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Relatório de Auditoria nº 8/2002 - Tribunal de Contas

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Em termos gráficos, tais valores consubstanciaram a seguinte evolução:<br />

60<br />

Milhares Contos<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

93 94 95 96 97 98 99 00<br />

-20<br />

-30<br />

-40<br />

Anos<br />

Proveitos sem IC Custos <strong>de</strong>sembolsáveis Meios libertos<br />

Constata-se, assim, que os meios libertos da RTP, <strong>de</strong> valor negativo, têm assumido uma<br />

tendência com um sentido marcadamente <strong>de</strong>crescente, sendo a consequência <strong>de</strong> um efeito<br />

conjugado, primeiro, até 1997, <strong>de</strong> diminuição <strong>de</strong> proveitos (receitas <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>), e,<br />

posteriormente, a partir <strong>de</strong>sse ano, <strong>de</strong> crescimento contínuo <strong>de</strong> custos com a activida<strong>de</strong> da<br />

empresa.<br />

A expressão máxima <strong>de</strong>sta evolução atinge-se nos anos <strong>de</strong> 1999 e 2000, nos quais o défice<br />

operacional da RTP, que seria passível <strong>de</strong> ser financiado através <strong>de</strong> IC atingiu, no primeiro<br />

ano, cerca <strong>de</strong> 30 milhões <strong>de</strong> contos – 150 milhões <strong>de</strong> Euros, aumentando, significativamente,<br />

para 38 milhões <strong>de</strong> contos – 190 milhões <strong>de</strong> Euros, no segundo.<br />

Assim, caso se continue a observar a tendência dos últimos anos, sem que a RTP seja objecto<br />

<strong>de</strong> uma profunda reestruturação, o esforço financeiro do Estado ou, em alternativa, o passivo<br />

da empresa, irão sendo anualmente sobrecarregados com valores <strong>de</strong>sta gran<strong>de</strong>za, sem contar,<br />

ainda, com encargos financeiros.<br />

Da análise dos custos e proveitos operacionais da RTP <strong>de</strong>stacam-se ainda os aspectos que se<br />

passam a referir, nos números seguintes.<br />

6.1.1. RECEITAS DE PUBLICIDADE<br />

As receitas <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da RTP, restringidas que foram, a partir <strong>de</strong> 1997, ao 1º canal, têm<br />

sofrido, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1993, uma contínua diminuição, tendo sido esta tendência invertida apenas nos<br />

anos <strong>de</strong> 1998 e 1999, em consequência do forte crescimento que o mercado nacional <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> registou nestes anos.<br />

De 1992, ano em que a RTP (a operar praticamente em regime <strong>de</strong> monopólio) obteve receitas<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cerca 28,2 milhões <strong>de</strong> contos – 140,7 milhões <strong>de</strong> Euros, para o ano 2000,<br />

registou-se uma diminuição <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 51% nas receitas <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da empresa,<br />

equivalendo a uma redução média anual <strong>de</strong> 8%.<br />

40

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