clijsters,<br />

Serena Williams<br />

e Anna<br />

Kournikova das lides<br />

virtuais da Namco, enquanto abraça<br />

David Nalbandian, Joachim Johansson,<br />

Sébastien Grosjean, Elena Dementieva,<br />

Nadia Petrova e Tatiana Golovin. De resto,<br />

Juan Carlos Ferrero, Tim Henman,<br />

Lleyton Hewitt, Richard Gasquet, Tommy<br />

Haas, Justine Henin-Hardenne, Amélie<br />

Mauresmo, Lindsay Davenport, Jennifer<br />

Capriati e Daniela Hantuchova continuam<br />

a fazer parte do role de vedetas à<br />

disposição.<br />

O novo modo Roland Garros pode <strong>se</strong>r<br />

enfrentado em singulares ou pares na<br />

pele de qual<strong>quer</strong> um dos profissionais<br />

pre<strong>se</strong>ntes. Para experimentar outras superfícies,<br />

pode-<strong>se</strong> por exemplo investir<br />

no modo de exibição. Em terra batida,<br />

piso rápido ou relva, os outros torneios<br />

permitem testar as variantes da mecânica,<br />

e testar a capacidade<br />

de cada<br />

um <strong>se</strong> adaptar ao<br />

comportamento<br />

da bola quando<br />

toca solos distintos<br />

Em jeito de conclusão,<br />

Roland<br />

Garros 2005 <strong>se</strong>rvirá<br />

na perfeição<br />

quem prefere a<br />

simulação e não<br />

passou pelo <strong>se</strong>u<br />

predecessor. Os<br />

outros, com certeza<br />

que o acharão,<br />

no mínimo, pouco<br />

inovador.


