Mai/Jun - Tribunal de Contas do MunicÃpio de São Paulo
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<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> Nº 36 <strong>Mai</strong>o/<strong>Jun</strong>ho - 2007<br />
TCMSP EMITIU PARECER FAVORÁVEL ÀS<br />
CONTAS DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL<br />
www.tcm.sp.gov.br<br />
ISO 9001<br />
Em sessão extraordinária<br />
realizada no Plenário <strong>Paulo</strong><br />
Planet Buarque, em 26 <strong>de</strong> junho,<br />
os conselheiros aprovaram, por<br />
unanimida<strong>de</strong>, o Balanço das<br />
<strong>Contas</strong> da Prefeitura <strong>do</strong> Município<br />
<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, exercício <strong>de</strong><br />
2006. O conselheiro correge<strong>do</strong>r<br />
Roberto Braguim e o conselheiro<br />
vice-presi<strong>de</strong>nte Edson Simões<br />
foram, respectivamente, relator<br />
e revisor das <strong>Contas</strong>. Na foto,<br />
o colegia<strong>do</strong> reuni<strong>do</strong> na sessão<br />
para a votação das <strong>Contas</strong><br />
da Administração Municipal.<br />
Página 3<br />
PALESTRA DA PROFESSORA WEIDA<br />
ZANCANER NO LANÇAMENTO DE NOVOS<br />
CURSOS DA ESCOLA DE CONTAS<br />
Oito novos cursos da “Escola<br />
<strong>de</strong> <strong>Contas</strong> Conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s<br />
Sales” foram lança<strong>do</strong>s no<br />
evento realiza<strong>do</strong> no <strong>Tribunal</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Contas</strong> em 19 <strong>de</strong> junho. Na<br />
ocasião, a professora Weida<br />
Zancaner proferiu palestra<br />
sobre “Administração Pública<br />
e os princípios da moralida<strong>de</strong>,<br />
razoabilida<strong>de</strong>, proporcionalida<strong>de</strong><br />
e segurança jurídica”,<br />
tema pertinente ao conteú<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>s novos cursos. Na foto, a<br />
professora Weida Zancaner<br />
durante a sua exposição.<br />
Página 2<br />
QUESTÕES AMBIENTAIS EM DEBATE NO TCMSP<br />
No mês em que se comemorou o “Dia Mundial <strong>do</strong> Meio<br />
Ambiente”, o Grupo Ambiental <strong>do</strong> TCM convi<strong>do</strong>u <strong>do</strong>is técnicos<br />
em questões ambientais, o professor e especialista em<br />
recursos hídricos, Aristi<strong>de</strong>s Almeida Rocha, e a especialista em<br />
educação ambiental e coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra municipal <strong>do</strong> Programa<br />
Agenda Ambiental da Administração Pública – A3P, Thaís<br />
Horta que, em oportunida<strong>de</strong>s diferentes, lotaram o plenário<br />
da Instituição durante as suas palestras. Na foto, o plenário<br />
lota<strong>do</strong> durante a palestra <strong>de</strong> Thaís Horta.<br />
Páginas 6 e 7<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> TCMSP em 1987, 1991 e 1995, o conselheiro aposenta<strong>do</strong><br />
Francisco Martin Gimenez faleceu no dia 15 <strong>de</strong> junho.<br />
Página 27
ESCOLA DE CONTAS LANÇOU OITO NOVOS CURSOS<br />
N O T A S<br />
<br />
Servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> e <strong>de</strong> diversos órgãos municipais estiveram presentes<br />
no lançamento <strong>do</strong>s novos cursos da Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>. No <strong>de</strong>talhe, a<br />
professora Weida Zancaner durante a palestra<br />
O lançamento <strong>de</strong> novos cursos da “Escola <strong>de</strong><br />
<strong>Contas</strong> Conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s Sales” aconteceu no dia<br />
19 <strong>de</strong> junho, no plenário <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong>. A palestra “Administração<br />
Pública e os princípios da Moralida<strong>de</strong>, Razoabilida<strong>de</strong>,<br />
Proporcionalida<strong>de</strong> e Segurança Jurídica”,<br />
ministrada pela professora e especialista em Direito<br />
Administrativo, Weida Zancaner, integrou o evento, com<br />
tema pertinente aos conteú<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s novos cursos.<br />
Segun<strong>do</strong> a professora, a iniciativa <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> em<br />
oferecer cursos ministra<strong>do</strong>s por uma Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />
<strong>do</strong> próprio órgão cumpre <strong>de</strong> forma honrosa a missão <strong>de</strong><br />
ensinar e atualizar os servi<strong>do</strong>res públicos. “Isso garante<br />
o melhor funcionamento da máquina administrativa”,<br />
disse Zancaner.<br />
Sobre o tema aborda<strong>do</strong> durante a sua palestra, a<br />
professora enfatizou os princípios da Moralida<strong>de</strong>, Razoabilida<strong>de</strong>,<br />
Proporcionalida<strong>de</strong> e Segurança Jurídica como<br />
vitais para o Esta<strong>do</strong> Democrático <strong>de</strong> Direito. “Sem que<br />
eles sejam <strong>de</strong>vidamente<br />
aplica<strong>do</strong>s, fica inviabilizada<br />
a existência <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />
Democrático <strong>de</strong> Direito”,<br />
explicou a professora.<br />
Ao final da palestra,<br />
o conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s<br />
Sales cumprimentou a<br />
palestrante pela brilhante<br />
explanação. Em seguida,<br />
os oito novos cursos lança<strong>do</strong>s pela Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> foram<br />
apresenta<strong>do</strong>s pelo diretor <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ensino, Moacir<br />
Marques da Silva. São eles: A Administração Pública em<br />
Ação, Análise das Demonstrações Contábeis, Auditoria<br />
Governamental, Concessão <strong>de</strong> Adiantamento: uma<br />
abordagem prática, Gestão Financeira e Orçamentária <strong>do</strong><br />
SUS, Introdução à Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal para o<br />
nível médio, Previdência <strong>do</strong>s Servi<strong>do</strong>res Publicos: aposenta<strong>do</strong>ria<br />
e pensão e Parcerias na Administração Pública.<br />
Moacir Marques da Silva ressaltou que, com o lançamento<br />
<strong>do</strong>s novos cursos, a Escola passa a oferecer 27<br />
cursos <strong>de</strong> curta duração, que aten<strong>de</strong>m às necessida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> nível médio e superior. “Há um projeto<br />
para a Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> oferecer cursos para servi<strong>do</strong>res<br />
<strong>do</strong> nível operacional, além <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> pós-graduação<br />
em Administração Pública - o primeiro gratuito no Brasil<br />
– já aprova<strong>do</strong> pelo MEC e com previsão <strong>de</strong> início para o<br />
segun<strong>do</strong> semestre”, explicou Silva.<br />
O diretor concluiu o seu discurso com agra<strong>de</strong>cimentos<br />
dirigi<strong>do</strong>s ao presi<strong>de</strong>nte Antonio Carlos Caruso, que não<br />
me<strong>de</strong> esforços para viabilizar os projetos da Escola, e ao<br />
conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s Sales, dirigente <strong>do</strong> Centro Educacional,<br />
pelo incentivo e motivação na busca constante <strong>de</strong><br />
um trabalho <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />
INSTITUTO MACKENZIE E ASTCOM FIRMAM CONTRATO PARA<br />
A REALIZAÇÃO DE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO NO TCMSP<br />
A Associação <strong>do</strong>s Servi<strong>do</strong>res<br />
<strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Município<br />
<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> – ASTCOM e o Instituto<br />
Mackenzie assinaram, no dia 18 <strong>de</strong><br />
maio, um contrato para a realização <strong>de</strong><br />
um curso <strong>de</strong> pós-graduação em Gestão<br />
Pública, a ser ministra<strong>do</strong> nas <strong>de</strong>pendências<br />
da Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> TCM.<br />
Comissão <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Especialização<br />
em Gestão Pública <strong>do</strong> TCM reunida com<br />
o Assessor <strong>de</strong> Negócios <strong>do</strong> Mackenzie,<br />
Wal<strong>do</strong>miro Barbosa, e o presi<strong>de</strong>nte da<br />
ASTCOM, José Ferreira <strong>do</strong> Carmo<br />
O curso <strong>de</strong> 368 horas, distribuídas<br />
em três semestres, terá início no segun<strong>do</strong><br />
semestre. Será <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a bacharéis e/ou<br />
técnicos com formação <strong>de</strong> nível superior<br />
que integram o quadro <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />
<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> e são associa<strong>do</strong>s da<br />
ASTCOM.
N O T A S<br />
TCMSP APROVA CONTAS DA<br />
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL<br />
APROVADAS AS CONTAS<br />
DO TRIBUNAL DE CONTAS<br />
Por unanimida<strong>de</strong>, após<br />
cinco horas <strong>de</strong> sessão<br />
extraordinária realizada no<br />
dia 26 <strong>de</strong> junho, o <strong>Tribunal</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Contas</strong> emitiu parecer<br />
favorável à aprovação das<br />
<strong>Contas</strong> da Prefeitura <strong>do</strong><br />
Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />
relativas ao exercício <strong>de</strong> 2006.<br />
Acompanharam o parecer <strong>do</strong><br />
<strong>Tribunal</strong>, alguns <strong>de</strong>staques e<br />
recomendações que <strong>de</strong>verão<br />
ser seguidas pela atual Administração<br />
Municipal.<br />
O relatório sobre o<br />
Balanço <strong>de</strong> 2006 foi li<strong>do</strong> na íntegra pelo conselheiro relator,<br />
Roberto Braguim que, na seqüência, proferiu o seu voto.<br />
O conselheiro revisor, Edson Simões, acompanhou o voto<br />
<strong>do</strong> relator, assim como os conselheiros Eurípe<strong>de</strong>s Sales<br />
e Maurício Faria. Como não houve empate, o presi<strong>de</strong>nte<br />
Antonio Carlos Caruso não votou.<br />
Em sessões extraordinárias realizadas nos dias 26 e 27 <strong>de</strong> junho, o colegia<strong>do</strong><br />
emitiu, respectivamente, parecer favorável às <strong>Contas</strong> da Prefeitura <strong>do</strong> Município<br />
<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> e <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />
Os conselheiros <strong>do</strong><br />
TCM, por unanimida<strong>de</strong>,<br />
emitiram parecer favorável<br />
à aprovação das <strong>Contas</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> relativas ao<br />
exercício financeiro <strong>de</strong> 2006.<br />
O Balanço foi aprecia<strong>do</strong><br />
em sessão extraordinária<br />
realizada no dia 27 <strong>de</strong><br />
junho.<br />
A <strong>de</strong>spesa empenhada<br />
no exercício foi<br />
menor <strong>do</strong> que os valores<br />
financeiros recebi<strong>do</strong>s, resultan<strong>do</strong><br />
na <strong>de</strong>volução <strong>de</strong><br />
mais <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> reais aos cofres da Prefeitura <strong>do</strong><br />
Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />
O conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s Sales, em nome <strong>do</strong><br />
colegia<strong>do</strong>, cumprimentou o presi<strong>de</strong>nte da Casa, Antonio<br />
Carlos Caruso, pela economia processada no exercício<br />
<strong>de</strong> 2006 e esten<strong>de</strong>u os cumprimentos ao quadro <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res<br />
<strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> pela exação no cumprimento <strong>do</strong> <strong>de</strong>ver.<br />
VOTO DE JÚBILO À ESCOLA DE CONTAS<br />
Verea<strong>do</strong>res paulistanos manifestaram seus votos<br />
<strong>de</strong> júbilo e congratulações com a“Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> Conselheiro<br />
Eurípe<strong>de</strong>s Sales”, cumprimentan<strong>do</strong> o Centro<br />
Educacional pela implantação <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> especialização<br />
em Administração Pública, que será ofereci<strong>do</strong> gratuitamente<br />
aos servi<strong>do</strong>res municipais ainda este ano.<br />
Em sessão plenária <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong>, realizada no dia<br />
23 <strong>de</strong> maio, o conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s Sales, dirigente<br />
da Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> vinculada ao <strong>Tribunal</strong>, comunicou ao<br />
colegia<strong>do</strong> o recebimento <strong>de</strong> uma cópia <strong>do</strong> apoio da Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> ao curso <strong>de</strong> pós-graduação.<br />
O conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s Sales agra<strong>de</strong>ceu à<br />
Câmara Municipal por esse reconhecimento às iniciativas<br />
da Escola e esten<strong>de</strong>u as congratulações ao presi<strong>de</strong>nte<br />
Antonio Carlos Caruso, pelo constante apoio ao trabalho<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pelo Centro <strong>de</strong> Ensino.
N O T A S<br />
AVALIAÇÃO POSITIVA PARA O CURSO DE TRABALHO<br />
EM EQUIPE REALIZADO NOS GABINETES DO TCMSP<br />
Servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> gabinete <strong>do</strong> conselheiro Mauricio Faria reuni<strong>do</strong>s para discutir as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria.<br />
No <strong>de</strong>talhe, o grupo <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res da Assessoria (acima) e <strong>do</strong> Expediente<br />
Servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> expediente e da assessoria <strong>do</strong> gabinete<br />
<strong>do</strong> conselheiro Mauricio Faria concluíram o curso<br />
“Trabalho em equipe e relacionamento interpessoal” com<br />
uma avaliação positiva <strong>do</strong> trabalho realiza<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />
alcança<strong>do</strong>s. Foi o primeiro gabinete a concluir as duas<br />
etapas que compõem o treinamento <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a <strong>de</strong>senvolver<br />
o espírito <strong>de</strong> equipe e aperfeiçoar o relacionamento<br />
das pessoas no ambiente <strong>de</strong> trabalho.<br />
O curso foi organiza<strong>do</strong> pela Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Recursos<br />
Humanos. Segun<strong>do</strong> a chefe da Unida<strong>de</strong>, Luiza Correia<br />
Hruschka, “é necessário que os servi<strong>do</strong>res, além <strong>de</strong> bons<br />
profissionais, consigam se relacionar a<strong>de</strong>quadamente para<br />
alcançar resulta<strong>do</strong>s satisfatórios no trabalho”.<br />
Após a primeira etapa <strong>do</strong> treinamento, que consistiu<br />
em encontros semanais que totalizaram 16 horas, foi realizada<br />
uma reunião com as duas turmas, <strong>do</strong> expediente<br />
e da assessoria, para que discutissem oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
melhoria para o gabinete, converten<strong>do</strong> em ações práticas<br />
o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> curso.<br />
Segun<strong>do</strong> José Jair Batista, da equipe <strong>de</strong> RH, “os participantes<br />
<strong>de</strong>monstraram muita <strong>de</strong>dicação e um excelente<br />
nível <strong>de</strong> abertura ao olhar para <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong><br />
seus pontos fortes, mas também os pontos que po<strong>de</strong>riam<br />
ser melhora<strong>do</strong>s, o que possibilitou a discussão <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> melhorias num grau <strong>de</strong> alto profissionalismo,<br />
espírito <strong>de</strong> equipe e motivação”.<br />
A confirmação disso veio <strong>do</strong> chefe <strong>de</strong> gabinete <strong>do</strong><br />
conselheiro Maurício Faria, Alexandre Cor<strong>de</strong>iro. Na sua<br />
avaliação, to<strong>do</strong>s os participantes <strong>de</strong>monstraram uma postura<br />
pró-ativa que culminou em um ambiente propício<br />
para o surgimento <strong>de</strong> críticas e sugestões voltadas à<br />
melhoria das rotinas <strong>de</strong> trabalho. “Esses cursos são<br />
primordiais para o <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>. A melhor parte<br />
<strong>do</strong> treinamento está por vir. Se conseguirmos alcançar<br />
melhores resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> produção no trabalho a partir<br />
- também - <strong>de</strong> uma qualificação <strong>do</strong> relacionamento interpessoal,<br />
restará a prova <strong>de</strong> que valeu a pena”, justificou<br />
Alexandre Cor<strong>de</strong>iro. “Apesar <strong>do</strong> pouco tempo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
conclusão <strong>do</strong> curso, já é possível atestar essa situação<br />
com uma margem consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> segurança”, acrescentou<br />
Cor<strong>de</strong>iro.<br />
O chefe <strong>de</strong> gabinete esclareceu, ainda, que ao <strong>de</strong>finirem<br />
previamente com a equipe <strong>de</strong> RH a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> mapeamento <strong>de</strong> rotinas que pu<strong>de</strong>ssem ser aprimoradas,<br />
enten<strong>de</strong>u-se por mais produtivo dividir o Gabinete<br />
em <strong>do</strong>is grupos: funções <strong>de</strong> nível médio e operacional e<br />
superior. “Mas o encontro <strong>de</strong>sses grupos foi necessário,<br />
com o propósito <strong>de</strong> verificarmos a importância <strong>de</strong> um<br />
grupo em relação ao outro.”<br />
Como integrante da turma <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> expediente<br />
<strong>do</strong> gabinete <strong>do</strong> conselheiro Maurício Faria, o<br />
responsável pelo setor, Antonio Carlos <strong>de</strong> Melo Franco,<br />
também avaliou positivamente o curso. “A partir <strong>do</strong> momento<br />
em que nós conseguimos adquirir a consciência<br />
<strong>de</strong> que fazemos parte <strong>de</strong> um to<strong>do</strong>, passamos a <strong>de</strong>sempenhar<br />
melhor as nossas ativida<strong>de</strong>s”. Segun<strong>do</strong> Franco,<br />
os vários planejamentos feitos no dia <strong>do</strong> fechamento <strong>do</strong><br />
curso estão sen<strong>do</strong> gradativamente aplica<strong>do</strong>s.
