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Relatório de Auditoria nº 8/2002 - Tribunal de Contas

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Definir <strong>de</strong> forma clara os objectivos a financiar como serviço público:<br />

- Definir as audiências alvo do 2º canal e i<strong>de</strong>ntificar os seus interesses <strong>de</strong> programação;<br />

- Definir o conteúdo (género e origem) da programação a <strong>de</strong>dicar a cada grupo;<br />

Quantificar o custo <strong>de</strong> cada componente do serviço público em orçamento:<br />

- Quantificar o custo/hora do conteúdo da programação do 2º canal por género/origem;<br />

Definir o processo a instituir para fixar e controlar o cumprimento dos objectivos e orçamentos do<br />

serviço público:<br />

- Definir os indicadores, meios, periodicida<strong>de</strong> e entida<strong>de</strong>s para aferir o sucesso da programação<br />

face aos objectivos (índices <strong>de</strong> audiência, inquéritos <strong>de</strong> mercado, pareceres).<br />

O que então se procurou foi não só levar o Estado a assumir o financiamento do 2º canal, mas<br />

também a fixar os objectivos a cumprir pela RTP na prestação do serviço público, <strong>de</strong> modo<br />

claro e <strong>de</strong> maneira a po<strong>de</strong>rem ser medidos, tendo em vista a avaliação do seu cumprimento<br />

face ao Estado e às audiências.<br />

Como outras acções a contemplar no Programa <strong>de</strong> Mudança da RTP, foram propostas:<br />

• a implantação <strong>de</strong> uma nova estrutura organizativa da empresa, que, entre outras<br />

vertentes, passaria pela responsabilização <strong>de</strong> todos os directores da empresa por<br />

objectivos e orçamentos;<br />

• a autonomização empresarial da produção interna <strong>de</strong> programas, o que permitiria<br />

reduzir o nível <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> recursos com a criação <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong><br />

transparência dos custos reais gerados pela produção <strong>de</strong> programas; incentivar a<br />

consecução <strong>de</strong> custos com a adopção <strong>de</strong> uma perspectiva orientada para o mercado; e<br />

gerar receitas adicionais pelo aluguer a terceiros <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s temporárias;<br />

• a reestruturação da carteira <strong>de</strong> participadas da empresa, para se centralizar apenas no seu<br />

“core-bussiness”.<br />

Na sequência <strong>de</strong>ste trabalho, que incluía quer a discriminação, quer a calendarização <strong>de</strong> todas<br />

as acções a tomar, o CA da RTP assumiu o Programa <strong>de</strong> Mudança proposto, apresentando a<br />

sua configuração final ao accionista Estado, em Maio <strong>de</strong> 1995. Este, em AG realizada em<br />

Junho <strong>de</strong> 1995, veio consi<strong>de</strong>rar que o Plano implicava um esforço financeiro por parte do<br />

Estado <strong>de</strong>masiado elevado, pelo que se <strong>de</strong>veriam “contemplar outros cenários alternativos e<br />

avaliar o impacto financeiro <strong>de</strong>les resultante, sem se pôr em causa a implementação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já,<br />

das medidas <strong>de</strong> racionalização entretanto propostas”.<br />

Na mesma AG, o Estado, entre outras medidas e <strong>de</strong>cisões a tomar, consi<strong>de</strong>rou a eventual<br />

abertura <strong>de</strong> concurso público internacional para a concessão da publicida<strong>de</strong> da RTP ou, em<br />

alternativa, a privatização, ainda que parcial, da RTC, a privatização parcial do capital da TV<br />

GUIA e a alienação da participação <strong>de</strong>tida na EDIPIM, bem como a criação <strong>de</strong> uma empresa<br />

autónoma para o sector da produção, pelo que solicitou à RTP a apresentação <strong>de</strong> propostas<br />

concretas para o efeito.<br />

Posteriormente, já com nova administração nomeada em Março <strong>de</strong> 1996, após os membros da<br />

anterior, nomeada em Dezembro <strong>de</strong> 1995, terem renunciado aos seus cargos, na sequência do<br />

pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão apresentado pelo então Director <strong>de</strong> Informação, a RTP, em Julho <strong>de</strong> 1996,<br />

apresentou ao Governo um novo Plano <strong>de</strong> Reestruturação da empresa, para o período <strong>de</strong><br />

1996/2000.<br />

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