14 | 6 JUNHO 2005<br />

[ jukebox ]<br />

A estrear<br />

A escolha de Sara<br />

WEEZER| Make Believe<br />

Um traço que continuamente marcou a<br />

carreira dos Weezer foi a sua postura:<br />

<strong>se</strong>mpre <strong>se</strong> notou que Rivers Cuomo &<br />

sus muchachos <strong>se</strong> divertiam à grande<br />

com a música que faziam e, mais que<br />

isso, <strong>se</strong>mpre fizeram questão de mostrar<br />

que nada mais que isso pretendiam.<br />

Pois bem, com este inspiradíssimo<br />

Make Believe os geeks renovam<br />

essas duas premissas. Músicas como<br />

Beverly Hills (single para ouvir até à<br />

exaustão), We Are All On Drugs, My<br />

Best Friend ou The Other Way revelamnos<br />

uma banda que continua a fazer o<br />

<strong>se</strong>u Alt Rock irrepreensível, com saudáveis<br />

laivos de pop e um <strong>se</strong>ntido de humor<br />

que <strong>se</strong>mpre foi <strong>se</strong>u apanágio. A<br />

adicionar a isto, de referir que Make Believe<br />

é produzido pelo monstro Rick Rubin.<br />

Palavras para quê? Um dos álbuns<br />

mais con<strong>se</strong>guidos dos rapazes.<br />

Depois do êxito planetário com a sua<br />

banda de <strong>se</strong>mpre, os K's Choice, Sarah<br />

Bettens optou pela aventura a solo.<br />

Mais intimista e mais política são<br />

as transformações a que <strong>se</strong> submeteu<br />

com a gravação de Scream, o <strong>se</strong>u<br />

primeiro álbum a título individual.<br />

Crónicas de uma mulher moderna. |<br />

por Diogo Torgal Ferreira<br />

<strong>Mundo</strong> Universitário | Porquê um disco<br />

a solo?<br />

Sarah Bettens | Na verdade foi uma decisão<br />

muito rápida. Eu e o meu irmão<br />

estávamos à conversa a meio de uma<br />

digressão no Luxemburgo. Um de nós,<br />

não me lembro agora quem, dis<strong>se</strong>: «sabes<br />

que mais? Gostava imenso de fazer<br />

um disco a solo...» O outro respondeu<br />

logo «eu também!». Foi uma<br />

conversa muito fácil e muito curta.<br />

Acho que tanto eu como ele precisávamos<br />

de algo novo para nos espevitar<br />

outra vez... era necessário <strong>se</strong>ntirmonos<br />

numa aventura outra vez. Com os<br />

K's Choice estamos a falar de um projecto<br />

de 10 anos e, embora continuás<strong>se</strong>mos<br />

a divertirmo-nos e a aturarmonos<br />

uns aos outros, há <strong>se</strong>mpre aquela<br />

rotina que <strong>se</strong> instala. Era necessário<br />

quebrar e sair dessa rotina. O meio que<br />

arranjámos foi <strong>se</strong>guir em frente com os<br />

nossos planos a solo. Agora que já estou<br />

a meio do processo devo dizer que<br />

as coisas têm sido muito entusiasmantes.<br />

MU | E em relação a esta estreia com<br />

o Scream... para quem é que estás a<br />

gritar?<br />

SB | O título foi só para chamar a<br />

atenção das pessoas para<br />

o facto de eu ainda estar por aí. Estou<br />

com muita vontade e energia, talvez<br />

até mais do que dantes.<br />

MU | Comparado com os álbuns dos<br />

K's Choice este teu primeiro disco é<br />

bem mais intimista... concordas com<br />

esta opinião?<br />

SB | Concordo plenamente. <strong>Quando</strong><br />

estás a fazer um disco a solo tens<br />

aquela noção de que te estás a expor.<br />

Tens de ir um pouco mais longe e dizer<br />

«aqui estou eu, esta é a Sarah Bettens».<br />

Muitas coisas aconteceram na<br />

minha vida nos últimos três ou quatro<br />

anos e <strong>se</strong>nti a necessidade de escrever<br />

sobre elas. Além disso, quanto mais<br />

escreves mais aprendes sobre ti própria<br />

e melhor te expressas.<br />

MU | Analisando as letras fica a impressão<br />

de que a tua veia política <strong>se</strong> intensificou...<br />

SB | Acho que sim. Não <strong>se</strong>i <strong>se</strong> é por estar<br />