TCMSP PARTICIPOU DO IV FÓRUM IRB-PROMOEX<br />
N O T A S<br />
O coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r chefe <strong>de</strong> Fiscalização e Controle,<br />
Marcos Chust, e os técnicos Ana Botelho, Irene Suguiyama<br />
e Rodrigo <strong>de</strong> Faria representaram o TCM no<br />
“IV Fórum IRB-PROMOEX”, realiza<strong>do</strong> em Florianópolis,<br />
Santa Catarina, nos dias 28 e 29 <strong>de</strong> junho. O evento,<br />
que reuniu cerca <strong>de</strong> 130 técnicos <strong>de</strong> tribunais <strong>de</strong> contas<br />
<strong>de</strong> várias partes <strong>do</strong> país, teve por principal objetivo o<br />
<strong>de</strong>bate sobre a Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal - LRF,<br />
com enfoque na harmonização conceitual <strong>do</strong>s pontos<br />
<strong>de</strong> controle da referida lei, promulgada em 2000.<br />
O secretário <strong>de</strong> Gestão <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Planejamento,<br />
Francisco Gaetani, e o ministro-substituto <strong>do</strong><br />
<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> da União, Augusto Sherman<br />
Cavalcanti, proferiram as palestras <strong>de</strong> abertura <strong>do</strong> evento.<br />
Também estiveram presentes representantes <strong>do</strong> Instituto<br />
Rui Barbosa - IRB, <strong>do</strong> PROMOEX, da Associação<br />
<strong>do</strong>s Membros <strong>do</strong>s Tribunais <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Brasil - ATRI-<br />
CON, da Secretaria <strong>do</strong> Tesouro Nacional e <strong>do</strong> Banco<br />
Interamericano <strong>de</strong> Desenvolvimento – BID, que disponibilizou<br />
recursos para a implantação <strong>do</strong> PROMOEX.<br />
As palestras foram seguidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates em três<br />
grupos temáticos, que na tar<strong>de</strong> <strong>do</strong> dia 28 e no dia 29,<br />
discutiram: receita corrente líquida, <strong>de</strong>spesa com pessoal<br />
e convergências e divergências <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais pontos<br />
<strong>de</strong> controle da LRF. O produto final <strong>do</strong>s grupos foi apresenta<strong>do</strong><br />
na plenária <strong>de</strong> encerramento <strong>do</strong> IV Fórum.<br />
A realização <strong>de</strong> fóruns está prevista no Programa<br />
<strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> Sistema <strong>de</strong> Controle Externo <strong>do</strong>s<br />
Esta<strong>do</strong>s, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Municípios Brasileiros<br />
(PROMOEX), cria<strong>do</strong> em 2005 para fortalecer, integrar e<br />
aumentar a eficiência e eficácia <strong>de</strong>sses órgãos como<br />
instrumentos <strong>de</strong> cidadania e <strong>de</strong> efetiva gestão <strong>do</strong>s<br />
recursos públicos.<br />
O tema <strong>do</strong> IV Fórum foi escolhi<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> em vista a<br />
implantação da Re<strong>de</strong> e <strong>do</strong> Portal <strong>do</strong>s tribunais <strong>de</strong> contas,<br />
uma das ações previstas no PROMOEX com o objetivo<br />
<strong>de</strong> tornar transparentes à socieda<strong>de</strong> os da<strong>do</strong>s relativos<br />
aos gastos públicos e ao cumprimento <strong>do</strong>s limites e metas<br />
da LRF por esta<strong>do</strong>s e municípios brasileiros. Para que os<br />
da<strong>do</strong>s possam ser disponibiliza<strong>do</strong>s em Re<strong>de</strong>, faz-se necessária<br />
a uniformização da interpretação e da aplicação<br />
<strong>do</strong>s conceitos relaciona<strong>do</strong>s à fiscalização <strong>do</strong> cumprimento<br />
da LRF pelos tribunais.<br />
Segun<strong>do</strong> os técnicos <strong>do</strong> TCMSP que participaram <strong>do</strong><br />
encontro em Florianópolis, os resulta<strong>do</strong>s finais apresentaram<br />
avanços na área <strong>de</strong> fiscalização <strong>de</strong> LRF, amplian<strong>do</strong><br />
as convergências em relação aos conceitos <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong><br />
controle, fortalecen<strong>do</strong> os vínculos institucionais entre os<br />
tribunais e fornecen<strong>do</strong> subsídios importantes para a implantação<br />
da Re<strong>de</strong> Nacional das Cortes <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> e <strong>do</strong><br />
Portal <strong>do</strong>s Tribunais.<br />
A organização <strong>do</strong> IV Fórum IRB-PROMOEX contou<br />
com o apoio técnico-administrativo <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Santa Catarina.<br />
TCMSP PARTICIPOU DO 41º CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO DE<br />
INSTITUIÇÕES DE PREVIDÊNCIA ESTADUAIS E MUNICIPAIS<br />
Magadar Rosália Briguet durante a palestra que ministrou no 41º<br />
Congresso da Abipem<br />
A assessora <strong>de</strong> controle externo da Área Jurídica<br />
<strong>do</strong> TCM, Magadar Rosália Briguet, representou o TCM<br />
no 41º Congresso Nacional da Abipem - Associação<br />
Brasileira <strong>de</strong> Instituições <strong>de</strong> Previdência Estaduais e Municipais<br />
realiza<strong>do</strong> no dia 14 <strong>de</strong> junho, em Florianópolis -<br />
Santa Catarina.<br />
Na ocasião, Magadar Briguet proferiu palestra sobre<br />
“Cálculo <strong>de</strong> Benefícios Previ<strong>de</strong>nciários”. A palestra<br />
integrou o painel “Concessão <strong>de</strong> Benefícios: Cálculos e<br />
Elegibilida<strong>de</strong>s”, que <strong>de</strong>stacou as novas regras <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>ria<br />
e pensão impostas pelas emendas constitucionais<br />
20, 41 e 47. Durante a sua exposição, Magadar Briguet<br />
falou sobre os questionamentos <strong>de</strong> interpretação <strong>de</strong>stes<br />
dispositivos constitucionais enfrenta<strong>do</strong>s pelos institutos <strong>de</strong><br />
previdências municipais.<br />
Além <strong>de</strong> palestras e workshops, o evento contou com<br />
o <strong>de</strong>bate “Regimes Próprios - A quem interessa? Quem<br />
financia?”. O Congresso reuniu aproximadamente 900 inscritos<br />
e palestrantes <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> país.
N O T A S<br />
PALESTRAS PROMOVIDAS PELO<br />
GRUPO AMBIENTAL DO TCMSP ORGANIZOU EVENTOS<br />
COMEMORATIVOS AO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE<br />
Duas palestras fizeram parte da comemoração<br />
<strong>do</strong> “Dia Mundial <strong>do</strong> Meio Ambiente” organizada pelo<br />
Grupo Ambiental <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Município <strong>de</strong><br />
São <strong>Paulo</strong>.<br />
A primeira foi realizada no Dia Mundial,<br />
comemora<strong>do</strong> em 5 <strong>de</strong> junho. Na oportunida<strong>de</strong>,<br />
o biólogo, mestre e <strong>do</strong>utor em Ciências, professor,<br />
Aristi<strong>de</strong>s Almeida Rocha, falou sobre “Meio Ambiente e<br />
Recursos Hídricos”.<br />
PALESTRA 1: MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS<br />
No plenário lota<strong>do</strong>, o professor Aristi<strong>de</strong>s Almeida Rocha falou sobre o meio<br />
ambiente e os cuida<strong>do</strong>s com a água. No <strong>de</strong>talhe, o professor reuni<strong>do</strong> com o<br />
Grupo Ambiental <strong>do</strong> TCM<br />
No dia 5 <strong>de</strong> junho, data <strong>de</strong> comemoração <strong>do</strong> Dia<br />
Mundial <strong>do</strong> Meio Ambiente, o professor Aristi<strong>de</strong>s Almeida<br />
Rocha, a convite <strong>do</strong> Grupo Ambiental <strong>do</strong> TCM, realizou<br />
palestra sobre “Meio Ambiente e Recursos Hídricos”<br />
para os servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>, no plenário<br />
da Instituição.<br />
A abertura foi feita pelo subsecretário <strong>de</strong> Fiscalização<br />
e Controle, Lívio Fornazieri, que ressaltou a<br />
preocupação <strong>do</strong> TCM com as questões ambientais nas<br />
auditorias realizadas.<br />
Na seqüência, o professor Aristi<strong>de</strong>s Almeida<br />
Rocha iniciou a sua palestra falan<strong>do</strong> sobre o sistema <strong>de</strong><br />
Para encerrar o mês comemorativo, foi realizada,<br />
no dia 29 <strong>de</strong> junho, uma palestra com o tema “A Agenda<br />
Ambiental da Administração Pública – A3P”, ministrada<br />
por Thaís Horta, supervisora <strong>de</strong> Educação Ambiental e coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra<br />
da A3P na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. Leia também,<br />
nesta edição <strong>do</strong> TCM Informativo, artigos <strong>do</strong>s palestrantes<br />
sobre meio ambiente e o texto produzi<strong>do</strong> pelo Grupo<br />
Ambiental.<br />
gestão ambiental que, na sua opinião, <strong>de</strong>morou muito para<br />
ser cria<strong>do</strong>, <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> e divulga<strong>do</strong>. “O primeiro órgão<br />
técnico em São <strong>Paulo</strong><br />
que se preocupou com<br />
o controle da poluição<br />
das águas e <strong>do</strong> ar foi<br />
cria<strong>do</strong> nos anos 60”,<br />
disse o professor. “Se<br />
consi<strong>de</strong>rarmos que<br />
a industrialização<br />
começou no início<br />
<strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>,<br />
per<strong>de</strong>mos 60 anos”,<br />
acrescentou.<br />
Segun<strong>do</strong> Rocha, na ocasião havia apenas indivíduos,<br />
<strong>de</strong> vários extratos da socieda<strong>de</strong>, com preocupações<br />
ecológicas. “Observamos um avanço porque atualmente<br />
existem entida<strong>de</strong>s e governos engaja<strong>do</strong>s nas questões<br />
ambientais.”<br />
Durante o encerramento, o professor elogiou a iniciativa<br />
<strong>do</strong> TCM não somente pela realização da palestra,<br />
mas por ter constituí<strong>do</strong> um Grupo para divulgar e melhorar<br />
as condições <strong>de</strong> trabalho com embasamento na preocupação<br />
ecológica. “A existência <strong>de</strong> um Grupo Ambiental no<br />
<strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> é um fato digno <strong>de</strong> ser ressalta<strong>do</strong>, pelo<br />
papel importante que exerce na preservação ambiental <strong>do</strong><br />
município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>”, concluiu Rocha.<br />
(Leia o artigo <strong>do</strong> professor Aristi<strong>de</strong>s Almeida Rocha nesta edição
GRUPO AMBIENTAL DO TCMSP<br />
N O T A S<br />
PALESTRA 2: AGENDA AMBIENTAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA<br />
A Agenda Ambiental<br />
da Administração Pública<br />
- A3P foi tema da palestra<br />
ministrada por Thaís<br />
Horta, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />
Programa A3P na cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. O evento, que<br />
aconteceu no plenário <strong>do</strong><br />
<strong>Tribunal</strong> e marcou o encerramento<br />
<strong>do</strong> mês em que se<br />
comemora o “Dia Mundial<br />
<strong>do</strong> Meio Ambiente” (dia 5),<br />
foi promovi<strong>do</strong> pelo Grupo<br />
Ambiental <strong>do</strong> TCM no dia 29<br />
<strong>de</strong> junho.<br />
O A3P é um<br />
programa <strong>de</strong> âmbito fe<strong>de</strong>ral,<br />
que se originou no Ministério<br />
<strong>do</strong> Meio Ambiente, em<br />
1988, e chegou à Prefeitura<br />
<strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> em 2005,<br />
ocasião em que o executivo assinou a<br />
a<strong>de</strong>são ao Programa.<br />
Segun<strong>do</strong> Thaís Horta, a A3P “é<br />
um Programa volta<strong>do</strong> para a construção <strong>de</strong><br />
uma nova cultura institucional, que insere<br />
critérios socioambientais na administração<br />
pública”. Atualmente, já existem 28<br />
portarias publicadas e várias comissões<br />
<strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>dicadas à educação<br />
ambiental, compostas por funcionários<br />
<strong>do</strong>s órgãos públicos municipais. Cada comissão, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong><br />
seu local <strong>de</strong> trabalho, cuida <strong>de</strong> questões ambientais que<br />
englobam, entre outras coisas,<br />
iniciativas para economia <strong>do</strong><br />
consumo <strong>de</strong> água e energia,<br />
gestão a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> resíduos<br />
e inclusão <strong>de</strong> critérios socioambientais<br />
nos investimentos,<br />
compras e contratações <strong>de</strong><br />
serviços <strong>do</strong>s órgãos governamentais.<br />
A coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />
Programa A3P, que também<br />
é supervisora <strong>de</strong> Educação<br />
Ambiental da Secretaria<br />
Municipal <strong>do</strong> Ver<strong>de</strong> e Meio<br />
Ambiente, explicou, durante<br />
a sua exposição, que a A3P<br />
é um Programa dinâmico,<br />
embasa<strong>do</strong> em todas as<br />
normas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida,<br />
buscan<strong>do</strong> e <strong>de</strong>spertan<strong>do</strong> a valorização<br />
<strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r público no seu meio<br />
ambiente <strong>de</strong> trabalho.<br />
Embora ainda seja um Programa<br />
novo em São <strong>Paulo</strong>, com apenas <strong>do</strong>is anos,<br />
a coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra Thaís Horta apresentou, em<br />
suas estatísticas, os resulta<strong>do</strong>s positivos <strong>do</strong><br />
trabalho. “Somos um universo <strong>de</strong> 165 mil<br />
servi<strong>do</strong>res na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. Ainda<br />
não conseguimos envolver este contingente,<br />
mas as mudanças <strong>de</strong> hábito em favor <strong>do</strong><br />
meio ambiente já atingiram vários pontos<br />
da cida<strong>de</strong>”, concluiu Thaís Horta.<br />
(Leia o artigo <strong>de</strong> Thaís Horta nesta edição <strong>do</strong> TCM Informativo)<br />
LICENCIAMENTO AMBIENTAL FOI DEBATIDO NO TRIBUNAL DE CONTAS<br />
Os servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> assistiram à palestra<br />
“Licenciamento Ambiental no Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>”, ministrada<br />
pela diretora <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Controle da Qualida<strong>de</strong><br />
Ambiental da Secretaria Municipal <strong>de</strong> Ver<strong>de</strong> e Meio Ambiente,<br />
Regina Luiza Fernan<strong>de</strong>s Barros, no dia 22 <strong>de</strong> maio. O encontro<br />
aconteceu no plenário da Instituição e foi intermedia<strong>do</strong> pelo Grupo<br />
Ambiental <strong>do</strong> TCM.<br />
Durante a abertura <strong>do</strong> evento, o subsecretário <strong>de</strong> Fiscalização<br />
e Controle, Lívio Fornazieri, ressaltou a importância da troca <strong>de</strong><br />
experiências entre o TCM e a administração pública municipal.<br />
Segun<strong>do</strong> o subsecretário, a iniciativa <strong>de</strong>monstra que o <strong>Tribunal</strong><br />
não é um órgão que se limita somente à ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fiscalização.<br />
“Estamos constantemente buscan<strong>do</strong> maneiras <strong>de</strong> prestar bons<br />
Thaís Horta falou sobre o Programa A3P na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. No <strong>de</strong>talhe<br />
(abaixo), Thaís Horta reunida como o Grupo Ambiental e representantes da<br />
Presidência <strong>do</strong> TCM<br />
serviços à população <strong>do</strong> município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> e a troca <strong>de</strong> experiências<br />
com a administração municipal traz novos ângulos e perspectivas<br />
<strong>de</strong> trabalho.”<br />
No início da sua explanação, a palestrante Regina Barros<br />
reafirmou as palavras <strong>do</strong> subsecretário <strong>de</strong> Fiscalização e Controle,<br />
<strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> o <strong>Tribunal</strong> como um parceiro importante no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> trabalhos relevantes ao município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />
Em seguida, Regina Barros discorreu sobre a resolução nº 61 <strong>do</strong><br />
CONAMA, tema central da sua palestra. Segun<strong>do</strong> Regina Barros, a<br />
referida resolução é o regulamento que <strong>de</strong>termina sobre a exigibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> licenciamento ambiental no município, portanto, um instrumento<br />
estratégico para o trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pela Secretaria <strong>do</strong><br />
Ver<strong>de</strong> e Meio Ambiente <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.
