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Mai/Jun - Tribunal de Contas do Município de São Paulo

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<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> Nº 36 <strong>Mai</strong>o/<strong>Jun</strong>ho - 2007<br />

TCMSP EMITIU PARECER FAVORÁVEL ÀS<br />

CONTAS DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL<br />

www.tcm.sp.gov.br<br />

ISO 9001<br />

Em sessão extraordinária<br />

realizada no Plenário <strong>Paulo</strong><br />

Planet Buarque, em 26 <strong>de</strong> junho,<br />

os conselheiros aprovaram, por<br />

unanimida<strong>de</strong>, o Balanço das<br />

<strong>Contas</strong> da Prefeitura <strong>do</strong> Município<br />

<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, exercício <strong>de</strong><br />

2006. O conselheiro correge<strong>do</strong>r<br />

Roberto Braguim e o conselheiro<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte Edson Simões<br />

foram, respectivamente, relator<br />

e revisor das <strong>Contas</strong>. Na foto,<br />

o colegia<strong>do</strong> reuni<strong>do</strong> na sessão<br />

para a votação das <strong>Contas</strong><br />

da Administração Municipal.<br />

Página 3<br />

PALESTRA DA PROFESSORA WEIDA<br />

ZANCANER NO LANÇAMENTO DE NOVOS<br />

CURSOS DA ESCOLA DE CONTAS<br />

Oito novos cursos da “Escola<br />

<strong>de</strong> <strong>Contas</strong> Conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s<br />

Sales” foram lança<strong>do</strong>s no<br />

evento realiza<strong>do</strong> no <strong>Tribunal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Contas</strong> em 19 <strong>de</strong> junho. Na<br />

ocasião, a professora Weida<br />

Zancaner proferiu palestra<br />

sobre “Administração Pública<br />

e os princípios da moralida<strong>de</strong>,<br />

razoabilida<strong>de</strong>, proporcionalida<strong>de</strong><br />

e segurança jurídica”,<br />

tema pertinente ao conteú<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s novos cursos. Na foto, a<br />

professora Weida Zancaner<br />

durante a sua exposição.<br />

Página 2<br />

QUESTÕES AMBIENTAIS EM DEBATE NO TCMSP<br />

No mês em que se comemorou o “Dia Mundial <strong>do</strong> Meio<br />

Ambiente”, o Grupo Ambiental <strong>do</strong> TCM convi<strong>do</strong>u <strong>do</strong>is técnicos<br />

em questões ambientais, o professor e especialista em<br />

recursos hídricos, Aristi<strong>de</strong>s Almeida Rocha, e a especialista em<br />

educação ambiental e coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra municipal <strong>do</strong> Programa<br />

Agenda Ambiental da Administração Pública – A3P, Thaís<br />

Horta que, em oportunida<strong>de</strong>s diferentes, lotaram o plenário<br />

da Instituição durante as suas palestras. Na foto, o plenário<br />

lota<strong>do</strong> durante a palestra <strong>de</strong> Thaís Horta.<br />

Páginas 6 e 7<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> TCMSP em 1987, 1991 e 1995, o conselheiro aposenta<strong>do</strong><br />

Francisco Martin Gimenez faleceu no dia 15 <strong>de</strong> junho.<br />

Página 27


ESCOLA DE CONTAS LANÇOU OITO NOVOS CURSOS<br />

N O T A S<br />

<br />

Servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> e <strong>de</strong> diversos órgãos municipais estiveram presentes<br />

no lançamento <strong>do</strong>s novos cursos da Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>. No <strong>de</strong>talhe, a<br />

professora Weida Zancaner durante a palestra<br />

O lançamento <strong>de</strong> novos cursos da “Escola <strong>de</strong><br />

<strong>Contas</strong> Conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s Sales” aconteceu no dia<br />

19 <strong>de</strong> junho, no plenário <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong>. A palestra “Administração<br />

Pública e os princípios da Moralida<strong>de</strong>, Razoabilida<strong>de</strong>,<br />

Proporcionalida<strong>de</strong> e Segurança Jurídica”,<br />

ministrada pela professora e especialista em Direito<br />

Administrativo, Weida Zancaner, integrou o evento, com<br />

tema pertinente aos conteú<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s novos cursos.<br />

Segun<strong>do</strong> a professora, a iniciativa <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> em<br />

oferecer cursos ministra<strong>do</strong>s por uma Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />

<strong>do</strong> próprio órgão cumpre <strong>de</strong> forma honrosa a missão <strong>de</strong><br />

ensinar e atualizar os servi<strong>do</strong>res públicos. “Isso garante<br />

o melhor funcionamento da máquina administrativa”,<br />

disse Zancaner.<br />

Sobre o tema aborda<strong>do</strong> durante a sua palestra, a<br />

professora enfatizou os princípios da Moralida<strong>de</strong>, Razoabilida<strong>de</strong>,<br />

Proporcionalida<strong>de</strong> e Segurança Jurídica como<br />

vitais para o Esta<strong>do</strong> Democrático <strong>de</strong> Direito. “Sem que<br />

eles sejam <strong>de</strong>vidamente<br />

aplica<strong>do</strong>s, fica inviabilizada<br />

a existência <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

Democrático <strong>de</strong> Direito”,<br />

explicou a professora.<br />

Ao final da palestra,<br />

o conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s<br />

Sales cumprimentou a<br />

palestrante pela brilhante<br />

explanação. Em seguida,<br />

os oito novos cursos lança<strong>do</strong>s pela Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> foram<br />

apresenta<strong>do</strong>s pelo diretor <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ensino, Moacir<br />

Marques da Silva. São eles: A Administração Pública em<br />

Ação, Análise das Demonstrações Contábeis, Auditoria<br />

Governamental, Concessão <strong>de</strong> Adiantamento: uma<br />

abordagem prática, Gestão Financeira e Orçamentária <strong>do</strong><br />

SUS, Introdução à Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal para o<br />

nível médio, Previdência <strong>do</strong>s Servi<strong>do</strong>res Publicos: aposenta<strong>do</strong>ria<br />

e pensão e Parcerias na Administração Pública.<br />

Moacir Marques da Silva ressaltou que, com o lançamento<br />

<strong>do</strong>s novos cursos, a Escola passa a oferecer 27<br />

cursos <strong>de</strong> curta duração, que aten<strong>de</strong>m às necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> nível médio e superior. “Há um projeto<br />

para a Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> oferecer cursos para servi<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> nível operacional, além <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> pós-graduação<br />

em Administração Pública - o primeiro gratuito no Brasil<br />

– já aprova<strong>do</strong> pelo MEC e com previsão <strong>de</strong> início para o<br />

segun<strong>do</strong> semestre”, explicou Silva.<br />

O diretor concluiu o seu discurso com agra<strong>de</strong>cimentos<br />

dirigi<strong>do</strong>s ao presi<strong>de</strong>nte Antonio Carlos Caruso, que não<br />

me<strong>de</strong> esforços para viabilizar os projetos da Escola, e ao<br />

conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s Sales, dirigente <strong>do</strong> Centro Educacional,<br />

pelo incentivo e motivação na busca constante <strong>de</strong><br />

um trabalho <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

INSTITUTO MACKENZIE E ASTCOM FIRMAM CONTRATO PARA<br />

A REALIZAÇÃO DE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO NO TCMSP<br />

A Associação <strong>do</strong>s Servi<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Município<br />

<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> – ASTCOM e o Instituto<br />

Mackenzie assinaram, no dia 18 <strong>de</strong><br />

maio, um contrato para a realização <strong>de</strong><br />

um curso <strong>de</strong> pós-graduação em Gestão<br />

Pública, a ser ministra<strong>do</strong> nas <strong>de</strong>pendências<br />

da Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> TCM.<br />

Comissão <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Especialização<br />

em Gestão Pública <strong>do</strong> TCM reunida com<br />

o Assessor <strong>de</strong> Negócios <strong>do</strong> Mackenzie,<br />

Wal<strong>do</strong>miro Barbosa, e o presi<strong>de</strong>nte da<br />

ASTCOM, José Ferreira <strong>do</strong> Carmo<br />

O curso <strong>de</strong> 368 horas, distribuídas<br />

em três semestres, terá início no segun<strong>do</strong><br />

semestre. Será <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a bacharéis e/ou<br />

técnicos com formação <strong>de</strong> nível superior<br />

que integram o quadro <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />

<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> e são associa<strong>do</strong>s da<br />

ASTCOM.


N O T A S<br />

TCMSP APROVA CONTAS DA<br />

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL<br />

APROVADAS AS CONTAS<br />

DO TRIBUNAL DE CONTAS<br />

Por unanimida<strong>de</strong>, após<br />

cinco horas <strong>de</strong> sessão<br />

extraordinária realizada no<br />

dia 26 <strong>de</strong> junho, o <strong>Tribunal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Contas</strong> emitiu parecer<br />

favorável à aprovação das<br />

<strong>Contas</strong> da Prefeitura <strong>do</strong><br />

Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />

relativas ao exercício <strong>de</strong> 2006.<br />

Acompanharam o parecer <strong>do</strong><br />

<strong>Tribunal</strong>, alguns <strong>de</strong>staques e<br />

recomendações que <strong>de</strong>verão<br />

ser seguidas pela atual Administração<br />

Municipal.<br />

O relatório sobre o<br />

Balanço <strong>de</strong> 2006 foi li<strong>do</strong> na íntegra pelo conselheiro relator,<br />

Roberto Braguim que, na seqüência, proferiu o seu voto.<br />

O conselheiro revisor, Edson Simões, acompanhou o voto<br />

<strong>do</strong> relator, assim como os conselheiros Eurípe<strong>de</strong>s Sales<br />

e Maurício Faria. Como não houve empate, o presi<strong>de</strong>nte<br />

Antonio Carlos Caruso não votou.<br />

Em sessões extraordinárias realizadas nos dias 26 e 27 <strong>de</strong> junho, o colegia<strong>do</strong><br />

emitiu, respectivamente, parecer favorável às <strong>Contas</strong> da Prefeitura <strong>do</strong> Município<br />

<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> e <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />

Os conselheiros <strong>do</strong><br />

TCM, por unanimida<strong>de</strong>,<br />

emitiram parecer favorável<br />

à aprovação das <strong>Contas</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> relativas ao<br />

exercício financeiro <strong>de</strong> 2006.<br />

O Balanço foi aprecia<strong>do</strong><br />

em sessão extraordinária<br />

realizada no dia 27 <strong>de</strong><br />

junho.<br />

A <strong>de</strong>spesa empenhada<br />

no exercício foi<br />

menor <strong>do</strong> que os valores<br />

financeiros recebi<strong>do</strong>s, resultan<strong>do</strong><br />

na <strong>de</strong>volução <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> reais aos cofres da Prefeitura <strong>do</strong><br />

Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />

O conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s Sales, em nome <strong>do</strong><br />

colegia<strong>do</strong>, cumprimentou o presi<strong>de</strong>nte da Casa, Antonio<br />

Carlos Caruso, pela economia processada no exercício<br />

<strong>de</strong> 2006 e esten<strong>de</strong>u os cumprimentos ao quadro <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> pela exação no cumprimento <strong>do</strong> <strong>de</strong>ver.<br />

VOTO DE JÚBILO À ESCOLA DE CONTAS<br />

Verea<strong>do</strong>res paulistanos manifestaram seus votos<br />

<strong>de</strong> júbilo e congratulações com a“Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> Conselheiro<br />

Eurípe<strong>de</strong>s Sales”, cumprimentan<strong>do</strong> o Centro<br />

Educacional pela implantação <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> especialização<br />

em Administração Pública, que será ofereci<strong>do</strong> gratuitamente<br />

aos servi<strong>do</strong>res municipais ainda este ano.<br />

Em sessão plenária <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong>, realizada no dia<br />

23 <strong>de</strong> maio, o conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s Sales, dirigente<br />

da Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> vinculada ao <strong>Tribunal</strong>, comunicou ao<br />

colegia<strong>do</strong> o recebimento <strong>de</strong> uma cópia <strong>do</strong> apoio da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> ao curso <strong>de</strong> pós-graduação.<br />

O conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s Sales agra<strong>de</strong>ceu à<br />

Câmara Municipal por esse reconhecimento às iniciativas<br />

da Escola e esten<strong>de</strong>u as congratulações ao presi<strong>de</strong>nte<br />

Antonio Carlos Caruso, pelo constante apoio ao trabalho<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pelo Centro <strong>de</strong> Ensino.


N O T A S<br />

AVALIAÇÃO POSITIVA PARA O CURSO DE TRABALHO<br />

EM EQUIPE REALIZADO NOS GABINETES DO TCMSP<br />

Servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> gabinete <strong>do</strong> conselheiro Mauricio Faria reuni<strong>do</strong>s para discutir as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria.<br />

No <strong>de</strong>talhe, o grupo <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res da Assessoria (acima) e <strong>do</strong> Expediente<br />

Servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> expediente e da assessoria <strong>do</strong> gabinete<br />

<strong>do</strong> conselheiro Mauricio Faria concluíram o curso<br />

“Trabalho em equipe e relacionamento interpessoal” com<br />

uma avaliação positiva <strong>do</strong> trabalho realiza<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />

alcança<strong>do</strong>s. Foi o primeiro gabinete a concluir as duas<br />

etapas que compõem o treinamento <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a <strong>de</strong>senvolver<br />

o espírito <strong>de</strong> equipe e aperfeiçoar o relacionamento<br />

das pessoas no ambiente <strong>de</strong> trabalho.<br />

O curso foi organiza<strong>do</strong> pela Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Recursos<br />

Humanos. Segun<strong>do</strong> a chefe da Unida<strong>de</strong>, Luiza Correia<br />

Hruschka, “é necessário que os servi<strong>do</strong>res, além <strong>de</strong> bons<br />

profissionais, consigam se relacionar a<strong>de</strong>quadamente para<br />

alcançar resulta<strong>do</strong>s satisfatórios no trabalho”.<br />

Após a primeira etapa <strong>do</strong> treinamento, que consistiu<br />

em encontros semanais que totalizaram 16 horas, foi realizada<br />

uma reunião com as duas turmas, <strong>do</strong> expediente<br />

e da assessoria, para que discutissem oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

melhoria para o gabinete, converten<strong>do</strong> em ações práticas<br />

o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> curso.<br />

Segun<strong>do</strong> José Jair Batista, da equipe <strong>de</strong> RH, “os participantes<br />

<strong>de</strong>monstraram muita <strong>de</strong>dicação e um excelente<br />

nível <strong>de</strong> abertura ao olhar para <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong><br />

seus pontos fortes, mas também os pontos que po<strong>de</strong>riam<br />

ser melhora<strong>do</strong>s, o que possibilitou a discussão <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> melhorias num grau <strong>de</strong> alto profissionalismo,<br />

espírito <strong>de</strong> equipe e motivação”.<br />

A confirmação disso veio <strong>do</strong> chefe <strong>de</strong> gabinete <strong>do</strong><br />

conselheiro Maurício Faria, Alexandre Cor<strong>de</strong>iro. Na sua<br />

avaliação, to<strong>do</strong>s os participantes <strong>de</strong>monstraram uma postura<br />

pró-ativa que culminou em um ambiente propício<br />

para o surgimento <strong>de</strong> críticas e sugestões voltadas à<br />

melhoria das rotinas <strong>de</strong> trabalho. “Esses cursos são<br />

primordiais para o <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>. A melhor parte<br />

<strong>do</strong> treinamento está por vir. Se conseguirmos alcançar<br />

melhores resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> produção no trabalho a partir<br />

- também - <strong>de</strong> uma qualificação <strong>do</strong> relacionamento interpessoal,<br />

restará a prova <strong>de</strong> que valeu a pena”, justificou<br />

Alexandre Cor<strong>de</strong>iro. “Apesar <strong>do</strong> pouco tempo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

conclusão <strong>do</strong> curso, já é possível atestar essa situação<br />

com uma margem consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> segurança”, acrescentou<br />

Cor<strong>de</strong>iro.<br />

O chefe <strong>de</strong> gabinete esclareceu, ainda, que ao <strong>de</strong>finirem<br />

previamente com a equipe <strong>de</strong> RH a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> mapeamento <strong>de</strong> rotinas que pu<strong>de</strong>ssem ser aprimoradas,<br />

enten<strong>de</strong>u-se por mais produtivo dividir o Gabinete<br />

em <strong>do</strong>is grupos: funções <strong>de</strong> nível médio e operacional e<br />

superior. “Mas o encontro <strong>de</strong>sses grupos foi necessário,<br />

com o propósito <strong>de</strong> verificarmos a importância <strong>de</strong> um<br />

grupo em relação ao outro.”<br />

Como integrante da turma <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> expediente<br />

<strong>do</strong> gabinete <strong>do</strong> conselheiro Maurício Faria, o<br />

responsável pelo setor, Antonio Carlos <strong>de</strong> Melo Franco,<br />

também avaliou positivamente o curso. “A partir <strong>do</strong> momento<br />

em que nós conseguimos adquirir a consciência<br />

<strong>de</strong> que fazemos parte <strong>de</strong> um to<strong>do</strong>, passamos a <strong>de</strong>sempenhar<br />

melhor as nossas ativida<strong>de</strong>s”. Segun<strong>do</strong> Franco,<br />

os vários planejamentos feitos no dia <strong>do</strong> fechamento <strong>do</strong><br />

curso estão sen<strong>do</strong> gradativamente aplica<strong>do</strong>s.


TCMSP PARTICIPOU DO IV FÓRUM IRB-PROMOEX<br />

N O T A S<br />

O coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r chefe <strong>de</strong> Fiscalização e Controle,<br />

Marcos Chust, e os técnicos Ana Botelho, Irene Suguiyama<br />

e Rodrigo <strong>de</strong> Faria representaram o TCM no<br />

“IV Fórum IRB-PROMOEX”, realiza<strong>do</strong> em Florianópolis,<br />

Santa Catarina, nos dias 28 e 29 <strong>de</strong> junho. O evento,<br />

que reuniu cerca <strong>de</strong> 130 técnicos <strong>de</strong> tribunais <strong>de</strong> contas<br />

<strong>de</strong> várias partes <strong>do</strong> país, teve por principal objetivo o<br />

<strong>de</strong>bate sobre a Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal - LRF,<br />

com enfoque na harmonização conceitual <strong>do</strong>s pontos<br />

<strong>de</strong> controle da referida lei, promulgada em 2000.<br />

O secretário <strong>de</strong> Gestão <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Planejamento,<br />

Francisco Gaetani, e o ministro-substituto <strong>do</strong><br />

<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> da União, Augusto Sherman<br />

Cavalcanti, proferiram as palestras <strong>de</strong> abertura <strong>do</strong> evento.<br />

Também estiveram presentes representantes <strong>do</strong> Instituto<br />

Rui Barbosa - IRB, <strong>do</strong> PROMOEX, da Associação<br />

<strong>do</strong>s Membros <strong>do</strong>s Tribunais <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Brasil - ATRI-<br />

CON, da Secretaria <strong>do</strong> Tesouro Nacional e <strong>do</strong> Banco<br />

Interamericano <strong>de</strong> Desenvolvimento – BID, que disponibilizou<br />

recursos para a implantação <strong>do</strong> PROMOEX.<br />

As palestras foram seguidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates em três<br />

grupos temáticos, que na tar<strong>de</strong> <strong>do</strong> dia 28 e no dia 29,<br />

discutiram: receita corrente líquida, <strong>de</strong>spesa com pessoal<br />

e convergências e divergências <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais pontos<br />

<strong>de</strong> controle da LRF. O produto final <strong>do</strong>s grupos foi apresenta<strong>do</strong><br />

na plenária <strong>de</strong> encerramento <strong>do</strong> IV Fórum.<br />

A realização <strong>de</strong> fóruns está prevista no Programa<br />

<strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> Sistema <strong>de</strong> Controle Externo <strong>do</strong>s<br />

Esta<strong>do</strong>s, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Municípios Brasileiros<br />

(PROMOEX), cria<strong>do</strong> em 2005 para fortalecer, integrar e<br />

aumentar a eficiência e eficácia <strong>de</strong>sses órgãos como<br />

instrumentos <strong>de</strong> cidadania e <strong>de</strong> efetiva gestão <strong>do</strong>s<br />

recursos públicos.<br />

O tema <strong>do</strong> IV Fórum foi escolhi<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> em vista a<br />

implantação da Re<strong>de</strong> e <strong>do</strong> Portal <strong>do</strong>s tribunais <strong>de</strong> contas,<br />

uma das ações previstas no PROMOEX com o objetivo<br />

<strong>de</strong> tornar transparentes à socieda<strong>de</strong> os da<strong>do</strong>s relativos<br />

aos gastos públicos e ao cumprimento <strong>do</strong>s limites e metas<br />

da LRF por esta<strong>do</strong>s e municípios brasileiros. Para que os<br />

da<strong>do</strong>s possam ser disponibiliza<strong>do</strong>s em Re<strong>de</strong>, faz-se necessária<br />

a uniformização da interpretação e da aplicação<br />

<strong>do</strong>s conceitos relaciona<strong>do</strong>s à fiscalização <strong>do</strong> cumprimento<br />

da LRF pelos tribunais.<br />

Segun<strong>do</strong> os técnicos <strong>do</strong> TCMSP que participaram <strong>do</strong><br />

encontro em Florianópolis, os resulta<strong>do</strong>s finais apresentaram<br />

avanços na área <strong>de</strong> fiscalização <strong>de</strong> LRF, amplian<strong>do</strong><br />

as convergências em relação aos conceitos <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong><br />

controle, fortalecen<strong>do</strong> os vínculos institucionais entre os<br />

tribunais e fornecen<strong>do</strong> subsídios importantes para a implantação<br />

da Re<strong>de</strong> Nacional das Cortes <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> e <strong>do</strong><br />

Portal <strong>do</strong>s Tribunais.<br />

A organização <strong>do</strong> IV Fórum IRB-PROMOEX contou<br />

com o apoio técnico-administrativo <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Santa Catarina.<br />

TCMSP PARTICIPOU DO 41º CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO DE<br />

INSTITUIÇÕES DE PREVIDÊNCIA ESTADUAIS E MUNICIPAIS<br />

Magadar Rosália Briguet durante a palestra que ministrou no 41º<br />

Congresso da Abipem<br />

A assessora <strong>de</strong> controle externo da Área Jurídica<br />

<strong>do</strong> TCM, Magadar Rosália Briguet, representou o TCM<br />

no 41º Congresso Nacional da Abipem - Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Instituições <strong>de</strong> Previdência Estaduais e Municipais<br />

realiza<strong>do</strong> no dia 14 <strong>de</strong> junho, em Florianópolis -<br />

Santa Catarina.<br />

Na ocasião, Magadar Briguet proferiu palestra sobre<br />

“Cálculo <strong>de</strong> Benefícios Previ<strong>de</strong>nciários”. A palestra<br />

integrou o painel “Concessão <strong>de</strong> Benefícios: Cálculos e<br />

Elegibilida<strong>de</strong>s”, que <strong>de</strong>stacou as novas regras <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>ria<br />

e pensão impostas pelas emendas constitucionais<br />

20, 41 e 47. Durante a sua exposição, Magadar Briguet<br />

falou sobre os questionamentos <strong>de</strong> interpretação <strong>de</strong>stes<br />

dispositivos constitucionais enfrenta<strong>do</strong>s pelos institutos <strong>de</strong><br />

previdências municipais.<br />

Além <strong>de</strong> palestras e workshops, o evento contou com<br />

o <strong>de</strong>bate “Regimes Próprios - A quem interessa? Quem<br />

financia?”. O Congresso reuniu aproximadamente 900 inscritos<br />

e palestrantes <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> país.