com 32 anos e me preocupar mais<br />

com es<strong>se</strong> tipo de questões ou <strong>se</strong> é por<br />

viver numa parte bem con<strong>se</strong>rvadora<br />

[Tennes<strong>se</strong>] dos Estados Unidos. Acho<br />

que tudo teve a <strong>se</strong>u impacto: as eleições<br />

americanas, a guerra no Iraque...<br />

de repente<br />

<strong>se</strong>nti a necessidade de dizer algumas<br />

coisas sobre estas situações. Acho<br />

que este tipo de discurso ainda vai<br />

crescer nos meus próximos trabalhos.<br />

Tenho a certeza que a carga política na<br />

minha música vai aumentar.<br />

MU | Não é primeira vez que vens a<br />

Portugal... qual é a tua opinião sobre o<br />

país?<br />

SB | Eu adoro Portugal! Lembro-me<br />

que a primeira vez que toquei por cá,<br />

não <strong>se</strong>i em que festival foi, pensava<br />

que ninguém nos conhecia, que éramos<br />

relativamente low-profile. Daí deduzirmos<br />

que tocaríamos <strong>lá</strong> para as<br />

duas ou três da tarde. Mas não! Chegámos<br />

<strong>lá</strong> e o nosso tour manager dis<strong>se</strong>-<br />

-nos que íamos tocar à noite em pleno<br />

prime-time. Ficámos estupefactos, mas<br />

claro que concordámos. <strong>Quando</strong> chegou<br />

a altura ficámos em palco a olhar<br />

uns para os outros e só nos questionávamos<br />

como é que toda a gente <strong>se</strong>guia<br />

as letras e cantava connosco! Desde aí<br />

que me sinto muito bem em Portugal.<br />

Cada vez que venho cá é uma autêntica<br />

festa.<br />

MU | Como ficaram os K's Choice? Terminaram<br />

de vez ou ficou tudo em banho<br />

maria?<br />

SB | Sinceramente não <strong>se</strong>i. Acho que ficou<br />

tudo em stand bye. A qual<strong>quer</strong> altura<br />

é possível uma reunião e escrevermos<br />

outro álbum, mas por enquanto<br />

temos as nossas carreiras a solo que<br />

não são propriamente projectos paralelos.<br />

Neste momento, tanto para o meu<br />

irmão, como para mim, a decisão de<br />

<strong>se</strong>guir sozinhos constitui a nossa prioridade.<br />

É uma nova direcção para ambos.<br />

Acho que vamos ter de esperar e<br />

ver o que é que acontece.<br />

GORILLAZ | Demon Days<br />

A macacada está de volta. O disco chama-<strong>se</strong><br />

Demon Days e chega precedido<br />

de aclamação por parte da crítica musical<br />

dos quatro cantos de mundo. Desta<br />

vez Damon Albarn, Dan the Automator,<br />

Jamie Hewlett e o MC Del Tha Funky<br />

Homosapien (que <strong>se</strong> escondem por detrás<br />

das personagens de BD de Hewlett,<br />

criador da Tank Girl) fazem-<strong>se</strong><br />

acompanhar por uma verdadeira parada<br />

de estrelas: Dennis Hopper, Neneh<br />

Cherry, Roots Manuva, Shaun Ryder ou<br />

os De la Soul. Como <strong>se</strong> constata, boa<br />

companhia é o que não falta a Murdoc<br />

e à sua trupe na construção do <strong>se</strong>u<br />

combo pop, hip-hop, dub, Rock e reggae.<br />

Produzido pelo DJ Danger Mou<strong>se</strong>,<br />

com Demon Days os Gorillaz dão mais<br />

um passo na afirmação de um projecto<br />

que vai muito mais para além da música.<br />

Criatividade é a palavra de ordem.<br />

|PASSATEMPO|<br />

Queres ganhar um CD da Sarah Bettens? Então<br />

responde à pergunta:<br />

» Em que país estava Sarah Bettens em<br />

digressão quando decidiu iniciar uma<br />

carreira a solo?<br />

Envia a resposta com o teu nome e morada para<br />

mundo@mundouniversitario.pt até às 16hs do dia<br />

16 de Junho. Os três vencedores <strong>se</strong>rão sorteados de<br />

entre as respostas certas e notificados por e-mail.


16 | 6 JUNHO 2005<br />

[ cultura ]<br />

| vinheta |<br />

Bdjornall<br />

MENSÁRIO ESPECIALIZADO<br />

EM BANDA DESENHADA<br />

Editar um jornal totalmente dedicado à divulgação<br />

da BD, através da publicação de notícias, críticas<br />

e estudos, é o projecto editorial que surgiu em livrarias<br />

(e algumas tabacarias) das principais cidades,<br />

em Abril passado. Mas não <strong>se</strong> ficam por aqui as<br />

invulgares intenções. No editorial, escrito pelo<br />

director J. Machado-Dias, estão patentes os quatro<br />

principais objectivos, <strong>se</strong>ndo o principal formar<br />

e informar os bibliotecários sobre esta matéria.<br />

Acontece, entre alguns daqueles profissionais,<br />

subsistirem ainda ideias erróneas e preconceitos<br />

que os levam a catalogar a BD, qua<strong>se</strong> automaticamente,<br />

como assunto que interessa somente a<br />

crianças e jovens. Embora apenas os bibliotecários<br />

<strong>se</strong>jam focados no editorial, de idêntico mal<br />

sofrem não poucos livreiros, que cometem por<br />

vezes a aberração de misturarem obras de banda<br />

de<strong>se</strong>nhada de grande qualidade, algumas delas<br />

com profundas implicações sociais e políticas,<br />

com livros infantis. Por norma, só consideram para<br />

adultos quando as imagens são de cariz <strong>se</strong>xual,<br />

ou flagrantemente violentas.<br />

Ao folhear o primeiro número do BDjornal o interes<strong>se</strong><br />

diversifica-<strong>se</strong> por reportagens ou crónicas<br />

sobre alguns eventos bedéfilos que tiveram lugar<br />

entre nós (Festivais de BD em Almodôvar e Beja)<br />

ou no estrangeiro (Angoulême), com o de Beja a<br />

ter excepcional cobertura fotográfica, complementada<br />

por entrevistas ou textos biográficos dos<br />

autores com obra exposta. Há ainda estudo biográfico<br />

dedicado a Will Eisner, e a rubrica Estante,<br />

onde são recen<strong>se</strong>adas obras recentes.<br />

De bedê propriamente dita há uma tira cómica, de<br />

Pedro Alves, e um divertidíssimo pastiche dedicado<br />

por Ricardo Ferrand a Corto Malte<strong>se</strong>. É pouco,<br />

mas bom.<br />

O jornal apre<strong>se</strong>nta-<strong>se</strong> em formato próximo do<br />