A R T I G O S<br />
Valmir Leôncio da Silva [*]<br />
PROCESSO DE PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO<br />
ORÇAMENTÁRIA<br />
<br />
A VIRADA DO<br />
SÉCULO<br />
Os anos 90<br />
marcaram uma virada<br />
no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s negócios<br />
causada por uma enorme<br />
varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores.<br />
Entre esses fatores está<br />
a tecnologia.<br />
Gran<strong>de</strong>s empresas<br />
que <strong>do</strong>minavam seus<br />
respectivos merca<strong>do</strong>s só<br />
sobreviveram porque se<br />
reciclaram, inovaram e mudaram. Um exemplo é a IBM, exlí<strong>de</strong>r<br />
absoluta <strong>do</strong> universo da tecnologia, que enfrentou um<br />
terrível inferno astral e, <strong>de</strong> uma empresa eminentemente<br />
tecnológica, passou a ser uma empresa <strong>de</strong> serviços. Outro<br />
exemplo é a Enciclopédia Britânica <strong>de</strong> quase 300 anos que<br />
quebrou, foi novamente comprada e voltou com uma nova<br />
roupagem.<br />
Os reflexos <strong>do</strong> avanço tecnológico vêm, como não<br />
po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser, provocan<strong>do</strong> mudanças também na<br />
administração pública, só que num ritmo mais lento, e<br />
isso está acontecen<strong>do</strong> mais precisamente com a parte da<br />
administração voltada para finanças e orçamento.<br />
Os administra<strong>do</strong>res públicos começaram,<br />
forçadamente, a perceber que precisariam mudar, para<br />
enfrentar os novos <strong>de</strong>safios e a nova “cara” da administração<br />
pública. Dessa forma, o cenário nacional tem si<strong>do</strong><br />
movimenta<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma intensa pela voracida<strong>de</strong> com que o<br />
po<strong>de</strong>r público, <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os níveis <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, tem se lança<strong>do</strong><br />
na instituição <strong>de</strong> formas variadas para aumentar a receita,<br />
com o objetivo <strong>de</strong> fazer frente ao constante déficit público,<br />
provoca<strong>do</strong>, inclusive, pelo socorro ao sistema financeiro.<br />
No entanto, muito pouco havia si<strong>do</strong> feito no<br />
senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> equacionar os gastos públicos ao nível exato<br />
da receita, através <strong>de</strong> mecanismos que combatessem<br />
a evasão <strong>de</strong> receita pela inimiga, a sonegação.<br />
A solução parecia simples: bastava que se<br />
retirasse <strong>de</strong> circulação cada vez mais recursos priva<strong>do</strong>s,<br />
embora provocasse <strong>de</strong>sestabilização <strong>de</strong> preços correntes<br />
e bloqueasse o crescimento econômico, geran<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>semprego e <strong>de</strong>scumprin<strong>do</strong> a obrigação primordial<br />
<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> em realizar a promoção <strong>do</strong> bem estar social.<br />
Muito embora existam mecanismos legais para<br />
obrigar o administra<strong>do</strong>r público a realizar uma administração<br />
orçamentária, contábil e patrimonial apropriada com os<br />
princípios <strong>de</strong> legalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> moralida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> probida<strong>de</strong><br />
administrativa e <strong>de</strong> eficiência, os órgãos <strong>de</strong> controle,<br />
<strong>de</strong>ntre os quais o Po<strong>de</strong>r Legislativo, por si, ou por seus<br />
braços auxiliares – os Tribunais e Conselhos <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />
muitas vezes não conseguem conter, principalmente, a<br />
geração <strong>do</strong> déficit público.<br />
UMA NOVA LEI<br />
Neste senti<strong>do</strong>, a legislação vigente até então,<br />
a Lei Fe<strong>de</strong>ral nº4320/64, que estatui normas gerais <strong>de</strong><br />
Direito Financeiro, voltadas para a questão orçamentária<br />
e <strong>de</strong> balanços, estava sozinha e enfraquecida pelo<br />
tempo e sem, ainda por cima, uma lei para dar guarida<br />
quanto à sanção aplicável aos maus gestores públicos.<br />
Acontece que os reflexos <strong>do</strong>s avanços acabaram,<br />
também “pegan<strong>do</strong>” <strong>de</strong> jeito a administração pública, e<br />
crian<strong>do</strong> uma nova aliada à Lei 4320/64, pois em maio<br />
<strong>de</strong> 2000, surgiu a LRF- Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal,<br />
lei que também dispõe sobre direito financeiro, mas<br />
voltada para a responsabilida<strong>de</strong> na gestão fiscal, ou<br />
seja, gestão <strong>do</strong>s recursos públicos, mais precisamente<br />
receitas e <strong>de</strong>spesas.<br />
Dessa forma, juntas, a lei nº 101/00 e a lei nº<br />
4320/64, ainda conseguiram uma aliada importante: a<br />
lei <strong>de</strong> crimes fiscais, lei nº 10.028/00, que alterou, entre<br />
outros, o Código Penal, além <strong>de</strong> trazer novas sanções<br />
aplicáveis aos agentes públicos em caso específicos.<br />
Com a entrada em vigor da LRF, a administração<br />
pública se viu obrigada a trabalhar melhor o dinheiro<br />
público, sob pena <strong>de</strong> severa punição.<br />
Uma importante questão abordada pela LRF, e<br />
que está na Lei 4.320/64, trata das receitas e <strong>de</strong>spesas,<br />
pois um <strong>do</strong>s objetivos da LRF é fazer uma consolidação<br />
da contas públicas em nível nacional.<br />
Para po<strong>de</strong>r viabilizar essa consolidação, é<br />
necessário uniformizar os procedimentos utiliza<strong>do</strong>s<br />
em to<strong>do</strong>s os entes da fe<strong>de</strong>ração, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a União até o<br />
menor <strong>do</strong>s Municípios. Tarefa difícil, se pensarmos nas<br />
dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pela maioria <strong>do</strong>s mais <strong>de</strong> 5.560<br />
municípios existentes no Brasil.<br />
Mesmo assim, num esforço ímpar, a Secretaria<br />
<strong>do</strong> Tesouro Nacional vem por força <strong>de</strong> lei editan<strong>do</strong> normas<br />
objetivan<strong>do</strong> a<strong>de</strong>quar esse cenário heterogêneo.<br />
Nosso objetivo, aqui, não é dizer se essas<br />
normas, como vêm sen<strong>do</strong> editadas, estão corretas ou
A R T I G O S<br />
não. Nosso objetivo é comentar a respeito das receitas e<br />
<strong>de</strong>spesas que são, sem sombra <strong>de</strong> dúvidas, os principais<br />
atores <strong>de</strong>ssas leis.<br />
Dessa forma, teceremos comentários sobre<br />
a nova “roupagem” que as receitas e as <strong>de</strong>spesas<br />
passaram a ter após a LRF.<br />
OS INGRESSOS PÚBLICOS<br />
É tu<strong>do</strong> o que a administração pública arrecada,<br />
quer seja efetiva<strong>do</strong> por meio <strong>de</strong> numerário, quer seja por<br />
outros bens representativos <strong>de</strong> valores.<br />
São os valores arrecada<strong>do</strong>s pelos entes da<br />
fe<strong>de</strong>ração em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> dispositivos legais e<br />
constitucionais. “Ingressos” é uma <strong>de</strong>rivação <strong>do</strong> conceito<br />
contábil <strong>de</strong> “receita” agregan<strong>do</strong> outros conceitos<br />
utiliza<strong>do</strong>s pela administração pública em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas<br />
peculiarida<strong>de</strong>s. No entanto, essas peculiarida<strong>de</strong>s não<br />
interferem nos resulta<strong>do</strong>s contábeis regulamenta<strong>do</strong>s<br />
pelo Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> – CFC, por<br />
meio <strong>do</strong>s Princípios Fundamentais, até porque a macro<br />
missão da contabilida<strong>de</strong> é aten<strong>de</strong>r a to<strong>do</strong>s os usuários<br />
da informação contábil, harmonizan<strong>do</strong> conceitos,<br />
princípios, normas e procedimentos às particularida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> cada entida<strong>de</strong>.<br />
O ingresso <strong>de</strong> caráter não <strong>de</strong>volutivo auferi<strong>do</strong>s<br />
pelo po<strong>de</strong>r público em qualquer esfera governamental,<br />
para alocação e cobertura <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas públicas, é<br />
chama<strong>do</strong> Receita Orçamentária. Dessa forma, to<strong>do</strong><br />
o ingresso orçamentário constitui uma receita pública,<br />
pois tem como finalida<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>spesas públicas.<br />
É importante observar que nem tu<strong>do</strong> o que<br />
a administração pública arrecada aumenta o seu<br />
patrimônio e se <strong>de</strong>stina a fazer face aos gastos públicos,<br />
pois está condicionada à restituição ou representa mera<br />
recuperação <strong>de</strong> valores empresta<strong>do</strong>s ou cedi<strong>do</strong>s e que,<br />
por isso mesmo, não po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas como<br />
Receita Orçamentária.<br />
Ressaltamos, ainda, que a Portaria Fe<strong>de</strong>ral nº<br />
340, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2006, aprovou a 3ª edição <strong>do</strong><br />
manual <strong>de</strong> procedimentos da receita pública, que <strong>de</strong>ve<br />
ser utiliza<strong>do</strong> pela União, Esta<strong>do</strong>s, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e<br />
pelos Municípios. Este manual objetiva padronizar os<br />
procedimentos contábeis nos três níveis <strong>de</strong> governo, <strong>de</strong><br />
forma a garantir a consolidação das contas exigidas na<br />
Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal. Dessa forma, utilizamolo<br />
como base para elaboração <strong>do</strong> item “receitas”. Já com<br />
relação à <strong>de</strong>spesa, essa ainda não foi atualizada. Assim,<br />
usaremos o conceito atual.<br />
REGULAMENTAÇÃO<br />
A Lei nº 4.320/64 regulamenta os ingressos<br />
<strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os entes da fe<strong>de</strong>ração<br />
classifican<strong>do</strong>-os em <strong>do</strong>is grupos: orçamentários e extraorçamentários.<br />
Segun<strong>do</strong> o artigo 3º <strong>do</strong> art. 4.320/64, a Lei <strong>de</strong><br />
Orçamento compreen<strong>de</strong>rá todas as receitas, inclusive as<br />
operações <strong>de</strong> créditos autorizadas em Lei.<br />
E em seu § único, diz:<br />
“Não se consi<strong>de</strong>ram para fins <strong>de</strong>ste artigo as operações<br />
<strong>de</strong> crédito por antecipação <strong>de</strong> receita, as emissões <strong>de</strong><br />
papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e<br />
passivo financeiro.”<br />
Conforme po<strong>de</strong>mos observar, a Lei nº 4.320/64<br />
nos esclarece sobre a existência <strong>de</strong> <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> receitas:<br />
as que <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas na Lei Orçamentária e as<br />
que não <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas. As primeiras, trataremos<br />
como Ingressos Orçamentários; as outras, Ingressos Extraorçamentários.<br />
Ingressos orçamentários:<br />
São as receitas públicas, logo, pertencem à entida<strong>de</strong><br />
que as recolhe. Por isso, <strong>de</strong>vem estar contidas no orçamento<br />
público e po<strong>de</strong>rão ser utilizadas pela administração pública.<br />
Como exemplo <strong>de</strong> ingressos orçamentárias<br />
po<strong>de</strong>mos citar a arrecadação <strong>do</strong>s tributos pelos Municípios<br />
que, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a LRF, <strong>de</strong>vem instituir, prever e<br />
promover a efetiva arrecadação <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os tributos <strong>de</strong><br />
competência constitucional (artigo 11). São esses os<br />
tributos municipais, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o artigo 156 da CF:<br />
Imposto sobre a proprieda<strong>de</strong> predial e territorial urbana - IPTU;<br />
Imposto sobre a transmissão “intervivos”, a qualquer título,<br />
por ato oneroso, <strong>de</strong> bens imóveis, por natureza ou acessão<br />
física, e <strong>de</strong> direitos reais sobre imóveis, exceto os <strong>de</strong><br />
garantia, bem como cessão <strong>de</strong> direitos a sua aquisição;<br />
Imposto sobre serviços <strong>de</strong> qualquer natureza - ISS;<br />
Taxas;<br />
Contribuições <strong>de</strong> melhoria.<br />
Outros exemplos são: operações <strong>de</strong> créditos<br />
autorizadas em lei, dívida ativa, transferências<br />
constitucionais etc.<br />
Ingressos extra-orçamentários<br />
Compreen<strong>de</strong>m os recolhimentos feitos que<br />
constituirão compromissos exigíveis, cujo pagamento<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> autorização legislativa.<br />
São os ingressos <strong>de</strong> numerário que correspondam<br />
a um aumento <strong>de</strong> passivo financeiro (recebimento <strong>de</strong><br />
cauções e <strong>de</strong>pósitos, empréstimos a curto prazo, retenções<br />
na fonte em favor <strong>de</strong> terceiros, etc.) ou a uma redução<br />
<strong>de</strong> ativo financeiro realizável (recebimento <strong>de</strong> créditos<br />
inscritos no subgrupo “realizável”). No primeiro caso, o ativo<br />
financeiro (pela entrada <strong>do</strong> numerário no “disponível”) e o<br />
passivo financeiro (pela obrigação financeira assumida)<br />
são aumenta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> igual valor. No segun<strong>do</strong> caso, o<br />
disponível (pela entrada <strong>do</strong> numerário) é aumenta<strong>do</strong> e o<br />
realizável (pelo recebimento <strong>do</strong> crédito) é diminuí<strong>do</strong>, não<br />
alteran<strong>do</strong>, em conseqüência, o total <strong>do</strong> ativo financeiro.
