Tribunal de Contas - Anuário 2007
Tribunal de Contas - Anuário 2007
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A evolução <strong>de</strong> uma Instituição Antiga<br />
O Conselho Fiscal <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />
(1844-1849)<br />
Em 1844, a nova organização da Fazenda Pública<br />
estabelece, pela primeira vez, uma distinção clara<br />
entre a administração das receitas e <strong>de</strong>spesas<br />
públicas e o seu exame, verificação e julgamento.<br />
É ao Conselho Fiscal <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> que compete a<br />
função <strong>de</strong> controlo, embora este órgão não seja,<br />
ainda, nesta altura, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte uma vez que os<br />
seus membros eram nomeados pelo Governo.<br />
Passados cinco anos, o governo <strong>de</strong>creta nova<br />
reorganização da Administração Superior da<br />
Fazenda Pública. O Conselho Fiscal <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>,<br />
extinto em 10 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1849, “não passou<br />
<strong>de</strong> um ensaio, ponte <strong>de</strong> passagem entre o nada da<br />
fiscalização pombalina e a autêntica instituição<br />
revedora <strong>de</strong> contas”, então criada e <strong>de</strong>nominada<br />
<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>.<br />
O <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />
A gran<strong>de</strong> preocupação, neste momento histórico,<br />
foi a <strong>de</strong> garantir a in<strong>de</strong>pendência dos membros do<br />
<strong>Tribunal</strong> enquanto julgadores.<br />
Seguem-se vários regimentos do <strong>Tribunal</strong> (1860,<br />
1869, 1878); em 1881 o novo regulamento da<br />
Contabilida<strong>de</strong> Pública consagra a figura do “visto<br />
prévio”.<br />
SÉCULO XX<br />
O Conselho Superior <strong>de</strong> Administração Financeira do<br />
Estado (1911-1919)<br />
O Conselho Superior <strong>de</strong> Finanças (1919-1930)<br />
O <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />
Em Março <strong>de</strong> 1907, uma nova organização da<br />
Contabilida<strong>de</strong> Pública, para além <strong>de</strong> substituir o<br />
sistema <strong>de</strong> “exercício” pelo <strong>de</strong> gerência”, <strong>de</strong>terminou<br />
a sujeição <strong>de</strong> todas as or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> pagamento<br />
ao “visto” da Direcção-Geral da Contabilida<strong>de</strong><br />
Pública, retirando esta competência ao <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Contas</strong>. A implantação da República <strong>de</strong>spoletou a<br />
extinção <strong>de</strong>ste <strong>Tribunal</strong>, que ocorreu em 11 <strong>de</strong> Abril<br />
<strong>de</strong> 1911. Surge o Conselho Superior <strong>de</strong> Administração<br />
Financeira do<br />
Estado cujos membros<br />
eram <strong>de</strong>signados pela<br />
Câmara dos Deputados<br />
e por associações <strong>de</strong> interesse,<br />
em representação<br />
da Proprieda<strong>de</strong>,<br />
do Comércio, da Indústria<br />
e da Agricultura. O<br />
Conselho acabou por<br />
ter uma curta existência,<br />
sobretudo por não<br />
ter correspondido aos<br />
Henrique da Gama Barros<br />
Presi<strong>de</strong>nte do <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>.<br />
Nomeado em 27 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1900,<br />
ocupou o cargo até 11 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1911.<br />
<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />
Anuário <strong>2007</strong><br />
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