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Relatório de Auditoria nº 8/2002 - Tribunal de Contas

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Com este Plano procurava-se ainda, segundo o CA da época, estabilizar os custos com a<br />

programação dos canais; implementar medidas <strong>de</strong> reorganização e reestruturação internas;<br />

recuperar gradualmente os níveis <strong>de</strong> audiência <strong>de</strong> modo a justificar o serviço público e o<br />

esforço financeiro que lhe está associado e reduzir, tanto quanto possível, o seu custo; e<br />

atingir patamares <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> global <strong>de</strong> prestação do serviço público, <strong>de</strong> modo a tornar a<br />

empresa num referencial do sector.<br />

Em Agosto <strong>de</strong> 1996, a Tutela técnica da RTP <strong>de</strong>u o seu “acordo global” a este Plano <strong>de</strong><br />

Reestruturação, <strong>de</strong>terminando a sua reelaboração em versão final, <strong>de</strong>pois do novo contrato <strong>de</strong><br />

concessão estar aprovado.<br />

A partir do final <strong>de</strong> 1996, não tendo sido aprovado pelo Estado, a título <strong>de</strong>finitivo, o referido<br />

Plano <strong>de</strong> Reestruturação para 1996/2000, toma corpo a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a reestruturação da RTP<br />

<strong>de</strong>veria passar pela constituição <strong>de</strong> um grupo empresarial, sob a forma <strong>de</strong> “holding”, para se<br />

po<strong>de</strong>rem autonomizar empresarialmente as suas diferentes áreas e funções. Neste contexto,<br />

perspectiva-se também, para algumas das socieda<strong>de</strong>s a criar, a sua abertura a capitais<br />

privados.<br />

É no quadro <strong>de</strong>sta nova linha <strong>de</strong> orientação que a Tutela técnica, em Julho <strong>de</strong> 1997, <strong>de</strong>termina<br />

à RTP a apresentação <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> constituição <strong>de</strong> um grupo empresarial, sob a forma <strong>de</strong><br />

“holding”, que englobe nove socieda<strong>de</strong>s. Umas <strong>de</strong> capitais exclusivamente públicos, que<br />

seriam reservadas à prestação do serviço público e, outras, <strong>de</strong> capitais maioritariamente<br />

públicos ou mistos, que abarcariam as áreas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> relativas à RTC, TV-GUIA,<br />

produção própria <strong>de</strong> programas e comercialização dos arquivos da RTP.<br />

Para este efeito, a RTP volta a contratar novamente os serviços da empresa <strong>de</strong> consultoria<br />

McKinsey, que elaborou um trabalho <strong>de</strong>signado por “Definir a orientação estratégica e<br />

organizativa da RTP no contexto <strong>de</strong> uma visão <strong>de</strong> futuro do sector <strong>de</strong> Televisão e Multimédia<br />

em Portugal”.<br />

Neste novo estudo, apresentado no início <strong>de</strong> 1998, proce<strong>de</strong>-se à caracterização e avaliação das<br />

diversas alternativas estratégicas que se <strong>de</strong>paravam ao Estado para a reestruturação da RTP, a<br />

um nível do macro mo<strong>de</strong>lo organizativo a adoptar para a empresa, aten<strong>de</strong>ndo às principais<br />

tendências que se registavam no sector, a nível internacional, nomeadamente na Europa.<br />

Das i<strong>de</strong>ias chave que constam <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong>stacam-se as seguintes:<br />

Como situação <strong>de</strong> partida, a McKinsey consi<strong>de</strong>rou ser incontornável a realização <strong>de</strong> uma<br />

profunda reestruturação da RTP, referindo que, para além da empresa não se ter ajustado à<br />

liberalização do sector – sofrendo uma redução drástica das receitas <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>,<br />

aumentando o custo da programação, mantendo quase intactos os custos da sua infraestrutura<br />

<strong>de</strong> suporte e não tendo introduzido mecanismos rigorosos para a gestão das componentes<br />

comercial e <strong>de</strong> serviço público - as tendências <strong>de</strong> evolução futura, <strong>de</strong> segmentação <strong>de</strong><br />

audiências e <strong>de</strong> aumento dos custos operacionais, faziam perspectivar um agravamento<br />

adicional da situação.<br />

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