A R T I G O S<br />
10<br />
O ingresso extra-orçamentário configurará sempre,<br />
como se po<strong>de</strong>rá verificar, uma entrada compensatória no<br />
ativo e passivo financeiros, representan<strong>do</strong>, por isso, um<br />
fato contábil <strong>do</strong> tipo permutativo, o que equivale dizer que<br />
não altera o patrimônio líqui<strong>do</strong> da entida<strong>de</strong>.<br />
Dessa forma, como se trata <strong>de</strong> ingressos compensatórios<br />
no ativo e passivo, teremos a obrigação <strong>de</strong> <strong>de</strong>volvermos<br />
ou pagarmos a quem <strong>de</strong> direito.<br />
CONTABILIZAÇÃO<br />
De acor<strong>do</strong> com os conceitos contábeis e<br />
orçamentários estabeleci<strong>do</strong>s, a receita pública po<strong>de</strong> ou<br />
não provocar variação na situação patrimonial líquida. De<br />
acor<strong>do</strong> com os efeitos produzi<strong>do</strong>s ou não no patrimônio<br />
líqui<strong>do</strong>, a receita pública po<strong>de</strong> ser efetiva e não-efetiva.<br />
Receita pública efetiva<br />
A receita pública efetiva é aquela em que os<br />
ingressos <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recursos não foram<br />
precedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> registro <strong>de</strong> reconhecimento <strong>do</strong> direito e não<br />
constituem obrigações correspon<strong>de</strong>ntes e, por isto, alteram<br />
a situação líquida patrimonial.<br />
Receita pública não-efetiva<br />
A receita pública não-efetiva é aquela em que os<br />
ingressos <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recursos foram precedi<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> registro <strong>do</strong> reconhecimento <strong>do</strong> direito e, por isto, alteram<br />
a situação líquida patrimonial.<br />
Reconhecimento da receita pública<br />
É a aplicação <strong>do</strong>s princípios fundamentais <strong>de</strong><br />
contabilida<strong>de</strong> para o reconhecimento e direitos antes da<br />
efetivação <strong>do</strong> correspon<strong>de</strong>nte ingresso <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>s.<br />
A Lei nº 4.320/64, em seus artigos 51 e 53, estabelece<br />
o direito <strong>de</strong> cobrança <strong>de</strong> tributos com base em duas<br />
ações governamentais: a instituição <strong>de</strong> tributo e a sua<br />
inclusão no orçamento mediante lei, observadas as regras<br />
constitucionais. Portanto, a combinação da instituição<br />
<strong>de</strong> um tributo e sua inclusão no orçamento constitui<br />
reconhecimento <strong>de</strong> receita para o ente.<br />
Recebimento <strong>de</strong> receita pública<br />
É a aplicação <strong>do</strong> regime orçamentário <strong>de</strong> caixa<br />
<strong>de</strong>scrito no art. 11 da Lei nº 4.320/64 que resulta em<br />
registro contábil <strong>do</strong> ingresso <strong>de</strong> recursos, provenientes<br />
<strong>de</strong> receitas anteriormente reconhecidas ou reconhecidas<br />
no momento <strong>do</strong> recebimento. Consi<strong>de</strong>ra-se também<br />
ingresso <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos, a compensação<br />
ou quitação <strong>de</strong> obrigações utilizan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> direitos ou<br />
conversão <strong>de</strong> obrigações em receita, cujos recebimentos<br />
estejam previstos no orçamento.<br />
FLUXO DA RECEITA PÚBLICA NO<br />
CONTEXTO GERAL<br />
Na administração pública, o fluxo<br />
econômico é compreendi<strong>do</strong> por <strong>do</strong>is conceitos<br />
distintos, porém integra<strong>do</strong>s. O primeiro é o conceito<br />
financeiro fundamenta<strong>do</strong> na filosofia <strong>do</strong> ingresso <strong>de</strong><br />
disponibilida<strong>de</strong>, no qual se baseou o orçamento, e<br />
estabeleceu o regime <strong>de</strong> caixa para a receita pública.<br />
O segun<strong>do</strong> é o conceito patrimonial que por<br />
muito tempo não foi observa<strong>do</strong> tanto pela administração<br />
pública quanto pela contabilida<strong>de</strong> pública aplicada<br />
ao setor público e que, com o advento da Lei <strong>de</strong><br />
Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal, para fazer cumpri-lo, é<br />
necessária uma mudança cultural.<br />
CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DA<br />
RECEITA PÚBLICA 1<br />
Quanto à classificação econômica, as receitas<br />
são classificadas em corrente e capital.<br />
Receitas correntes<br />
São as receitas tributárias, <strong>de</strong> contribuições,<br />
patrimonial, agropecuária, industrial, <strong>de</strong> serviços e<br />
outras e, ainda, as provenientes <strong>de</strong> recursos financeiros<br />
recebi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> outras pessoas <strong>de</strong> direito público ou priva<strong>do</strong>,<br />
quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>spesas classificáveis<br />
em “<strong>de</strong>spesas correntes”.<br />
Receitas <strong>de</strong> capital<br />
São as provenientes da realização <strong>de</strong> recursos<br />
financeiros oriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> constituição <strong>de</strong> dívida, da<br />
conversão, em dinheiro, <strong>de</strong> bens e direitos, os recursos<br />
recebi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> outras pessoas <strong>de</strong> direito público ou priva<strong>do</strong>,<br />
<strong>de</strong>stinadas a aten<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>spesas classificáveis em<br />
<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> capital e, ainda, o superávit <strong>do</strong> orçamento<br />
corrente.<br />
CODIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA<br />
RECEITA<br />
NATUREZA DA RECEITA<br />
Na elaboração <strong>do</strong> orçamento público, a<br />
codificação orçamentária da natureza da receita é<br />
composta <strong>do</strong>s níveis abaixo:<br />
1º Nível – Categoria econômica<br />
2º Nível – Fonte<br />
3º Nível – Subfonte<br />
4º Nível – Rubrica<br />
5º Nível – Alínea<br />
6º Nível – Subalínea<br />
¹Art. 11 da Lei 4.320/64.
A R T I G O S<br />
DETALHAMENTO DE CÓDIGO<br />
DA NATUREZA DA RECEITA<br />
ORÇAMENTÁRIA<br />
Para aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s internas, a União,<br />
Esta<strong>do</strong>s, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Municípios po<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>talhar<br />
as classificações orçamentárias constantes <strong>do</strong> anexo I,<br />
a partir <strong>do</strong> nível ainda não <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>. A administração<br />
<strong>do</strong>s níveis já <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s cabe à União.<br />
Exemplo 1: 1.1.1.2.04.10 – Pessoas físicas:<br />
1 = Receita corrente (categoria econômica);<br />
1 = Receita tributária (fonte);<br />
1 = Receita <strong>de</strong> impostos (subfonte);<br />
2 = Impostos sobre o patrimônio e a renda (rubrica);<br />
04 = Imposto sobre a renda e proventos <strong>de</strong> qualquer<br />
natureza (alínea);<br />
10 = Pessoas físicas (subalínea) - NÍVEL EXCLUSIVO<br />
DA STN.<br />
XX = NÍVEL DE DETALHAMENTO OPTATIVO.<br />
REGIME DE EXECUÇÃO<br />
ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA<br />
PÚBLICA<br />
Conceito orçamentário<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista orçamentário, o regime <strong>de</strong><br />
caixa é legalmente instituí<strong>do</strong> para a receita pública, ou<br />
seja, no momento <strong>do</strong> ingresso <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>. Tal<br />
situação <strong>de</strong>corre da aplicação da Lei nº 4.320/64, que<br />
em seu artigo 35, dispõe pertencerem ao exercício<br />
financeiro as receitas nele arrecadadas.<br />
A a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong> regime <strong>de</strong> caixa para as receitas<br />
<strong>de</strong>corre <strong>do</strong> enfoque orçamentário da Lei nº 4.320/64,<br />
com o objetivo <strong>de</strong> evitar o risco <strong>de</strong> que a execução<br />
das <strong>de</strong>spesas orçamentárias ultrapasse a arrecadação<br />
efetivada.<br />
A aplicação <strong>do</strong> regime orçamentário <strong>de</strong><br />
caixa abrange também os ingressos indiretos. São<br />
<strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s ingressos indiretos as operações<br />
realizadas pelo ente que consistem na utilização <strong>de</strong><br />
direitos, cujos recebimentos estejam previstos no<br />
orçamento, para quitar obrigações também autorizadas<br />
no orçamento.<br />
O conceito estabeleci<strong>do</strong> no artigo 35 é bastante<br />
incisivo ao caracterizar como receita <strong>do</strong> exercício<br />
corrente aquela que for arrecada no próprio exercício.<br />
Não permite nenhuma exceção, mas algumas práticas<br />
têm <strong>de</strong>scaracteriza<strong>do</strong> esse conceito.<br />
O equilíbrio das receitas e <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>ve ser<br />
compreendi<strong>do</strong> no tempo e não em cada exercício. Este<br />
conceito é <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> da aplicação <strong>do</strong> artigo 35. Não se <strong>de</strong>ve<br />
confundir equilíbrio orçamentário da previsão e da <strong>do</strong>tação,<br />
com o equilíbrio das execuções das receitas e <strong>de</strong>spesas.<br />
O equilíbrio orçamentário da previsão e da <strong>do</strong>tação<br />
é basea<strong>do</strong> no princípio da anualida<strong>de</strong>, combina<strong>do</strong> com<br />
a inclusão, no total da previsão, <strong>do</strong> valor <strong>do</strong>s sal<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
exercícios anteriores para justificar o suporte financeiro à<br />
<strong>do</strong>tação orçamentária.<br />
O equilíbrio da execução das receitas e <strong>de</strong>spesas<br />
é basea<strong>do</strong> no princípio da origem e da aplicação <strong>de</strong><br />
recursos, caracteriza<strong>do</strong> pelo equilíbrio financeiro no tempo.<br />
Dessa forma, não são receitas arrecadadas e, portanto,<br />
não <strong>de</strong>vem ser registradas como tal, até porque já foram<br />
arrecada<strong>do</strong>s os recursos financeiros oriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong>:<br />
1 – Superávit financeiro – artigo 43, parágrafo 1º , inciso I –<br />
aplicação <strong>do</strong> princípio <strong>do</strong> equilíbrio <strong>de</strong> receitas e <strong>de</strong>spesas,<br />
que consi<strong>de</strong>ra o superávit financeiro fonte para aumento<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>do</strong> exercício seguinte. Portanto, trata-se <strong>de</strong><br />
sal<strong>do</strong> financeiro, e não <strong>de</strong> nova receita a ser registrada.<br />
2 – Cancelamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas inscritas em “restos a pagar”<br />
– artigo 38 – aplicação <strong>do</strong> princípio <strong>do</strong> equilíbrio <strong>de</strong> receitas e<br />
<strong>de</strong>spesas que consi<strong>de</strong>ram as disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recursos<br />
<strong>de</strong>stinadas ao pagamento <strong>de</strong> restos a pagar como fonte<br />
para aumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>do</strong> exercício em que ocorrer<br />
o cancelamento. Portanto, trata-se <strong>de</strong> restabelecimento<br />
<strong>de</strong> sal<strong>do</strong> <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> comprometida, resultante <strong>de</strong><br />
receitas arrecadadas em exercícios anteriores, e não <strong>de</strong><br />
uma nova receita a ser registrada. Seria o mesmo que<br />
registrar uma receita mais <strong>de</strong> uma vez, e isso <strong>de</strong>scaracteriza<br />
a aplicação tanto <strong>do</strong> princípio da competência contábil,<br />
quanto <strong>do</strong> regime orçamentário <strong>de</strong> caixa.<br />
Enten<strong>de</strong>-se por cancelamento <strong>de</strong> “restos a<br />
pagar” o estorno da obrigação constituída em exercícios<br />
anteriores em contrapartida com uma variação ativa<br />
resultante <strong>do</strong> cancelamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa orçamentária<br />
inscrita em “restos a pagar” em exercícios anteriores. Não<br />
se confun<strong>de</strong> com a recuperação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> exercícios<br />
anteriores. A recuperação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas orçamentárias <strong>de</strong><br />
exercícios anteriores é o recebimento <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>s<br />
provenientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>voluções <strong>de</strong> recursos pagos a maior<br />
ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos concedi<strong>do</strong>s após o encerramento <strong>do</strong><br />
exercício. Neste caso, trata-se <strong>de</strong> receita orçamentária.<br />
DESPESA PÚBLICA<br />
São to<strong>do</strong>s os valores que são gastos pela<br />
administração pública para as mais diversas finalida<strong>de</strong>s,<br />
como por exemplo: para a manutenção <strong>de</strong> serviços<br />
existentes, pagamento <strong>de</strong> salários e para a criação,<br />
expansão ou aperfeiçoamento da ação governamental,<br />
visan<strong>do</strong> à satisfação das necessida<strong>de</strong>s coletivas ou até<br />
mesmo os repasses <strong>de</strong> valores que ficam consigna<strong>do</strong>s<br />
11
12<br />
(reti<strong>do</strong>s) na administração para pagamento a fornece<strong>do</strong>res<br />
ou para simplesmente serem repassa<strong>do</strong>s a outros entes.<br />
Nem to<strong>do</strong>s esses valores diminuem o patrimônio<br />
da entida<strong>de</strong>, pois algumas <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>spesas foram feitas<br />
com valores <strong>de</strong> terceiros, os quais foram <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s no<br />
ente, e este agiu apenas como intermedia<strong>do</strong>r.<br />
As <strong>de</strong>spesas públicas se divi<strong>de</strong>m em <strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s grupos,<br />
que, a seguir, serão comentadas, as orçamentárias e as<br />
extra-orçamentárias.<br />
A R T I G O S<br />
permutativo, uma vez que não altera o patrimônio líqui<strong>do</strong>.<br />
Observação: po<strong>de</strong> acontecer o caso em que a receita<br />
extra-orçamentária se torne orçamentária. Como?<br />
Temos, por exemplo, o caso <strong>do</strong> imposto <strong>de</strong> renda reti<strong>do</strong><br />
na fonte <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res, que, por força constitucional, é<br />
reti<strong>do</strong> e contabiliza<strong>do</strong> como uma obrigação e <strong>de</strong>pois<br />
é reti<strong>do</strong> no próprio ente municipal. Outros exemplos<br />
são os valores recebi<strong>do</strong>s como “caução” e também o<br />
cancelamento <strong>de</strong> restos a pagar (art.38).<br />
2º Funcional programática: Função, subfunção, programas, projeto/ativida<br />
Despesa orçamentária<br />
Classificação da <strong>de</strong>spesa<br />
A <strong>de</strong>spesa orçamentária po<strong>de</strong> ser<br />
operações<br />
conceituada<br />
especiais.<br />
1º Institucional: Po<strong>de</strong>r, órgão e unida<strong>de</strong> orçamentária.<br />
como aquela que a entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> direito público, 2º Funcional programática: Função, subfunção,<br />
<strong>de</strong>vidamente autorizada pela lei orçamentária 3º Por natureza: ou pelos Categoria programas, econômica, projeto/ativida<strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> ou operações natureza da especiais. <strong>de</strong>spesa e ele<br />
créditos adicionais, realiza para a manutenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa. serviços 3º Por natureza: Categoria econômica, grupo <strong>de</strong> natureza<br />
anteriormente cria<strong>do</strong>s e para a criação ou ampliação <strong>do</strong>s da <strong>de</strong>spesa e elemento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa.<br />
serviços públicos, visan<strong>do</strong> à satisfação das Obs. necessida<strong>de</strong>s Os três itens 2º juntos Funcional Obs. formam Os programática: três uma itens Função, <strong>do</strong>tação juntos subfunção, orçamentária.<br />
formam programas, uma projeto/ativida<strong>de</strong> <strong>do</strong>tação ou<br />
coletivas. Para que a <strong>de</strong>spesa orçamentária possa ser operações orçamentária. especiais.<br />
realizada, é imprescindível, como se vê, que esteja<br />
programada no orçamento ou autorizada<br />
1º- INSTITUCIONAL:<br />
por créditos<br />
3º Por<br />
1ºnatureza:<br />
PODER,<br />
INSTITUCIONAL:<br />
Categoria ÓRGÃO econômica, E<br />
PODER,<br />
UNIDADE grupo <strong>de</strong><br />
