Relatório de Auditoria nº 8/2002 - Tribunal de Contas
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• uma empresa <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> programas, que estaria vocacionada para a produção<br />
interna e englobaria os principais activos da RTP nesta área. A constituição <strong>de</strong>sta<br />
empresa, com a eventual entrada <strong>de</strong> parceiros estratégicos no seu capital, implicaria a<br />
introdução <strong>de</strong> alterações a nível da filosofia do negócio e da estrutura organizativa.<br />
• uma empresa <strong>de</strong> serviços, que incluiria áreas específicas <strong>de</strong> recursos partilhados pelas<br />
restantes empresas do grupo, tais como as áreas técnicas e <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> informação.<br />
Esta empresa abarcaria uma das áreas, em que um programa <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos teria<br />
maior incidência.<br />
Para qualquer uma das alternativas apresentadas pela McKinsey, advogava-se, como<br />
prioritário, o lançamento <strong>de</strong> um programa “agressivo” e ambicioso <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos, o<br />
qual teria <strong>de</strong> passar por uma redução da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>, pelo menos, 40% em todas as áreas da<br />
empresa. Tratava-se <strong>de</strong> um objectivo instrumental para obter a necessária flexibilida<strong>de</strong><br />
estratégica e a criação <strong>de</strong> valor para as <strong>de</strong>cisões futuras, nomeadamente quanto ao nível da<br />
privatização.<br />
Destacava-se também que a realização, apenas, <strong>de</strong> “(...) uma alteração <strong>de</strong> natureza<br />
organizativa, sem o necessário reposicionamento estratégico dos canais e sem a aquisição <strong>de</strong><br />
capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão (...) po<strong>de</strong>rá orientar a atenção interna para questões <strong>de</strong> natureza<br />
processual, não se promovendo a adopção da postura <strong>de</strong> gestão necessária para solucionar o<br />
grave problema estrutural que a RTP enfrenta”.<br />
Posteriormente, já com mais um novo CA, agora nomeado no final <strong>de</strong> 1998, iniciaram-se os<br />
trabalhos para a elaboração <strong>de</strong> novo Plano Estratégico da Empresa. Para o efeito, a RTP<br />
proce<strong>de</strong>u à contratação externa <strong>de</strong> um quadro superior para coadjuvar o CA nas questões<br />
estratégicas, o qual passou a ocupar o cargo <strong>de</strong> Director-Geral <strong>de</strong> Planeamento <strong>de</strong> Controlo,<br />
anteriormente não existente, tendo surgido também a contratação <strong>de</strong> mais um novo estudo,<br />
<strong>de</strong>sta feita à empresa <strong>de</strong> consultoria IMCA, visando a elaboração do Projecto <strong>de</strong><br />
Reestruturação da “Antena”.<br />
Em reunião do CA da RTP, em Julho <strong>de</strong> 1999, para <strong>de</strong>bate das gran<strong>de</strong>s linhas a adoptar na<br />
reestruturação da empresa, o então seu Presi<strong>de</strong>nte, segundo os termos constantes da respectiva<br />
Acta, consi<strong>de</strong>rou “(...) ser bem esclarecedor da situação actual da Empresa o primeiro ponto<br />
do diagnóstico da empresa <strong>de</strong> consultoria IMCA e que é este: “A RTP é uma empresa sem<br />
projecto”, <strong>de</strong>monstrando fraqueza e <strong>de</strong>pendência financeira e que está suspensa <strong>de</strong> um forte<br />
movimento reorganizativo”.<br />
Entretanto, em Agosto do mesmo ano, é constituída a participada FO&CO, como forma <strong>de</strong><br />
autonomização do Centro <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> Lisboa.<br />
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