N O T A S<br />

PALESTRAS PROMOVIDAS PELO<br />

GRUPO AMBIENTAL DO TCMSP ORGANIZOU EVENTOS<br />

COMEMORATIVOS AO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE<br />

Duas palestras fizeram parte da comemoração<br />

<strong>do</strong> “Dia Mundial <strong>do</strong> Meio Ambiente” organizada pelo<br />

Grupo Ambiental <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Município <strong>de</strong><br />

São <strong>Paulo</strong>.<br />

A primeira foi realizada no Dia Mundial,<br />

comemora<strong>do</strong> em 5 <strong>de</strong> junho. Na oportunida<strong>de</strong>,<br />

o biólogo, mestre e <strong>do</strong>utor em Ciências, professor,<br />

Aristi<strong>de</strong>s Almeida Rocha, falou sobre “Meio Ambiente e<br />

Recursos Hídricos”.<br />

PALESTRA 1: MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS<br />

No plenário lota<strong>do</strong>, o professor Aristi<strong>de</strong>s Almeida Rocha falou sobre o meio<br />

ambiente e os cuida<strong>do</strong>s com a água. No <strong>de</strong>talhe, o professor reuni<strong>do</strong> com o<br />

Grupo Ambiental <strong>do</strong> TCM<br />

No dia 5 <strong>de</strong> junho, data <strong>de</strong> comemoração <strong>do</strong> Dia<br />

Mundial <strong>do</strong> Meio Ambiente, o professor Aristi<strong>de</strong>s Almeida<br />

Rocha, a convite <strong>do</strong> Grupo Ambiental <strong>do</strong> TCM, realizou<br />

palestra sobre “Meio Ambiente e Recursos Hídricos”<br />

para os servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>, no plenário<br />

da Instituição.<br />

A abertura foi feita pelo subsecretário <strong>de</strong> Fiscalização<br />

e Controle, Lívio Fornazieri, que ressaltou a<br />

preocupação <strong>do</strong> TCM com as questões ambientais nas<br />

auditorias realizadas.<br />

Na seqüência, o professor Aristi<strong>de</strong>s Almeida<br />

Rocha iniciou a sua palestra falan<strong>do</strong> sobre o sistema <strong>de</strong><br />

Para encerrar o mês comemorativo, foi realizada,<br />

no dia 29 <strong>de</strong> junho, uma palestra com o tema “A Agenda<br />

Ambiental da Administração Pública – A3P”, ministrada<br />

por Thaís Horta, supervisora <strong>de</strong> Educação Ambiental e coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra<br />

da A3P na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. Leia também,<br />

nesta edição <strong>do</strong> TCM Informativo, artigos <strong>do</strong>s palestrantes<br />

sobre meio ambiente e o texto produzi<strong>do</strong> pelo Grupo<br />

Ambiental.<br />

gestão ambiental que, na sua opinião, <strong>de</strong>morou muito para<br />

ser cria<strong>do</strong>, <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> e divulga<strong>do</strong>. “O primeiro órgão<br />

técnico em São <strong>Paulo</strong><br />

que se preocupou com<br />

o controle da poluição<br />

das águas e <strong>do</strong> ar foi<br />

cria<strong>do</strong> nos anos 60”,<br />

disse o professor. “Se<br />

consi<strong>de</strong>rarmos que<br />

a industrialização<br />

começou no início<br />

<strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>,<br />

per<strong>de</strong>mos 60 anos”,<br />

acrescentou.<br />

Segun<strong>do</strong> Rocha, na ocasião havia apenas indivíduos,<br />

<strong>de</strong> vários extratos da socieda<strong>de</strong>, com preocupações<br />

ecológicas. “Observamos um avanço porque atualmente<br />

existem entida<strong>de</strong>s e governos engaja<strong>do</strong>s nas questões<br />

ambientais.”<br />

Durante o encerramento, o professor elogiou a iniciativa<br />

<strong>do</strong> TCM não somente pela realização da palestra,<br />

mas por ter constituí<strong>do</strong> um Grupo para divulgar e melhorar<br />

as condições <strong>de</strong> trabalho com embasamento na preocupação<br />

ecológica. “A existência <strong>de</strong> um Grupo Ambiental no<br />

<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> é um fato digno <strong>de</strong> ser ressalta<strong>do</strong>, pelo<br />

papel importante que exerce na preservação ambiental <strong>do</strong><br />

município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>”, concluiu Rocha.<br />

(Leia o artigo <strong>do</strong> professor Aristi<strong>de</strong>s Almeida Rocha nesta edição


GRUPO AMBIENTAL DO TCMSP<br />

N O T A S<br />

PALESTRA 2: AGENDA AMBIENTAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA<br />

A Agenda Ambiental<br />

da Administração Pública<br />

- A3P foi tema da palestra<br />

ministrada por Thaís<br />

Horta, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />

Programa A3P na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. O evento, que<br />

aconteceu no plenário <strong>do</strong><br />

<strong>Tribunal</strong> e marcou o encerramento<br />

<strong>do</strong> mês em que se<br />

comemora o “Dia Mundial<br />

<strong>do</strong> Meio Ambiente” (dia 5),<br />

foi promovi<strong>do</strong> pelo Grupo<br />

Ambiental <strong>do</strong> TCM no dia 29<br />

<strong>de</strong> junho.<br />

O A3P é um<br />

programa <strong>de</strong> âmbito fe<strong>de</strong>ral,<br />

que se originou no Ministério<br />

<strong>do</strong> Meio Ambiente, em<br />

1988, e chegou à Prefeitura<br />

<strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> em 2005,<br />

ocasião em que o executivo assinou a<br />

a<strong>de</strong>são ao Programa.<br />

Segun<strong>do</strong> Thaís Horta, a A3P “é<br />

um Programa volta<strong>do</strong> para a construção <strong>de</strong><br />

uma nova cultura institucional, que insere<br />

critérios socioambientais na administração<br />

pública”. Atualmente, já existem 28<br />

portarias publicadas e várias comissões<br />

<strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>dicadas à educação<br />

ambiental, compostas por funcionários<br />

<strong>do</strong>s órgãos públicos municipais. Cada comissão, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong><br />

seu local <strong>de</strong> trabalho, cuida <strong>de</strong> questões ambientais que<br />

englobam, entre outras coisas,<br />

iniciativas para economia <strong>do</strong><br />

consumo <strong>de</strong> água e energia,<br />

gestão a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> resíduos<br />

e inclusão <strong>de</strong> critérios socioambientais<br />

nos investimentos,<br />

compras e contratações <strong>de</strong><br />

serviços <strong>do</strong>s órgãos governamentais.<br />

A coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />

Programa A3P, que também<br />

é supervisora <strong>de</strong> Educação<br />

Ambiental da Secretaria<br />

Municipal <strong>do</strong> Ver<strong>de</strong> e Meio<br />

Ambiente, explicou, durante<br />

a sua exposição, que a A3P<br />

é um Programa dinâmico,<br />

embasa<strong>do</strong> em todas as<br />

normas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida,<br />

buscan<strong>do</strong> e <strong>de</strong>spertan<strong>do</strong> a valorização<br />

<strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r público no seu meio<br />

ambiente <strong>de</strong> trabalho.<br />

Embora ainda seja um Programa<br />

novo em São <strong>Paulo</strong>, com apenas <strong>do</strong>is anos,<br />

a coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra Thaís Horta apresentou, em<br />

suas estatísticas, os resulta<strong>do</strong>s positivos <strong>do</strong><br />

trabalho. “Somos um universo <strong>de</strong> 165 mil<br />

servi<strong>do</strong>res na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. Ainda<br />

não conseguimos envolver este contingente,<br />

mas as mudanças <strong>de</strong> hábito em favor <strong>do</strong><br />

meio ambiente já atingiram vários pontos<br />

da cida<strong>de</strong>”, concluiu Thaís Horta.<br />

(Leia o artigo <strong>de</strong> Thaís Horta nesta edição <strong>do</strong> TCM Informativo)<br />

LICENCIAMENTO AMBIENTAL FOI DEBATIDO NO TRIBUNAL DE CONTAS<br />

Os servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> assistiram à palestra<br />

“Licenciamento Ambiental no Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>”, ministrada<br />

pela diretora <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Controle da Qualida<strong>de</strong><br />

Ambiental da Secretaria Municipal <strong>de</strong> Ver<strong>de</strong> e Meio Ambiente,<br />

Regina Luiza Fernan<strong>de</strong>s Barros, no dia 22 <strong>de</strong> maio. O encontro<br />

aconteceu no plenário da Instituição e foi intermedia<strong>do</strong> pelo Grupo<br />

Ambiental <strong>do</strong> TCM.<br />

Durante a abertura <strong>do</strong> evento, o subsecretário <strong>de</strong> Fiscalização<br />

e Controle, Lívio Fornazieri, ressaltou a importância da troca <strong>de</strong><br />

experiências entre o TCM e a administração pública municipal.<br />

Segun<strong>do</strong> o subsecretário, a iniciativa <strong>de</strong>monstra que o <strong>Tribunal</strong><br />

não é um órgão que se limita somente à ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fiscalização.<br />

“Estamos constantemente buscan<strong>do</strong> maneiras <strong>de</strong> prestar bons<br />

Thaís Horta falou sobre o Programa A3P na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. No <strong>de</strong>talhe<br />

(abaixo), Thaís Horta reunida como o Grupo Ambiental e representantes da<br />

Presidência <strong>do</strong> TCM<br />

serviços à população <strong>do</strong> município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> e a troca <strong>de</strong> experiências<br />

com a administração municipal traz novos ângulos e perspectivas<br />

<strong>de</strong> trabalho.”<br />

No início da sua explanação, a palestrante Regina Barros<br />

reafirmou as palavras <strong>do</strong> subsecretário <strong>de</strong> Fiscalização e Controle,<br />

<strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> o <strong>Tribunal</strong> como um parceiro importante no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> trabalhos relevantes ao município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />

Em seguida, Regina Barros discorreu sobre a resolução nº 61 <strong>do</strong><br />

CONAMA, tema central da sua palestra. Segun<strong>do</strong> Regina Barros, a<br />

referida resolução é o regulamento que <strong>de</strong>termina sobre a exigibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> licenciamento ambiental no município, portanto, um instrumento<br />

estratégico para o trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pela Secretaria <strong>do</strong><br />

Ver<strong>de</strong> e Meio Ambiente <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.


A R T I G O S<br />

Valmir Leôncio da Silva [*]<br />

PROCESSO DE PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO<br />

ORÇAMENTÁRIA<br />

<br />

A VIRADA DO<br />

SÉCULO<br />

Os anos 90<br />

marcaram uma virada<br />

no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s negócios<br />

causada por uma enorme<br />

varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores.<br />

Entre esses fatores está<br />

a tecnologia.<br />

Gran<strong>de</strong>s empresas<br />

que <strong>do</strong>minavam seus<br />

respectivos merca<strong>do</strong>s só<br />

sobreviveram porque se<br />

reciclaram, inovaram e mudaram. Um exemplo é a IBM, exlí<strong>de</strong>r<br />

absoluta <strong>do</strong> universo da tecnologia, que enfrentou um<br />

terrível inferno astral e, <strong>de</strong> uma empresa eminentemente<br />

tecnológica, passou a ser uma empresa <strong>de</strong> serviços. Outro<br />

exemplo é a Enciclopédia Britânica <strong>de</strong> quase 300 anos que<br />

quebrou, foi novamente comprada e voltou com uma nova<br />

roupagem.<br />

Os reflexos <strong>do</strong> avanço tecnológico vêm, como não<br />

po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser, provocan<strong>do</strong> mudanças também na<br />

administração pública, só que num ritmo mais lento, e<br />

isso está acontecen<strong>do</strong> mais precisamente com a parte da<br />

administração voltada para finanças e orçamento.<br />

Os administra<strong>do</strong>res públicos começaram,<br />

forçadamente, a perceber que precisariam mudar, para<br />

enfrentar os novos <strong>de</strong>safios e a nova “cara” da administração<br />

pública. Dessa forma, o cenário nacional tem si<strong>do</strong><br />

movimenta<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma intensa pela voracida<strong>de</strong> com que o<br />

po<strong>de</strong>r público, <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os níveis <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, tem se lança<strong>do</strong><br />

na instituição <strong>de</strong> formas variadas para aumentar a receita,<br />

com o objetivo <strong>de</strong> fazer frente ao constante déficit público,<br />

provoca<strong>do</strong>, inclusive, pelo socorro ao sistema financeiro.<br />

No entanto, muito pouco havia si<strong>do</strong> feito no<br />

senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> equacionar os gastos públicos ao nível exato<br />

da receita, através <strong>de</strong> mecanismos que combatessem<br />

a evasão <strong>de</strong> receita pela inimiga, a sonegação.<br />

A solução parecia simples: bastava que se<br />

retirasse <strong>de</strong> circulação cada vez mais recursos priva<strong>do</strong>s,<br />

embora provocasse <strong>de</strong>sestabilização <strong>de</strong> preços correntes<br />

e bloqueasse o crescimento econômico, geran<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>semprego e <strong>de</strong>scumprin<strong>do</strong> a obrigação primordial<br />

<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> em realizar a promoção <strong>do</strong> bem estar social.<br />

Muito embora existam mecanismos legais para<br />

obrigar o administra<strong>do</strong>r público a realizar uma administração<br />

orçamentária, contábil e patrimonial apropriada com os<br />

princípios <strong>de</strong> legalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> moralida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> probida<strong>de</strong><br />

administrativa e <strong>de</strong> eficiência, os órgãos <strong>de</strong> controle,<br />

<strong>de</strong>ntre os quais o Po<strong>de</strong>r Legislativo, por si, ou por seus<br />

braços auxiliares – os Tribunais e Conselhos <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />

muitas vezes não conseguem conter, principalmente, a<br />

geração <strong>do</strong> déficit público.<br />

UMA NOVA LEI<br />

Neste senti<strong>do</strong>, a legislação vigente até então,<br />

a Lei Fe<strong>de</strong>ral nº4320/64, que estatui normas gerais <strong>de</strong><br />

Direito Financeiro, voltadas para a questão orçamentária<br />

e <strong>de</strong> balanços, estava sozinha e enfraquecida pelo<br />

tempo e sem, ainda por cima, uma lei para dar guarida<br />

quanto à sanção aplicável aos maus gestores públicos.<br />

Acontece que os reflexos <strong>do</strong>s avanços acabaram,<br />

também “pegan<strong>do</strong>” <strong>de</strong> jeito a administração pública, e<br />

crian<strong>do</strong> uma nova aliada à Lei 4320/64, pois em maio<br />

<strong>de</strong> 2000, surgiu a LRF- Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal,<br />

lei que também dispõe sobre direito financeiro, mas<br />

voltada para a responsabilida<strong>de</strong> na gestão fiscal, ou<br />

seja, gestão <strong>do</strong>s recursos públicos, mais precisamente<br />

receitas e <strong>de</strong>spesas.<br />

Dessa forma, juntas, a lei nº 101/00 e a lei nº<br />

4320/64, ainda conseguiram uma aliada importante: a<br />

lei <strong>de</strong> crimes fiscais, lei nº 10.028/00, que alterou, entre<br />

outros, o Código Penal, além <strong>de</strong> trazer novas sanções<br />

aplicáveis aos agentes públicos em caso específicos.<br />

Com a entrada em vigor da LRF, a administração<br />

pública se viu obrigada a trabalhar melhor o dinheiro<br />

público, sob pena <strong>de</strong> severa punição.<br />

Uma importante questão abordada pela LRF, e<br />

que está na Lei 4.320/64, trata das receitas e <strong>de</strong>spesas,<br />

pois um <strong>do</strong>s objetivos da LRF é fazer uma consolidação<br />

da contas públicas em nível nacional.<br />

Para po<strong>de</strong>r viabilizar essa consolidação, é<br />

necessário uniformizar os procedimentos utiliza<strong>do</strong>s<br />

em to<strong>do</strong>s os entes da fe<strong>de</strong>ração, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a União até o<br />

menor <strong>do</strong>s Municípios. Tarefa difícil, se pensarmos nas<br />

dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pela maioria <strong>do</strong>s mais <strong>de</strong> 5.560<br />

municípios existentes no Brasil.<br />

Mesmo assim, num esforço ímpar, a Secretaria<br />

<strong>do</strong> Tesouro Nacional vem por força <strong>de</strong> lei editan<strong>do</strong> normas<br />

objetivan<strong>do</strong> a<strong>de</strong>quar esse cenário heterogêneo.<br />

Nosso objetivo, aqui, não é dizer se essas<br />

normas, como vêm sen<strong>do</strong> editadas, estão corretas ou


A R T I G O S<br />

não. Nosso objetivo é comentar a respeito das receitas e<br />

<strong>de</strong>spesas que são, sem sombra <strong>de</strong> dúvidas, os principais<br />

atores <strong>de</strong>ssas leis.<br />

Dessa forma, teceremos comentários sobre<br />

a nova “roupagem” que as receitas e as <strong>de</strong>spesas<br />

passaram a ter após a LRF.<br />

OS INGRESSOS PÚBLICOS<br />

É tu<strong>do</strong> o que a administração pública arrecada,<br />

quer seja efetiva<strong>do</strong> por meio <strong>de</strong> numerário, quer seja por<br />

outros bens representativos <strong>de</strong> valores.<br />

São os valores arrecada<strong>do</strong>s pelos entes da<br />

fe<strong>de</strong>ração em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> dispositivos legais e<br />

constitucionais. “Ingressos” é uma <strong>de</strong>rivação <strong>do</strong> conceito<br />

contábil <strong>de</strong> “receita” agregan<strong>do</strong> outros conceitos<br />

utiliza<strong>do</strong>s pela administração pública em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas<br />

peculiarida<strong>de</strong>s. No entanto, essas peculiarida<strong>de</strong>s não<br />

interferem nos resulta<strong>do</strong>s contábeis regulamenta<strong>do</strong>s<br />

pelo Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> – CFC, por<br />

meio <strong>do</strong>s Princípios Fundamentais, até porque a macro<br />

missão da contabilida<strong>de</strong> é aten<strong>de</strong>r a to<strong>do</strong>s os usuários<br />

da informação contábil, harmonizan<strong>do</strong> conceitos,<br />

princípios, normas e procedimentos às particularida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> cada entida<strong>de</strong>.<br />

O ingresso <strong>de</strong> caráter não <strong>de</strong>volutivo auferi<strong>do</strong>s<br />

pelo po<strong>de</strong>r público em qualquer esfera governamental,<br />

para alocação e cobertura <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas públicas, é<br />

chama<strong>do</strong> Receita Orçamentária. Dessa forma, to<strong>do</strong><br />

o ingresso orçamentário constitui uma receita pública,<br />

pois tem como finalida<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>spesas públicas.<br />

É importante observar que nem tu<strong>do</strong> o que<br />

a administração pública arrecada aumenta o seu<br />

patrimônio e se <strong>de</strong>stina a fazer face aos gastos públicos,<br />

pois está condicionada à restituição ou representa mera<br />

recuperação <strong>de</strong> valores empresta<strong>do</strong>s ou cedi<strong>do</strong>s e que,<br />

por isso mesmo, não po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas como<br />

Receita Orçamentária.<br />

Ressaltamos, ainda, que a Portaria Fe<strong>de</strong>ral nº<br />

340, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2006, aprovou a 3ª edição <strong>do</strong><br />

manual <strong>de</strong> procedimentos da receita pública, que <strong>de</strong>ve<br />

ser utiliza<strong>do</strong> pela União, Esta<strong>do</strong>s, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e<br />

pelos Municípios. Este manual objetiva padronizar os<br />

procedimentos contábeis nos três níveis <strong>de</strong> governo, <strong>de</strong><br />

forma a garantir a consolidação das contas exigidas na<br />

Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal. Dessa forma, utilizamolo<br />

como base para elaboração <strong>do</strong> item “receitas”. Já com<br />

relação à <strong>de</strong>spesa, essa ainda não foi atualizada. Assim,<br />

usaremos o conceito atual.<br />

REGULAMENTAÇÃO<br />

A Lei nº 4.320/64 regulamenta os ingressos<br />

<strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os entes da fe<strong>de</strong>ração<br />

classifican<strong>do</strong>-os em <strong>do</strong>is grupos: orçamentários e extraorçamentários.<br />

