Madan Parque de Ciência - Mundo Universitário

8| 3 ABRIL 2006
[ boa vida ]
Smart drinks
Alimento para o cérebro
Os refrescos habituais e o
álcool têm novos adversários.
Chamam-lhes smart
drinks, bebidas interactivas
ou elixires de saúde e
já conquistaram os mercados
norte-americano e alemão.
Nomeadamente as
comunidades estudantis.
E porquê? Basta dizer que
se acredita que potenciam
a inteligência e ajudam a
combater o stress. Ao
mesmo tempo que alguns
as consideram aliadas na
época de frequências,
outros recusam-se a pôr
as mãos no fogo por elas.
| POR LINA MANSO |
LMANSO@MUNDOUNIVERSITARIO.PT |
Quem não experimentou ainda Red Bull
ou Gatorade? Estes exemplos de smart
drinks são apenas uma ponta do icebergue.
Apanóplia de elixires é grande e começam
agora a preparar-se em bares, conforme
o pedido do freguês.
Cocktails à base de sumos de fruta ou água
mineral e enriquecidos sobretudo com aminoácidos
essenciais – além de vitaminas,
minerais, óleo de fígado de bacalhau ou
extractos de ginseng e gingko biloba – têm
nos jovens estudantes entre os 20 e os 25
anos, um dos seus principais grupos de
consumidores.
De acordo com um artigo publicado no site
espanhol Mundogar, enquanto alguns
conhecedores os definem como um
«remédio contra o cansaço e a astenia»
(fraqueza), outros juram que «aumenta a
vitalidade e a resistência». De uma coisa
há, pelo menos, a certeza: potenciam a
energia.
Paralelamente, através do fornecimento de
nutrientes, compensam os maus hábitos
alimentares, existindo mesmo defensores
do seu papel atenuante em casos de intoxicações
ligeiras com origem no tabaco ou
no álcool.
| Mas cuidado...|
Mesmo não contendo substâncias tóxicas
ou que induzam ao vício, há quem aconselhe
prudência na altura da ingestão.
De acordo com um artigo publicado na
revista norte-americana FDA Consumer
(publicação do US Food and Drug Administration),
se a bebida contiver uma grande
dosagem de certa substância ou se a
quantidade ingerida for abusiva, «a toxicidade
e os efeitos colaterais a curto prazo
são possíveis». Cita, nomeadamente, os
exemplos da L – cisteína que não deve
ser consumida por crianças ou grávidas
(riscos para o feto), e do excesso de colina,
que pode estar na origem da gastroenterite
e pancreatite. E, além de problemas
derivados das proteínas, existe o
risco de hipervitaminose (especialmente
relacionada com inclusão abusiva de vitaminas
dos grupos B e C, as mais frequentemente
utilizadas nos elixires de
saúde).
O facto é que a FDAnão aprovou até agora
algum medicamento ou produto que
aumente a capacidade de memória e a
inteligência (mesmo baseado em métodos
naturais).
Entretanto, já há bares nos EUA especializados
na comercialização destas bebidas,
ao mesmo tempo que na Alemanha se vendem,
por ano, mais de 60 milhões de latas.
Quanto ao panorama nacional, até à data
de fecho do artigo tentámos obter dados
do Ministério da Saúde, sem sucesso.
A, B, Culinária com o Chef Olivier
Folhado de peixe-galo
Ingredientes para 4 pessoas
• 1 rolo de massa folhada;
• 1 alho francês;
• 2 lombos de peixe-galo;
• 4 tomates cereja;
• 1 colher sopa de manteiga;
• 250 gramas de cogumelos frescos;
• 1 limão;
• Sal, pimenta e azeite;
olivier@mundouniversitario.pt
Receita/Confecção
Primeiro, deixar os lombos de peixe-galo a marinar em sumo de limão com
um pouco de azeite, sal e pimenta. Enquanto isso, cortar às rodelas o alho
francês, os tomates cereja e os cogumelos, juntar tudo e saltear ligeiramente
numa frigideira com um pouco de manteiga. Uma vez completo
esse processo, passar os lombos de peixe já marinados na chapa de modo
bem rápido e de forma a ganhar apenas um pouco de cor de um lado e
do outro. Para montar o folhado, estender o rolo de massa numa mesa,
formar um tapete com o alho francês e os restantes ingredientes salteados,
juntar o peixe e fechar a massa em meia-lua (com a forma de um rissol
grande). Levar o folhado ao forno durante 20 minutos à temperatura
de 200 graus. Depois de cozido, estará pronto a servir. Bom apetite!