Tribunal de Contas - Anuário 2007
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A evolução <strong>de</strong> uma Instituição Antiga<br />
SÉCULO XIII<br />
Os primórdios<br />
Nos princípios <strong>de</strong>ste século, através da<br />
análise dos 4 livros <strong>de</strong> Recabedo<br />
Regni, verifica-se a existência <strong>de</strong> uma<br />
contabilida<strong>de</strong> muito rudimentar e <strong>de</strong> manifestações<br />
<strong>de</strong> uma certa preocupação com a fiscalização.<br />
Na segunda meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste mesmo século, dá-se a<br />
se<strong>de</strong>ntarização dos órgãos da administração<br />
pública, da justiça e da contabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senhando-se,<br />
com D. Dinis, o embrião <strong>de</strong> uma repartição<br />
contabilística: a Casa dos Contos.<br />
SÉCULO XIV<br />
A Casa dos Contos<br />
No final do séc. XIV estabeleceu-se a distinção entre<br />
os Contos <strong>de</strong> Lisboa e os Contos <strong>de</strong>l Rei.<br />
A partir do reinado <strong>de</strong> D. João I consolidou-se a<br />
autonomia dos Contos, datando o seu mais antigo<br />
Regimento <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1389. O po<strong>de</strong>r central<br />
visava, com este primeiro regimento e os que se<br />
lhe seguiram, dominar e disciplinar a burocracia<br />
que aumentava em número e em abusos.<br />
SÉCULO XV<br />
A consolidação<br />
Cada novo regimento da Casa dos Contos (um em<br />
1419 e outro em 1434) <strong>de</strong>nota o objectivo <strong>de</strong><br />
alcançar uma maior eficácia da contabilida<strong>de</strong>, bem<br />
como uma maior precisão e rapi<strong>de</strong>z na liquidação e<br />
fiscalização das contas.<br />
SÉCULO XVI<br />
A unificação<br />
O Regimento e Or<strong>de</strong>nações da Fazenda <strong>de</strong> D.<br />
Manuel, do ano <strong>de</strong> 1516, proce<strong>de</strong>u à renovação e<br />
sistematização <strong>de</strong> normas que orientaram durante<br />
mais <strong>de</strong> um século a contabilida<strong>de</strong> pública. Como<br />
corolário <strong>de</strong>sta evolução, D. Sebastião, por alvará<br />
<strong>de</strong> 1560, começou o movimento <strong>de</strong> unificação da<br />
contabilida<strong>de</strong> pública, tendo os Contos <strong>de</strong> Lisboa<br />
ficado assim ligados aos Contos do Reino e Casa.<br />
SÉCULO XVII<br />
A centralização<br />
Durante o domínio filipino, através <strong>de</strong> um Regimento<br />
<strong>de</strong> Filipe II, <strong>de</strong> 1627, efectuou-se uma<br />
importante reforma dos Contos: centralizou-se nos<br />
Contos do Reino e Casa toda a contabilida<strong>de</strong><br />
pública. Como afirma a historiadora Virgínia Rau,<br />
estavam lançadas as normas que haviam <strong>de</strong> regular<br />
a Contabilida<strong>de</strong> do estado Português até<br />
meados do Século XVIII.<br />
SÉCULO XVIII<br />
O Erário Régio<br />
O incêndio que se seguiu ao terramoto <strong>de</strong> 1755<br />
Anuário <strong>2007</strong><br />
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