Segun<strong>do</strong> o artigo 3º <strong>do</strong> art. 4.320/64, a Lei <strong>de</strong><br />

Orçamento compreen<strong>de</strong>rá todas as receitas, inclusive as<br />

operações <strong>de</strong> créditos autorizadas em Lei.<br />

E em seu § único, diz:<br />

“Não se consi<strong>de</strong>ram para fins <strong>de</strong>ste artigo as operações<br />

<strong>de</strong> crédito por antecipação <strong>de</strong> receita, as emissões <strong>de</strong><br />

papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e<br />

passivo financeiro.”<br />

Conforme po<strong>de</strong>mos observar, a Lei nº 4.320/64<br />

nos esclarece sobre a existência <strong>de</strong> <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> receitas:<br />

as que <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas na Lei Orçamentária e as<br />

que não <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas. As primeiras, trataremos<br />

como Ingressos Orçamentários; as outras, Ingressos Extraorçamentários.<br />

Ingressos orçamentários:<br />

São as receitas públicas, logo, pertencem à entida<strong>de</strong><br />

que as recolhe. Por isso, <strong>de</strong>vem estar contidas no orçamento<br />

público e po<strong>de</strong>rão ser utilizadas pela administração pública.<br />

Como exemplo <strong>de</strong> ingressos orçamentárias<br />

po<strong>de</strong>mos citar a arrecadação <strong>do</strong>s tributos pelos Municípios<br />

que, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a LRF, <strong>de</strong>vem instituir, prever e<br />

promover a efetiva arrecadação <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os tributos <strong>de</strong><br />

competência constitucional (artigo 11). São esses os<br />

tributos municipais, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o artigo 156 da CF:<br />

Imposto sobre a proprieda<strong>de</strong> predial e territorial urbana - IPTU;<br />

Imposto sobre a transmissão “intervivos”, a qualquer título,<br />

por ato oneroso, <strong>de</strong> bens imóveis, por natureza ou acessão<br />

física, e <strong>de</strong> direitos reais sobre imóveis, exceto os <strong>de</strong><br />

garantia, bem como cessão <strong>de</strong> direitos a sua aquisição;<br />

Imposto sobre serviços <strong>de</strong> qualquer natureza - ISS;<br />

Taxas;<br />

Contribuições <strong>de</strong> melhoria.<br />

Outros exemplos são: operações <strong>de</strong> créditos<br />

autorizadas em lei, dívida ativa, transferências<br />

constitucionais etc.<br />

Ingressos extra-orçamentários<br />

Compreen<strong>de</strong>m os recolhimentos feitos que<br />

constituirão compromissos exigíveis, cujo pagamento<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> autorização legislativa.<br />

São os ingressos <strong>de</strong> numerário que correspondam<br />

a um aumento <strong>de</strong> passivo financeiro (recebimento <strong>de</strong><br />

cauções e <strong>de</strong>pósitos, empréstimos a curto prazo, retenções<br />

na fonte em favor <strong>de</strong> terceiros, etc.) ou a uma redução<br />

<strong>de</strong> ativo financeiro realizável (recebimento <strong>de</strong> créditos<br />

inscritos no subgrupo “realizável”). No primeiro caso, o ativo<br />

financeiro (pela entrada <strong>do</strong> numerário no “disponível”) e o<br />

passivo financeiro (pela obrigação financeira assumida)<br />

são aumenta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> igual valor. No segun<strong>do</strong> caso, o<br />

disponível (pela entrada <strong>do</strong> numerário) é aumenta<strong>do</strong> e o<br />

realizável (pelo recebimento <strong>do</strong> crédito) é diminuí<strong>do</strong>, não<br />

alteran<strong>do</strong>, em conseqüência, o total <strong>do</strong> ativo financeiro.


A R T I G O S<br />

10<br />

O ingresso extra-orçamentário configurará sempre,<br />

como se po<strong>de</strong>rá verificar, uma entrada compensatória no<br />

ativo e passivo financeiros, representan<strong>do</strong>, por isso, um<br />

fato contábil <strong>do</strong> tipo permutativo, o que equivale dizer que<br />

não altera o patrimônio líqui<strong>do</strong> da entida<strong>de</strong>.<br />

Dessa forma, como se trata <strong>de</strong> ingressos compensatórios<br />

no ativo e passivo, teremos a obrigação <strong>de</strong> <strong>de</strong>volvermos<br />

ou pagarmos a quem <strong>de</strong> direito.<br />

CONTABILIZAÇÃO<br />

De acor<strong>do</strong> com os conceitos contábeis e<br />

orçamentários estabeleci<strong>do</strong>s, a receita pública po<strong>de</strong> ou<br />

não provocar variação na situação patrimonial líquida. De<br />

acor<strong>do</strong> com os efeitos produzi<strong>do</strong>s ou não no patrimônio<br />

líqui<strong>do</strong>, a receita pública po<strong>de</strong> ser efetiva e não-efetiva.<br />

Receita pública efetiva<br />

A receita pública efetiva é aquela em que os<br />

ingressos <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recursos não foram<br />

precedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> registro <strong>de</strong> reconhecimento <strong>do</strong> direito e não<br />

constituem obrigações correspon<strong>de</strong>ntes e, por isto, alteram<br />

a situação líquida patrimonial.<br />

Receita pública não-efetiva<br />

A receita pública não-efetiva é aquela em que os<br />

ingressos <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recursos foram precedi<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> registro <strong>do</strong> reconhecimento <strong>do</strong> direito e, por isto, alteram<br />

a situação líquida patrimonial.<br />

Reconhecimento da receita pública<br />

É a aplicação <strong>do</strong>s princípios fundamentais <strong>de</strong><br />

contabilida<strong>de</strong> para o reconhecimento e direitos antes da<br />

efetivação <strong>do</strong> correspon<strong>de</strong>nte ingresso <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>s.<br />

A Lei nº 4.320/64, em seus artigos 51 e 53, estabelece<br />

o direito <strong>de</strong> cobrança <strong>de</strong> tributos com base em duas<br />

ações governamentais: a instituição <strong>de</strong> tributo e a sua<br />

inclusão no orçamento mediante lei, observadas as regras<br />

constitucionais. Portanto, a combinação da instituição<br />

<strong>de</strong> um tributo e sua inclusão no orçamento constitui<br />

reconhecimento <strong>de</strong> receita para o ente.<br />

Recebimento <strong>de</strong> receita pública<br />

É a aplicação <strong>do</strong> regime orçamentário <strong>de</strong> caixa<br />

<strong>de</strong>scrito no art. 11 da Lei nº 4.320/64 que resulta em<br />

registro contábil <strong>do</strong> ingresso <strong>de</strong> recursos, provenientes<br />

<strong>de</strong> receitas anteriormente reconhecidas ou reconhecidas<br />

no momento <strong>do</strong> recebimento. Consi<strong>de</strong>ra-se também<br />

ingresso <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos, a compensação<br />

ou quitação <strong>de</strong> obrigações utilizan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> direitos ou<br />

conversão <strong>de</strong> obrigações em receita, cujos recebimentos<br />

estejam previstos no orçamento.<br />

FLUXO DA RECEITA PÚBLICA NO<br />

CONTEXTO GERAL<br />

Na administração pública, o fluxo<br />

econômico é compreendi<strong>do</strong> por <strong>do</strong>is conceitos<br />

distintos, porém integra<strong>do</strong>s. O primeiro é o conceito<br />

financeiro fundamenta<strong>do</strong> na filosofia <strong>do</strong> ingresso <strong>de</strong><br />

disponibilida<strong>de</strong>, no qual se baseou o orçamento, e<br />

estabeleceu o regime <strong>de</strong> caixa para a receita pública.<br />

O segun<strong>do</strong> é o conceito patrimonial que por<br />

muito tempo não foi observa<strong>do</strong> tanto pela administração<br />

pública quanto pela contabilida<strong>de</strong> pública aplicada<br />

ao setor público e que, com o advento da Lei <strong>de</strong><br />

Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal, para fazer cumpri-lo, é<br />

necessária uma mudança cultural.<br />

CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DA<br />

RECEITA PÚBLICA 1<br />

Quanto à classificação econômica, as receitas<br />

são classificadas em corrente e capital.<br />

Receitas correntes<br />

São as receitas tributárias, <strong>de</strong> contribuições,<br />

patrimonial, agropecuária, industrial, <strong>de</strong> serviços e<br />

outras e, ainda, as provenientes <strong>de</strong> recursos financeiros<br />

recebi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> outras pessoas <strong>de</strong> direito público ou priva<strong>do</strong>,<br />

quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>spesas classificáveis<br />

em “<strong>de</strong>spesas correntes”.<br />

Receitas <strong>de</strong> capital<br />

São as provenientes da realização <strong>de</strong> recursos<br />

financeiros oriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> constituição <strong>de</strong> dívida, da<br />

conversão, em dinheiro, <strong>de</strong> bens e direitos, os recursos<br />

recebi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> outras pessoas <strong>de</strong> direito público ou priva<strong>do</strong>,<br />

<strong>de</strong>stinadas a aten<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>spesas classificáveis em<br />

<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> capital e, ainda, o superávit <strong>do</strong> orçamento<br />

corrente.<br />

CODIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA<br />

RECEITA<br />

NATUREZA DA RECEITA<br />

Na elaboração <strong>do</strong> orçamento público, a<br />

codificação orçamentária da natureza da receita é<br />

composta <strong>do</strong>s níveis abaixo:<br />

1º Nível – Categoria econômica<br />

2º Nível – Fonte<br />

3º Nível – Subfonte<br />

4º Nível – Rubrica<br />

5º Nível – Alínea<br />

6º Nível – Subalínea<br />

¹Art. 11 da Lei 4.320/64.


A R T I G O S<br />

DETALHAMENTO DE CÓDIGO<br />

DA NATUREZA DA RECEITA<br />

ORÇAMENTÁRIA<br />

Para aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s internas, a União,<br />

Esta<strong>do</strong>s, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Municípios po<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>talhar<br />

as classificações orçamentárias constantes <strong>do</strong> anexo I,<br />

a partir <strong>do</strong> nível ainda não <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>. A administração<br />

<strong>do</strong>s níveis já <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s cabe à União.<br />

Exemplo 1: 1.1.1.2.04.10 – Pessoas físicas:<br />

1 = Receita corrente (categoria econômica);<br />

1 = Receita tributária (fonte);<br />

1 = Receita <strong>de</strong> impostos (subfonte);<br />

2 = Impostos sobre o patrimônio e a renda (rubrica);<br />

04 = Imposto sobre a renda e proventos <strong>de</strong> qualquer<br />

natureza (alínea);<br />

10 = Pessoas físicas (subalínea) - NÍVEL EXCLUSIVO<br />

DA STN.<br />

XX = NÍVEL DE DETALHAMENTO OPTATIVO.<br />

REGIME DE EXECUÇÃO<br />

ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA<br />

PÚBLICA<br />

Conceito orçamentário<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista orçamentário, o regime <strong>de</strong><br />

caixa é legalmente instituí<strong>do</strong> para a receita pública, ou<br />

seja, no momento <strong>do</strong> ingresso <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>. Tal<br />

situação <strong>de</strong>corre da aplicação da Lei nº 4.320/64, que<br />

em seu artigo 35, dispõe pertencerem ao exercício<br />

financeiro as receitas nele arrecadadas.<br />

A a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong> regime <strong>de</strong> caixa para as receitas<br />

<strong>de</strong>corre <strong>do</strong> enfoque orçamentário da Lei nº 4.320/64,<br />

com o objetivo <strong>de</strong> evitar o risco <strong>de</strong> que a execução<br />

das <strong>de</strong>spesas orçamentárias ultrapasse a arrecadação<br />

efetivada.<br />

A aplicação <strong>do</strong> regime orçamentário <strong>de</strong><br />

caixa abrange também os ingressos indiretos. São<br />

<strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s ingressos indiretos as operações<br />

realizadas pelo ente que consistem na utilização <strong>de</strong><br />

direitos, cujos recebimentos estejam previstos no<br />

orçamento, para quitar obrigações também autorizadas<br />

no orçamento.<br />

O conceito estabeleci<strong>do</strong> no artigo 35 é bastante<br />

incisivo ao caracterizar como receita <strong>do</strong> exercício<br />

corrente aquela que for arrecada no próprio exercício.<br />

Não permite nenhuma exceção, mas algumas práticas<br />

têm <strong>de</strong>scaracteriza<strong>do</strong> esse conceito.<br />

O equilíbrio das receitas e <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>ve ser<br />

compreendi<strong>do</strong> no tempo e não em cada exercício. Este<br />

conceito é <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> da aplicação <strong>do</strong> artigo 35. Não se <strong>de</strong>ve<br />

confundir equilíbrio orçamentário da previsão e da <strong>do</strong>tação,<br />

com o equilíbrio das execuções das receitas e <strong>de</strong>spesas.<br />

O equilíbrio orçamentário da previsão e da <strong>do</strong>tação<br />

é basea<strong>do</strong> no princípio da anualida<strong>de</strong>, combina<strong>do</strong> com<br />

a inclusão, no total da previsão, <strong>do</strong> valor <strong>do</strong>s sal<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

exercícios anteriores para justificar o suporte financeiro à<br />

<strong>do</strong>tação orçamentária.<br />

O equilíbrio da execução das receitas e <strong>de</strong>spesas<br />

é basea<strong>do</strong> no princípio da origem e da aplicação <strong>de</strong><br />

recursos, caracteriza<strong>do</strong> pelo equilíbrio financeiro no tempo.<br />

Dessa forma, não são receitas arrecadadas e, portanto,<br />

não <strong>de</strong>vem ser registradas como tal, até porque já foram<br />

arrecada<strong>do</strong>s os recursos financeiros oriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong>:<br />

1 – Superávit financeiro – artigo 43, parágrafo 1º , inciso I –<br />

aplicação <strong>do</strong> princípio <strong>do</strong> equilíbrio <strong>de</strong> receitas e <strong>de</strong>spesas,<br />

que consi<strong>de</strong>ra o superávit financeiro fonte para aumento<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>do</strong> exercício seguinte. Portanto, trata-se <strong>de</strong><br />

sal<strong>do</strong> financeiro, e não <strong>de</strong> nova receita a ser registrada.<br />

2 – Cancelamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas inscritas em “restos a pagar”<br />

– artigo 38 – aplicação <strong>do</strong> princípio <strong>do</strong> equilíbrio <strong>de</strong> receitas e<br />

<strong>de</strong>spesas que consi<strong>de</strong>ram as disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recursos<br />

<strong>de</strong>stinadas ao pagamento <strong>de</strong> restos a pagar como fonte<br />

para aumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>do</strong> exercício em que ocorrer<br />

o cancelamento. Portanto, trata-se <strong>de</strong> restabelecimento<br />

<strong>de</strong> sal<strong>do</strong> <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> comprometida, resultante <strong>de</strong><br />

receitas arrecadadas em exercícios anteriores, e não <strong>de</strong><br />

uma nova receita a ser registrada. Seria o mesmo que<br />

registrar uma receita mais <strong>de</strong> uma vez, e isso <strong>de</strong>scaracteriza<br />

a aplicação tanto <strong>do</strong> princípio da competência contábil,<br />

quanto <strong>do</strong> regime orçamentário <strong>de</strong> caixa.<br />

Enten<strong>de</strong>-se por cancelamento <strong>de</strong> “restos a<br />

pagar” o estorno da obrigação constituída em exercícios<br />

anteriores em contrapartida com uma variação ativa<br />

resultante <strong>do</strong> cancelamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa orçamentária<br />

inscrita em “restos a pagar” em exercícios anteriores. Não<br />

se confun<strong>de</strong> com a recuperação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> exercícios<br />

anteriores. A recuperação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas orçamentárias <strong>de</strong><br />

exercícios anteriores é o recebimento <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>s<br />

provenientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>voluções <strong>de</strong> recursos pagos a maior<br />

ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos concedi<strong>do</strong>s após o encerramento <strong>do</strong><br />

exercício. Neste caso, trata-se <strong>de</strong> receita orçamentária.<br />

DESPESA PÚBLICA<br />

São to<strong>do</strong>s os valores que são gastos pela<br />

administração pública para as mais diversas finalida<strong>de</strong>s,<br />

como por exemplo: para a manutenção <strong>de</strong> serviços<br />

existentes, pagamento <strong>de</strong> salários e para a criação,<br />

expansão ou aperfeiçoamento da ação governamental,<br />

visan<strong>do</strong> à satisfação das necessida<strong>de</strong>s coletivas ou até<br />

mesmo os repasses <strong>de</strong> valores que ficam consigna<strong>do</strong>s<br />

11


12<br />

(reti<strong>do</strong>s) na administração para pagamento a fornece<strong>do</strong>res<br />

ou para simplesmente serem repassa<strong>do</strong>s a outros entes.<br />

Nem to<strong>do</strong>s esses valores diminuem o patrimônio<br />

da entida<strong>de</strong>, pois algumas <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>spesas foram feitas<br />

com valores <strong>de</strong> terceiros, os quais foram <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s no<br />

ente, e este agiu apenas como intermedia<strong>do</strong>r.<br />

As <strong>de</strong>spesas públicas se divi<strong>de</strong>m em <strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s grupos,<br />

que, a seguir, serão comentadas, as orçamentárias e as<br />

extra-orçamentárias.<br />

A R T I G O S<br />

permutativo, uma vez que não altera o patrimônio líqui<strong>do</strong>.<br />

Observação: po<strong>de</strong> acontecer o caso em que a receita<br />

extra-orçamentária se torne orçamentária. Como?<br />

Temos, por exemplo, o caso <strong>do</strong> imposto <strong>de</strong> renda reti<strong>do</strong><br />

na fonte <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res, que, por força constitucional, é<br />

reti<strong>do</strong> e contabiliza<strong>do</strong> como uma obrigação e <strong>de</strong>pois<br />

é reti<strong>do</strong> no próprio ente municipal. Outros exemplos<br />

são os valores recebi<strong>do</strong>s como “caução” e também o<br />

cancelamento <strong>de</strong> restos a pagar (art.38).<br />

2º Funcional programática: Função, subfunção, programas, projeto/ativida<br />

Despesa orçamentária<br />

Classificação da <strong>de</strong>spesa<br />

A <strong>de</strong>spesa orçamentária po<strong>de</strong> ser<br />

operações<br />

conceituada<br />

especiais.<br />

1º Institucional: Po<strong>de</strong>r, órgão e unida<strong>de</strong> orçamentária.<br />

como aquela que a entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> direito público, 2º Funcional programática: Função, subfunção,<br />

<strong>de</strong>vidamente autorizada pela lei orçamentária 3º Por natureza: ou pelos Categoria programas, econômica, projeto/ativida<strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> ou operações natureza da especiais. <strong>de</strong>spesa e ele<br />

créditos adicionais, realiza para a manutenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa. serviços 3º Por natureza: Categoria econômica, grupo <strong>de</strong> natureza<br />

anteriormente cria<strong>do</strong>s e para a criação ou ampliação <strong>do</strong>s da <strong>de</strong>spesa e elemento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa.<br />

serviços públicos, visan<strong>do</strong> à satisfação das Obs. necessida<strong>de</strong>s Os três itens 2º juntos Funcional Obs. formam Os programática: três uma itens Função, <strong>do</strong>tação juntos subfunção, orçamentária.<br />

formam programas, uma projeto/ativida<strong>de</strong> <strong>do</strong>tação ou<br />

coletivas. Para que a <strong>de</strong>spesa orçamentária possa ser operações orçamentária. especiais.<br />

realizada, é imprescindível, como se vê, que esteja<br />

programada no orçamento ou autorizada<br />

1º- INSTITUCIONAL:<br />

por créditos<br />

3º Por<br />

1ºnatureza:<br />

PODER,<br />

INSTITUCIONAL:<br />

Categoria ÓRGÃO econômica, E<br />

PODER,<br />

UNIDADE grupo <strong>de</strong><br />

ÓRGÃO<br />

natureza ORÇAMENTÁRIA<br />

da<br />

E<br />

<strong>de</strong>spesa<br />

UNIDADE<br />

e elemento<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa.<br />

adicionais. A <strong>de</strong>spesa orçamentária <strong>de</strong>ve ser realizada ORÇAMENTÁRIA<br />

com rigorosa observância aos três estágios Supon<strong>do</strong> que a a <strong>do</strong>tação Lei Obs. orçamentária: Os três itens juntos formam 60.16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51.00<br />

uma <strong>do</strong>tação orçamentária.<br />

Fe<strong>de</strong>ral nº 4.320/64 estabelece: empenho, liquidação e Supon<strong>do</strong> a <strong>do</strong>tação orçamentária: 60.16.10.12.365.015<br />

pagamento.<br />

1.9.565.4.4.90.51.00<br />

1º- INSTITUCIONAL: PODER, ÓRGÃO E UNIDADE ORÇAMENTÁRIA<br />

Finalmente, é importante anotar que, excetua<strong>do</strong>s<br />

Po<strong>de</strong>r 60 - PMSP<br />

os casos previstos pela legislação pertinente, a <strong>de</strong>spesa<br />

Supon<strong>do</strong> a <strong>do</strong>tação orçamentária: 60.16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51.00<br />

orçamentária <strong>de</strong>ve ser precedida <strong>de</strong> licitação e formalizada Órgão 16 - Educação<br />

por meio <strong>de</strong> contrato.<br />

Unida<strong>de</strong> 10 - Gabinete <strong>do</strong> secretário<br />

Po<strong>de</strong>r 60 - PMSP<br />

Despesa extra-orçamentária<br />

Órgão 16 - Educação<br />

Constituem <strong>de</strong>spesa extra-orçamentária as saídas 2º- CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL<br />

