Relatório de Auditoria nº 8/2002 - Tribunal de Contas
Relatório de Auditoria nº 8/2002 - Tribunal de Contas
Relatório de Auditoria nº 8/2002 - Tribunal de Contas
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Naquela mesma data, o passivo remanescente da RTP correspondia a dívidas <strong>de</strong> curto prazo a<br />
fornecedores (cerca <strong>de</strong> 27,7 milhões <strong>de</strong> contos – 138,2 milhões <strong>de</strong> Euros) e ao Estado e a<br />
outros credores (cerca <strong>de</strong> 4,9 milhões <strong>de</strong> contos – 24,4 milhões <strong>de</strong> Euros), a dívidas <strong>de</strong><br />
médio/longo prazo à Segurança Social (cerca <strong>de</strong> 300 milhares <strong>de</strong> contos – 1,5 milhões <strong>de</strong><br />
Euros), a acréscimos e diferimentos passivos (3,8 milhões <strong>de</strong> contos – 18,9 milhões <strong>de</strong> Euros)<br />
e a provisões para outros riscos e encargos (24,7 milhões <strong>de</strong> contos – 123,2 milhões <strong>de</strong><br />
Euros).<br />
O crédito <strong>de</strong> fornecedores, que registou um aumento anual médio <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 26% no período<br />
<strong>de</strong> 1993 a 2000, tem vindo, também, a constituir-se como uma das principais fontes <strong>de</strong><br />
financiamento da RTP, em consequência dos seus <strong>de</strong>sequilíbrios estruturais <strong>de</strong> exploração e<br />
<strong>de</strong> tesouraria. Em 2000, tal fonte <strong>de</strong> financiamento sofreu uma acentuada utilização já que<br />
aumentou cerca <strong>de</strong> 90%, com relação ao ano anterior, tendo o prazo médio <strong>de</strong> pagamentos a<br />
fornecedores passado <strong>de</strong> 5,6 meses, em 1999, para 8,4 meses, no ano seguinte.<br />
Para além dos substanciais défices operacionais que anualmente tem acumulado, a RTP tem<br />
vindo também a suportar significativos encargos financeiros, <strong>de</strong>correntes, essencialmente, dos<br />
juros dos diversos financiamentos bancários que tem contraído para suportar a sua activida<strong>de</strong>.<br />
No período <strong>de</strong> 1993 a 2000, os custos financeiros líquidos da RTP atingiram um valor<br />
acumulado <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 39,1 milhões <strong>de</strong> contos (195 milhões <strong>de</strong> Euros), representando um<br />
valor médio <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 4,8 milhões <strong>de</strong> contos (23,9 milhões <strong>de</strong> Euros) ao ano. O crescimento<br />
anual médio <strong>de</strong>stes custos, nos últimos três anos, situou-se em cerca <strong>de</strong> 17%, tendo os<br />
mesmos atingido o seu valor máximo, <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 7,8 milhões <strong>de</strong> contos (38,9 milhões <strong>de</strong><br />
Euros), no ano 2000.<br />
Também em 2000, registou-se um acréscimo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 48%, relativamente ao ano anterior,<br />
nos encargos líquidos com juros suportados, que passaram <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 4,1 milhões <strong>de</strong> contos<br />
(20,4 milhões <strong>de</strong> Euros) para 6 milhões <strong>de</strong> contos (cerca <strong>de</strong> 30 milhões <strong>de</strong> Euros), em<br />
consequência do aumento do recurso ao financiamento bancário.<br />
Os encargos financeiros não sofreram ainda acréscimos maiores <strong>de</strong>vido à diminuição que se<br />
observou a partir 1997, com a reestruturação operada no passivo financeiro da empresa, do<br />
custo médio do financiamento bancário contraído, que passou <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 13%, em 1995, para<br />
9%, em 1997, oscilando o registado nos três últimos anos ente 4% e 5%.<br />
44