14.09.2014 Views

Auditoria À IPE - Tribunal de Contas

Auditoria À IPE - Tribunal de Contas

Auditoria À IPE - Tribunal de Contas

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ora, consi<strong>de</strong>rando que um dos administradores do <strong>IPE</strong>, nos termos do Art. 4º do D.L.<br />

406 /90 <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Dezembro, é nomeado pelo Governo, mais absurda se torna a<br />

intromissão directa do Secretario <strong>de</strong> Estado do Tesouro na vida interna da Empresa<br />

bem como se mostra intrigante por parte <strong>de</strong>sta, a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res, votada por<br />

unanimida<strong>de</strong>, marginalizando e contrariando uma disposição estatutária, que alienam<br />

em benefício <strong>de</strong> um eventual e melhor ‘favor remuneratório’ relativamente aos <strong>de</strong>mais<br />

gestores do Sector Empresarial do Estado.<br />

E como último comentário importa referir que os po<strong>de</strong>res que advêm do exercício da<br />

função accionista do Estado 43 não são susceptíveis <strong>de</strong> se confundir com o exercício dos<br />

po<strong>de</strong>res hierárquicos em se<strong>de</strong> dos quais é possível, em certos casos, o superior<br />

hierárquico po<strong>de</strong> assimilar os po<strong>de</strong>res dos que se encontram abaixo na relação<br />

hierárquica, mas caracterizam-se pela emissão <strong>de</strong> orientações que fluem dos po<strong>de</strong>res<br />

<strong>de</strong> tutela e até <strong>de</strong> superintendência do Estado.<br />

9. Resposta da <strong>IPE</strong> ( pags. 42 a 47);<br />

9.1 A resposta da <strong>IPE</strong>, formulada através dos seus serviços jurídicos, pelo menos na<br />

parte que nos diz respeito, sustenta que ‘Empresa pública’ está apartada do regime do<br />

Decreto-Lei nº 495/88 <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Dezembro, que <strong>de</strong>duz nos seguintes termos:<br />

“Ainda que se verificassem as circunstâncias factuais acabadas <strong>de</strong> referir, a norma do<br />

Artigo 8º , nº 2 do Decreto-Lei nº 495/88 <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Dezembro, não é sequer em<br />

abstracto, aplicável à <strong>IPE</strong>.<br />

De facto, a <strong>IPE</strong> teria sempre que consi<strong>de</strong>rar-se submetida a um regime legal ,<br />

excepcional, não sendo portanto afectada pela legislação geral das socieda<strong>de</strong>s<br />

gestoras <strong>de</strong> participações sociais.<br />

Veja-se porquê:<br />

O diploma que <strong>de</strong>fine o regime jurídico das socieda<strong>de</strong> gestoras <strong>de</strong> participações<br />

sociais é o já referido Decreto-lei nº 495/88 <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Dezembro.<br />

Ora já antes da sua entrada em vigor tinha sido aprovado o Decreto-Lei nº 330/82, <strong>de</strong><br />

18 <strong>de</strong> Agosto, que continha em anexo os Estatutos da <strong>IPE</strong> , SA (então SARL) <strong>de</strong> cujo<br />

art, 3º a), constava o mesmíssimo objecto que agora se discute.<br />

Tendo os estatutos da <strong>IPE</strong> à data sido aprovados por um diploma legal e contendo um<br />

regime excepcional - melhor se diria singular - aplicável àquela entida<strong>de</strong>, a<br />

permissão <strong>de</strong> exercício das activida<strong>de</strong>s contidas na disposição referida em caso algum<br />

43 Vi<strong>de</strong> Art. 10º do Decreto-Lei nº 558/99 <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Dezembro<br />

184

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!