<strong>de</strong> numerário que não <strong>de</strong>pendam <strong>de</strong> autorização legislativa,<br />

Unida<strong>de</strong> 10 - Gabinete <strong>do</strong> secretário<br />

isto é, aquelas que não correspondam a pagamentos <strong>de</strong> PROGRAMÁTICA<br />

<strong>de</strong>spesas orçamentárias. A <strong>de</strong>spesa extra-orçamentária<br />

2º- CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL De acor<strong>do</strong> PROGRAMÁTICA<br />

com a Portaria nº 42 <strong>de</strong> 14.04.1999,<br />

caracteriza-se por acarretar um aumento <strong>do</strong> ativo financeiro <strong>do</strong> Ministro <strong>de</strong> Planejamento, a <strong>de</strong>spesa orçamentária<br />

realizável (quan<strong>do</strong> a saída <strong>de</strong> numerário De gerar acor<strong>do</strong> um direito com a a 2º- Portaria CLASSIFICAÇÃO <strong>de</strong>ve ser nº discriminada 42 FUNCIONAL <strong>de</strong> 14.04.1999, PROGRAMÁTICA<br />

e codificada <strong>do</strong> Ministro por: função <strong>de</strong> Planejame <strong>de</strong><br />

ser inscrito nesse subgrupo) ou uma redução <strong>de</strong>spesa <strong>do</strong> passivo orçamentária governo, <strong>de</strong>ve ser subfunção, discriminada programa, e codificada projeto, por: ativida<strong>de</strong> função e <strong>de</strong> go<br />

De acor<strong>do</strong> com a Portaria nº 42 <strong>de</strong> 14.04.1999, <strong>do</strong> Ministro <strong>de</strong> Planejamento, a<br />

financeiro (quan<strong>do</strong>, em razão da saída <strong>de</strong> numerário, subfunção, ocorrer programa, projeto, ativida<strong>de</strong> e operações especiais. A discrim<br />

<strong>de</strong>spesa<br />

operações<br />

orçamentária<br />

especiais.<br />

<strong>de</strong>ve ser discriminada<br />

A discriminação<br />

e codificada por:<br />

or<strong>de</strong>nada<br />

função <strong>de</strong> governo,<br />

na<br />

uma diminuição das obrigações financeiras or<strong>de</strong>nada inscritas nesse na classificação subfunção, classificação programa, funcional projeto, funcional programática ativida<strong>de</strong> programática e operações visa especiais. visa a conjugar a conjugar A discriminação as funç<br />

grupo). São exemplos <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa extra-orçamentária:<br />

governo com os or<strong>de</strong>nada programas as funções na classificação a <strong>de</strong> serem governo funcional <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s. programática com os programas visa A a conjugar seguir, a as serem funções apresenta <strong>de</strong><br />

adiantamentos e empréstimos a autarquias, discriminação <strong>de</strong>sfalques e a governo codificação <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s. com os programas acor<strong>do</strong> A seguir, a serem com apresentamos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s. a Portaria: A a seguir, discriminação<br />

apresentamos a<br />

<strong>de</strong> numerário, com responsabilização <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>r (nesses discriminação<br />

e a codificação<br />

e a codificação<br />

<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a Portaria:<br />

a Portaria:<br />

casos, as saídas <strong>de</strong> numerário geram direitos 1º a e serem 2º dígitos<br />

1º e 2º dígitos<br />

indicam as<br />

indicam<br />

funções<br />

as funções<br />

inscritos no realizável), pagamentos <strong>de</strong> restos 3º a ao pagar, 5º dígitos 3º ao 5º dígitos subfunções subfunções<br />

<strong>do</strong>s serviços da dívida a pagar, amortização <strong>do</strong> principal<br />

6º ao 9º dígitos 6º ao 9º dígitos programas os programas<br />

da dívida contraída a curto prazo, <strong>de</strong>voluções <strong>de</strong> cauções,<br />

começan<strong>do</strong> começan<strong>do</strong> com nº nº impar - Projeto<br />

pagamentos às entida<strong>de</strong>s ou pessoas em favor das quais<br />

com par - Ativida<strong>de</strong><br />

foram efetuadas retenções na fonte (nesses casos, as 10º dígito<br />

com par<br />

com<br />

- Ativida<strong>de</strong><br />

zero - Operações especiais:<br />

saídas <strong>de</strong> numerário acarretam diminuição <strong>do</strong> 10º passivo dígito<br />

com zero Finalistas - Operações e especiais:<br />

financeiro).<br />

Finalistas Não e finalistas<br />

11º a 13º<br />

Caracteriza-se a <strong>de</strong>spesa extra-orçamentária,<br />

Não dígitos finalistas subtítulo - nº Seqüencial <strong>do</strong> projeto ou ativida<strong>de</strong><br />

ou operação especial<br />

ainda, por representar, a exemplo <strong>do</strong> que acontece 11º a 13º com dígitos subtítulo - nº Seqüencial <strong>do</strong> projeto ou atividad<br />

a receita extra-orçamentária, um fato contábil <strong>do</strong> tipo Ex. : 60.16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51.00<br />

ou operação especial


A R T I G O S<br />

12 - Função - Educação.<br />

365 - Sub função - Educação infantil.<br />

0151 - Programa - Construção <strong>de</strong> creche.<br />

9.565 - Projeto e subtítulo - Construção da creche<br />

Cangaíba.<br />

Função: <strong>Mai</strong>or nível <strong>de</strong> agregação das diversas<br />

áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas que competem ao setor público.<br />

Subfunção: Uma participação da função, que visa a<br />

agregar <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> subconjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa <strong>do</strong> setor<br />

público.<br />

Programa: Instrumento <strong>de</strong> organização da ação<br />

governamental visan<strong>do</strong> à concretização <strong>do</strong>s objetivos<br />

pretendi<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> mensura<strong>do</strong>s por indica<strong>do</strong>res<br />

estabeleci<strong>do</strong>s no plano plurianual.<br />

Projeto: É um instrumento <strong>de</strong> programação para<br />

alcançar os objetivos <strong>de</strong> um programa, envolven<strong>do</strong> um<br />

conjunto <strong>de</strong> operações, limitadas no tempo, das quais<br />

resulta um produto final que concorre para expansão ou<br />

aperfeiçoamento da ação <strong>do</strong> governo.<br />

Ativida<strong>de</strong>: É um instrumento <strong>de</strong> programação<br />

para alcançar os objetivos <strong>de</strong> um programa, envolven<strong>do</strong><br />

um conjunto <strong>de</strong> operações que se realizam <strong>de</strong> mo<strong>do</strong><br />

contínuo e permanente, necessárias à manutenção da<br />

ação <strong>do</strong> governo. O projeto caracteriza-se como se vê,<br />

por ter começo e fim e a ativida<strong>de</strong> se repete ano a ano.<br />

Operações especiais: São as <strong>de</strong>spesas<br />

que não contribuem para a manutenção das ações<br />

<strong>de</strong> governo, das quais não resulta um produto e não<br />

geram contraprestação direta sob a forma <strong>de</strong> bens e<br />

serviços. Elas constituem uma espécie <strong>do</strong> gênero das<br />

operações orçamentárias. A outra espécie seria as<br />

“ações orçamentárias” que se traduzem nos diferentes<br />

projetos e ativida<strong>de</strong>s.<br />

Cabe lembrar que as “operações especiais”, não<br />

vinculadas a programas constantes <strong>do</strong> plano plurianual,<br />

comporão uma função específica, <strong>de</strong>nominada “encargos<br />

especiais”, sem i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> programas.<br />

Exemplo: Dívida, ressarcimentos, transferências,<br />

in<strong>de</strong>nizações e outros afins.<br />

3º- DESPESA POR NATUREZA<br />

I- Categoria econômica (art.12 da Lei nº 4.320/64).<br />

Despesas correntes: O código das <strong>de</strong>spesas<br />

correntes é 3, sen<strong>do</strong> classificadas nesta categoria todas<br />

as <strong>de</strong>spesas que não contribuem, diretamente, para a<br />

formação ou aquisição <strong>de</strong> um bem <strong>de</strong> capital.<br />

Subdivi<strong>de</strong>m-se em <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> custeio e transferências<br />

correntes.<br />

Custeio: São as <strong>de</strong>stinadas à manutenção <strong>do</strong>s<br />

serviços anteriormente cria<strong>do</strong>s, tais como conservação<br />

<strong>de</strong> escolas, hospitais, coleta <strong>de</strong> lixo, serviços administrativos.<br />

São elementos da <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> custeio: <strong>de</strong>spesas com<br />

pessoal, material <strong>de</strong> consumo, serviços <strong>de</strong> terceiros etc.<br />

Transferências correntes: De um mo<strong>do</strong> geral são<br />

as transferências realizadas. Po<strong>de</strong>m ser as transferências<br />

intragovernamentais, intergovernamentais, a instituições<br />

privadas (subvenções sociais, econômicas, contribuições<br />

correntes), ou a pessoas (inativos, pensionistas) etc.<br />

Despesas <strong>de</strong> capital: O código das <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> capital é<br />

4. São classificadas nesta categoria aquelas<br />

<strong>de</strong>spesas que contribuem, diretamente, para a formação<br />

ou aquisição <strong>de</strong> um bem <strong>de</strong> capital ou para adicionar um<br />

valor a um bem já existente, bem como transferir, por meio<br />

<strong>de</strong> compra ou outro meio <strong>de</strong> aquisição, a proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

bem entre entida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> setor público ou <strong>de</strong> setor priva<strong>do</strong><br />

para o primeiro. Não po<strong>de</strong>mos confundir com o conceito<br />

contábil <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> ativo, como tal, contabilizável. São<br />

subcategorias das <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> capital: investimentos<br />

(Investimentos das quais resulta um bem ativo, aquisição<br />

<strong>de</strong> imóveis para a realização <strong>de</strong> obras (§4º, art.12 da<br />

4.320/64); inversões financeiras (aquisição <strong>de</strong> um bem<br />

<strong>de</strong> capital já em utilização, aquisição <strong>de</strong> imóveis - exceto<br />

aqueles necessários à realização <strong>de</strong> obras) e transferências<br />

<strong>de</strong> capital (são as <strong>de</strong>spesas que vão, nas entida<strong>de</strong>s<br />

beneficiadas, contribuir para formação ou aquisição <strong>de</strong> um<br />

bem <strong>de</strong> capital) – transferências, amortizações <strong>de</strong> dívida etc).<br />

II - Grupo <strong>de</strong> natureza da <strong>de</strong>spesa<br />

Enten<strong>de</strong>-se por grupos <strong>de</strong> natureza <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa<br />

a agregação <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa que representam<br />

as mesmas características quanto ao objeto <strong>de</strong> gasto.<br />

Observação: A natureza da <strong>de</strong>spesa será complementada<br />

pela informação gerencial <strong>de</strong>nominada “modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aplicação”, a qual tem por finalida<strong>de</strong> indicar se os recursos<br />

são aplica<strong>do</strong>s diretamente por órgãos ou entida<strong>de</strong>s no<br />

âmbito da mesma esfera <strong>de</strong> governo ou por outro ente<br />

da fe<strong>de</strong>ração e suas respectivas entida<strong>de</strong>s, e objetiva,<br />

precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem<br />

<strong>do</strong>s recursos transferi<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong>scentraliza<strong>do</strong>s.<br />

III – Elemento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa<br />

O elemento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa tem por finalida<strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificar os objetos <strong>de</strong> gasto, tais como vencimentos<br />

e vantagens fixas, juros, diárias, material <strong>de</strong> consumo,<br />

serviços <strong>de</strong> terceiros presta<strong>do</strong>s sob qualquer forma,<br />

subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos<br />

e material permanente, auxílios, amortização e outros <strong>de</strong><br />

que a administração pública se serve para a consecução<br />

<strong>de</strong> seus fins.<br />

É faculta<strong>do</strong>, ainda, o <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento suplementar<br />

<strong>do</strong>s elementos <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa para atendimento das<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escrituração contábil e controle da<br />

execução orçamentária.<br />

13


atendimento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escrituração contábil e controle da execução<br />

instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros<br />

orçamentária.<br />

<strong>de</strong> que a administração pública se serve para a consecução <strong>de</strong> seus fins.<br />

É faculta<strong>do</strong>, Em <strong>de</strong>corrência ainda, <strong>do</strong> o <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento disposto no art. suplementar 3º a estrutura <strong>do</strong>s da elementos natureza da <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong>spesa a para ser<br />

atendimento observada das na execução necessida<strong>de</strong>s orçamentária <strong>de</strong> escrituração <strong>de</strong> todas contábil as esferas e controle <strong>de</strong> governo da execução será<br />

orçamentária.<br />

“c.g.mm.ee.dd”, on<strong>de</strong>:<br />

Em a) <strong>de</strong>corrência “c” representa <strong>do</strong> a disposto categoria no econômica; art. 3º a estrutura da natureza da <strong>de</strong>spesa a ser<br />

observada Em <strong>de</strong>corrência <strong>do</strong> disposto no art. 3º a estrutura da natureza<br />

b)<br />

da<br />

“g”<br />

<strong>de</strong>spesa<br />

o grupo na execução <strong>de</strong> natureza orçamentária <strong>de</strong> todas as esferas <strong>de</strong> governo será<br />

“c.g.mm.ee.dd”, on<strong>de</strong>: a ser observada<br />

da <strong>de</strong>spesa;<br />

na execução orçamentária <strong>de</strong><br />

c) todas “mm” a as modalida<strong>de</strong> esferas <strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação; governo será “c.g.mm.ee.dd”, on<strong>de</strong>:<br />

d)<br />

a) “c” a) “ee” “c” o<br />

representa representa elemento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa;<br />

a categoria a categoria e<br />

econômica; econômica;<br />

b) e) “g” b) “dd” “g” o grupo o o <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento, grupo <strong>de</strong> natureza natureza da facultativo, <strong>de</strong>spesa; <strong>do</strong> da elemento <strong>de</strong>spesa;<br />

<strong>de</strong>spesa.<br />

c) “mm” c) “mm” a modalida<strong>de</strong> a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação; <strong>de</strong> aplicação;<br />

d) “ee” d) “ee” o elemento o elemento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa; e <strong>de</strong>spesa; e<br />

e) Ex. “dd” e) Dotação:: “dd” o <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento, o 60.16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51.00<br />

<strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento, facultativo, <strong>do</strong> elemento facultativo, <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa. <strong>do</strong> elemento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spesa.<br />

Ex. Ex. Dotação:: Dotação: 60.16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51.00<br />

Discriminação<br />

Código Especificação<br />

60.16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51.00<br />

Econômica<br />

orçamentário<br />

Categoria<br />

Discriminação<br />

econômica<br />

Código<br />

4 Despesa<br />

Especificação<br />

<strong>de</strong> capital<br />

Grupo <strong>de</strong> Econômica natureza da <strong>de</strong>spesa orçamentário 4 Investimento<br />

Categoria Modalida<strong>de</strong> econômica <strong>de</strong> aplicação 90 4 Despesa Aplicação <strong>de</strong> direta capital<br />

Grupo Elemento <strong>de</strong> natureza da <strong>de</strong>spesa 51 4 Investimento<br />

Obras e instalações<br />

Modalida<strong>de</strong> Des<strong>do</strong>bramento <strong>de</strong> aplicação facultativo 90 00 Aplicação Não há direta<br />

Elemento 51 Obras e instalações<br />

Finalizan<strong>do</strong>, Des<strong>do</strong>bramento apresentamos facultativo abaixo a cassificação 00 completa Não há da <strong>do</strong>tação<br />

orçamentária. Finalizan<strong>do</strong>, apresentamos abaixo a cassificação completa<br />

Finalizan<strong>do</strong>, apresentamos abaixo a cassificação completa da <strong>do</strong>tação<br />

da <strong>do</strong>tação orçamentária.<br />

orçamentária.<br />

16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51-00<br />

16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51-00<br />

16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51-00<br />

16 Órgão: Secretaria <strong>de</strong> Educação<br />

1610 Órgão: Unida<strong>de</strong>: Secretaria Gabinete <strong>de</strong> <strong>do</strong> Educação Secretário<br />

1012 Unida<strong>de</strong>: Função: Gabinete Educação <strong>do</strong> Secretário<br />

12365 Função: Subfunções: Educação Infantil<br />

365 0151 Subfunções: Programa: Infantil Crianças <strong>de</strong> 0 a 6 anos<br />

0151 Programa: Crianças <strong>de</strong> 0 a 6 anos<br />

9565 Projeto/Ativida<strong>de</strong>: Construção da Creche Cangaiba<br />

9565 Projeto/Ativida<strong>de</strong>: Construção da Creche Cangaiba<br />

4<br />

4<br />

Categoria<br />

Categoria<br />

econômica:<br />

econômica:<br />

Despesa<br />

Despesa<br />

<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong><br />

Capital<br />

Capital<br />

4 4 Grupo Grupo <strong>de</strong> <strong>de</strong> natureza natureza da da <strong>de</strong>spesa: Investimento<br />

90 90 Modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação: Direta<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

A R T I G O S<br />

Brasília. Portaria nº 340, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2006. Receitas<br />

Públicas: Manual <strong>de</strong> procedimentos da Receita Pública.<br />

BLUMEN, Abrão, MONTEIRO, Izabel Camargo Lopes,<br />

SILVA, Moacir Marques da; SILVA, Valmir Leôncio<br />

da, MÉDICO, Wagner Dal Médico. Guia Municipal <strong>de</strong><br />

Administração Pública. São <strong>Paulo</strong>: NDJ, 2006.<br />

SILVA, Moacir Marques da; AMORIM, Francisco Antônio<br />

<strong>de</strong>; SILVA, Valmir Leôncio da. Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong><br />

Fiscal, Uma Abordagem Prática. São <strong>Paulo</strong>: Scortecci,<br />

2002.<br />

[*] Valmir Leôncio da Silva é bacharel em Ciências Contábeis pela<br />

Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, com mestra<strong>do</strong> em Administração<br />

pela UNISA. Ingressou no TCM em 1996, como agente <strong>de</strong> fiscalização<br />

(Conta<strong>do</strong>r). Atualmente é coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r e professor da Escola <strong>de</strong><br />

<strong>Contas</strong> <strong>do</strong> TCMSP e professor <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> MBA em Administração<br />

Pública, promovi<strong>do</strong> pela FIPECAFI.-Fundação Instituto <strong>de</strong> Pesquisas<br />

Contábeis, Atuariais e Financeiras.<br />

13 13<br />

14


A R T I G O S<br />

Aristi<strong>de</strong>s Almeida Rocha [*]<br />

REFLEXÕES SOBRE O RECURSO NATURAL ÁGUA<br />

(RECURSOS HÍDRICOS)<br />

ÁGUA:<br />

IMPORTÂNCIA<br />

E CRISE<br />

Embora o século passa<strong>do</strong><br />

tenha si<strong>do</strong> caracteriza<strong>do</strong><br />

como o <strong>do</strong> petróleo,<br />

foi outro mineral<br />

líqui<strong>do</strong> aquele que maiores<br />

preocupações trouxe<br />

para o século XXI. De<br />

fato, nos anos 70 <strong>do</strong> século<br />

XX a própria OMS<br />

estabelecia a década da água e mais recentemente o<br />

ano internacional.<br />

Elemento vital (correspon<strong>de</strong> <strong>de</strong> 60% a 70% <strong>do</strong> peso<br />

<strong>do</strong> ser humano em média; uma pessoa <strong>de</strong> 90 kg consome<br />

em média/dia cerca <strong>de</strong> 3L <strong>do</strong>s quais 53% são elimina<strong>do</strong>s<br />

pela urina, 42% evapora<strong>do</strong>s pela pele e pulmões<br />

e 5% pelas fezes), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> tempos imemoráveis a água<br />

ditou o crescimento e o florescer <strong>de</strong> civilizações, que<br />

sempre procuraram estabelecer-se nas proximida<strong>de</strong>s<br />

<strong>do</strong>s rios. Assim ocorreu às margens <strong>do</strong>s rios Tigres e<br />

Eufrates na Mesopotâmia e em tantas outras cida<strong>de</strong>s<br />

nos vários continentes.<br />

Embora os recursos hídricos possam ser abundantes<br />

no globo terrestre, infelizmente não estão disponíveis<br />

<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> eqüitativo, nos continentes, países e regiões.<br />

A Guiana Francesa, por exemplo, é o país que<br />

apresenta a maior disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água, estiman<strong>do</strong>se<br />

em 812.121 m 3 /hab ; o Brasil aparece em 25 o lugar<br />

com 48.314m 3 /hab; e o Kwait ocupa o último lugar com<br />

apenas 10m 3 /hab (UNESCO, 2003).<br />

Essa disparida<strong>de</strong> conduz a conflitos não só entre as<br />

nações, mas também <strong>de</strong> usos: abastecimento, produção<br />

<strong>de</strong> energia, irrigação, recreação, meio <strong>de</strong> transporte,<br />

<strong>de</strong>sse<strong>de</strong>ntar animais.<br />

O Brasil que apresenta uma disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água<br />

“potabilizável” estimada em mais <strong>de</strong> 12% <strong>de</strong> seus recursos,<br />

tem também uma distribuição variável ao se consi<strong>de</strong>rar<br />

as diversas bacias hidrográficas que ocupam no<br />

total 10.724.000km 2 <strong>de</strong> território.<br />

O balanço hídrico nacional aponta uma média <strong>de</strong><br />

precipitação anual <strong>de</strong> 696.020 m 3 /s. Contu<strong>do</strong>, conquanto<br />

a média na Bacia Amazônica seja <strong>de</strong> 493.191 m 3 /s,<br />

na <strong>do</strong> Atlântico Leste-Norte tem-se apenas 7.784 m 3 /s.<br />

(Braga et al, 1998).<br />

Outro fato contrastante é a verificação <strong>de</strong> que a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> habitantes por km 2 é também extremamente<br />

diferente nas áreas ocupadas pelas várias bacias hidrográficas.<br />

No esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Amazonas com um potencial hídrico<br />