tablóide (igual ao do <strong>Mundo</strong> Universitário), com<br />

capa e contracapa a cores, custa dois euros, e tem<br />

distribuição a nível nacional.<br />

Geraldes Lino<br />

PASSATEMPO<br />

POR UMA NOITE<br />

O MU e as MagnÍficas Produções têm para<br />

te oferecer 4 convites duplos para 8, 9,<br />

15 e 16 de Junho para assistires à peça<br />

Por uma Noite.<br />

Diz-nos como <strong>se</strong> chama a actriz da peça.<br />

Envia a resposta com o teu nome e telefone<br />

para mundo@mundouniversitario.pt. Os<br />

vencedores <strong>se</strong>rão notificados por telefone.<br />

De La Guarda |<br />

Cai mesmo<br />

do CÉU!<br />

Juntou-<strong>se</strong> uma companhia de teatro que não faz bem teatro e um espaço cultural que não é propriamente<br />

tradicional. O resultado foi uma mistura explosiva entre um espaço inovador (<strong>se</strong>m cadeiras nem comodidades)<br />

e um espectáculo que lhe as<strong>se</strong>nta como uma luva. O MU entrou no universo dos argentinos De La<br />

Guarda. | por Patrícia Salvador<br />

Toyotabox é o nome do mais recente espaço cultural<br />

existente em Portugal, com características consideradas<br />

inovadoras. A ideia partiu da produtora UAU<br />

que procurou, à <strong>se</strong>melhança do que acontece nos<br />

Estados Unidos, encontrar patrocínios privados para<br />

a cultura e com isso construir de raiz uma sala com<br />

15m de altura.<br />

A Companhia de teatro argentina, De La Guarda<br />

inaugurou o espaço Toyotabox, em Alcântara, Lisboa,<br />

no passado dia 24. “O Teatro que Cai do Céu”,<br />

como lhe chamam, é efectivamente teatro, como insiste<br />

o fundador e director, Pichon Baldinuo: «o objectivo<br />

é contar uma história, dialogar com o público<br />

<strong>se</strong>m ter de explicar o que <strong>se</strong> vê, embora tenha componentes<br />

que têm a ver com a dança.»<br />

É um espectáculo que inclui muita acrobacia, onde<br />

tudo <strong>se</strong> passa no ar e os únicos sons que <strong>se</strong> ouvem<br />

provêm da música pouco ortodoxa. «A velocidade<br />

das imagens é maior do que a fala» e, acrescenta o<br />

director, «esta dinâmica permite que o show <strong>se</strong>ja<br />

apre<strong>se</strong>ntado em todas as culturas e partes do mundo».<br />

| Vida, luz e festa |<br />

A surpresa é grande quando <strong>se</strong> entra num espaço<br />

escuro, vazio e <strong>se</strong>m palco ou cadeiras. Mas, durante<br />

1h10 esquece-<strong>se</strong> o mundo <strong>lá</strong> fora. «Individual e <strong>se</strong>nsorial,<br />

porque tem de <strong>se</strong>r <strong>se</strong>ntido, uma vez que não<br />

há argumento», é a explicação que um um dos actores<br />

encontra. Leo K resolveu participar num casting<br />

em Buenos Aires e, desde então, tem acompanhado<br />

a companhia para todas as partes do mundo. «Vais<br />

<strong>se</strong>mpre modificando as relações com os companheiros<br />

e com o público, porque <strong>se</strong> trata de desafiar o<br />

teu próprio ritmo e de uma atitude». Uma atitude que<br />

<strong>se</strong> vai alterando com e perante a reacção de cada<br />

público, e cada país.<br />

E de<strong>se</strong>ngamnem-<strong>se</strong> os que relacionam imediatamente<br />

