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Relatório de Auditoria nº 8/2002 - Tribunal de Contas

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Ao nível da dimensão da RTC, revelam-se excessivos os recursos <strong>de</strong> que dispõe,<br />

nomeadamente em termos <strong>de</strong> pessoal, ao menos quando comparados, para o exercício <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>s idênticas, com as <strong>de</strong> um operador privado, o qual dispunha, em 1998, apenas <strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos recursos da RTC. Aliás, a sua existência, como empresa autónoma,<br />

carece <strong>de</strong> razão <strong>de</strong> ser, dado que bastaria que fosse a própria Estação que emite a publicida<strong>de</strong><br />

a proce<strong>de</strong>r, também, à sua comercialização através <strong>de</strong> uma área comercial e <strong>de</strong> marketing.<br />

Relativamente às participadas LPE, EUROVÍDEO, EDIPIM e MULTIDIFUSÃO, da análise<br />

dos resultados <strong>de</strong> auditoria exterior, promovida pela RTP no final <strong>de</strong> 1996, constatou-se que a<br />

falência <strong>de</strong>ste conjunto <strong>de</strong> firmas <strong>de</strong>correu <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong>sastrosos ou dos<br />

projectos que as mesmas representaram, nos quais predominou a ausência <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong><br />

viabilida<strong>de</strong>, a falta <strong>de</strong> clareza <strong>de</strong> diversos negócios assumidos, a ausência <strong>de</strong> fundamentação<br />

<strong>de</strong> várias <strong>de</strong>cisões, a falta <strong>de</strong> controlo da gestão, bem como a pouca preparação dos seus<br />

órgãos e estruturas.<br />

Relativamente às participações da RTP, realizadas no ano <strong>de</strong> 2000 e envolvendo a<br />

constituição das socieda<strong>de</strong>s VIVER PORTUGAL e PORTO TV, é questionável que uma<br />

empresa tecnicamente falida, como a RTP, ainda subscreva novos investimentos financeiros,<br />

a<strong>de</strong>mais quando as experiências passadas, embora distintas, acabaram por se saldar em novos<br />

prejuízos para a RTP.<br />

2.9. QUANTO ÀS PERSPECTIVAS TRAÇADAS, EM FINAIS DE 2000,<br />

PARA O FUTURO DA RTP<br />

No exercício <strong>de</strong> 2000, a acção do CA da RTP, apesar <strong>de</strong> se ter centrado na gestão corrente da<br />

empresa, acabou por introduzir diversas alterações ao nível da estrutura organizacional da<br />

mesma e por elaborar uma nova regulamentação interna para disciplina da utilização<br />

conferida aos seus sistemas <strong>de</strong> informação e <strong>de</strong> controlo interno.<br />

Quanto à reestruturação da RTP, proce<strong>de</strong>u-se, ainda, em 2000, à contratação <strong>de</strong> novo trabalho<br />

externo, tendo, mais uma vez, em vista o diagnóstico da situação económico-financeira da<br />

empresa, e, bem assim, as projecções <strong>de</strong> custos e <strong>de</strong> receitas a realizar faseadamente num<br />

horizonte temporal até ao ano <strong>de</strong> 2004, para se atingir o equilíbrio <strong>de</strong> exploração da empresa.<br />

Nestas projecções, que constituíram o Plano perfilhado pelo CA da RTP, ficou previsto que a<br />

empresa atingiria em 2004 um resultado líquido negativo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1,6 milhões <strong>de</strong> contos –<br />

8 milhões <strong>de</strong> Euros, sem encargos financeiros incluídos e consi<strong>de</strong>rando a atribuição pelo<br />

Estado <strong>de</strong> uma IC anual <strong>de</strong> 25 milhões <strong>de</strong> contos – 124,7 milhões <strong>de</strong> Euros.<br />

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