<strong>de</strong> 1.848,3 km 3 /ano a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional é <strong>de</strong> 1,50<br />

hab/km 2 haven<strong>do</strong> uma utilização total <strong>do</strong>s recursos hídricos<br />

<strong>de</strong> 80 m 3 /hab/ano (nível <strong>de</strong> utilização em 1991<br />

praticamente 0,0), enquanto que no esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />

on<strong>de</strong> o potencial hídrico é <strong>de</strong> 91,9 km 3 /ano, há uma<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 137,8 hab/km 2 , e uma utilização<br />

total <strong>de</strong> 373 m 3 /hab/ano (nível <strong>de</strong> utilização em<br />

1991 <strong>de</strong> 12). No esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pernambuco a situação é<br />

mais crítica, pois o potencial é <strong>de</strong> apenas 9,4 km 3 /ano,<br />

a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 75,98 hab/km 2 , e o nível<br />

<strong>de</strong> utilização total <strong>de</strong> 268 m 3 /hab/ano (em 1991 o nível<br />

<strong>de</strong> utilização atingia 20,30) (DNAE 1985/Censo IBGE,<br />

1996/Rebouças 1994).<br />

GESTÃO DOS RECURSOS<br />

HÍDRICOS<br />

Em face da importância e da crise nas disponibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>do</strong>s recursos hídricos é preciso administrar com<br />

equilíbrio e parcimônia os usos da água.<br />

A avaliação <strong>do</strong>s problemas <strong>de</strong> abastecimento nos<br />

países filia<strong>do</strong>s à Organização das Nações Unidas indica,<br />

segun<strong>do</strong> o Professor Wan<strong>de</strong>rley Paganini, da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública-USP (informação pessoal) que<br />

quan<strong>do</strong> a utilização <strong>de</strong> água representa menos <strong>do</strong> que<br />

5% das <strong>de</strong>scargas médias <strong>do</strong>s rios <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada<br />

bacia hidrográfica, pouca ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciamento é<br />

em geral praticada, sen<strong>do</strong> a água consi<strong>de</strong>rada um bem<br />

livre.<br />

Quan<strong>do</strong> essa relação permanece entre 5 e 10% a<br />

disponibilida<strong>de</strong> ainda é confortável para o esta<strong>do</strong> ou<br />

região <strong>de</strong> abrangência da bacia hidrográfica. Contu<strong>do</strong>,<br />

nesse caso po<strong>de</strong> haver a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciar os<br />

recursos hídricos para evitar ou então solucionar eventuais<br />

problemas <strong>de</strong> abastecimento local.<br />

Entretanto, se esse coeficiente atinge patamares<br />

entre 10 e 20% é imprescindível a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciamento<br />

e a exigência da <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> recursos com<br />

investimentos <strong>de</strong> média intensida<strong>de</strong>.<br />

Porém, quan<strong>do</strong> o coeficiente <strong>de</strong> utilização ultra-<br />

15


A R T I G O S<br />

passar os 20% das <strong>de</strong>scargas médias <strong>do</strong>s rios, a<br />

situação é consi<strong>de</strong>rada crítica, exigin<strong>do</strong> intensa ativida<strong>de</strong><br />

gerencial e a soma <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s investimentos. Esta<br />

é, pois, a situação da Região Metropolitana <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />

Na América Latina e Caribe, o World Summit for<br />

Children em 1995 assinalava que a porcentagem (%) <strong>de</strong><br />

população servida com a cobertura <strong>do</strong>s serviços coletivos<br />

<strong>de</strong> esgotos sanitários apresentava-se em situação<br />

crítica, por exemplo, no Paraguai, com índices abaixo <strong>de</strong><br />

40%; Brasil, Peru, Colômbia, Equa<strong>do</strong>r apareciam com<br />

cobertura variável <strong>de</strong> 41 a 70% e com 71 a 100% a Argentina,<br />

México, Venezuela e outros.<br />

De fato, o Brasil, com dimensões continentais, apresenta<br />

contrastes. Em to<strong>do</strong> o território, a cobertura <strong>de</strong><br />

serviços <strong>de</strong> esgotos com abrangência regional chega a<br />

38,5%. Porém, na região Norte esse atendimento aos<br />

serviços <strong>de</strong> esgotos atinge apenas 4,1%, enquanto o<br />

Su<strong>de</strong>ste tem índice <strong>de</strong> 62,7% e o Sul 93,4%; o Brasil<br />

como um to<strong>do</strong> atinge 90,6%.<br />

Deve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> que há uma inter<strong>de</strong>pendência<br />

hidrográfica na qual o usuário que lança os seus <strong>de</strong>jetos<br />

a montante nas águas <strong>de</strong> um rio <strong>de</strong>verá servir-se <strong>de</strong>ssa<br />

mesma água a jusante.<br />

Assim, para o controle e grau <strong>de</strong> tratamento a ser<br />

exigi<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve-se levar em conta a <strong>de</strong>pendência aos seguintes<br />

fatores: capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diluição <strong>do</strong> corpo d’água,<br />

características <strong>de</strong> uso das águas a montante e a jusante<br />

e as condições <strong>de</strong> auto<strong>de</strong>puração <strong>do</strong> corpo d’água.<br />

Nas ações <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>vem ser observa<strong>do</strong>s os<br />

possíveis prejuízos visíveis e os não visíveis que sofrem<br />

os recursos hídricos em função <strong>do</strong>s usos, exigin<strong>do</strong><br />

a tomada <strong>de</strong> medidas preventivas e/ou corretivas, assim<br />

como o envolvimento da socieda<strong>de</strong>. As avaliações<br />

e monitoramento <strong>de</strong>vem ser constantes, evitan<strong>do</strong>, por<br />

exemplo, o sucedi<strong>do</strong> ao longo da história com o rio Tietê<br />

na Região Metropolitana <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />

ÁGUA E SAÚDE PÚBLICA<br />

Des<strong>de</strong> o aparecimento <strong>do</strong> ser humano na Terra este<br />

sentiu a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dispor <strong>de</strong> água, em quantida<strong>de</strong><br />

e qualida<strong>de</strong> para sua sobrevivência. Não sem razão, as<br />

cida<strong>de</strong>s foram se forman<strong>do</strong> às margens ou nas proximida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> rios.<br />

Logo também o homem percebeu a importância <strong>de</strong> preservar<br />

e manter a água limpa, permitin<strong>do</strong> o uso para<br />

várias necessida<strong>de</strong>s, como banho, alimento, bebida etc.<br />

Os egípcios, por exemplo, guardavam a água em potes<br />

coloca<strong>do</strong>s em lugares areja<strong>do</strong>s evitan<strong>do</strong> ficasse com<br />

mau cheiro, e os romanos reservavam a água e a transportavam<br />

em aquedutos protegi<strong>do</strong>s, assim como, outras<br />

antigas civilizações.<br />

Contu<strong>do</strong>, esses conhecimentos trazi<strong>do</strong>s da antiguida<strong>de</strong>,<br />

parece que foram esqueci<strong>do</strong>s com o advento das<br />

gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s. Durante a Ida<strong>de</strong> Média, na Europa,<br />

milhões <strong>de</strong> pessoas morreram <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à peste transmitida<br />

pela pulga <strong>do</strong>s ratos que proliferavam nas cida<strong>de</strong>s e<br />

outras tantas vidas se per<strong>de</strong>ram pelo consumo <strong>de</strong> água<br />

contaminada.<br />

Nessa época, o lixo e os <strong>de</strong>jetos <strong>de</strong> fezes e urina<br />

eram dispostos nas ruas ou nos fossos com água que<br />

circundavam os castelos. Acreditava-se que to<strong>do</strong>s os<br />

males eram provoca<strong>do</strong>s pelos “miasmas” <strong>do</strong> ar. Somente<br />

no século XIX, os conhecimentos trazi<strong>do</strong>s por Louis<br />

Pasteur e outros pesquisa<strong>do</strong>res iriam comprovar que<br />

muitas <strong>do</strong>enças que afetavam a saú<strong>de</strong> pública ocorriam<br />

pela presença <strong>de</strong> microrganismos na água. Esses seres<br />

que provocam <strong>do</strong>enças, chama<strong>do</strong>s <strong>de</strong> patógenos,<br />

se <strong>de</strong>senvolvem nas águas para on<strong>de</strong> chegam com os<br />

poluentes.<br />

De fato, atualmente sabe-se que várias <strong>do</strong>enças<br />

têm sua transmissão relacionada com a água. Algumas<br />

ocorrem quan<strong>do</strong> se toma água que recebeu urina<br />

e fezes <strong>de</strong> pessoas, ou <strong>de</strong> animais, <strong>do</strong>entes ou porta<strong>do</strong>res,<br />

sen<strong>do</strong> exemplos, <strong>de</strong>ntre outras: as bactérias da<br />

cólera, febre tifói<strong>de</strong> e leptospirose; os protozoários da<br />

amebíase e giardíase; o vírus da hepatite infecciosa.<br />

Certas <strong>do</strong>enças são causadas pela falta <strong>de</strong> limpeza<br />

ou <strong>de</strong> higiene pessoal em <strong>de</strong>corrência da falta <strong>de</strong><br />

água e, às vezes, com o uso <strong>de</strong> água poluída e contaminada,<br />

por exemplo, ao se lavar os olhos, ouvi<strong>do</strong>s,<br />

rosto e pele ou corpo em geral. Certas verminoses<br />

como o amarelão (ancilostomíase) e a lombriga (ascaridíase)<br />

e mesmo a pediculose (piolho) e algumas<br />

conjuntivites bacterianas surgem porque as pessoas<br />

não lavam convenientemente os pés, as mãos, o rosto.<br />

Mas há ainda <strong>do</strong>enças que são causadas por seres<br />

parasitas que são transmiti<strong>do</strong>s por outros organismos<br />

que vivem na água, ou que pelo menos têm uma parte<br />

<strong>do</strong> seu ciclo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na água. Dessas, muitas<br />

são verda<strong>de</strong>iros flagelos mundiais atingin<strong>do</strong> milhões<br />

<strong>de</strong> pessoas inclusive em território brasileiro. O verme<br />

Schistossoma sp., que provoca a esquistossomose, por<br />

exemplo, tem como hospe<strong>de</strong>iro intermediário o caramujo<br />

da família Planorbidae, Biomphalaria sp que vive na<br />

água. A larva <strong>do</strong> verme sai <strong>do</strong> corpo <strong>de</strong>sse animal sob a<br />

forma <strong>de</strong> cercária, nada na água e penetra pela pele <strong>do</strong><br />

homem, causan<strong>do</strong> a <strong>do</strong>ença.<br />

A malária, outra <strong>do</strong>ença que atinge milhões <strong>de</strong> pessoas<br />

em to<strong>do</strong> o globo terrestre, e particularmente no<br />

Brasil, também está relacionada à água, pois a larva <strong>do</strong><br />

mosquito Anopheles sp, que alberga o protozoário Plasmodium<br />

sp, vive na água. O mesmo ocorre com a larva<br />

<strong>do</strong> mosquito Ae<strong>de</strong>s aegypti que transmite a <strong>de</strong>ngue, que<br />

prolifera em águas limpas.<br />

Entretanto, os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública rela-<br />

16


A R T I G O S<br />

ciona<strong>do</strong>s à água po<strong>de</strong>m ser ainda <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s, a produtos<br />

químicos oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> lançamento em terras <strong>de</strong>stinadas<br />

à agricultura (os agroquímicos para proteção das plantações)<br />

ou provenientes das <strong>de</strong>scargas industriais conten<strong>do</strong><br />

metais como arsênio, cádmio, chumbo, mercúrio<br />

e outros, que po<strong>de</strong>m acumular-se nos peixes e <strong>de</strong>mais<br />

seres aquáticos.<br />

Como se percebe, a manutenção da qualida<strong>de</strong> sanitária<br />

e ecológica da água <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da ação <strong>do</strong> próprio<br />

homem. Mesmo quan<strong>do</strong> existe carência <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />

saneamento, haven<strong>do</strong> precária re<strong>de</strong> <strong>de</strong> coleta e tratamento<br />

<strong>do</strong>s esgotos <strong>do</strong>mésticos ou <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> água tratada,<br />

é possível evitar as <strong>do</strong>enças com procedimentos<br />

simples, como a fervura da água, ou a simples cloração<br />

que a Prefeitura po<strong>de</strong> realizar; pois o cloro é suficiente<br />

para eliminar bactérias, protozoários e até vírus.<br />

No Brasil, ainda que em certos locais a situação<br />

<strong>do</strong> saneamento não seja <strong>de</strong> to<strong>do</strong> favorável, é preciso<br />

lembrar que nas regiões metropolitanas e nas gran<strong>de</strong>s<br />

cida<strong>de</strong>s está se procuran<strong>do</strong> implantar projetos para tratamento<br />

<strong>do</strong>s esgotos <strong>do</strong>mésticos e <strong>de</strong> resíduos industriais,<br />

muitos <strong>do</strong>s quais já estão concluí<strong>do</strong>s e outros em<br />

andamento visan<strong>do</strong> a recuperar a qualida<strong>de</strong> das águas.<br />

Quanto ao fornecimento <strong>de</strong> água tratada e potável<br />

para suprir as populações, nas últimas duas décadas <strong>do</strong><br />

século XX houve satisfatório avanço com o aumento da<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> água, a construção <strong>de</strong> estações <strong>de</strong> tratamento<br />

e <strong>de</strong> reservatórios, o que está se refletin<strong>do</strong> na sensível<br />

queda da mortalida<strong>de</strong> infantil, principalmente a ocasionada<br />

por disenterias ou diarréias.<br />

QUALIDADE DA ÁGUA: AÇÃO E DE-<br />

SENVOLVIMENTO<br />

A importância da água para a vida é tema tão ancestral,<br />

quanto o aparecimento <strong>do</strong> ser humano na Terra.<br />

No Gênesis está escrito “no mesmo dia, todas as fontes<br />

irromperam das gran<strong>de</strong>s profun<strong>de</strong>zas e as janelas <strong>do</strong><br />

céu foram abertas [...] prevalecen<strong>do</strong> as águas sobre a<br />

Terra”.<br />

Antigas civilizações, como sumérios e babilônios,<br />

consi<strong>de</strong>ravam a água como o mais valioso presente<br />

<strong>do</strong>s <strong>de</strong>uses; os chineses falavam da ajuda que a água<br />

traz para milhares <strong>de</strong> pessoas, sem nada exigir. De<br />

fato, Goethe, mais mo<strong>de</strong>rnamente, enfatizava que tu<strong>do</strong><br />

nasceu da água, tu<strong>do</strong> é manti<strong>do</strong> pela água.<br />

Contu<strong>do</strong>, para<strong>do</strong>xalmente, ainda que essas consi<strong>de</strong>rações<br />

possam parecer ser verda<strong>de</strong> absoluta, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra na segunda<br />

meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> século XVIII, passan<strong>do</strong> o XIX e acentuan<strong>do</strong>se<br />

no século XX, a socieda<strong>de</strong> humana aprimoran<strong>do</strong> os<br />

processos tecnológicos, procuran<strong>do</strong> fundamentalmente<br />

gerar conforto e bem estar, cada vez mais comprometeu<br />

e vem acentuadamente comprometen<strong>do</strong> o ambiente,<br />

afetan<strong>do</strong> os ecossistemas <strong>do</strong> ar, solo e água, também<br />

contrarian<strong>do</strong> e esquecen<strong>do</strong> as judiciosas pon<strong>de</strong>rações<br />

<strong>de</strong> Tales <strong>de</strong> Mileto ao reconhecer a água como fonte<br />

precípua <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> que há no universo, ou o pensamento<br />

<strong>de</strong> alguns alquimistas da Ida<strong>de</strong> Média chegan<strong>do</strong> a acreditar<br />

que fosse a água a própria “substância fundamental”<br />

que tanto procuravam.<br />

Mas isto não importa, pois a toda reação correspon<strong>de</strong><br />

uma reação igual e <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> contrário. Estas são as<br />

forças <strong>de</strong> uma contrafação, que no caso da água, começam<br />

também a surgir no século XX, passan<strong>do</strong> ao XXI,<br />

inicialmente <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> incipiente, e <strong>de</strong>pois, com maior<br />

intensida<strong>de</strong>, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> modificar os paradigmas <strong>de</strong><br />

atuação e produção, ações que se <strong>de</strong>vem, talvez, menos<br />

por reconhecer o ser humano suas próprias ações<br />

nefastas afetan<strong>do</strong> <strong>de</strong>leteriamente a qualida<strong>de</strong> ambiental,<br />

e mais pelo fato <strong>de</strong> causar perdas econômicas, enfim<br />

a diminuição <strong>de</strong> lucros.<br />

A própria Organização Mundial da Saú<strong>de</strong>, surgida<br />

em 1945, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> a saú<strong>de</strong> como um esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> completo<br />

bem-estar físico, mental e social e não apenas a<br />

ausência <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença ou enfermida<strong>de</strong>, manifestou essa<br />

preocupação com a qualida<strong>de</strong> da água ao estabelecer<br />

a década da água nos anos 70 e o ano internacional da<br />

água já no século XXI, não a dissocian<strong>do</strong>, portanto, da<br />

discussão ambiental.<br />

Essa premissa implica na necessida<strong>de</strong> da difícil tarefa<br />

<strong>de</strong> compatibilizar a aplicação <strong>do</strong>s conhecimentos<br />

tecnológicos e a manutenção das condições essenciais<br />

à sobrevivência, não só <strong>do</strong> homem, mas <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os seres<br />

vivos, ou <strong>do</strong> imenso ecossistema que é a Ecosfera.<br />

A magnitu<strong>de</strong> <strong>do</strong> problema é tanto maior quan<strong>do</strong> se<br />

leva em conta a dimensão que atualmente assumiram<br />

os projetos engendra<strong>do</strong>s pela ação antrópica visan<strong>do</strong><br />

a utilizar o meio ambiente, e em particular a água. Necessário,<br />

pois, é haver um maior escrúpulo ecológico na<br />

gestão ambiental.<br />

A Agenda 21, nesse senti<strong>do</strong>, conferiu sensível alteração<br />

conceitual no processo <strong>de</strong> planejamento e gestão<br />

<strong>do</strong>s recursos hídricos. O Capítulo 4, referente ao eficiente<br />

uso <strong>do</strong>s recursos hídricos, assinala que a água <strong>do</strong>ce<br />

é um recurso finito e indispensável à sobrevivência das<br />

espécies, incluin<strong>do</strong> Homo sapiens.<br />

Veja-se que, finalmente se está reconhecen<strong>do</strong> tu<strong>do</strong><br />

aquilo que as civilizações antigas (muitas vezes consi<strong>de</strong>radas<br />

menos evoluídas, por não terem conheci<strong>do</strong><br />

vários processos tecnológicos e tampouco atingi<strong>do</strong><br />

a era da informática) já conheciam e praticavam, até<br />

que se chegasse à época cartesiana e reducionista.<br />

Na verda<strong>de</strong>, a partir das Conferências Internacionais<br />

sobre “Desenvolvimento das Águas e <strong>do</strong> Meio Ambiente”<br />

e das Nações Unidas em 1992; “Avaliação e Ge-<br />

17


A R T I G O S<br />

renciamento <strong>de</strong> Recursos Hídricos” e da OEA em 1996;<br />

<strong>de</strong> um aprofunda<strong>do</strong> e pormenoriza<strong>do</strong> Relatório sobre<br />

os Recursos <strong>de</strong> Água Doce <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>, em 1997 e das<br />

ações <strong>do</strong> PNUMA/IETC, 2001, um novo paradigma para<br />

o gerenciamento <strong>do</strong>s recursos hídricos foi apresenta<strong>do</strong>.<br />

Esse mo<strong>de</strong>lo reconhece ser a água essencial à vida,<br />

mas esta constitui um recurso finito e vulnerável que<br />

tem <strong>de</strong> ser protegi<strong>do</strong> e a sua utilização feita com parcimônia.<br />

O gerenciamento exige uma integração sistemática<br />

baseada na percepção da água como parte integral <strong>do</strong><br />

ecossistema, tida como recurso natural, bem social e<br />

econômico sen<strong>do</strong> que a quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> é que<br />

<strong>de</strong>vem <strong>de</strong>terminar a sua disponibilida<strong>de</strong> e utilização.<br />

Indubitavelmente, no uso <strong>do</strong>s recursos hídricos a<br />

priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve relacionar-se não só ao atendimento<br />

das necessida<strong>de</strong>s básicas (abastecimento <strong>de</strong> água potável)<br />

e também à proteção <strong>do</strong>s ecossistemas. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ve ser lembra<strong>do</strong> que, em relação às bacias<br />

hidrográficas circundantes da Região Metropolitana <strong>de</strong><br />

São <strong>Paulo</strong>, a história mostra ter aconteci<strong>do</strong> exatamente<br />

ao contrário, trazen<strong>do</strong> como resultante a problemática<br />

conflituosa que até presentemente impera, exigin<strong>do</strong> vultosos<br />

recursos para a reversão <strong>de</strong>sse cenário.<br />

A água evi<strong>de</strong>ntemente tem um papel social e o gerenciamento<br />

<strong>do</strong>s recursos hídricos que <strong>de</strong>ve ser integra<strong>do</strong><br />

(incluin<strong>do</strong> o solo e as águas) abrangen<strong>do</strong> a bacia<br />

hidrográfica, acarreta ações que trazem um ônus econômico.<br />

A cada cidadão <strong>de</strong>ve-se prover uma quantida<strong>de</strong> mínima<br />

