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Relatório de Auditoria nº 8/2002 - Tribunal de Contas

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<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />

Na perspectiva da RTP, esta empresa, quando passar a operar <strong>de</strong> um modo eficiente e<br />

competitivo no mercado, constituirá um dos meios através do qual se procurará conter os<br />

custos da produção nacional <strong>de</strong> conteúdos.<br />

13.2. RTC E PARTICIPADAS<br />

No exercício <strong>de</strong> 2000, a activida<strong>de</strong> da RTC envolveu um volume <strong>de</strong> fornecimentos e serviços<br />

externos adquiridos e <strong>de</strong> custos com pessoal que ascen<strong>de</strong>u a cerca <strong>de</strong> 1,2 milhões <strong>de</strong> contos –<br />

5,9 milhões <strong>de</strong> Euros, situando-se o valor médio dos três últimos anos em cerca <strong>de</strong> 1,1<br />

milhões <strong>de</strong> contos – 5,5 milhões <strong>de</strong> Euros. O número médio <strong>de</strong> trabalhadores afectos ao<br />

serviço da empresa, não incluindo órgãos sociais, cifrava-se em 60 pessoas.<br />

O funcionamento, em geral, da RTC baseia-se numa lógica <strong>de</strong> centro <strong>de</strong> custos, no qual os<br />

recursos que a empresa consome são acumulados em função da comissão que a RTP lhe paga,<br />

pela comercialização da publicida<strong>de</strong> da Estação.<br />

Por exemplo, com o crescimento do mercado nacional <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, registado nos anos <strong>de</strong><br />

1998 e 1999, também os custos incorridos pela RTC, com os fornecimentos e serviços<br />

externos adquiridos e custos com pessoal, cresceram na mesma proporção. No ano <strong>de</strong> 2000,<br />

não tendo os recursos consumidos acompanhado a diminuição que as receitas <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

sofreram, os resultados operacionais da RTC acabaram por se situar num valor negativo.<br />

Ilustrativa é também a situação verificada quando, no quadro das restrições impostas à RTP<br />

em matéria <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> pelo actual contrato <strong>de</strong> concessão, ao invés <strong>de</strong> se ter procurado<br />

redimensionar os recursos a consumir pela RTC, se aumentou a comissão que revertia para<br />

esta empresa, passando <strong>de</strong> 2,5% para 3,9% da facturação emitida.<br />

Ao nível da dimensão da RTC, mostram-se excessivos os recursos <strong>de</strong> que dispõe,<br />

nomeadamente em termos <strong>de</strong> pessoal, dado que, para o exercício <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s idênticas, o<br />

operador SIC dispunha, em 1998, apenas <strong>de</strong> 28 pessoas afectas à sua área comercial e <strong>de</strong><br />

marketing, 89 representando cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos recursos da RTC.<br />

A própria existência <strong>de</strong> uma empresa autónoma, como acontece com a RTC, revela pouca ou<br />

nenhuma razão <strong>de</strong> ser, dado que lógico seria a própria Estação, que emite a publicida<strong>de</strong>, a<br />

proce<strong>de</strong>r também à sua comercialização, através <strong>de</strong> uma área comercial e <strong>de</strong> marketing.<br />

Acresce que, enquanto entida<strong>de</strong> distinta, propiciará as <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong><br />

coor<strong>de</strong>nação que têm existido entre as vertentes da programação, a cargo da RTP, e a da<br />

venda <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, afecta à RTC.<br />

Na área da produção <strong>de</strong> programas, e perante a constituição da FO&CO, também não se<br />

justifica a existência <strong>de</strong> uma outra empresa autónoma, como acontece com a EDIPIM, que<br />

ainda se encontra em processo <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> empresas.<br />

89<br />

Segundo informação constante no anuário <strong>de</strong> 2000/2001 do Observatório nacional da comunicação.<br />

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