ÓRGÃO<br />
natureza ORÇAMENTÁRIA<br />
da<br />
E<br />
<strong>de</strong>spesa<br />
UNIDADE<br />
e elemento<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa.<br />
adicionais. A <strong>de</strong>spesa orçamentária <strong>de</strong>ve ser realizada ORÇAMENTÁRIA<br />
com rigorosa observância aos três estágios Supon<strong>do</strong> que a a <strong>do</strong>tação Lei Obs. orçamentária: Os três itens juntos formam 60.16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51.00<br />
uma <strong>do</strong>tação orçamentária.<br />
Fe<strong>de</strong>ral nº 4.320/64 estabelece: empenho, liquidação e Supon<strong>do</strong> a <strong>do</strong>tação orçamentária: 60.16.10.12.365.015<br />
pagamento.<br />
1.9.565.4.4.90.51.00<br />
1º- INSTITUCIONAL: PODER, ÓRGÃO E UNIDADE ORÇAMENTÁRIA<br />
Finalmente, é importante anotar que, excetua<strong>do</strong>s<br />
Po<strong>de</strong>r 60 - PMSP<br />
os casos previstos pela legislação pertinente, a <strong>de</strong>spesa<br />
Supon<strong>do</strong> a <strong>do</strong>tação orçamentária: 60.16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51.00<br />
orçamentária <strong>de</strong>ve ser precedida <strong>de</strong> licitação e formalizada Órgão 16 - Educação<br />
por meio <strong>de</strong> contrato.<br />
Unida<strong>de</strong> 10 - Gabinete <strong>do</strong> secretário<br />
Po<strong>de</strong>r 60 - PMSP<br />
Despesa extra-orçamentária<br />
Órgão 16 - Educação<br />
Constituem <strong>de</strong>spesa extra-orçamentária as saídas 2º- CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL<br />
<strong>de</strong> numerário que não <strong>de</strong>pendam <strong>de</strong> autorização legislativa,<br />
Unida<strong>de</strong> 10 - Gabinete <strong>do</strong> secretário<br />
isto é, aquelas que não correspondam a pagamentos <strong>de</strong> PROGRAMÁTICA<br />
<strong>de</strong>spesas orçamentárias. A <strong>de</strong>spesa extra-orçamentária<br />
2º- CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL De acor<strong>do</strong> PROGRAMÁTICA<br />
com a Portaria nº 42 <strong>de</strong> 14.04.1999,<br />
caracteriza-se por acarretar um aumento <strong>do</strong> ativo financeiro <strong>do</strong> Ministro <strong>de</strong> Planejamento, a <strong>de</strong>spesa orçamentária<br />
realizável (quan<strong>do</strong> a saída <strong>de</strong> numerário De gerar acor<strong>do</strong> um direito com a a 2º- Portaria CLASSIFICAÇÃO <strong>de</strong>ve ser nº discriminada 42 FUNCIONAL <strong>de</strong> 14.04.1999, PROGRAMÁTICA<br />
e codificada <strong>do</strong> Ministro por: função <strong>de</strong> Planejame <strong>de</strong><br />
ser inscrito nesse subgrupo) ou uma redução <strong>de</strong>spesa <strong>do</strong> passivo orçamentária governo, <strong>de</strong>ve ser subfunção, discriminada programa, e codificada projeto, por: ativida<strong>de</strong> função e <strong>de</strong> go<br />
De acor<strong>do</strong> com a Portaria nº 42 <strong>de</strong> 14.04.1999, <strong>do</strong> Ministro <strong>de</strong> Planejamento, a<br />
financeiro (quan<strong>do</strong>, em razão da saída <strong>de</strong> numerário, subfunção, ocorrer programa, projeto, ativida<strong>de</strong> e operações especiais. A discrim<br />
<strong>de</strong>spesa<br />
operações<br />
orçamentária<br />
especiais.<br />
<strong>de</strong>ve ser discriminada<br />
A discriminação<br />
e codificada por:<br />
or<strong>de</strong>nada<br />
função <strong>de</strong> governo,<br />
na<br />
uma diminuição das obrigações financeiras or<strong>de</strong>nada inscritas nesse na classificação subfunção, classificação programa, funcional projeto, funcional programática ativida<strong>de</strong> programática e operações visa especiais. visa a conjugar a conjugar A discriminação as funç<br />
grupo). São exemplos <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa extra-orçamentária:<br />
governo com os or<strong>de</strong>nada programas as funções na classificação a <strong>de</strong> serem governo funcional <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s. programática com os programas visa A a conjugar seguir, a as serem funções apresenta <strong>de</strong><br />
adiantamentos e empréstimos a autarquias, discriminação <strong>de</strong>sfalques e a governo codificação <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s. com os programas acor<strong>do</strong> A seguir, a serem com apresentamos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s. a Portaria: A a seguir, discriminação<br />
apresentamos a<br />
<strong>de</strong> numerário, com responsabilização <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>r (nesses discriminação<br />
e a codificação<br />
e a codificação<br />
<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a Portaria:<br />
a Portaria:<br />
casos, as saídas <strong>de</strong> numerário geram direitos 1º a e serem 2º dígitos<br />
1º e 2º dígitos<br />
indicam as<br />
indicam<br />
funções<br />
as funções<br />
inscritos no realizável), pagamentos <strong>de</strong> restos 3º a ao pagar, 5º dígitos 3º ao 5º dígitos subfunções subfunções<br />
<strong>do</strong>s serviços da dívida a pagar, amortização <strong>do</strong> principal<br />
6º ao 9º dígitos 6º ao 9º dígitos programas os programas<br />
da dívida contraída a curto prazo, <strong>de</strong>voluções <strong>de</strong> cauções,<br />
começan<strong>do</strong> começan<strong>do</strong> com nº nº impar - Projeto<br />
pagamentos às entida<strong>de</strong>s ou pessoas em favor das quais<br />
com par - Ativida<strong>de</strong><br />
foram efetuadas retenções na fonte (nesses casos, as 10º dígito<br />
com par<br />
com<br />
- Ativida<strong>de</strong><br />
zero - Operações especiais:<br />
saídas <strong>de</strong> numerário acarretam diminuição <strong>do</strong> 10º passivo dígito<br />
com zero Finalistas - Operações e especiais:<br />
financeiro).<br />
Finalistas Não e finalistas<br />
11º a 13º<br />
Caracteriza-se a <strong>de</strong>spesa extra-orçamentária,<br />
Não dígitos finalistas subtítulo - nº Seqüencial <strong>do</strong> projeto ou ativida<strong>de</strong><br />
ou operação especial<br />
ainda, por representar, a exemplo <strong>do</strong> que acontece 11º a 13º com dígitos subtítulo - nº Seqüencial <strong>do</strong> projeto ou atividad<br />
a receita extra-orçamentária, um fato contábil <strong>do</strong> tipo Ex. : 60.16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51.00<br />
ou operação especial
A R T I G O S<br />
12 - Função - Educação.<br />
365 - Sub função - Educação infantil.<br />
0151 - Programa - Construção <strong>de</strong> creche.<br />
9.565 - Projeto e subtítulo - Construção da creche<br />
Cangaíba.<br />
Função: <strong>Mai</strong>or nível <strong>de</strong> agregação das diversas<br />
áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas que competem ao setor público.<br />
Subfunção: Uma participação da função, que visa a<br />
agregar <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> subconjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa <strong>do</strong> setor<br />
público.<br />
Programa: Instrumento <strong>de</strong> organização da ação<br />
governamental visan<strong>do</strong> à concretização <strong>do</strong>s objetivos<br />
pretendi<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> mensura<strong>do</strong>s por indica<strong>do</strong>res<br />
estabeleci<strong>do</strong>s no plano plurianual.<br />
Projeto: É um instrumento <strong>de</strong> programação para<br />
alcançar os objetivos <strong>de</strong> um programa, envolven<strong>do</strong> um<br />
conjunto <strong>de</strong> operações, limitadas no tempo, das quais<br />
resulta um produto final que concorre para expansão ou<br />
aperfeiçoamento da ação <strong>do</strong> governo.<br />
Ativida<strong>de</strong>: É um instrumento <strong>de</strong> programação<br />
para alcançar os objetivos <strong>de</strong> um programa, envolven<strong>do</strong><br />
um conjunto <strong>de</strong> operações que se realizam <strong>de</strong> mo<strong>do</strong><br />
contínuo e permanente, necessárias à manutenção da<br />
ação <strong>do</strong> governo. O projeto caracteriza-se como se vê,<br />
por ter começo e fim e a ativida<strong>de</strong> se repete ano a ano.<br />
Operações especiais: São as <strong>de</strong>spesas<br />
que não contribuem para a manutenção das ações<br />
<strong>de</strong> governo, das quais não resulta um produto e não<br />
geram contraprestação direta sob a forma <strong>de</strong> bens e<br />
serviços. Elas constituem uma espécie <strong>do</strong> gênero das<br />
operações orçamentárias. A outra espécie seria as<br />
“ações orçamentárias” que se traduzem nos diferentes<br />
projetos e ativida<strong>de</strong>s.<br />
Cabe lembrar que as “operações especiais”, não<br />
vinculadas a programas constantes <strong>do</strong> plano plurianual,<br />
comporão uma função específica, <strong>de</strong>nominada “encargos<br />
especiais”, sem i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> programas.<br />
Exemplo: Dívida, ressarcimentos, transferências,<br />
in<strong>de</strong>nizações e outros afins.<br />
3º- DESPESA POR NATUREZA<br />
I- Categoria econômica (art.12 da Lei nº 4.320/64).<br />
Despesas correntes: O código das <strong>de</strong>spesas<br />
correntes é 3, sen<strong>do</strong> classificadas nesta categoria todas<br />
as <strong>de</strong>spesas que não contribuem, diretamente, para a<br />
formação ou aquisição <strong>de</strong> um bem <strong>de</strong> capital.<br />
Subdivi<strong>de</strong>m-se em <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> custeio e transferências<br />
correntes.<br />
Custeio: São as <strong>de</strong>stinadas à manutenção <strong>do</strong>s<br />
serviços anteriormente cria<strong>do</strong>s, tais como conservação<br />
<strong>de</strong> escolas, hospitais, coleta <strong>de</strong> lixo, serviços administrativos.<br />
São elementos da <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> custeio: <strong>de</strong>spesas com<br />
pessoal, material <strong>de</strong> consumo, serviços <strong>de</strong> terceiros etc.<br />
Transferências correntes: De um mo<strong>do</strong> geral são<br />
as transferências realizadas. Po<strong>de</strong>m ser as transferências<br />
intragovernamentais, intergovernamentais, a instituições<br />
privadas (subvenções sociais, econômicas, contribuições<br />
correntes), ou a pessoas (inativos, pensionistas) etc.<br />
Despesas <strong>de</strong> capital: O código das <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> capital é<br />
4. São classificadas nesta categoria aquelas<br />
<strong>de</strong>spesas que contribuem, diretamente, para a formação<br />
ou aquisição <strong>de</strong> um bem <strong>de</strong> capital ou para adicionar um<br />
valor a um bem já existente, bem como transferir, por meio<br />
<strong>de</strong> compra ou outro meio <strong>de</strong> aquisição, a proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
bem entre entida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> setor público ou <strong>de</strong> setor priva<strong>do</strong><br />
para o primeiro. Não po<strong>de</strong>mos confundir com o conceito<br />
contábil <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> ativo, como tal, contabilizável. São<br />
subcategorias das <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> capital: investimentos<br />
(Investimentos das quais resulta um bem ativo, aquisição<br />
<strong>de</strong> imóveis para a realização <strong>de</strong> obras (§4º, art.12 da<br />
4.320/64); inversões financeiras (aquisição <strong>de</strong> um bem<br />
<strong>de</strong> capital já em utilização, aquisição <strong>de</strong> imóveis - exceto<br />
aqueles necessários à realização <strong>de</strong> obras) e transferências<br />
<strong>de</strong> capital (são as <strong>de</strong>spesas que vão, nas entida<strong>de</strong>s<br />
beneficiadas, contribuir para formação ou aquisição <strong>de</strong> um<br />
bem <strong>de</strong> capital) – transferências, amortizações <strong>de</strong> dívida etc).<br />
II - Grupo <strong>de</strong> natureza da <strong>de</strong>spesa<br />
Enten<strong>de</strong>-se por grupos <strong>de</strong> natureza <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa<br />
a agregação <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa que representam<br />
as mesmas características quanto ao objeto <strong>de</strong> gasto.<br />
Observação: A natureza da <strong>de</strong>spesa será complementada<br />
pela informação gerencial <strong>de</strong>nominada “modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
aplicação”, a qual tem por finalida<strong>de</strong> indicar se os recursos<br />
são aplica<strong>do</strong>s diretamente por órgãos ou entida<strong>de</strong>s no<br />
âmbito da mesma esfera <strong>de</strong> governo ou por outro ente<br />
da fe<strong>de</strong>ração e suas respectivas entida<strong>de</strong>s, e objetiva,<br />
precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem<br />
<strong>do</strong>s recursos transferi<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong>scentraliza<strong>do</strong>s.<br />
III – Elemento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa<br />
O elemento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa tem por finalida<strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ntificar os objetos <strong>de</strong> gasto, tais como vencimentos<br />
e vantagens fixas, juros, diárias, material <strong>de</strong> consumo,<br />
serviços <strong>de</strong> terceiros presta<strong>do</strong>s sob qualquer forma,<br />
subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos<br />
e material permanente, auxílios, amortização e outros <strong>de</strong><br />
que a administração pública se serve para a consecução<br />
<strong>de</strong> seus fins.<br />
É faculta<strong>do</strong>, ainda, o <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento suplementar<br />
<strong>do</strong>s elementos <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa para atendimento das<br />
necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escrituração contábil e controle da<br />
execução orçamentária.<br />
13
atendimento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escrituração contábil e controle da execução<br />
instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros<br />
orçamentária.<br />
<strong>de</strong> que a administração pública se serve para a consecução <strong>de</strong> seus fins.<br />
É faculta<strong>do</strong>, Em <strong>de</strong>corrência ainda, <strong>do</strong> o <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento disposto no art. suplementar 3º a estrutura <strong>do</strong>s da elementos natureza da <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong>spesa a para ser<br />
atendimento observada das na execução necessida<strong>de</strong>s orçamentária <strong>de</strong> escrituração <strong>de</strong> todas contábil as esferas e controle <strong>de</strong> governo da execução será<br />
orçamentária.<br />
“c.g.mm.ee.dd”, on<strong>de</strong>:<br />
Em a) <strong>de</strong>corrência “c” representa <strong>do</strong> a disposto categoria no econômica; art. 3º a estrutura da natureza da <strong>de</strong>spesa a ser<br />
observada Em <strong>de</strong>corrência <strong>do</strong> disposto no art. 3º a estrutura da natureza<br />
b)<br />
da<br />
“g”<br />
<strong>de</strong>spesa<br />
o grupo na execução <strong>de</strong> natureza orçamentária <strong>de</strong> todas as esferas <strong>de</strong> governo será<br />
“c.g.mm.ee.dd”, on<strong>de</strong>: a ser observada<br />
da <strong>de</strong>spesa;<br />
na execução orçamentária <strong>de</strong><br />
c) todas “mm” a as modalida<strong>de</strong> esferas <strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação; governo será “c.g.mm.ee.dd”, on<strong>de</strong>:<br />
d)<br />
a) “c” a) “ee” “c” o<br />
representa representa elemento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa;<br />
a categoria a categoria e<br />
econômica; econômica;<br />
b) e) “g” b) “dd” “g” o grupo o o <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento, grupo <strong>de</strong> natureza natureza da facultativo, <strong>de</strong>spesa; <strong>do</strong> da elemento <strong>de</strong>spesa;<br />
<strong>de</strong>spesa.<br />
c) “mm” c) “mm” a modalida<strong>de</strong> a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação; <strong>de</strong> aplicação;<br />
d) “ee” d) “ee” o elemento o elemento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa; e <strong>de</strong>spesa; e<br />
e) Ex. “dd” e) Dotação:: “dd” o <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento, o 60.16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51.00<br />
<strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento, facultativo, <strong>do</strong> elemento facultativo, <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa. <strong>do</strong> elemento <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>spesa.<br />