<strong>de</strong> água, pois como dito, esta é um bem social e<br />

econômico cujo valor é variável com o tipo <strong>de</strong> uso e qualida<strong>de</strong><br />

propiciada. Portanto, <strong>de</strong>ve haver uma contabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> valor social, ambiental e econômico. No processo<br />

<strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> valor econômico da água, portanto, além<br />

<strong>do</strong> valor <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s fatores<br />

externos não só associa<strong>do</strong>s à conservação ambiental<br />

e à sustentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s recursos naturais, mas, sobretu<strong>do</strong><br />

às condições sociais <strong>do</strong>s usuários na bacia e subbacia<br />

consi<strong>de</strong>radas. O problema não será resolvi<strong>do</strong> pela<br />

simples construção <strong>de</strong> Estações <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Água<br />

(ETAs), Estações <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Esgotos (ETEs) ou<br />

<strong>de</strong> quilômetros <strong>de</strong> emissários e interceptores.<br />

Não resta dúvida <strong>de</strong> que cabe ao Esta<strong>do</strong> estabelecer<br />

parâmetros quali-quantitativos para as águas, estabelecer<br />

medidas compensatórias e <strong>de</strong> remedição <strong>de</strong><br />

possíveis danos causa<strong>do</strong>s pelos eventuais agentes <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>gradação, poluição e contaminação. Contu<strong>do</strong>, creio<br />

que as <strong>de</strong>cisões não <strong>de</strong>vem ser tomadas ao arrepio da<br />

socieda<strong>de</strong>. Essa prática oriunda <strong>de</strong> perío<strong>do</strong>s ditatoriais<br />

não mais se coaduna com a mo<strong>de</strong>rna socieda<strong>de</strong> brasileira.<br />

O aparente conforto que sentem as autorida<strong>de</strong>s<br />

constituídas e aqueles que, eventualmente, <strong>de</strong>têm o<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>cisório nos escalões administrativos mais inferiores,<br />

acaba por impor, por vezes, certos ônus aos<br />

cidadãos, que na verda<strong>de</strong> são os que verda<strong>de</strong>iramente<br />

mantêm o sistema e fazem girar a economia <strong>do</strong> país.<br />

Possivelmente, alguns ainda radicais po<strong>de</strong>rão argumentar<br />

que o envolvimento <strong>de</strong> usuários no planejamento<br />

e implementação <strong>do</strong>s projetos sobre a água constitui<br />

entraves à boa resolução <strong>do</strong>s problemas.<br />

Entretanto, ten<strong>do</strong> convivi<strong>do</strong> e participa<strong>do</strong> nos vários<br />

segmentos, como técnico e funcionário <strong>de</strong> uma estatal<br />

<strong>do</strong> setor, atuante na iniciativa privada <strong>de</strong> consultoria,<br />

consultor e assessor <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s internacionais; representante<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> no Conselho<br />

Estadual <strong>de</strong> Meio Ambiente (CONSEMA), e atualmente<br />

como professor universitário, sinto-me extremamente<br />

confortável em reconhecer que a socieda<strong>de</strong> civil muitas<br />

vezes representada nas Organizações Não Governamentais<br />

(ONGs) está em muito amadurecida para argumentar<br />

e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os seus pontos <strong>de</strong> vista, pois quase<br />

sempre conhece e reconhece as peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seu<br />

mun<strong>do</strong> entorno, bem como tem consciência <strong>de</strong> suas<br />

próprias dificulda<strong>de</strong>s econômicas.<br />

Por <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro, enten<strong>do</strong> que, para haver a satisfatória<br />

ação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> gerenciamento <strong>do</strong> uso<br />

da água, visan<strong>do</strong> precipuamente a manter a qualida<strong>de</strong>,<br />

haveria que se ter uma abordagem participativa envolven<strong>do</strong><br />

usuários, planeja<strong>do</strong>res e políticos em to<strong>do</strong>s os<br />

níveis.<br />

Creio firmemente que só assim estaremos, parafrasean<strong>do</strong><br />

São Francisco <strong>de</strong> Assis, agra<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> ao Cria<strong>do</strong>r:<br />

“Seja louva<strong>do</strong>, ó Deus, pela água, tão necessária,<br />

versátil, preciosa e frágil”.<br />

[*] Aristi<strong>de</strong>s Almeida Rocha é mestre e <strong>do</strong>utor em Ciências, além<br />

<strong>de</strong> biólogo em Saú<strong>de</strong> Pública pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>-USP<br />

e servi<strong>do</strong>r aposenta<strong>do</strong> da CETESB. Atua como consultor e assessor<br />

da Organização Panamericana e Mundial da Saú<strong>de</strong>, bem como<br />

<strong>do</strong> Banco Interamericano <strong>de</strong> Desenvolvimento-BID. Des<strong>de</strong> 1987, é<br />

membro titular da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />

É ex-Membro <strong>do</strong> Conselho Estadual <strong>de</strong> Meio Ambiente (CONSEMA)<br />

e professor aposenta<strong>do</strong> da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, on<strong>de</strong> ministrou<br />

aulas <strong>de</strong> Hidrobiologia Sanitária.<br />

18


A R T I G O S<br />

Thais Horta [*]<br />

AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO<br />

PÚBLICA – A3P<br />

O Programa<br />

A3P na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>:<br />

O programa é gerencia<strong>do</strong><br />

pela Secretaria<br />

Municipal <strong>do</strong> Ver<strong>de</strong> e<br />

Meio Ambiente, pois enten<strong>de</strong>mos<br />

que, além <strong>de</strong><br />

ser um programa <strong>de</strong> gestão<br />

ambiental, é também<br />

um programa <strong>de</strong> educação<br />

ambiental, porque<br />

investe na mudança <strong>de</strong><br />

hábitos <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r da municipalida<strong>de</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong><br />

local <strong>de</strong> trabalho. É um programa <strong>de</strong> caráter intersecretarial,<br />

perene e adaptável a cada realida<strong>de</strong>.<br />

O Programa A3P está sen<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong> na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2005, sen<strong>do</strong> que o Termo<br />

<strong>de</strong> A<strong>de</strong>são foi assina<strong>do</strong> pelo prefeito José Serra em<br />

17/08/2005. Para instituir a implantação <strong>do</strong> programa na<br />

cida<strong>de</strong>, foi publica<strong>do</strong> o Decreto nº 45.959 <strong>de</strong> 06/06/2005<br />

e realiza<strong>do</strong> um seminário para apresentação <strong>do</strong> programa<br />

a to<strong>do</strong>s os indica<strong>do</strong>s a coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res, em cada órgão<br />

público.<br />

Para melhor trabalhar a A3P <strong>de</strong>ntro da cida<strong>de</strong>, tivemos<br />

ações que aten<strong>de</strong>m às priorida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s órgãos<br />

públicos paulistanos. As primeiras necessida<strong>de</strong>s trabalhadas<br />

foram: a água, a energia, os resíduos e, principalmente,<br />

a valorização <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r público.<br />

Cada espaço público <strong>de</strong>ve formar uma comissão para<br />

trabalhar o programa, sen<strong>do</strong> os membros: um servi<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong> compras, que será alguém que cuidará das compras<br />

sustentáveis, priorizan<strong>do</strong> os produtos ecoeficientes; um<br />

<strong>de</strong> manutenção, que <strong>de</strong>verá realizar os reparos necessários<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> espaço público; um <strong>de</strong> comunicação<br />

ou informática, que <strong>de</strong>verá comunicar os servi<strong>do</strong>res das<br />

ações que estão acontecen<strong>do</strong> no espaço público; um <strong>do</strong><br />

RH, que <strong>de</strong>verá mobilizar e sensibilizar os servi<strong>do</strong>res<br />

para trabalhar o programa; um que cuidará <strong>do</strong> assunto<br />

“água”; um que cuidará <strong>do</strong> assunto “energia”; um que<br />

cuidará <strong>do</strong> assunto “resíduos” e um coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r geral<br />

<strong>do</strong> programa <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> espaço público, que terá relação<br />

direta com a coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> programa na PMSP.<br />

Do total <strong>de</strong> 31 subprefeituras espalhadas pelas quatro<br />

macro regiões, Norte, Sul, Leste e Centro Oeste, 25<br />

já tem sua comissão formada e várias ações acontecen<strong>do</strong>.<br />

Entre secretarias, autarquias e empresas, dividimos<br />

em três grupos <strong>de</strong> trabalhos on<strong>de</strong> 24 comissões estão atuantes<br />

e com ações implantadas.<br />

Após a estruturação das comissões, <strong>de</strong>ve-se publicar<br />

uma portaria no Diário Oficial da Cida<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>ve conter<br />

o nome <strong>do</strong>s membros e suplentes das comissões A3P.<br />

Essa portaria legitima os trabalhos que serão realiza<strong>do</strong>s<br />

nos espaços públicos. Na PMSP foram publicadas 27 portarias.<br />

Para trabalhar o programa em todas as pontas, realizamos<br />

reuniões mensais com os coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res em cada<br />

espaço público, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a divisão feita por macro<br />

regiões e grupos <strong>de</strong> trabalho, e cada comissão realiza,<br />

também, a sua reunião interna, mensalmente.<br />

I – Seminário A3P:<br />

Em 01/06/2006 foi realiza<strong>do</strong> o I Seminário A3P, <strong>de</strong>pois<br />

da implantação <strong>do</strong> Programa, com a presença <strong>de</strong> 300<br />

servi<strong>do</strong>res públicos das mais diversas secretarias, subprefeituras,<br />

autarquias, empresas municipais e também<br />

o representante <strong>do</strong> MMA. No seminário, foi apresenta<strong>do</strong><br />

um diagnóstico da PMSP e os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s<br />

no programa em seu primeiro semestre <strong>de</strong> implantação,<br />

contan<strong>do</strong> com a apresentação <strong>de</strong> algumas experiências<br />

<strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res públicos. Nesse seminário, foi distribuída<br />

uma caneca para cada servi<strong>do</strong>r público para que, a partir<br />

daquele momento, os integrantes das comissões A3P não<br />

gerassem mais o resíduo plástico.<br />

Água:<br />

As ações direcionadas para a minimização <strong>do</strong> uso ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> recurso água tiveram várias iniciativas. E o<br />

<strong>de</strong>creto da minimização da utilização <strong>do</strong> recurso água nº<br />

47.279 <strong>de</strong> 17/05/2006 veio ao encontro <strong>do</strong> programa, fortalecen<strong>do</strong><br />

as ações A3P.<br />

- Instalação <strong>de</strong> caixa acoplada <strong>de</strong> 6 litros nas Subprefeituras<br />

<strong>do</strong> Campo Limpo, Itaim Paulista, M’Boi Mirim, Jaçanã/Tremembé,<br />

São Mateus, CMSP, TCM, SEHAB, COHAB<br />

e EMURB.<br />

- Troca das torneiras convencionais para as torneiras<br />

com temporiza<strong>do</strong>r como nas subprefeituras <strong>de</strong> São Mateus,<br />

Freguesia <strong>do</strong> Ó, Santana/Tucuruvi, Perus, Itaim Paulista,<br />

CMSP, TCM, SEMPLA, EMURB.<br />

- Regulagem <strong>do</strong>s registros da água na Secretaria <strong>do</strong><br />

Trabalho, Serviço Funerário, Teatro Municipal, COHAB,<br />

Subprefeitura <strong>de</strong> Freguesia <strong>do</strong> Ó e Jaçanã/Tremembé. A<br />

medida é simples, qualquer um po<strong>de</strong> fazer e é muito eficaz.<br />

- A Subprefeitura <strong>de</strong> Jaçanã/Tremembé utiliza água <strong>de</strong><br />

reuso para obras e lavagem da subprefeitura.<br />

19


A R T I G O S<br />

- Planilha <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> gastos e uso da<br />

água e energia: CET, subprefeituras <strong>de</strong> Perus, Pirituba,<br />

Campo Limpo e Jaçanã/Tremembé, Con<strong>do</strong>mínio Martinelli<br />

(COHAB, SEHAB, EMURB, SEMPLA).<br />

- Em alguns espaços foram instala<strong>do</strong>s redutores <strong>de</strong><br />

vazão <strong>de</strong> água <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pelo coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da A3P<br />

na Subprefeitura <strong>de</strong> Pirituba, em torneiras <strong>do</strong> banheiro,<br />

da pia e em tanques.<br />

- Troca das bacias sanitárias por mictórios na Subprefeitura<br />

<strong>de</strong> Santana/Tucuruvi, visan<strong>do</strong> à diminuição no<br />

consumo <strong>de</strong>snecessário <strong>de</strong> água corrente.<br />

Energia elétrica:<br />

Para reduzir o alto consumo <strong>de</strong> energia elétrica foram<br />

tomadas algumas medidas simples e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>.<br />

E o Decreto da Energia n° 47.684 <strong>de</strong> 15/09/2006<br />

veio ao encontro das ações <strong>do</strong> programa.<br />

- Individualização <strong>do</strong>s interruptores em vários espaços<br />

públicos, como na SVMA, CET, EMURB, Subprefeitura<br />

da Freguesia <strong>do</strong> Ó, Santo Amaro, Vila Mariana,<br />

Perus, Santana/Tucuruvi, Jaçanã/Tremembé, Campo<br />

Limpo e Secretaria <strong>de</strong> Educação.<br />

- Campanha “Apague a luz”, colocação <strong>de</strong> avisos nos<br />

interruptores <strong>do</strong> IPREM, SGM e Subprefeitura <strong>de</strong> Campo<br />

Limpo.<br />

- A instalação <strong>de</strong> sensor presencial <strong>de</strong> luz na Subprefeitura<br />

<strong>de</strong> Perus e a troca da posição das lâmpadas<br />

para maior luminosida<strong>de</strong> e menor consumo <strong>de</strong> energia<br />

no mesmo espaço.<br />

- Na CET foi realiza<strong>do</strong> um levantamento <strong>de</strong> cada ponto<br />

<strong>de</strong> energia elétrica existente, sen<strong>do</strong> tomadas, lâmpadas,<br />

computa<strong>do</strong>res, máquinas <strong>de</strong> café, etc. Após o levantamento,<br />

foram verificadas as condições em que se<br />

encontravam esses pontos. Assim, os pontos críticos,<br />

que serão os primeiros a sofrerem reparos, foram sinaliza<strong>do</strong>s<br />

numa planilha com a cor vermelha. Com a cor<br />

amarela foram sinaliza<strong>do</strong>s os pontos nos quais se <strong>de</strong>ve<br />

manter a atenção, e a cor ver<strong>de</strong> sinaliza os pontos sem<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reparos. Essa planilha é acompanhada<br />

por cada ponto da CET e coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> por uma central.<br />

Resíduos:<br />

- Inicia<strong>do</strong> o trabalho <strong>de</strong> coleta seletiva em diversos órgãos<br />

públicos, Edifício Martinelli, Edifício Oli<strong>do</strong>, Edifício<br />

Matarazzo, Edifício São Joaquim, SVMA, HSPM, Secretaria<br />

Municipal <strong>de</strong> Educação, Teatro Municipal, subprefeituras<br />

<strong>de</strong> Pirituba, Freguesia <strong>do</strong> Ó, Santana/Tucuruvi,<br />

Jaçanã/Tremembé, Campo Limpo, Butantã, Pinheiros,<br />

São Mateus e Sé. O material recolhi<strong>do</strong> é <strong>do</strong>a<strong>do</strong> para<br />

cooperativas que suprem as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> serviço<br />

público.<br />

- Na subprefeitura da Freguesia <strong>do</strong> Ó, assim como<br />

no gabinete <strong>do</strong> prefeito, foi construí<strong>do</strong> um compartimento<br />

para acondicionar o material reciclável recolhi<strong>do</strong> com<br />

<strong>de</strong>stinação à coleta seletiva.<br />

- Doação <strong>do</strong> lixo orgânico <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> municipal, na<br />

região central, para o hospital veterinário e o Parque Ibirapuera,<br />

on<strong>de</strong> animais integrantes da fauna paulistana são<br />

alimenta<strong>do</strong>s e recoloca<strong>do</strong>s em seu habitat natural.<br />

Ata <strong>de</strong> RP 25 <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2006 SGP/papel recicla<strong>do</strong>.<br />

Valorização <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r público municipal e conscientização<br />

ambiental:<br />

- Construção <strong>de</strong> bicicletário na SVMA e Subprefeitura<br />

<strong>do</strong> Campo Limpo.<br />

- Programa <strong>de</strong> ginástica laboral na Subprefeitura <strong>do</strong><br />

Campo Limpo, aulas <strong>de</strong> dança e yoga na subprefeitura <strong>de</strong><br />

Santana/Tucuruvi.<br />

- Criação <strong>de</strong> grêmios, restaurantes, lanchonetes, centros<br />

<strong>de</strong> leitura e hortas nas subprefeituras e secretarias<br />

municipais.<br />

- Palestras, cursos e campanhas <strong>de</strong> conscientização<br />

para os servi<strong>do</strong>res, como, por exemplo, na Subprefeitura<br />

<strong>de</strong> Santo Amaro.<br />

- Filmes instrutivos na praça <strong>de</strong> atendimento na Subprefeitura<br />

<strong>de</strong> Santana/Tucuruvi e na Secretaria <strong>do</strong> Trabalho,<br />

para munícipes e servi<strong>do</strong>res.<br />

- Capacitações realizadas pela coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> Programa<br />

A3P em motivação, para as comissões <strong>de</strong> toda a prefeitura<br />

<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, em novembro e <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006.<br />

2° Fórum Governamental da A3P – Brasília.<br />

Participação da PMSP no 2° Fórum Governamental <strong>de</strong><br />

Gestão Ambiental na Administração Pública que foi realiza<strong>do</strong><br />

no dia 04 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2006 na Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s,<br />

em Brasília. Na ocasião, foram apresentadas as<br />

ações <strong>do</strong> Programa A3P implantadas na Prefeitura <strong>de</strong> São<br />

<strong>Paulo</strong> que foram mo<strong>de</strong>lo e referência nacional.<br />

Metas para 2007:<br />

- Supervisionar as comissões existentes e suas ações.<br />

- Consolidação <strong>do</strong> programa em equipamentos on<strong>de</strong><br />

este ainda não foi implanta<strong>do</strong>.<br />

- II Seminário <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> programa em 06/2007.<br />

- Fortalecimento institucional <strong>do</strong> programa frente aos<br />

governos e órgãos públicos.<br />

- Promover curso para formar gestores ambientais aptos<br />

a estudar ações a serem implantadas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s espaços<br />

públicos.<br />

- Publicar uma revista com as práticas da A3P na<br />

PMSP.<br />

[*] Thais Horta é supervisora <strong>de</strong> Educação Ambiental da Secretaria Municipal<br />

<strong>de</strong> Ver<strong>de</strong> e Meio Ambiente. É pedagoga, especialista em resíduos,<br />

em educação ambiental e coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra municipal <strong>do</strong> Programa<br />

Agenda Ambiental da Administração Pública. É conselheira da Comissão<br />

<strong>de</strong> Meio Ambiente da OAB e da Comissão Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Trabalha<strong>do</strong>r.<br />

20


COMEMORAÇÃO<br />

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE:<br />

PLANETA SUSTENTÁVEL, SIM. MAS PARA QUEM?<br />

A Terra não é um armazém<br />

infinito <strong>de</strong> recursos,<br />

tampouco uma gran<strong>de</strong> lixeira<br />

capaz <strong>de</strong> absorver a<br />

imensa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lixo<br />

que o ser humano produz.<br />

O atual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico tem<br />

usa<strong>do</strong> o planeta além <strong>de</strong><br />

sua capacida<strong>de</strong> e, com<br />

isso, vem a conseqüência:<br />

<strong>de</strong> um la<strong>do</strong>, o aquecimento<br />

global, a perda maciça <strong>de</strong><br />

cobertura ver<strong>de</strong> e <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>;<br />

<strong>de</strong> outro, milhões<br />

<strong>de</strong> seres humanos<br />

viven<strong>do</strong> abaixo da linha da pobreza.<br />

Sustentabilida<strong>de</strong> pressupõe viabilida<strong>de</strong> econômica,<br />

mas também justiça social e equilíbrio ambiental. Assim,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o “<strong>de</strong>senvolvimento sustentável” sem questionar<br />

a quem será benéfico, não é suficiente. É fundamental que<br />

as nações a<strong>do</strong>tem um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> crescimento em<br />

que se contemple a justiça social e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

O comportamento humano é pauta<strong>do</strong>, via <strong>de</strong> regra, por<br />

valores materialistas e egoístas, levan<strong>do</strong> a uma vida vazia,<br />

para a qual, o que realmente importa é acumular bens materiais<br />

e po<strong>de</strong>r. Além disso, o que é gasto em armamentos<br />

e na manutenção das guerras no mun<strong>do</strong> seria mais <strong>do</strong> que<br />

suficiente para oferecer uma vida mais digna aos que não<br />

têm acesso a condições mínimas para a manutenção da<br />

saú<strong>de</strong> e encontram-se excluí<strong>do</strong>s da socieda<strong>de</strong>.<br />

Assim, embora seja mais cômo<strong>do</strong> creditar aos interesses<br />

econômico e político a responsabilida<strong>de</strong> pela <strong>de</strong>gradação<br />

<strong>do</strong> planeta, são as atitu<strong>de</strong>s individuais <strong>do</strong> homem em<br />

relação à idéia <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>, sucesso e valorização social<br />

no acúmulo <strong>de</strong> bens materiais que reforçam esse mo<strong>de</strong>lo.<br />