esta companhia com os Fura Dels Baús. De<br />

acordo com Pichon, no <strong>se</strong>u espanhol abrasileirado, o<br />

que têm em comum «é a maneira de pensar a cena<br />

teatral, mas por <strong>se</strong>r um teatro novo, a gente compara».<br />

A grande diferença é que «eles vêem o lado escuro<br />

do Homem e nós <strong>quer</strong>emos ressaltar o lado luminoso,<br />

a vida, a luz, a festa».<br />

Em cena até meados<br />

de Junho, De<br />

La Guarda é a<br />

proposta inicial de<br />

um espaço que<br />

promete animar a<br />

zona das docas de<br />

Lisboa até Dezembro.<br />

PASSATEMPO<br />

DE LA GUARDA<br />

DE LA GUARDA<br />

O MU e a UAU têm 5 entradas duplas para assistires ao espectáculo<br />

De La Guarda, para Domingo dia 12. Se <strong>quer</strong>es <strong>se</strong>r um dos<br />

vencedores, responde acertadamente à pergunta:<br />

» Qual a nacionalidade do grupo de teatro De La<br />

Guarda?<br />

Envia a resposta para mundo@mundouniversitario.pt com o teu<br />

nome e telefone, até às 14hs, do dia 9. Os vencedores <strong>se</strong>rão sorteados<br />

e notificados por telefone.


A Galé alentejana<br />

Praia, campo e<br />

6 JUNHO 2005 | 17<br />

[ fugas ]<br />

Muita diversão, um pôr-do-sol magnífico, praia, campo e o contacto<br />

privilegiado com a natureza. Que mais podias de<strong>se</strong>jar? O MU sugere<br />

um fim-de-<strong>se</strong>mana relaxante ou umas férias bem passadas na Galé<br />

alentejana. Um ponto de encontro obrigatório da tribo jovem.| por<br />

Andreia Arenga<br />

FOLIA<br />

Com a Primavera qua<strong>se</strong> a despedir-<strong>se</strong><br />

e a dar as boas vindas ao Verão, chega a<br />

vontade de pegar nas mochilas e partir em<br />

busca do sol. A praia ou o campo são, normalmente,<br />

os destinos escolhidos pela<br />

maioria para descansar. E como fazem<br />

aqueles que não con<strong>se</strong>guem decidir-<strong>se</strong> entre<br />

as duas opções? Bem, nes<strong>se</strong> caso, não<br />

há nada a fazer <strong>se</strong> não escolher um destino<br />

que conjugue as duas facetas.<br />

O MU investigou e descobriu a Galé. Trata<strong>se</strong><br />

da maior praia do Atlântico Norte e dá<br />

nome ao Parque de Campismo envolvente.<br />

Situa-<strong>se</strong> na costa alentejana, perto da localidade<br />

de Melides, e conta com uma área total<br />

de 32 hectares de pinhal. Mas o espaço<br />

é muito mais que um simples parque de<br />

campismo. É a combinação perfeita entre o<br />

campo e o mar. O parque é amplo, o acesso<br />

à praia é directo e o contacto com a natureza<br />

privilegiado. É o sítio ideal para relaxar<br />

de uma <strong>se</strong>mana agitada ou passar férias.<br />

| Tudo à mão de Semear |<br />

Como <strong>se</strong> de uma pequena aldeia <strong>se</strong> tratas<strong>se</strong>,<br />