Ex. Ex. Dotação:: Dotação: 60.16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51.00<br />
Discriminação<br />
Código Especificação<br />
60.16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51.00<br />
Econômica<br />
orçamentário<br />
Categoria<br />
Discriminação<br />
econômica<br />
Código<br />
4 Despesa<br />
Especificação<br />
<strong>de</strong> capital<br />
Grupo <strong>de</strong> Econômica natureza da <strong>de</strong>spesa orçamentário 4 Investimento<br />
Categoria Modalida<strong>de</strong> econômica <strong>de</strong> aplicação 90 4 Despesa Aplicação <strong>de</strong> direta capital<br />
Grupo Elemento <strong>de</strong> natureza da <strong>de</strong>spesa 51 4 Investimento<br />
Obras e instalações<br />
Modalida<strong>de</strong> Des<strong>do</strong>bramento <strong>de</strong> aplicação facultativo 90 00 Aplicação Não há direta<br />
Elemento 51 Obras e instalações<br />
Finalizan<strong>do</strong>, Des<strong>do</strong>bramento apresentamos facultativo abaixo a cassificação 00 completa Não há da <strong>do</strong>tação<br />
orçamentária. Finalizan<strong>do</strong>, apresentamos abaixo a cassificação completa<br />
Finalizan<strong>do</strong>, apresentamos abaixo a cassificação completa da <strong>do</strong>tação<br />
da <strong>do</strong>tação orçamentária.<br />
orçamentária.<br />
16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51-00<br />
16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51-00<br />
16.10.12.365.0151.9.565.4.4.90.51-00<br />
16 Órgão: Secretaria <strong>de</strong> Educação<br />
1610 Órgão: Unida<strong>de</strong>: Secretaria Gabinete <strong>de</strong> <strong>do</strong> Educação Secretário<br />
1012 Unida<strong>de</strong>: Função: Gabinete Educação <strong>do</strong> Secretário<br />
12365 Função: Subfunções: Educação Infantil<br />
365 0151 Subfunções: Programa: Infantil Crianças <strong>de</strong> 0 a 6 anos<br />
0151 Programa: Crianças <strong>de</strong> 0 a 6 anos<br />
9565 Projeto/Ativida<strong>de</strong>: Construção da Creche Cangaiba<br />
9565 Projeto/Ativida<strong>de</strong>: Construção da Creche Cangaiba<br />
4<br />
4<br />
Categoria<br />
Categoria<br />
econômica:<br />
econômica:<br />
Despesa<br />
Despesa<br />
<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong><br />
Capital<br />
Capital<br />
4 4 Grupo Grupo <strong>de</strong> <strong>de</strong> natureza natureza da da <strong>de</strong>spesa: Investimento<br />
90 90 Modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação: Direta<br />
BIBLIOGRAFIA<br />
A R T I G O S<br />
Brasília. Portaria nº 340, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2006. Receitas<br />
Públicas: Manual <strong>de</strong> procedimentos da Receita Pública.<br />
BLUMEN, Abrão, MONTEIRO, Izabel Camargo Lopes,<br />
SILVA, Moacir Marques da; SILVA, Valmir Leôncio<br />
da, MÉDICO, Wagner Dal Médico. Guia Municipal <strong>de</strong><br />
Administração Pública. São <strong>Paulo</strong>: NDJ, 2006.<br />
SILVA, Moacir Marques da; AMORIM, Francisco Antônio<br />
<strong>de</strong>; SILVA, Valmir Leôncio da. Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong><br />
Fiscal, Uma Abordagem Prática. São <strong>Paulo</strong>: Scortecci,<br />
2002.<br />
[*] Valmir Leôncio da Silva é bacharel em Ciências Contábeis pela<br />
Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, com mestra<strong>do</strong> em Administração<br />
pela UNISA. Ingressou no TCM em 1996, como agente <strong>de</strong> fiscalização<br />
(Conta<strong>do</strong>r). Atualmente é coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r e professor da Escola <strong>de</strong><br />
<strong>Contas</strong> <strong>do</strong> TCMSP e professor <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> MBA em Administração<br />
Pública, promovi<strong>do</strong> pela FIPECAFI.-Fundação Instituto <strong>de</strong> Pesquisas<br />
Contábeis, Atuariais e Financeiras.<br />
13 13<br />
14
A R T I G O S<br />
Aristi<strong>de</strong>s Almeida Rocha [*]<br />
REFLEXÕES SOBRE O RECURSO NATURAL ÁGUA<br />
(RECURSOS HÍDRICOS)<br />
ÁGUA:<br />
IMPORTÂNCIA<br />
E CRISE<br />
Embora o século passa<strong>do</strong><br />
tenha si<strong>do</strong> caracteriza<strong>do</strong><br />
como o <strong>do</strong> petróleo,<br />
foi outro mineral<br />
líqui<strong>do</strong> aquele que maiores<br />
preocupações trouxe<br />
para o século XXI. De<br />
fato, nos anos 70 <strong>do</strong> século<br />
XX a própria OMS<br />
estabelecia a década da água e mais recentemente o<br />
ano internacional.<br />
Elemento vital (correspon<strong>de</strong> <strong>de</strong> 60% a 70% <strong>do</strong> peso<br />
<strong>do</strong> ser humano em média; uma pessoa <strong>de</strong> 90 kg consome<br />
em média/dia cerca <strong>de</strong> 3L <strong>do</strong>s quais 53% são elimina<strong>do</strong>s<br />
pela urina, 42% evapora<strong>do</strong>s pela pele e pulmões<br />
e 5% pelas fezes), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> tempos imemoráveis a água<br />
ditou o crescimento e o florescer <strong>de</strong> civilizações, que<br />
sempre procuraram estabelecer-se nas proximida<strong>de</strong>s<br />
<strong>do</strong>s rios. Assim ocorreu às margens <strong>do</strong>s rios Tigres e<br />
Eufrates na Mesopotâmia e em tantas outras cida<strong>de</strong>s<br />
nos vários continentes.<br />
Embora os recursos hídricos possam ser abundantes<br />
no globo terrestre, infelizmente não estão disponíveis<br />
<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> eqüitativo, nos continentes, países e regiões.<br />
A Guiana Francesa, por exemplo, é o país que<br />
apresenta a maior disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água, estiman<strong>do</strong>se<br />
em 812.121 m 3 /hab ; o Brasil aparece em 25 o lugar<br />
com 48.314m 3 /hab; e o Kwait ocupa o último lugar com<br />
apenas 10m 3 /hab (UNESCO, 2003).<br />
Essa disparida<strong>de</strong> conduz a conflitos não só entre as<br />
nações, mas também <strong>de</strong> usos: abastecimento, produção<br />
<strong>de</strong> energia, irrigação, recreação, meio <strong>de</strong> transporte,<br />
<strong>de</strong>sse<strong>de</strong>ntar animais.<br />
O Brasil que apresenta uma disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água<br />
“potabilizável” estimada em mais <strong>de</strong> 12% <strong>de</strong> seus recursos,<br />
tem também uma distribuição variável ao se consi<strong>de</strong>rar<br />
as diversas bacias hidrográficas que ocupam no<br />
total 10.724.000km 2 <strong>de</strong> território.<br />
O balanço hídrico nacional aponta uma média <strong>de</strong><br />
precipitação anual <strong>de</strong> 696.020 m 3 /s. Contu<strong>do</strong>, conquanto<br />
a média na Bacia Amazônica seja <strong>de</strong> 493.191 m 3 /s,<br />
na <strong>do</strong> Atlântico Leste-Norte tem-se apenas 7.784 m 3 /s.<br />
(Braga et al, 1998).<br />
Outro fato contrastante é a verificação <strong>de</strong> que a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> habitantes por km 2 é também extremamente<br />
diferente nas áreas ocupadas pelas várias bacias hidrográficas.<br />
No esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Amazonas com um potencial hídrico<br />
<strong>de</strong> 1.848,3 km 3 /ano a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional é <strong>de</strong> 1,50<br />
hab/km 2 haven<strong>do</strong> uma utilização total <strong>do</strong>s recursos hídricos<br />
<strong>de</strong> 80 m 3 /hab/ano (nível <strong>de</strong> utilização em 1991<br />
praticamente 0,0), enquanto que no esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />
on<strong>de</strong> o potencial hídrico é <strong>de</strong> 91,9 km 3 /ano, há uma<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 137,8 hab/km 2 , e uma utilização<br />
total <strong>de</strong> 373 m 3 /hab/ano (nível <strong>de</strong> utilização em<br />
1991 <strong>de</strong> 12). No esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pernambuco a situação é<br />
mais crítica, pois o potencial é <strong>de</strong> apenas 9,4 km 3 /ano,<br />
a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 75,98 hab/km 2 , e o nível<br />
<strong>de</strong> utilização total <strong>de</strong> 268 m 3 /hab/ano (em 1991 o nível<br />
<strong>de</strong> utilização atingia 20,30) (DNAE 1985/Censo IBGE,<br />
1996/Rebouças 1994).<br />
GESTÃO DOS RECURSOS<br />
HÍDRICOS<br />
Em face da importância e da crise nas disponibilida<strong>de</strong>s<br />
<strong>do</strong>s recursos hídricos é preciso administrar com<br />
equilíbrio e parcimônia os usos da água.<br />
A avaliação <strong>do</strong>s problemas <strong>de</strong> abastecimento nos<br />
países filia<strong>do</strong>s à Organização das Nações Unidas indica,<br />
segun<strong>do</strong> o Professor Wan<strong>de</strong>rley Paganini, da Faculda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública-USP (informação pessoal) que<br />
quan<strong>do</strong> a utilização <strong>de</strong> água representa menos <strong>do</strong> que<br />
5% das <strong>de</strong>scargas médias <strong>do</strong>s rios <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada<br />
bacia hidrográfica, pouca ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciamento é<br />
em geral praticada, sen<strong>do</strong> a água consi<strong>de</strong>rada um bem<br />
livre.<br />
Quan<strong>do</strong> essa relação permanece entre 5 e 10% a<br />
disponibilida<strong>de</strong> ainda é confortável para o esta<strong>do</strong> ou<br />
região <strong>de</strong> abrangência da bacia hidrográfica. Contu<strong>do</strong>,<br />
nesse caso po<strong>de</strong> haver a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciar os<br />
recursos hídricos para evitar ou então solucionar eventuais<br />
problemas <strong>de</strong> abastecimento local.<br />
Entretanto, se esse coeficiente atinge patamares<br />
entre 10 e 20% é imprescindível a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciamento<br />
e a exigência da <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> recursos com<br />
investimentos <strong>de</strong> média intensida<strong>de</strong>.<br />
Porém, quan<strong>do</strong> o coeficiente <strong>de</strong> utilização ultra-<br />
15
A R T I G O S<br />
passar os 20% das <strong>de</strong>scargas médias <strong>do</strong>s rios, a<br />
situação é consi<strong>de</strong>rada crítica, exigin<strong>do</strong> intensa ativida<strong>de</strong><br />
gerencial e a soma <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s investimentos. Esta<br />
é, pois, a situação da Região Metropolitana <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />
Na América Latina e Caribe, o World Summit for<br />
Children em 1995 assinalava que a porcentagem (%) <strong>de</strong><br />
população servida com a cobertura <strong>do</strong>s serviços coletivos<br />
<strong>de</strong> esgotos sanitários apresentava-se em situação<br />
crítica, por exemplo, no Paraguai, com índices abaixo <strong>de</strong><br />
40%; Brasil, Peru, Colômbia, Equa<strong>do</strong>r apareciam com<br />
cobertura variável <strong>de</strong> 41 a 70% e com 71 a 100% a Argentina,<br />
México, Venezuela e outros.<br />
De fato, o Brasil, com dimensões continentais, apresenta<br />
contrastes. Em to<strong>do</strong> o território, a cobertura <strong>de</strong><br />
serviços <strong>de</strong> esgotos com abrangência regional chega a<br />
38,5%. Porém, na região Norte esse atendimento aos<br />
serviços <strong>de</strong> esgotos atinge apenas 4,1%, enquanto o<br />
Su<strong>de</strong>ste tem índice <strong>de</strong> 62,7% e o Sul 93,4%; o Brasil<br />
como um to<strong>do</strong> atinge 90,6%.<br />
Deve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> que há uma inter<strong>de</strong>pendência<br />
hidrográfica na qual o usuário que lança os seus <strong>de</strong>jetos<br />
a montante nas águas <strong>de</strong> um rio <strong>de</strong>verá servir-se <strong>de</strong>ssa<br />
mesma água a jusante.<br />
Assim, para o controle e grau <strong>de</strong> tratamento a ser<br />
exigi<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve-se levar em conta a <strong>de</strong>pendência aos seguintes<br />
fatores: capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diluição <strong>do</strong> corpo d’água,<br />
características <strong>de</strong> uso das águas a montante e a jusante<br />
e as condições <strong>de</strong> auto<strong>de</strong>puração <strong>do</strong> corpo d’água.<br />
Nas ações <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>vem ser observa<strong>do</strong>s os<br />
possíveis prejuízos visíveis e os não visíveis que sofrem<br />
os recursos hídricos em função <strong>do</strong>s usos, exigin<strong>do</strong><br />
a tomada <strong>de</strong> medidas preventivas e/ou corretivas, assim<br />
como o envolvimento da socieda<strong>de</strong>. As avaliações<br />
e monitoramento <strong>de</strong>vem ser constantes, evitan<strong>do</strong>, por<br />
exemplo, o sucedi<strong>do</strong> ao longo da história com o rio Tietê<br />
na Região Metropolitana <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />
ÁGUA E SAÚDE PÚBLICA<br />
Des<strong>de</strong> o aparecimento <strong>do</strong> ser humano na Terra este<br />
sentiu a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dispor <strong>de</strong> água, em quantida<strong>de</strong><br />
e qualida<strong>de</strong> para sua sobrevivência. Não sem razão, as<br />
cida<strong>de</strong>s foram se forman<strong>do</strong> às margens ou nas proximida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> rios.<br />
Logo também o homem percebeu a importância <strong>de</strong> preservar<br />
e manter a água limpa, permitin<strong>do</strong> o uso para<br />
várias necessida<strong>de</strong>s, como banho, alimento, bebida etc.<br />
Os egípcios, por exemplo, guardavam a água em potes<br />
coloca<strong>do</strong>s em lugares areja<strong>do</strong>s evitan<strong>do</strong> ficasse com<br />
mau cheiro, e os romanos reservavam a água e a transportavam<br />
em aquedutos protegi<strong>do</strong>s, assim como, outras<br />
antigas civilizações.<br />
Contu<strong>do</strong>, esses conhecimentos trazi<strong>do</strong>s da antiguida<strong>de</strong>,<br />
parece que foram esqueci<strong>do</strong>s com o advento das<br />
gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s. Durante a Ida<strong>de</strong> Média, na Europa,<br />
milhões <strong>de</strong> pessoas morreram <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à peste transmitida<br />
pela pulga <strong>do</strong>s ratos que proliferavam nas cida<strong>de</strong>s e<br />
outras tantas vidas se per<strong>de</strong>ram pelo consumo <strong>de</strong> água<br />
contaminada.<br />
Nessa época, o lixo e os <strong>de</strong>jetos <strong>de</strong> fezes e urina<br />
eram dispostos nas ruas ou nos fossos com água que<br />
circundavam os castelos. Acreditava-se que to<strong>do</strong>s os<br />
males eram provoca<strong>do</strong>s pelos “miasmas” <strong>do</strong> ar. Somente<br />
no século XIX, os conhecimentos trazi<strong>do</strong>s por Louis<br />
Pasteur e outros pesquisa<strong>do</strong>res iriam comprovar que<br />
muitas <strong>do</strong>enças que afetavam a saú<strong>de</strong> pública ocorriam<br />
pela presença <strong>de</strong> microrganismos na água. Esses seres<br />
que provocam <strong>do</strong>enças, chama<strong>do</strong>s <strong>de</strong> patógenos,<br />
se <strong>de</strong>senvolvem nas águas para on<strong>de</strong> chegam com os<br />
poluentes.<br />
De fato, atualmente sabe-se que várias <strong>do</strong>enças<br />
têm sua transmissão relacionada com a água. Algumas<br />
ocorrem quan<strong>do</strong> se toma água que recebeu urina<br />
e fezes <strong>de</strong> pessoas, ou <strong>de</strong> animais, <strong>do</strong>entes ou porta<strong>do</strong>res,<br />
sen<strong>do</strong> exemplos, <strong>de</strong>ntre outras: as bactérias da<br />
cólera, febre tifói<strong>de</strong> e leptospirose; os protozoários da<br />
amebíase e giardíase; o vírus da hepatite infecciosa.<br />
Certas <strong>do</strong>enças são causadas pela falta <strong>de</strong> limpeza<br />
ou <strong>de</strong> higiene pessoal em <strong>de</strong>corrência da falta <strong>de</strong><br />
água e, às vezes, com o uso <strong>de</strong> água poluída e contaminada,<br />
por exemplo, ao se lavar os olhos, ouvi<strong>do</strong>s,<br />
rosto e pele ou corpo em geral. Certas verminoses<br />
como o amarelão (ancilostomíase) e a lombriga (ascaridíase)<br />
e mesmo a pediculose (piolho) e algumas<br />
conjuntivites bacterianas surgem porque as pessoas<br />
não lavam convenientemente os pés, as mãos, o rosto.<br />
Mas há ainda <strong>do</strong>enças que são causadas por seres<br />
parasitas que são transmiti<strong>do</strong>s por outros organismos<br />
que vivem na água, ou que pelo menos têm uma parte<br />