Isso significa que <strong>de</strong> nada adianta a comunida<strong>de</strong> científica<br />

apontar os impactos<br />

negativos e as conseqüências<br />

da ação<br />

humana sobre o planeta<br />

se não houver uma<br />

revisão drástica nos<br />

valores pessoais. Exigir<br />

mudanças <strong>de</strong> comportamento<br />

apenas da<br />

parte <strong>de</strong> terceiros não<br />

é suficiente.<br />

É preciso que a<br />

conscientização se inicie<br />

na primeira pessoa.<br />

Isso significa olhar no<br />

espelho, pois não haverá<br />

em to<strong>do</strong> o universo planeta suficientemente capaz <strong>de</strong><br />

suprir as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> quem se consi<strong>de</strong>ra o centro<br />

<strong>de</strong> tu<strong>do</strong>.<br />

Se o objetivo é fazer com que os outros modifiquem<br />

os seus hábitos, em primeiro lugar, é necessário rever<br />

atitu<strong>de</strong>s individuais. A luta contra quem polui e <strong>de</strong>preda<br />

o planeta, ou qualquer forma <strong>de</strong> vida que nele se encontra,<br />

<strong>de</strong>ve ter a mesma intensida<strong>de</strong> da mudança <strong>de</strong> valores<br />

pessoais consumistas, hábitos e comportamentos<br />

predatórios.<br />

<strong>Mai</strong>s <strong>do</strong> que apenas agir corretamente em relação<br />

ao meio ambiente, é fundamental que haja um esforço<br />

no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> fomentar atitu<strong>de</strong>s mais justas, fraternas e<br />

pacíficas com os outros seres humanos, uma vez que<br />

não existe coerência em amar e proteger os animais e<br />

as plantas enquanto se humilha, discrimina ou explora<br />

os próprios semelhantes, como se a espécie humana<br />

não fizesse parte <strong>do</strong> planeta Terra.<br />

Grupo Ambiental <strong>do</strong> TCM (da esq. para a dir.): Lívio Fornazieri, Carlos Alberto Martinelli,<br />

Graciela Tronco, Lectícia Maria Dias e Silva, Lígia Ribeiro Salsa Fonseca, Hércules<br />

Ricar<strong>do</strong> Migliano e Marcos Ta<strong>de</strong>u Barros <strong>de</strong> Oliveira<br />

Texto <strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Grupo Ambiental <strong>do</strong> TCM, cria<strong>do</strong><br />

em 2005.<br />

21


DECISÕES DO TCM<br />

Decisões <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />

2.286ª Sessão Ordinária<br />

23/08/2006<br />

1) TC 2.122.04-47<br />

2) Interessadas: Autarquia Hospitalar Municipal Regional<br />

Norte e Promed Santa Ângela Comércio e Remoções<br />

Ltda. – Contr. 033/2003-AHMRT R$ 465.296,70 – Termo<br />

<strong>de</strong> Retificação <strong>de</strong> 12/08/2005 (para constar que o fundamento<br />

correto da contratação emergencial é o artigo 24,<br />

inciso IV, da Lei Fe<strong>de</strong>ral 8.666/93 e não como constou<br />

<strong>do</strong> preâmbulo <strong>do</strong> instrumento respectivo)<br />

3) Objeto: Serviços <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> pacientes em ambulâncias<br />

para o Hospital Municipal Dr. Alexandre Zaio e<br />

para o Pronto-Socorro Municipal 21 <strong>de</strong> <strong>Jun</strong>ho, unida<strong>de</strong>s<br />

da Autarquia.<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Julga<strong>do</strong> regular o Contrato 033/2003-<br />

AHMRT e conheci<strong>do</strong> o Termo <strong>de</strong> Retificação, <strong>de</strong><br />

12/08/2005, a ele atrela<strong>do</strong>.<br />

Unanimida<strong>de</strong><br />

5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />

2.287ª Sessão Ordinária<br />

30/08/2006<br />

1) TC 2.051.06-62<br />

2) Interessadas: Cooperleste Cooperativa <strong>de</strong> Trabalho<br />

Singular <strong>do</strong>s Coletores <strong>de</strong> Materiais Recicláveis da Zona<br />

Leste – SMG<br />

3) Objeto: Representação contra o edital <strong>de</strong> Pregão<br />

37/2006-DGSS – Prestação <strong>de</strong> serviço especializa<strong>do</strong><br />

com veículo <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> cargas com motorista,<br />

para transporte <strong>de</strong> gêneros alimentícios<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Conhecida a representação em exame,<br />

uma vez que preenchi<strong>do</strong>s os pressupostos <strong>de</strong> admissibilida<strong>de</strong>,<br />

e, quanto ao mérito, julgada prejudicada a<br />

sua apreciação, em face das modificações <strong>do</strong> edital<br />

procedidas pela Administração, em cumprimento ao<br />

quanto <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> por este <strong>Tribunal</strong>. Determina<strong>do</strong>,<br />

também, que, cumpri<strong>do</strong>s os procedimentos previstos no<br />

artigo 58 <strong>do</strong> Regimento Interno <strong>de</strong>sta Corte, sejam os<br />

autos arquiva<strong>do</strong>s.<br />

Unanimida<strong>de</strong><br />

5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />

2.288ª Sessão Ordinária<br />

06/09/2006<br />

1) TC 4.029.03-31<br />

2) Interessada: Associação Central <strong>do</strong>s Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />

Heliópolis<br />

3) Objeto: Recebidas no exercício <strong>de</strong> 2002: Subvenção<br />

R$ 30.000,00, Rentabilida<strong>de</strong> R$ 216,44<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Acolhida a prestação <strong>de</strong> contas e quitada a<br />

entida<strong>de</strong> interessada.<br />

Unanimida<strong>de</strong><br />

5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />

2.289ª Sessão Ordinária – 20/09/2006<br />

1) TC 2.121.04-84<br />

2) Interessadas: Autarquia Hospitalar Municipal Regional<br />

Norte e Capital Ambulâncias Ltda. – Contr. 034/2003-<br />

AHMRT R$ 776.154,48 e Tº <strong>de</strong> Reti-ratificação <strong>de</strong><br />

12/08/2005 (para fazer constar que o correto fundamento<br />

da contratação emergencial é o art. 24, inciso IV, da Lei<br />

Fe<strong>de</strong>ral 8.666/93)<br />

3) Objeto: Serviços <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> pacientes em ambulâncias<br />

para os Hospitais Municipais Dr. Carmino Caricchio,<br />

Dr. Ignácio Proença <strong>de</strong> Gouvêa, Pronto-Socorro Municipal<br />

Lauro Ribas Braga e Pronto-Socorro Municipal Vila Maria<br />

Baixa, unida<strong>de</strong>s integrantes da Autarquia<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Julga<strong>do</strong> regular o Contrato 034/2003-<br />

AHMRT, bem como conheci<strong>do</strong> o termo <strong>de</strong> reti-ratificação<br />

a ele atrela<strong>do</strong>.<br />

Unanimida<strong>de</strong><br />

5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />

1) TC 14.059.98-90<br />

2) Interessadas: SMG e Dáblios Comércio Representação<br />

Importação e Exportação Ltda. – Contr. 211/SEMAB-<br />

CAS/98 R$ 380.194,56<br />

3) Objeto: Aquisição <strong>de</strong> 100.051,20 quilos <strong>de</strong> sardinha em<br />

óleo comestível<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Acolhi<strong>do</strong> o Contrato 211/SEMAB-CAS/98,<br />

sem embargo da <strong>de</strong>terminação feita no âmbito <strong>do</strong> processo<br />

TC 5.785.98-20 Consoante proposta <strong>do</strong> Conselheiro<br />

Edson Simões, foi recomenda<strong>do</strong> à Origem que, <strong>de</strong> futuro,<br />

nos casos análogos ao presente, nos quais houver contratação<br />

<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> superior ao estabeleci<strong>do</strong> em ata <strong>de</strong><br />

registro <strong>de</strong> preços, tenha uma ampla pesquisa <strong>de</strong> preços,<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> expressamente a quantida<strong>de</strong> necessária,<br />

<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a aferir a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> preço em<br />

relação ao que foi registra<strong>do</strong>.<br />

Unanimida<strong>de</strong><br />

5) Relator: Conselheiro Maurício Faria<br />

2.291ª Sessão Ordinária<br />

27/09/2006<br />

1) TC 2.052.06-25<br />

2) Interessadas: Cooperleste – Cooperativa <strong>de</strong> Trabalho<br />

Singular <strong>do</strong>s Coletores <strong>de</strong> Materiais Recicláveis da Zona<br />

Leste – SMG – Representação contra o Edital <strong>do</strong> Pregão<br />

22


DECISÕES DO TCM<br />

036/2006-DGSS<br />

3) Objeto: Prestação <strong>de</strong> serviço especializa<strong>do</strong> no<br />

transporte com caminhões tipo baú, com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

carga <strong>de</strong> 6 a 8 toneladas, com 1 motorista e 1 ajudante,<br />

por caminhão<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Conhecida a representação, por aten<strong>de</strong>r<br />

aos pressupostos <strong>de</strong> admissibilida<strong>de</strong>, e, no mérito,<br />

julgada prejudicada, pela perda <strong>de</strong> seu objeto, uma vez<br />

que a Administração tomou as providências <strong>de</strong>terminadas<br />

para sanar as falhas editalícias apontadas por este<br />

<strong>Tribunal</strong>. Determina<strong>do</strong> que se proceda às comunicações<br />

previstas no artigo 58 <strong>do</strong> Regimento Interno <strong>de</strong>sta Corte,<br />

com posterior arquivamento <strong>do</strong>s autos.<br />

Unanimida<strong>de</strong><br />

5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />

1) TC 1.972.06-08<br />

2) Interessadas: Prodam e Itautec Philco S.A. – Grupo<br />

Itautec Philco – Pregão 08.001/05 – Ata <strong>de</strong> RP 02.10/05<br />

– Contr. CO-21.12/05 R$ 2.067.945,00 e Tº <strong>de</strong> Retiratificação<br />

CO/TA/RR-16.01/06 (red. <strong>de</strong> R$ 547.800,00<br />

– retificação das cláusulas I e X <strong>do</strong> contrato)<br />

3) Objeto: Fornecimento <strong>de</strong> 755 microcomputa<strong>do</strong>res na<br />

configuração “Desktop Tipo Gráfico”<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Acolhi<strong>do</strong> o Pregão 08.001/05, o Contrato<br />

CO-21.12/05 e o Termo <strong>de</strong> Reti-ratificação CO/TA/RR-<br />

16.01/06 e relevadas as improprieda<strong>de</strong>s apontadas<br />

nos autos, por meramente formais, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> feita,<br />

entretanto, severa <strong>de</strong>terminação à Companhia <strong>de</strong><br />

Processamento <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />

– Prodam, para que observe com máximo rigor todas as<br />

etapas <strong>do</strong> procedimento <strong>de</strong> contratação pública, especialmente<br />

quanto à realização <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>,<br />

tantas quantas se façam necessárias, seja previamente<br />

à abertura <strong>do</strong> certame, seja ao longo <strong>do</strong> processamento<br />

da licitação, sob pena <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> sanção.<br />

Unanimida<strong>de</strong><br />

5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />

1) TC 2.158.02-22<br />

2) Interessadas: SME e Construtora Progredior Ltda.<br />

– NE 60.99.014344.8 R$ 175.671,76<br />

3) Objeto: Fornecimento e instalação <strong>de</strong> 6 módulos préfabrica<strong>do</strong>s<br />

para salas, em chapas <strong>de</strong> aço galvaniza<strong>do</strong><br />

(Acomp. TC 2.434.02-06)<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Julgada irregular a <strong>de</strong>spesa analisada e<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> à Administração que a<strong>do</strong>te as providências<br />

cabíveis para que o Erário seja ressarci<strong>do</strong>, uma vez<br />

que, em conseqüência da má utilização <strong>de</strong> Atas <strong>de</strong><br />

Registro <strong>de</strong> Preços, houve serviços complementares<br />

medi<strong>do</strong>s a maior, medi<strong>do</strong>s e não justifica<strong>do</strong>s e os que<br />

não aten<strong>de</strong>ram às especificações técnicas. Aplicada<br />

com fundamento nos artigos 52, inciso II, e 53, da Lei<br />

Municipal 9.167/80, combina<strong>do</strong>s com os artigos 86 e<br />

87 <strong>do</strong> Regimento Interno <strong>de</strong>ste <strong>Tribunal</strong>, a multa <strong>de</strong> R$<br />

381,00 (trezentos e oitenta e um reais), individualmente,<br />

ao Senhor Secretário Municipal <strong>de</strong> Educação, à época, e<br />

aos Senhores Jair Militão da Silva, or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da <strong>de</strong>spesa,<br />

e Ubiratan Galvão, responsável pela fiscalização da obra.<br />

Determinada, também, a apuração <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s,<br />

ten<strong>do</strong> em vista a gravida<strong>de</strong> das situações relatadas, bem<br />

como o encaminhamento <strong>de</strong> cópia <strong>do</strong> presente julga<strong>do</strong><br />

ao Ministério Público <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />

Unanimida<strong>de</strong><br />

5) Relator: Conselheiro Maurício Faria<br />

1) TC 4.252.01-80<br />

2) Interessada: CET – Acompanhamento <strong>do</strong> edital <strong>de</strong><br />

licitação, na modalida<strong>de</strong> Concorrência 10/2001<br />

3) Objeto: Serviços <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção, registro e processamento<br />

<strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> infrações <strong>de</strong> trânsito referentes ao <strong>de</strong>srespeito<br />

à velocida<strong>de</strong> regulamentada para o local, através<br />

da utilização <strong>de</strong> equipamentos/sistema fixo <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção<br />

e registro automático <strong>de</strong> imagens e da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> infração,<br />

além <strong>de</strong> outros da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> tráfego <strong>do</strong> local fiscaliza<strong>do</strong><br />

(Acomp. TCs 2.905.02-22, 4.819.01-82 e 4.958.01-89)<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Julgada irregular a Concorrência 10/2001,<br />

eis que eivada <strong>de</strong> vícios insanáveis. Aplicada, com fundamento<br />

no artigo 52, inciso II, da Lei Municipal 9.167/80,<br />

a multa <strong>de</strong> R$ 381,00 (trezentos e oitenta e um reais) ao<br />

or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da <strong>de</strong>spesa, ten<strong>do</strong> em vista as irregularida<strong>de</strong>s<br />

apontadas nos autos.<br />

Unanimida<strong>de</strong><br />

5) Relator: Conselheiro Edson Simões<br />

2.293ª Sessão Ordinária<br />

05/10/2006<br />

1) TC 7.664.04-05<br />

2) Interessada: SFMSP e João Hiroshi Yoshida – Concorrência<br />

15/03 – Ata <strong>de</strong> RP 06/04 – Tº <strong>de</strong> Compromisso <strong>de</strong><br />

Fornecimento 16/2004 e NE 000946/04 R$ 40.000,00<br />

3) Objeto: Aquisição <strong>de</strong> crisântemos<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Julgadas regulares a Concorrência 15/03,<br />

a Ata <strong>de</strong> Registro <strong>de</strong> Preços 06/04, o Termo <strong>de</strong> Compromisso<br />

<strong>de</strong> Fornecimento 16/2004 e o ato <strong>de</strong>terminativo<br />

da <strong>de</strong>spesa representa<strong>do</strong> pela Nota <strong>de</strong> Empenho<br />

000946/04.<br />

Unanimida<strong>de</strong><br />

5) Relator: Conselheiro Edson Simões<br />

1) TC 6.631.04-02<br />

2) Interessadas: SF e Fundação Getúlio Vargas – FGV<br />

– Contr. SF 05/2004 R$ 3.179.450,00<br />

3) Objeto: Serviços técnicos especializa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> consultoria<br />

e assessoria para implantação e consolidação <strong>de</strong><br />

novos processos e mecanismos <strong>de</strong> atendimento direto<br />

23


DECISÕES DO TCM<br />

ao contribuinte<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Aprova<strong>do</strong> o Contrato SF 05/2004. Pelos<br />

votos <strong>do</strong>s Conselheiros Eurípe<strong>de</strong>s Sales – Relator e<br />

Maurício Faria – Revisor, foi relevada a falha relativa à<br />

remessa extemporânea <strong>de</strong> informações a esta Corte,<br />

por seu caráter formal. Venci<strong>do</strong>, neste particular, o<br />

Conselheiro Edson Simões que, nos termos <strong>do</strong> voto<br />

apresenta<strong>do</strong> em separa<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> em vista a irregularida<strong>de</strong><br />

apontada, aplicou a multa <strong>de</strong> R$ 381,00 (trezentos<br />

e oitenta e um reais) ao or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da <strong>de</strong>spesa, com<br />

fundamento no artigo 52, inciso II, da Lei Municipal<br />

9.167/80.<br />

Unanimida<strong>de</strong>/<strong>Mai</strong>oria<br />

5) Relator: Conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s Sales<br />

2.294ª Sessão Ordinária<br />

11/10/2006<br />

1) TC 3.450.03-70<br />

2) Interessadas: SMG e Comercial Milano Brasil Ltda.<br />

– Pregão 11/2003 – Contr. 185/SEMAB-DAS/2003 R$<br />

872.500,00<br />

3) Objeto: Aquisição <strong>de</strong> 250.000 quilos <strong>de</strong> frango em<br />

pedaços congela<strong>do</strong>s (coxa e sobrecoxa separa<strong>do</strong>s)<br />

(Acomp. TC 4.003.03-48)<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Conheci<strong>do</strong> o Pregão 11/2003 e julga<strong>do</strong><br />

regular o Contrato 185/SEMAB-DAS/2003. Pelos votos<br />

<strong>do</strong>s Conselheiros Roberto Braguim – Relator, Eurípe<strong>de</strong>s<br />

Sales e Maurício Faria, relevada a infringência <strong>do</strong> artigo<br />

26 da Lei Municipal 13.278/02, qual seja, a publicação<br />

a <strong>de</strong>stempo <strong>do</strong> contrato, uma vez que não há nos autos<br />

indícios <strong>de</strong> <strong>do</strong>lo, má-fé ou prejuízo ao Erário. Venci<strong>do</strong>,<br />

neste particular, o Conselheiro Edson Simões – Revisor<br />

que, consoante voto apresenta<strong>do</strong> em separa<strong>do</strong>, em<br />

razão da extemporaneida<strong>de</strong> apontada, aplicou ao<br />

or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da <strong>de</strong>spesa a multa <strong>de</strong> R$ 381,00 (trezentos<br />

e oitenta e um reais), com fundamento no inciso II <strong>do</strong><br />

artigo 52 da Lei Municipal 9.167/80.<br />

Unanimida<strong>de</strong>/<strong>Mai</strong>oria<br />

5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />

1) TC 4.951.01-30<br />

2) Interessadas: SVMA e Servimarc Construções Ltda.<br />

– TA 001/SMMA/2002 R$ 593.975,54 (prorrogação<br />

<strong>do</strong> prazo contratual), Tº <strong>de</strong> Recebimento Provisório<br />

04/DEPAVE/02 e Tº <strong>de</strong> Recebimento Definitivo 05/<br />

DEPAVE/02<br />

3) Objeto: Serviços <strong>de</strong> limpeza e conservação <strong>do</strong> Parque<br />

Ibirapuera<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Julga<strong>do</strong> regular o Termo Aditivo 01/<br />

SMMA/2002 e conheci<strong>do</strong> os Termos <strong>de</strong> Recebimento<br />

Provisório 04/DEPAVE/02 e Definitivo 05/DEPAVE/02.<br />

Pelos votos <strong>do</strong>s Conselheiros Roberto Braguim – Relator,<br />

Eurípe<strong>de</strong>s Sales e Maurício Faria, foi relevada a lavratura<br />

extemporânea <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s termos <strong>de</strong> recebimento provisório<br />

e <strong>de</strong>finitivo, porquanto ausentes indícios <strong>de</strong> <strong>do</strong>lo,<br />

má-fé ou prejuízo ao Erário, e <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>, entretanto,<br />

à Secretaria Municipal <strong>do</strong> Ver<strong>de</strong> e <strong>do</strong> Meio Ambiente<br />

que cumpra com rigor os prazos que lhe competem, sob<br />

pena <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> sanção. Venci<strong>do</strong>, neste particular, o<br />

Conselheiro Edson Simões – Revisor que aplicou a multa<br />

<strong>de</strong> R$ 381,00 (trezentos e oitenta e um reais), com fundamento<br />

o artigo 52, inciso II, da Lei Municipal 9.167/80,<br />

individualmente, aos responsáveis pela extemporaneida<strong>de</strong><br />

mencionada.<br />

Unanimida<strong>de</strong>/<strong>Mai</strong>oria<br />

5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />

2.295ª Sessão Ordinária<br />

25/10/2006<br />

1) TC 863.04-75<br />

2) Interessadas: SMT e CET – Contr. 768/03-SMT R$<br />

1.359.960,18<br />

3) Objeto: Serviços <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong> ambiente viário para<br />

a Implantação <strong>do</strong> Novo Sistema Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> Transporte<br />

Coletivo – Fase II<br />

4) Resulta<strong>do</strong>: Por maioria, pelos votos <strong>do</strong>s Conselheiros<br />

Roberto Braguim – Revisor, consoante <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />

voto apresentada, e Edson Simões, nos termos <strong>do</strong> voto<br />

em separa<strong>do</strong>, não acolhi<strong>do</strong> o Contrato 768/03-SMT, por<br />

violação aos artigos 195, § 3º da Constituição Fe<strong>de</strong>ral,<br />

combina<strong>do</strong> com o artigo 47, inciso I, letra “a”, da Lei<br />

Fe<strong>de</strong>ral 8.212/91, e artigo 2º da Lei Fe<strong>de</strong>ral 9.012/95.<br />