a Galé oferece de tudo um pouco e é<br />

por isso que o parque é frequentado por<br />

pessoas de todas as idades. De um lado, a<br />

zona de roullotes, dividida por ruas catalogadas<br />

pelas letras do alfabeto, para além<br />

da área destinada a campistas residentes;<br />

do outro os bungalows, ideais para grupos<br />

| PASSATEMPO |<br />

de amigos ou familiares que preferem desfrutar<br />

de um ambiente mais calmo e confortável,<br />

longe da agitação da zona das<br />

tendas. A optarem pela última hipóte<strong>se</strong> é<br />

acon<strong>se</strong>lhável a re<strong>se</strong>rva antecipada, pois<br />

durante o verão o parque chega mesmo a<br />

ficar cheio. Por fim, existe a zona das tendas,<br />

localizada no pinhal. É <strong>chegar</strong>, procurar<br />

o sítio com a melhor vista para o mar,<br />

montar a tenda e deixar que o pôr-do-sol<br />

chegue. Esta é uma zona bastante ampla<br />

e também oferece abrigo do sol para aqueles<br />

que preferirem dormir sob um tecto de<br />

pinheiros frescos.<br />

Aspecto importante a ter em conta, o acesso<br />

à praia é logo mais abaixo. Basta descer<br />

a encosta e estamos na praia da Galé.<br />

Rodeada por falésias, o mar é traiçoeiro<br />

mas vale bem a pena.<br />

| Diversão e mais diversão |<br />

A excelente localização do camping oferece<br />

aos visitantes a possibilidade de conhecer<br />

melhor a costa alentejana. Há que sair<br />

do parque e pas<strong>se</strong>ar um pouco pela região:<br />

dar um pulinho a Melides, Vila Nova<br />

de Mil Fontes ou Porto Covo e desfrutar<br />

das belas praias da Costa Vincentina.<br />

Não <strong>quer</strong> isto dizer que quem por ali ficar<br />

não encontre motivos suficientes para <strong>se</strong><br />

divertir. É que, para além do contacto com<br />

a natureza, a Galé também oferece locais<br />

A Tagus e o MU têm para oferecer 1 baptismo de surf/ bodyboard no Sul ou no Norte<br />

do país. Para concorreres responde acertadamente à pergunta:<br />

» Qual a data em que sai a próxima edição do MU?<br />

Envia a resposta com o teu nome e telefone para mundo@mundouniversitario.pt, até<br />

às 16 hs do dia 16 de Junho. Os vencedores <strong>se</strong>rão notificados por e-mail.<br />

| Como ir |<br />

De norte para sul. Acon<strong>se</strong>lhamos-te a tomar a A2 em direcção a Setúbal e depois apanhar o<br />

Ferry-Boat para Tróia. A <strong>se</strong>guir, nada mais fácil: é <strong>se</strong>guir <strong>se</strong>mpre em frente em direcção a<br />

Melides. Atenção, porque antes de aí <strong>chegar</strong> encontras uma placa a dizer "Parque de Campismo<br />

Galé". É <strong>se</strong>guir a tabuleta e a estrada de areia vai dar directamente ao Parque.<br />

De sul para norte: Para os que <strong>quer</strong>em <strong>chegar</strong> mais rápido, há que apanhar a A2, sair em<br />

Grândola, <strong>se</strong>guir na direcção de Melides e, finalmente, do Parque de Campismo da Galé. Já<br />

os que vêm com bastante tempo, por que não vir <strong>se</strong>mpre junto à costa? Depois de Sines, a<br />

passagem por Santo André indica que falta pouco para <strong>chegar</strong> a Melides.<br />

de lazer e desporto, como a piscina ou o<br />

corte de ténis. Além disso, a praia da Galé<br />

também é conhecida por ter ondas propícias<br />

à prática de surf. Este é, portanto, um<br />

dos destinos mais procurados por alguns<br />

surfistas portugue<strong>se</strong>s.<br />

<strong>Quando</strong> a fome aperta, há duas hipóte<strong>se</strong>s:<br />

ou <strong>se</strong> improvisa um churrasco perto das<br />

tendas ou <strong>se</strong> vai até à ti Rosa, a caminho de<br />

Melides, e <strong>se</strong> prova o afamado arroz de pato,<br />

especialidade da casa com fama na região.<br />

Com tudo isto poder-<strong>se</strong>-ia pensar que pedir<br />

uma noite animada por aquelas bandas<br />

já era demais. Nada disso. Na Primavera<br />

pode-<strong>se</strong> aproveitar o salão de jogos do<br />

snack-bar para uma partida de snooker; a<br />

esplanada para trocar dois dedos de conversa<br />

e beber uma cervejola ou um sumo<br />

natural. No Verão, há música ao vivo todas<br />

as <strong>se</strong>xtas e sábados até à meia-noite, perto<br />

do restaurante do parque. Depois, a noite<br />

continua no bar situado mesmo na praia.<br />

Lá em baixo, são muitos os campistas que<br />

<strong>se</strong> reúnem no areal e aproveitam para tocar<br />

djambé ou dançar até ao amanhecer.<br />

Já os que vão numa 'versão a dois' podem<br />

simplesmente apreciar o magnífico céu da<br />

Galé e pedir de<strong>se</strong>jos enquanto contemplam<br />

as estrelas.<br />

PUB


18 | 6 JUNHO 2005<br />

[ bd ]<br />

Espaço coordenado por Geraldes Lino

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!