<strong>do</strong> seu ciclo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na água. Dessas, muitas<br />
são verda<strong>de</strong>iros flagelos mundiais atingin<strong>do</strong> milhões<br />
<strong>de</strong> pessoas inclusive em território brasileiro. O verme<br />
Schistossoma sp., que provoca a esquistossomose, por<br />
exemplo, tem como hospe<strong>de</strong>iro intermediário o caramujo<br />
da família Planorbidae, Biomphalaria sp que vive na<br />
água. A larva <strong>do</strong> verme sai <strong>do</strong> corpo <strong>de</strong>sse animal sob a<br />
forma <strong>de</strong> cercária, nada na água e penetra pela pele <strong>do</strong><br />
homem, causan<strong>do</strong> a <strong>do</strong>ença.<br />
A malária, outra <strong>do</strong>ença que atinge milhões <strong>de</strong> pessoas<br />
em to<strong>do</strong> o globo terrestre, e particularmente no<br />
Brasil, também está relacionada à água, pois a larva <strong>do</strong><br />
mosquito Anopheles sp, que alberga o protozoário Plasmodium<br />
sp, vive na água. O mesmo ocorre com a larva<br />
<strong>do</strong> mosquito Ae<strong>de</strong>s aegypti que transmite a <strong>de</strong>ngue, que<br />
prolifera em águas limpas.<br />
Entretanto, os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública rela-<br />
16
A R T I G O S<br />
ciona<strong>do</strong>s à água po<strong>de</strong>m ser ainda <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s, a produtos<br />
químicos oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> lançamento em terras <strong>de</strong>stinadas<br />
à agricultura (os agroquímicos para proteção das plantações)<br />
ou provenientes das <strong>de</strong>scargas industriais conten<strong>do</strong><br />
metais como arsênio, cádmio, chumbo, mercúrio<br />
e outros, que po<strong>de</strong>m acumular-se nos peixes e <strong>de</strong>mais<br />
seres aquáticos.<br />
Como se percebe, a manutenção da qualida<strong>de</strong> sanitária<br />
e ecológica da água <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da ação <strong>do</strong> próprio<br />
homem. Mesmo quan<strong>do</strong> existe carência <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />
saneamento, haven<strong>do</strong> precária re<strong>de</strong> <strong>de</strong> coleta e tratamento<br />
<strong>do</strong>s esgotos <strong>do</strong>mésticos ou <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> água tratada,<br />
é possível evitar as <strong>do</strong>enças com procedimentos<br />
simples, como a fervura da água, ou a simples cloração<br />
que a Prefeitura po<strong>de</strong> realizar; pois o cloro é suficiente<br />
para eliminar bactérias, protozoários e até vírus.<br />
No Brasil, ainda que em certos locais a situação<br />
<strong>do</strong> saneamento não seja <strong>de</strong> to<strong>do</strong> favorável, é preciso<br />
lembrar que nas regiões metropolitanas e nas gran<strong>de</strong>s<br />
cida<strong>de</strong>s está se procuran<strong>do</strong> implantar projetos para tratamento<br />
<strong>do</strong>s esgotos <strong>do</strong>mésticos e <strong>de</strong> resíduos industriais,<br />
muitos <strong>do</strong>s quais já estão concluí<strong>do</strong>s e outros em<br />
andamento visan<strong>do</strong> a recuperar a qualida<strong>de</strong> das águas.<br />
Quanto ao fornecimento <strong>de</strong> água tratada e potável<br />
para suprir as populações, nas últimas duas décadas <strong>do</strong><br />
século XX houve satisfatório avanço com o aumento da<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> água, a construção <strong>de</strong> estações <strong>de</strong> tratamento<br />
e <strong>de</strong> reservatórios, o que está se refletin<strong>do</strong> na sensível<br />
queda da mortalida<strong>de</strong> infantil, principalmente a ocasionada<br />
por disenterias ou diarréias.<br />
QUALIDADE DA ÁGUA: AÇÃO E DE-<br />
SENVOLVIMENTO<br />
A importância da água para a vida é tema tão ancestral,<br />
quanto o aparecimento <strong>do</strong> ser humano na Terra.<br />
No Gênesis está escrito “no mesmo dia, todas as fontes<br />
irromperam das gran<strong>de</strong>s profun<strong>de</strong>zas e as janelas <strong>do</strong><br />
céu foram abertas [...] prevalecen<strong>do</strong> as águas sobre a<br />
Terra”.<br />
Antigas civilizações, como sumérios e babilônios,<br />
consi<strong>de</strong>ravam a água como o mais valioso presente<br />
<strong>do</strong>s <strong>de</strong>uses; os chineses falavam da ajuda que a água<br />
traz para milhares <strong>de</strong> pessoas, sem nada exigir. De<br />
fato, Goethe, mais mo<strong>de</strong>rnamente, enfatizava que tu<strong>do</strong><br />
nasceu da água, tu<strong>do</strong> é manti<strong>do</strong> pela água.<br />
Contu<strong>do</strong>, para<strong>do</strong>xalmente, ainda que essas consi<strong>de</strong>rações<br />
possam parecer ser verda<strong>de</strong> absoluta, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra na segunda<br />
meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> século XVIII, passan<strong>do</strong> o XIX e acentuan<strong>do</strong>se<br />
no século XX, a socieda<strong>de</strong> humana aprimoran<strong>do</strong> os<br />
processos tecnológicos, procuran<strong>do</strong> fundamentalmente<br />
gerar conforto e bem estar, cada vez mais comprometeu<br />
e vem acentuadamente comprometen<strong>do</strong> o ambiente,<br />
afetan<strong>do</strong> os ecossistemas <strong>do</strong> ar, solo e água, também<br />
contrarian<strong>do</strong> e esquecen<strong>do</strong> as judiciosas pon<strong>de</strong>rações<br />
<strong>de</strong> Tales <strong>de</strong> Mileto ao reconhecer a água como fonte<br />
precípua <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> que há no universo, ou o pensamento<br />
<strong>de</strong> alguns alquimistas da Ida<strong>de</strong> Média chegan<strong>do</strong> a acreditar<br />
que fosse a água a própria “substância fundamental”<br />
que tanto procuravam.<br />
Mas isto não importa, pois a toda reação correspon<strong>de</strong><br />
uma reação igual e <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> contrário. Estas são as<br />
forças <strong>de</strong> uma contrafação, que no caso da água, começam<br />
também a surgir no século XX, passan<strong>do</strong> ao XXI,<br />
inicialmente <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> incipiente, e <strong>de</strong>pois, com maior<br />
intensida<strong>de</strong>, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> modificar os paradigmas <strong>de</strong><br />
atuação e produção, ações que se <strong>de</strong>vem, talvez, menos<br />
por reconhecer o ser humano suas próprias ações<br />
nefastas afetan<strong>do</strong> <strong>de</strong>leteriamente a qualida<strong>de</strong> ambiental,<br />
e mais pelo fato <strong>de</strong> causar perdas econômicas, enfim<br />
a diminuição <strong>de</strong> lucros.<br />
A própria Organização Mundial da Saú<strong>de</strong>, surgida<br />
em 1945, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> a saú<strong>de</strong> como um esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> completo<br />
bem-estar físico, mental e social e não apenas a<br />
ausência <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença ou enfermida<strong>de</strong>, manifestou essa<br />
preocupação com a qualida<strong>de</strong> da água ao estabelecer<br />
a década da água nos anos 70 e o ano internacional da<br />
água já no século XXI, não a dissocian<strong>do</strong>, portanto, da<br />
discussão ambiental.<br />
Essa premissa implica na necessida<strong>de</strong> da difícil tarefa<br />
<strong>de</strong> compatibilizar a aplicação <strong>do</strong>s conhecimentos<br />
tecnológicos e a manutenção das condições essenciais<br />
à sobrevivência, não só <strong>do</strong> homem, mas <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os seres<br />
vivos, ou <strong>do</strong> imenso ecossistema que é a Ecosfera.<br />
A magnitu<strong>de</strong> <strong>do</strong> problema é tanto maior quan<strong>do</strong> se<br />
leva em conta a dimensão que atualmente assumiram<br />
os projetos engendra<strong>do</strong>s pela ação antrópica visan<strong>do</strong><br />
a utilizar o meio ambiente, e em particular a água. Necessário,<br />
pois, é haver um maior escrúpulo ecológico na<br />
gestão ambiental.<br />
A Agenda 21, nesse senti<strong>do</strong>, conferiu sensível alteração<br />
conceitual no processo <strong>de</strong> planejamento e gestão<br />
<strong>do</strong>s recursos hídricos. O Capítulo 4, referente ao eficiente<br />
uso <strong>do</strong>s recursos hídricos, assinala que a água <strong>do</strong>ce<br />
é um recurso finito e indispensável à sobrevivência das<br />
espécies, incluin<strong>do</strong> Homo sapiens.<br />
Veja-se que, finalmente se está reconhecen<strong>do</strong> tu<strong>do</strong><br />
aquilo que as civilizações antigas (muitas vezes consi<strong>de</strong>radas<br />
menos evoluídas, por não terem conheci<strong>do</strong><br />
vários processos tecnológicos e tampouco atingi<strong>do</strong><br />
a era da informática) já conheciam e praticavam, até<br />
que se chegasse à época cartesiana e reducionista.<br />
Na verda<strong>de</strong>, a partir das Conferências Internacionais<br />
sobre “Desenvolvimento das Águas e <strong>do</strong> Meio Ambiente”<br />
e das Nações Unidas em 1992; “Avaliação e Ge-<br />
17
A R T I G O S<br />
renciamento <strong>de</strong> Recursos Hídricos” e da OEA em 1996;<br />
<strong>de</strong> um aprofunda<strong>do</strong> e pormenoriza<strong>do</strong> Relatório sobre<br />
os Recursos <strong>de</strong> Água Doce <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>, em 1997 e das<br />
ações <strong>do</strong> PNUMA/IETC, 2001, um novo paradigma para<br />
o gerenciamento <strong>do</strong>s recursos hídricos foi apresenta<strong>do</strong>.<br />
Esse mo<strong>de</strong>lo reconhece ser a água essencial à vida,<br />
mas esta constitui um recurso finito e vulnerável que<br />
tem <strong>de</strong> ser protegi<strong>do</strong> e a sua utilização feita com parcimônia.<br />
O gerenciamento exige uma integração sistemática<br />
baseada na percepção da água como parte integral <strong>do</strong><br />
ecossistema, tida como recurso natural, bem social e<br />
econômico sen<strong>do</strong> que a quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> é que<br />
<strong>de</strong>vem <strong>de</strong>terminar a sua disponibilida<strong>de</strong> e utilização.<br />
Indubitavelmente, no uso <strong>do</strong>s recursos hídricos a<br />
priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve relacionar-se não só ao atendimento<br />
das necessida<strong>de</strong>s básicas (abastecimento <strong>de</strong> água potável)<br />
e também à proteção <strong>do</strong>s ecossistemas. Nesse<br />
senti<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ve ser lembra<strong>do</strong> que, em relação às bacias<br />
hidrográficas circundantes da Região Metropolitana <strong>de</strong><br />
São <strong>Paulo</strong>, a história mostra ter aconteci<strong>do</strong> exatamente<br />
ao contrário, trazen<strong>do</strong> como resultante a problemática<br />
conflituosa que até presentemente impera, exigin<strong>do</strong> vultosos<br />
recursos para a reversão <strong>de</strong>sse cenário.<br />
A água evi<strong>de</strong>ntemente tem um papel social e o gerenciamento<br />
<strong>do</strong>s recursos hídricos que <strong>de</strong>ve ser integra<strong>do</strong><br />
(incluin<strong>do</strong> o solo e as águas) abrangen<strong>do</strong> a bacia<br />
hidrográfica, acarreta ações que trazem um ônus econômico.<br />
A cada cidadão <strong>de</strong>ve-se prover uma quantida<strong>de</strong> mínima<br />
<strong>de</strong> água, pois como dito, esta é um bem social e<br />
econômico cujo valor é variável com o tipo <strong>de</strong> uso e qualida<strong>de</strong><br />
propiciada. Portanto, <strong>de</strong>ve haver uma contabilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> valor social, ambiental e econômico. No processo<br />
<strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> valor econômico da água, portanto, além<br />
<strong>do</strong> valor <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s fatores<br />
externos não só associa<strong>do</strong>s à conservação ambiental<br />
e à sustentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s recursos naturais, mas, sobretu<strong>do</strong><br />
às condições sociais <strong>do</strong>s usuários na bacia e subbacia<br />
consi<strong>de</strong>radas. O problema não será resolvi<strong>do</strong> pela<br />
simples construção <strong>de</strong> Estações <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Água<br />
(ETAs), Estações <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Esgotos (ETEs) ou<br />
<strong>de</strong> quilômetros <strong>de</strong> emissários e interceptores.<br />
Não resta dúvida <strong>de</strong> que cabe ao Esta<strong>do</strong> estabelecer<br />
parâmetros quali-quantitativos para as águas, estabelecer<br />
medidas compensatórias e <strong>de</strong> remedição <strong>de</strong><br />
possíveis danos causa<strong>do</strong>s pelos eventuais agentes <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>gradação, poluição e contaminação. Contu<strong>do</strong>, creio<br />
que as <strong>de</strong>cisões não <strong>de</strong>vem ser tomadas ao arrepio da<br />
socieda<strong>de</strong>. Essa prática oriunda <strong>de</strong> perío<strong>do</strong>s ditatoriais<br />
não mais se coaduna com a mo<strong>de</strong>rna socieda<strong>de</strong> brasileira.<br />
O aparente conforto que sentem as autorida<strong>de</strong>s<br />
constituídas e aqueles que, eventualmente, <strong>de</strong>têm o<br />
po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>cisório nos escalões administrativos mais inferiores,<br />
acaba por impor, por vezes, certos ônus aos<br />
cidadãos, que na verda<strong>de</strong> são os que verda<strong>de</strong>iramente<br />
mantêm o sistema e fazem girar a economia <strong>do</strong> país.<br />
Possivelmente, alguns ainda radicais po<strong>de</strong>rão argumentar<br />
que o envolvimento <strong>de</strong> usuários no planejamento<br />
e implementação <strong>do</strong>s projetos sobre a água constitui<br />
entraves à boa resolução <strong>do</strong>s problemas.<br />
Entretanto, ten<strong>do</strong> convivi<strong>do</strong> e participa<strong>do</strong> nos vários<br />
segmentos, como técnico e funcionário <strong>de</strong> uma estatal<br />
<strong>do</strong> setor, atuante na iniciativa privada <strong>de</strong> consultoria,<br />
consultor e assessor <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s internacionais; representante<br />
da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> no Conselho<br />
Estadual <strong>de</strong> Meio Ambiente (CONSEMA), e atualmente<br />
como professor universitário, sinto-me extremamente<br />
confortável em reconhecer que a socieda<strong>de</strong> civil muitas<br />
vezes representada nas Organizações Não Governamentais<br />
(ONGs) está em muito amadurecida para argumentar<br />
e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os seus pontos <strong>de</strong> vista, pois quase<br />
sempre conhece e reconhece as peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seu<br />
mun<strong>do</strong> entorno, bem como tem consciência <strong>de</strong> suas<br />
próprias dificulda<strong>de</strong>s econômicas.<br />
Por <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro, enten<strong>do</strong> que, para haver a satisfatória<br />
ação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> gerenciamento <strong>do</strong> uso<br />
da água, visan<strong>do</strong> precipuamente a manter a qualida<strong>de</strong>,<br />
haveria que se ter uma abordagem participativa envolven<strong>do</strong><br />
usuários, planeja<strong>do</strong>res e políticos em to<strong>do</strong>s os<br />
níveis.<br />
Creio firmemente que só assim estaremos, parafrasean<strong>do</strong><br />
São Francisco <strong>de</strong> Assis, agra<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> ao Cria<strong>do</strong>r:<br />
“Seja louva<strong>do</strong>, ó Deus, pela água, tão necessária,<br />
versátil, preciosa e frágil”.<br />
[*] Aristi<strong>de</strong>s Almeida Rocha é mestre e <strong>do</strong>utor em Ciências, além<br />
<strong>de</strong> biólogo em Saú<strong>de</strong> Pública pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>-USP<br />
e servi<strong>do</strong>r aposenta<strong>do</strong> da CETESB. Atua como consultor e assessor<br />
da Organização Panamericana e Mundial da Saú<strong>de</strong>, bem como<br />
<strong>do</strong> Banco Interamericano <strong>de</strong> Desenvolvimento-BID. Des<strong>de</strong> 1987, é<br />
membro titular da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />
É ex-Membro <strong>do</strong> Conselho Estadual <strong>de</strong> Meio Ambiente (CONSEMA)<br />