Pelos mesmos votos, foi exarada <strong>de</strong>terminação para que<br />

os futuros contratos sejam elabora<strong>do</strong>s e formaliza<strong>do</strong>s<br />

com o correto e a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> preenchimento <strong>do</strong>s requisitos<br />

estatuí<strong>do</strong>s no artigo 55 da Lei Fe<strong>de</strong>ral 8.666/93. Venci<strong>do</strong><br />

o Conselheiro Maurício Faria – Relator que, consoante<br />

relatório e voto apresenta<strong>do</strong>s, julgou regular o menciona<strong>do</strong><br />

ajuste e relevou as irregularida<strong>de</strong>s apontadas no curso da<br />

instrução processual, diante da excepcionalida<strong>de</strong> com que<br />

se reveste a contratação firmada, visan<strong>do</strong> à continuida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>s serviços públicos em apreço, presta<strong>do</strong>s com exclusivida<strong>de</strong><br />

pela empresa contratada, por força <strong>de</strong> competência<br />

estabelecida em lei. Pelo voto <strong>do</strong> Conselheiro Roberto<br />

Braguim – Revisor, votan<strong>do</strong> o Conselheiro Presi<strong>de</strong>nte<br />

Antonio Carlos Caruso para efeito <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempate, nos<br />

termos <strong>do</strong> artigo 26, inciso IX, alínea “a”, <strong>do</strong> Regimento<br />

Interno <strong>de</strong>sta Corte, foram aceitos os efeitos financeiros já<br />

produzi<strong>do</strong>s, em obediência ao princípio da estabilização e<br />

consolidação das relações jurídicas consumadas. Venci<strong>do</strong>,<br />

neste particular, o Conselheiro Edson Simões, que não<br />

aceitou os referi<strong>do</strong>s efeitos.<br />

<strong>Mai</strong>oria<br />

5) Relator: Conselheiro Maurício Faria<br />

24


tcmsp - qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

Ana Cristina Magalhães Andra<strong>de</strong> [*]<br />

ALIMENTOS FUNCIONAIS E O CORAÇÃO<br />

Há algumas semanas,<br />

no refeitório <strong>do</strong><br />

TCM, tivemos uma<br />

experiência bem interessante.<br />

Ao chegarmos<br />

para a refeição,<br />

éramos surpreendi<strong>do</strong>s<br />

com avisos <strong>de</strong> alimentos<br />

funcionais. No<br />

cardápio <strong>do</strong> dia havia<br />

um alimento e, em cada mesa, uma explicação da função<br />

daquele alimento no organismo. <strong>Mai</strong>s uma vez o <strong>Tribunal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Contas</strong> vem em apoio a seus funcionários a fim <strong>de</strong> fazêlos<br />

refletir e viver melhor, em conjunto com a equipe <strong>do</strong><br />

refeitório.<br />

Você conhece a expressão: “Você é o que come”?<br />

No caso da sua saú<strong>de</strong>, ela não po<strong>de</strong>ria ser mais verda<strong>de</strong>ira.<br />

Uma dieta balanceada não só é eficaz na manutenção<br />

<strong>do</strong> peso como ajuda a prevenir muitas <strong>do</strong>enças e, o que<br />

é melhor, <strong>de</strong> uma maneira saborosa. Afinal, brindar com<br />

uma taça <strong>de</strong> vinho um belo prato <strong>de</strong> peixe com arroz integral<br />

rega<strong>do</strong>s no azeite não soa sacrificante, ou mesmo<br />

brindar a vida acompanhada com castanhas <strong>de</strong> caju como<br />

aperitivo, certo? Alimentos funcionais são <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s como<br />

“produtos alimentícios que trazem benefícios específicos à<br />

saú<strong>de</strong> além <strong>do</strong>s nutrientes tradicionais que estes contêm”<br />

ou “alimentos que contêm níveis significativos <strong>de</strong> componentes<br />

biologicamente ativos que trazem benefícios à saú<strong>de</strong><br />

além da nutrição básica”.<br />

Seja qual for a <strong>de</strong>finição a<strong>do</strong>tada, to<strong>do</strong>s os alimentos<br />

funcionais são vistos como promotores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e po<strong>de</strong>m<br />

estar relaciona<strong>do</strong>s à redução <strong>de</strong> riscos a certas <strong>do</strong>enças.<br />

Entretanto, os cientistas esclarecem que os alimentos<br />

funcionais sozinhos não po<strong>de</strong>m garantir boa saú<strong>de</strong>, eles<br />

po<strong>de</strong>m melhorar a saú<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> parte <strong>de</strong> uma dieta<br />

conten<strong>do</strong> uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentos, incluin<strong>do</strong> frutas,<br />

vegetais, grãos e legumes. Os alimentos funcionais contêm<br />

compostos bioativos, ou seja, os elementos que são<br />

capazes <strong>de</strong> atuar diretamente na prevenção e no tratamento<br />

<strong>de</strong> <strong>do</strong>enças. Em sua gran<strong>de</strong> maioria, os compostos<br />

bioativos estão distribuí<strong>do</strong>s entre as frutas, legumes,<br />

verduras, cereais, peixes e leite fermenta<strong>do</strong>. Eles<br />

são aproveita<strong>do</strong>s no próprio consumo <strong>do</strong>s alimentos in<br />

natura ou então isola<strong>do</strong>s e inseri<strong>do</strong>s em outros produtos<br />

passan<strong>do</strong> então a ser enriqueci<strong>do</strong>s com nutrientes.<br />

Base da alimentação <strong>do</strong> futuro, o que torna funcional<br />

um alimento é a presença ou não <strong>de</strong> um novo grupo <strong>de</strong><br />

compostos i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s nas frutas e nos vegetais: os<br />

fitoquímicos (fito é um prefixo grego que significa planta).<br />

Eles não são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s nutrientes já que nossas<br />

vidas não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>les da mesma forma que das<br />

vitaminas. Ainda não se sabe a maneira exata como os<br />

compostos <strong>de</strong> plantas agem em nosso corpo, pois os<br />

mecanismos <strong>de</strong> ação são tão diversos quanto os compostos:<br />

alguns atuam como antioxidantes, outros como<br />

inibi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> enzimas. Existem várias ações terapêuticas<br />

específicas <strong>do</strong>s alimentos funcionais, mas falaremos<br />

exclusivamente <strong>do</strong>s benefícios para o coração, ou<br />

seja, na prevenção e até mesmo parte <strong>do</strong> tratamento<br />

nas <strong>do</strong>enças cardiovasculares. Assim, os alimentos funcionais<br />

mais estuda<strong>do</strong>s para esta finalida<strong>de</strong> são: a soja,<br />

a aveia, os fitoesteróis, os flavonói<strong>de</strong>s, os antioxidantes<br />

e o ômega 3.<br />

SOJA – produtos à base <strong>de</strong> soja se relacionam<br />

com a prevenção <strong>de</strong> aterosclerose pela ação antioxidante<br />

das isoflavonas sobre as gorduras circulantes no sangue<br />

e ainda pela presença <strong>de</strong> fibras solúveis na sua estrutura.<br />

25


tcmsp - qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

A proteína <strong>de</strong> soja po<strong>de</strong> reduzir os níveis <strong>de</strong> colesterol total<br />

e LDL-colesterol (“o colesterol ruim”). Alimentos à base <strong>de</strong><br />

soja são encontra<strong>do</strong>s em grãos <strong>de</strong> soja, queijos (“tofu”), molhos<br />

(“shoyo”, em menor quantida<strong>de</strong>), farinhas, leites <strong>de</strong> soja<br />

(extrato) e sucos, to<strong>do</strong>s bem-vin<strong>do</strong>s na sua alimentação.<br />

AVEIA – é um cereal <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> nutricional,<br />

rica em proteínas e seu alto teor <strong>de</strong> vitaminas também lhe<br />

confere proprieda<strong>de</strong> antioxidante. Possui parte <strong>de</strong> carboidratos<br />

<strong>do</strong> tipo solúvel em gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>, o que é muito<br />

importante. Dietas rico em aveia ou farelo <strong>de</strong> aveia e<br />

pobres em gordura saturada e colesterol po<strong>de</strong>m reduzir o<br />

risco <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças coronarianas.<br />

FITOESTERÓIS – são esteróis vegetais, naturais<br />

<strong>de</strong> sementes <strong>de</strong> girassol e grão <strong>de</strong> soja que interferem<br />

na absorção <strong>do</strong> colesterol a partir <strong>do</strong> intestino e reduzem<br />

os valores <strong>de</strong> colesterol total e LDL. As principais fontes<br />

são: margarinas especiais enriquecidas com fitoesteróis e<br />

óleos vegetais. Pesquisas <strong>de</strong>monstram que o consumo <strong>de</strong><br />

20 gramas <strong>de</strong> margarina enriquecida com fitoesterol diminui<br />

o LDL em 10 a 15% em 3 semanas.<br />

Consumi<strong>do</strong>s regularmente, reduzem mo<strong>de</strong>radamente<br />

os níveis <strong>de</strong> triglicéri<strong>de</strong>s, diminuem a agregação das<br />

plaquetas e reduzem a pressão arterial. É preferível não<br />

fritar.<br />

Não há dúvidas <strong>de</strong> que a alimentação exerce<br />

papel fundamental no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong><br />

placas <strong>de</strong> gordura, ou seja, aterosclerose das coronárias<br />

e que uma dieta balanceada po<strong>de</strong> atenuar seu aparecimento,<br />

<strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser introduzida precocemente nos<br />

hábitos <strong>de</strong> nossas vidas. Estas mudanças não incluem<br />

somente alterações na alimentação; mas uma mudança<br />

no estilo <strong>de</strong> vida, como aliviar o estresse com <strong>de</strong>scanso,<br />

lazer e praticar ativida<strong>de</strong> física. E o mais importante: viver<br />

intensamente cada momento com alegria.<br />

FLAVONÓIDES ANTIOXIDANTES – são encontra<strong>do</strong>s<br />

em: verduras, frutas, grãos, sementes, castanhas,<br />

condimentos, bebidas como o vinho tinto, sucos <strong>de</strong> uva e<br />

chás (preto e ver<strong>de</strong>). Estas substâncias dificultam a ligação<br />

das placas <strong>de</strong> gordura nas membranas <strong>do</strong>s vasos sanguíneos<br />

e também possuem ação anticoagulante. Alguns<br />

estu<strong>do</strong>s comprovam que os efeitos <strong>de</strong>stes flavonói<strong>de</strong>s<br />

ocorrem no consumo <strong>de</strong> vinho tinto e <strong>de</strong> suco <strong>de</strong> uva, pela<br />

diminuição <strong>do</strong> LDL no sangue, com melhora <strong>do</strong> en<strong>do</strong>télio<br />

em indivíduos que apresentam colesterol eleva<strong>do</strong>.<br />

ÔMEGA 3 – São áci<strong>do</strong>s graxos (tipo <strong>de</strong> gordura)<br />

encontra<strong>do</strong>s em alguns peixes gordurosos que vivem em<br />

águas profundas. São ricos em áci<strong>do</strong>s graxos ômega-3,<br />

peixes como salmão, atum, arenque, cavala e a nossa popular<br />

sardinha que, aliás, possui um <strong>do</strong>s mais altos teores.<br />

(Fonte: Folha <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>)<br />

[*] Ana Cristina Magalhães Andra<strong>de</strong> é <strong>do</strong>utora em Cardiologia Clínica<br />

pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> – USP e Assessora Médica <strong>do</strong><br />

TCMSP.<br />

26


Conselheiro Gimenez (1° plano à dir.) sen<strong>do</strong> aplaudi<strong>do</strong> após<br />

ser anunciada a sua presença no lançamento <strong>do</strong> Curso<br />

<strong>de</strong> Gestão Contratual<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> em 1987,<br />

1991 e 1995, o conselheiro aposenta<strong>do</strong> Francisco<br />

Martin Gimenez, faleci<strong>do</strong> no dia 15 <strong>de</strong> junho, <strong>de</strong>dicou<br />

12 anos da sua carreira a esta Instituição, entre<br />

as inúmeras e expressivas participações que teve na<br />

área jurídica e na política paulistana.<br />

Francisco Gimenez foi Conta<strong>do</strong>r, Advoga<strong>do</strong> e um <strong>do</strong>s<br />

responsáveis pela fundação e consolidação <strong>do</strong> MDB,<br />

embrião <strong>do</strong> PMDB. Em 1979, ingressou na Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> e foi imediatamente <strong>de</strong>signa<strong>do</strong><br />

como lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> parti<strong>do</strong> no legislativo municipal.<br />

Em novembro <strong>de</strong> 1984, na condição <strong>de</strong> verea<strong>do</strong>r<br />

e vice-lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> governo na Câmara Municipal, foi<br />

nomea<strong>do</strong> para o cargo <strong>de</strong> conselheiro <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Contas</strong> pelo então prefeito Mário Covas. Sobre a sua<br />

posse, disse o então conselheiro presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> TCM,<br />

José Altino Macha<strong>do</strong>: “Mo<strong>de</strong>sto, o verea<strong>do</strong>r Francisco<br />

Gimenez pediu que a cerimônia fosse informal e se<br />

realizasse no meu gabinete. Concor<strong>de</strong>i com o pedi<strong>do</strong><br />

porque não o sabia tão queri<strong>do</strong>. Nós não coubemos<br />

no gabinete, sen<strong>do</strong> necessário o plenário para acolher<br />

os amigos que vieram cumprimentar o novo conselheiro.”<br />

Durante os anos em que ocupou a presidência<br />

<strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong>, a Instituição <strong>de</strong>u importantes passos na<br />

informatização <strong>do</strong>s serviços, das rotinas e <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s.<br />

Com sua aposenta<strong>do</strong>ria compulsória, em junho<br />

<strong>de</strong> 1997, o conselheiro Gimenez <strong>de</strong>ixou o TCM. Por<br />

ocasião da comemoração <strong>do</strong>s 30 anos <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong>,<br />

Francisco Gimenez relembrou sua passagem pela<br />

instituição, em texto publica<strong>do</strong> na edição <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 1998 da “Revista <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>”. Nele,<br />

<strong>de</strong>stacou o “trabalho diário e fecun<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong>, contribuin<strong>do</strong><br />

para a construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> mais<br />

justa”. Pergunta<strong>do</strong> sobre o que representaram os 12<br />

anos <strong>de</strong> vida no <strong>Tribunal</strong>, Gimenez foi enfático: “Esse<br />

H O M E N A G E M<br />

HOMENAGEM DO TCMSP<br />

AO CONSELHEIRO<br />

FRANCISCO MARTIN<br />

GIMENEZ<br />

perío<strong>do</strong> significou uma reviravolta na forma <strong>de</strong> encarar<br />

o tempo e uma experiência para refletir sobre as coisas<br />

que po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser corrigidas.”<br />

Francisco Martin Gimenez nasceu em Lins, interior<br />

<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, no dia 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1927. Formou-se<br />

Técnico em Contabilida<strong>de</strong> pela Escola <strong>de</strong> Comércio Olavo<br />

Bilac, na Lapa, em 1970, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma infância e<br />

juventu<strong>de</strong> humil<strong>de</strong>s. Com o diploma, pô<strong>de</strong> cursar Direito<br />

em Uberaba, Minas Gerais. Forma<strong>do</strong>, passou a advogar<br />

na Justiça <strong>do</strong> Trabalho. Em entrevista para o <strong>do</strong>cumentário<br />

institucional “Memórias <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong><br />

Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>”, Gimenez lembrou: “Não me<br />

recor<strong>do</strong> <strong>de</strong> ter, entre mais <strong>de</strong> mil clientes, <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> o<br />

emprega<strong>do</strong>r. Eu era advoga<strong>do</strong> <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>, <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r.”<br />

Após a sua aposenta<strong>do</strong>ria, o conselheiro esteve<br />

no TCM em várias oportunida<strong>de</strong>s. <strong>Mai</strong>s recentemente,<br />

participou <strong>do</strong> lançamento <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Gestão Contratual<br />

da Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>, em 2004, e da Missa <strong>de</strong> Ação <strong>de</strong><br />

Graças, em 2005.<br />

Com pesar, o presi<strong>de</strong>nte Antonio Carlos Caruso<br />

comunicou, na sessão plenária <strong>do</strong> dia 20 <strong>de</strong> junho, o<br />

falecimento <strong>do</strong> conselheiro Francisco Martin Gimenez,<br />

ressaltan<strong>do</strong> o caráter, a retidão, a competência jurídica,<br />

o senti<strong>do</strong> profundamente humanista nas suas atitu<strong>de</strong>s e<br />

a sua passagem iluminada por esta Corte <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>.<br />

Conselheiro Gimenez (à dir.) ainda em exercício<br />

no <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />

27


SECRETÁRIO MUNICIPAL PARA<br />

PARTICIPAÇÃO E PARCERIA<br />

VISITOU O TRIBUNAL DE CONTAS<br />

secretário municipal para Participação e Parceria,<br />

O José Ricar<strong>do</strong> Franco Montoro, acompanha<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

secretário adjunto, <strong>Paulo</strong> Sérgio Costa, visitou o <strong>Tribunal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Contas</strong> no dia 25 <strong>de</strong> junho. Na ocasião, foi recebi<strong>do</strong><br />

pelo presi<strong>de</strong>nte Antonio Carlos Caruso, pelo vicepresi<strong>de</strong>nte<br />

Edson Simões, pelo conselheiro Maurício<br />

Faria e pelo secretário geral da Instituição, João Alberto<br />

Gue<strong>de</strong>s. Também estiveram presentes, o subsecretário<br />

<strong>de</strong> Fiscalização e Controle, Lívio Fornazieri, o<br />

subsecretário Administrativo, Noé D´Agostini Neto e o<br />

chefe <strong>do</strong> Núcleo <strong>de</strong> Tecnologia da Informação, Mário<br />

Augusto <strong>de</strong> Tole<strong>do</strong> Reis.<br />

Na foto (da dir. para a esq.), o subsecretário<br />

Administrativo, Noé D´Agostini Neto, o presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong><br />

TCM, Antonio Carlos Caruso, o conselheiro Maurício<br />

Faria, o secretário para Participação e Parceria, José<br />

Ricar<strong>do</strong> Franco Montoro, o conselheiro vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

secretário geral <strong>do</strong> TCM, João Alberto Gue<strong>de</strong>s,<br />

O completou, no dia 24 <strong>de</strong> junho, oitenta anos, meta<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>s quais <strong>de</strong>dicou<br />

ao trabalho na Instituição.<br />

O colegia<strong>do</strong> e<br />

funcionários <strong>de</strong> diversas<br />

áreas <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong><br />

prestaram uma homenagem<br />

ao secretário,<br />

em uma <strong>de</strong>monstração<br />

<strong>de</strong> carinho<br />

à pessoa e respeito<br />

ao profissional.<br />

O presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong>,<br />

Antonio Carlos<br />

Caruso, <strong>de</strong>stacou a<br />

experiência e o conhecimento<br />

<strong>de</strong> cunho<br />

administrativo e jurídico<br />

<strong>do</strong> secretário geral.<br />

“Ele é a coluna mestra <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> e um exemplo <strong>de</strong><br />

homem público. É com imensa satisfação que compartilhamos<br />

a comemoração <strong>do</strong> seu octogésimo aniversário”,<br />

disse o presi<strong>de</strong>nte.<br />

<strong>do</strong> TCM, Edson Simões, o secretário adjunto da Secretaria<br />

Municipal para Participação e Parceria, <strong>Paulo</strong> Sérgio Costa,<br />

o subsecretário <strong>de</strong> Fiscalização e Controle, Lívio Fornazieri<br />

e o chefe <strong>do</strong> Núcleo <strong>de</strong> Tecnologia da Informação, Mário<br />

Augusto <strong>de</strong> Tole<strong>do</strong> Reis.<br />

METADE DA VIDA DEDICADA AO TRIBUNAL DE CONTAS<br />

O secretário geral João Alberto Gue<strong>de</strong>s foi o primeiro<br />

funcionário <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São<br />

<strong>Paulo</strong>. Sua nomeação<br />

para prestar serviço<br />

junto ao órgão foi<br />

publicada em 19 <strong>de</strong><br />

março <strong>de</strong> 1969, <strong>do</strong>is<br />

meses após a sessão<br />

plenária inaugural <strong>do</strong><br />

TCM. Assumiu, em<br />

1975, o cargo <strong>de</strong> secretário<br />

geral, no qual<br />

permanece há três<br />

décadas.<br />

Durante a comemoração,<br />

o secretário geral<br />

manifestou o orgulho<br />

<strong>de</strong> ter <strong>de</strong>dica<strong>do</strong><br />

gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> sua<br />

vida ao serviço público<br />

e ao município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. “Também tenho honra <strong>de</strong> ter<br />

começa<strong>do</strong> junto com esta Casa e <strong>de</strong> nela permanecer até<br />

hoje. Sou muito feliz por ter o reconhecimento, a amiza<strong>de</strong><br />

e o carinho <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os funcionários”, concluiu.<br />

Servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> TCM e o secretário geral João Alberto Gue<strong>de</strong>s ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> presi<strong>de</strong>nte Antonio<br />

Carlos Caruso e da subsecretária geral Vanda Pasqualin<br />

É uma publicação <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />

Av. Prof. Ascendino Reis, 1.130 • CEP: 04027-000 • Tel: (11) 5080-1012<br />

Site: www.tcm.sp.gov.br • E-mail: imprensa@tcm.sp.gov.br<br />

• Presi<strong>de</strong>nte: Cons. Antonio Carlos Caruso<br />

• Vice-presi<strong>de</strong>nte: Cons. Edson Simões • Conselheiro-Correge<strong>do</strong>r: Roberto Braguim<br />

• Conselheiros: Eurípe<strong>de</strong>s Sales e Maurício Faria<br />

• Reportagem, fotos e revisão: Viviane Batista e Cristiano Manchini<br />

• Edição: Assessoria <strong>de</strong> Imprensa <strong>do</strong> TCMSP - Jornalista Responsável: Nadia Carlin - Mtb 35.295<br />

• Impressão: CompanyGraf e Gráfica <strong>do</strong> TCMSP

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