e professor aposenta<strong>do</strong> da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, on<strong>de</strong> ministrou<br />
aulas <strong>de</strong> Hidrobiologia Sanitária.<br />
18
A R T I G O S<br />
Thais Horta [*]<br />
AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO<br />
PÚBLICA – A3P<br />
O Programa<br />
A3P na cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>:<br />
O programa é gerencia<strong>do</strong><br />
pela Secretaria<br />
Municipal <strong>do</strong> Ver<strong>de</strong> e<br />
Meio Ambiente, pois enten<strong>de</strong>mos<br />
que, além <strong>de</strong><br />
ser um programa <strong>de</strong> gestão<br />
ambiental, é também<br />
um programa <strong>de</strong> educação<br />
ambiental, porque<br />
investe na mudança <strong>de</strong><br />
hábitos <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r da municipalida<strong>de</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong><br />
local <strong>de</strong> trabalho. É um programa <strong>de</strong> caráter intersecretarial,<br />
perene e adaptável a cada realida<strong>de</strong>.<br />
O Programa A3P está sen<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong> na cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2005, sen<strong>do</strong> que o Termo<br />
<strong>de</strong> A<strong>de</strong>são foi assina<strong>do</strong> pelo prefeito José Serra em<br />
17/08/2005. Para instituir a implantação <strong>do</strong> programa na<br />
cida<strong>de</strong>, foi publica<strong>do</strong> o Decreto nº 45.959 <strong>de</strong> 06/06/2005<br />
e realiza<strong>do</strong> um seminário para apresentação <strong>do</strong> programa<br />
a to<strong>do</strong>s os indica<strong>do</strong>s a coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res, em cada órgão<br />
público.<br />
Para melhor trabalhar a A3P <strong>de</strong>ntro da cida<strong>de</strong>, tivemos<br />
ações que aten<strong>de</strong>m às priorida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s órgãos<br />
públicos paulistanos. As primeiras necessida<strong>de</strong>s trabalhadas<br />
foram: a água, a energia, os resíduos e, principalmente,<br />
a valorização <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r público.<br />
Cada espaço público <strong>de</strong>ve formar uma comissão para<br />
trabalhar o programa, sen<strong>do</strong> os membros: um servi<strong>do</strong>r<br />
<strong>de</strong> compras, que será alguém que cuidará das compras<br />
sustentáveis, priorizan<strong>do</strong> os produtos ecoeficientes; um<br />
<strong>de</strong> manutenção, que <strong>de</strong>verá realizar os reparos necessários<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> espaço público; um <strong>de</strong> comunicação<br />
ou informática, que <strong>de</strong>verá comunicar os servi<strong>do</strong>res das<br />
ações que estão acontecen<strong>do</strong> no espaço público; um <strong>do</strong><br />
RH, que <strong>de</strong>verá mobilizar e sensibilizar os servi<strong>do</strong>res<br />
para trabalhar o programa; um que cuidará <strong>do</strong> assunto<br />
“água”; um que cuidará <strong>do</strong> assunto “energia”; um que<br />
cuidará <strong>do</strong> assunto “resíduos” e um coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r geral<br />
<strong>do</strong> programa <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> espaço público, que terá relação<br />
direta com a coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> programa na PMSP.<br />
Do total <strong>de</strong> 31 subprefeituras espalhadas pelas quatro<br />
macro regiões, Norte, Sul, Leste e Centro Oeste, 25<br />
já tem sua comissão formada e várias ações acontecen<strong>do</strong>.<br />
Entre secretarias, autarquias e empresas, dividimos<br />
em três grupos <strong>de</strong> trabalhos on<strong>de</strong> 24 comissões estão atuantes<br />
e com ações implantadas.<br />
Após a estruturação das comissões, <strong>de</strong>ve-se publicar<br />
uma portaria no Diário Oficial da Cida<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>ve conter<br />
o nome <strong>do</strong>s membros e suplentes das comissões A3P.<br />
Essa portaria legitima os trabalhos que serão realiza<strong>do</strong>s<br />
nos espaços públicos. Na PMSP foram publicadas 27 portarias.<br />
Para trabalhar o programa em todas as pontas, realizamos<br />
reuniões mensais com os coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res em cada<br />
espaço público, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a divisão feita por macro<br />
regiões e grupos <strong>de</strong> trabalho, e cada comissão realiza,<br />
também, a sua reunião interna, mensalmente.<br />
I – Seminário A3P:<br />
Em 01/06/2006 foi realiza<strong>do</strong> o I Seminário A3P, <strong>de</strong>pois<br />
da implantação <strong>do</strong> Programa, com a presença <strong>de</strong> 300<br />
servi<strong>do</strong>res públicos das mais diversas secretarias, subprefeituras,<br />
autarquias, empresas municipais e também<br />
o representante <strong>do</strong> MMA. No seminário, foi apresenta<strong>do</strong><br />
um diagnóstico da PMSP e os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s<br />
no programa em seu primeiro semestre <strong>de</strong> implantação,<br />
contan<strong>do</strong> com a apresentação <strong>de</strong> algumas experiências<br />
<strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res públicos. Nesse seminário, foi distribuída<br />
uma caneca para cada servi<strong>do</strong>r público para que, a partir<br />
daquele momento, os integrantes das comissões A3P não<br />
gerassem mais o resíduo plástico.<br />
Água:<br />
As ações direcionadas para a minimização <strong>do</strong> uso ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> recurso água tiveram várias iniciativas. E o<br />
<strong>de</strong>creto da minimização da utilização <strong>do</strong> recurso água nº<br />
47.279 <strong>de</strong> 17/05/2006 veio ao encontro <strong>do</strong> programa, fortalecen<strong>do</strong><br />
as ações A3P.<br />
- Instalação <strong>de</strong> caixa acoplada <strong>de</strong> 6 litros nas Subprefeituras<br />
<strong>do</strong> Campo Limpo, Itaim Paulista, M’Boi Mirim, Jaçanã/Tremembé,<br />
São Mateus, CMSP, TCM, SEHAB, COHAB<br />
e EMURB.<br />
- Troca das torneiras convencionais para as torneiras<br />
com temporiza<strong>do</strong>r como nas subprefeituras <strong>de</strong> São Mateus,<br />
Freguesia <strong>do</strong> Ó, Santana/Tucuruvi, Perus, Itaim Paulista,<br />
CMSP, TCM, SEMPLA, EMURB.<br />
- Regulagem <strong>do</strong>s registros da água na Secretaria <strong>do</strong><br />
Trabalho, Serviço Funerário, Teatro Municipal, COHAB,<br />
Subprefeitura <strong>de</strong> Freguesia <strong>do</strong> Ó e Jaçanã/Tremembé. A<br />
medida é simples, qualquer um po<strong>de</strong> fazer e é muito eficaz.<br />
- A Subprefeitura <strong>de</strong> Jaçanã/Tremembé utiliza água <strong>de</strong><br />
reuso para obras e lavagem da subprefeitura.<br />
19
A R T I G O S<br />
- Planilha <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> gastos e uso da<br />
água e energia: CET, subprefeituras <strong>de</strong> Perus, Pirituba,<br />
Campo Limpo e Jaçanã/Tremembé, Con<strong>do</strong>mínio Martinelli<br />
(COHAB, SEHAB, EMURB, SEMPLA).<br />
- Em alguns espaços foram instala<strong>do</strong>s redutores <strong>de</strong><br />
vazão <strong>de</strong> água <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pelo coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da A3P<br />
na Subprefeitura <strong>de</strong> Pirituba, em torneiras <strong>do</strong> banheiro,<br />
da pia e em tanques.<br />
- Troca das bacias sanitárias por mictórios na Subprefeitura<br />
<strong>de</strong> Santana/Tucuruvi, visan<strong>do</strong> à diminuição no<br />
consumo <strong>de</strong>snecessário <strong>de</strong> água corrente.<br />
Energia elétrica:<br />
Para reduzir o alto consumo <strong>de</strong> energia elétrica foram<br />
tomadas algumas medidas simples e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>.<br />
E o Decreto da Energia n° 47.684 <strong>de</strong> 15/09/2006<br />
veio ao encontro das ações <strong>do</strong> programa.<br />
- Individualização <strong>do</strong>s interruptores em vários espaços<br />
públicos, como na SVMA, CET, EMURB, Subprefeitura<br />
da Freguesia <strong>do</strong> Ó, Santo Amaro, Vila Mariana,<br />
Perus, Santana/Tucuruvi, Jaçanã/Tremembé, Campo<br />
Limpo e Secretaria <strong>de</strong> Educação.<br />
- Campanha “Apague a luz”, colocação <strong>de</strong> avisos nos<br />
interruptores <strong>do</strong> IPREM, SGM e Subprefeitura <strong>de</strong> Campo<br />
Limpo.<br />
- A instalação <strong>de</strong> sensor presencial <strong>de</strong> luz na Subprefeitura<br />
<strong>de</strong> Perus e a troca da posição das lâmpadas<br />
para maior luminosida<strong>de</strong> e menor consumo <strong>de</strong> energia<br />
no mesmo espaço.<br />
- Na CET foi realiza<strong>do</strong> um levantamento <strong>de</strong> cada ponto<br />
<strong>de</strong> energia elétrica existente, sen<strong>do</strong> tomadas, lâmpadas,<br />
computa<strong>do</strong>res, máquinas <strong>de</strong> café, etc. Após o levantamento,<br />
foram verificadas as condições em que se<br />
encontravam esses pontos. Assim, os pontos críticos,<br />
que serão os primeiros a sofrerem reparos, foram sinaliza<strong>do</strong>s<br />
numa planilha com a cor vermelha. Com a cor<br />
amarela foram sinaliza<strong>do</strong>s os pontos nos quais se <strong>de</strong>ve<br />
manter a atenção, e a cor ver<strong>de</strong> sinaliza os pontos sem<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reparos. Essa planilha é acompanhada<br />
por cada ponto da CET e coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> por uma central.<br />
Resíduos:<br />
- Inicia<strong>do</strong> o trabalho <strong>de</strong> coleta seletiva em diversos órgãos<br />
públicos, Edifício Martinelli, Edifício Oli<strong>do</strong>, Edifício<br />
Matarazzo, Edifício São Joaquim, SVMA, HSPM, Secretaria<br />
Municipal <strong>de</strong> Educação, Teatro Municipal, subprefeituras<br />
<strong>de</strong> Pirituba, Freguesia <strong>do</strong> Ó, Santana/Tucuruvi,<br />
Jaçanã/Tremembé, Campo Limpo, Butantã, Pinheiros,<br />
São Mateus e Sé. O material recolhi<strong>do</strong> é <strong>do</strong>a<strong>do</strong> para<br />
cooperativas que suprem as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> serviço<br />
público.<br />
- Na subprefeitura da Freguesia <strong>do</strong> Ó, assim como<br />
no gabinete <strong>do</strong> prefeito, foi construí<strong>do</strong> um compartimento<br />
para acondicionar o material reciclável recolhi<strong>do</strong> com<br />
<strong>de</strong>stinação à coleta seletiva.<br />
- Doação <strong>do</strong> lixo orgânico <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> municipal, na<br />
região central, para o hospital veterinário e o Parque Ibirapuera,<br />
on<strong>de</strong> animais integrantes da fauna paulistana são<br />
alimenta<strong>do</strong>s e recoloca<strong>do</strong>s em seu habitat natural.<br />
Ata <strong>de</strong> RP 25 <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2006 SGP/papel recicla<strong>do</strong>.<br />
Valorização <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r público municipal e conscientização<br />
ambiental:<br />
- Construção <strong>de</strong> bicicletário na SVMA e Subprefeitura<br />
<strong>do</strong> Campo Limpo.<br />
- Programa <strong>de</strong> ginástica laboral na Subprefeitura <strong>do</strong><br />
Campo Limpo, aulas <strong>de</strong> dança e yoga na subprefeitura <strong>de</strong><br />
Santana/Tucuruvi.<br />
- Criação <strong>de</strong> grêmios, restaurantes, lanchonetes, centros<br />
<strong>de</strong> leitura e hortas nas subprefeituras e secretarias<br />
municipais.<br />
- Palestras, cursos e campanhas <strong>de</strong> conscientização<br />
para os servi<strong>do</strong>res, como, por exemplo, na Subprefeitura<br />
<strong>de</strong> Santo Amaro.<br />
- Filmes instrutivos na praça <strong>de</strong> atendimento na Subprefeitura<br />
<strong>de</strong> Santana/Tucuruvi e na Secretaria <strong>do</strong> Trabalho,<br />
para munícipes e servi<strong>do</strong>res.<br />
- Capacitações realizadas pela coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> Programa<br />
A3P em motivação, para as comissões <strong>de</strong> toda a prefeitura<br />
<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, em novembro e <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006.<br />
2° Fórum Governamental da A3P – Brasília.<br />
Participação da PMSP no 2° Fórum Governamental <strong>de</strong><br />
Gestão Ambiental na Administração Pública que foi realiza<strong>do</strong><br />
no dia 04 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2006 na Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s,<br />
em Brasília. Na ocasião, foram apresentadas as<br />
ações <strong>do</strong> Programa A3P implantadas na Prefeitura <strong>de</strong> São<br />
<strong>Paulo</strong> que foram mo<strong>de</strong>lo e referência nacional.<br />
Metas para 2007:<br />
- Supervisionar as comissões existentes e suas ações.<br />
- Consolidação <strong>do</strong> programa em equipamentos on<strong>de</strong><br />
este ainda não foi implanta<strong>do</strong>.<br />
- II Seminário <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> programa em 06/2007.<br />
- Fortalecimento institucional <strong>do</strong> programa frente aos<br />
governos e órgãos públicos.<br />
- Promover curso para formar gestores ambientais aptos<br />
a estudar ações a serem implantadas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s espaços<br />
públicos.<br />
- Publicar uma revista com as práticas da A3P na<br />
PMSP.<br />
[*] Thais Horta é supervisora <strong>de</strong> Educação Ambiental da Secretaria Municipal<br />
<strong>de</strong> Ver<strong>de</strong> e Meio Ambiente. É pedagoga, especialista em resíduos,<br />
em educação ambiental e coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra municipal <strong>do</strong> Programa<br />
Agenda Ambiental da Administração Pública. É conselheira da Comissão<br />
<strong>de</strong> Meio Ambiente da OAB e da Comissão Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
Trabalha<strong>do</strong>r.<br />
20
COMEMORAÇÃO<br />
DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE:<br />
PLANETA SUSTENTÁVEL, SIM. MAS PARA QUEM?<br />
A Terra não é um armazém<br />
infinito <strong>de</strong> recursos,<br />
tampouco uma gran<strong>de</strong> lixeira<br />
capaz <strong>de</strong> absorver a<br />
imensa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lixo<br />
que o ser humano produz.<br />
O atual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
econômico tem<br />
usa<strong>do</strong> o planeta além <strong>de</strong><br />
sua capacida<strong>de</strong> e, com<br />
isso, vem a conseqüência:<br />
<strong>de</strong> um la<strong>do</strong>, o aquecimento<br />
global, a perda maciça <strong>de</strong><br />
cobertura ver<strong>de</strong> e <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>;<br />
<strong>de</strong> outro, milhões<br />
<strong>de</strong> seres humanos<br />
viven<strong>do</strong> abaixo da linha da pobreza.<br />
Sustentabilida<strong>de</strong> pressupõe viabilida<strong>de</strong> econômica,<br />
mas também justiça social e equilíbrio ambiental. Assim,<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o “<strong>de</strong>senvolvimento sustentável” sem questionar<br />
a quem será benéfico, não é suficiente. É fundamental que<br />
as nações a<strong>do</strong>tem um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> crescimento em<br />
que se contemple a justiça social e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />
O comportamento humano é pauta<strong>do</strong>, via <strong>de</strong> regra, por<br />
valores materialistas e egoístas, levan<strong>do</strong> a uma vida vazia,<br />
para a qual, o que realmente importa é acumular bens materiais<br />
e po<strong>de</strong>r. Além disso, o que é gasto em armamentos<br />
e na manutenção das guerras no mun<strong>do</strong> seria mais <strong>do</strong> que<br />
suficiente para oferecer uma vida mais digna aos que não<br />
têm acesso a condições mínimas para a manutenção da<br />
saú<strong>de</strong> e encontram-se excluí<strong>do</strong>s da socieda<strong>de</strong>.<br />
Assim, embora seja mais cômo<strong>do</strong> creditar aos interesses<br />
econômico e político a responsabilida<strong>de</strong> pela <strong>de</strong>gradação<br />
<strong>do</strong> planeta, são as atitu<strong>de</strong>s individuais <strong>do</strong> homem em<br />
relação à idéia <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>, sucesso e valorização social<br />
no acúmulo <strong>de</strong> bens materiais que reforçam esse mo<strong>de</strong>lo.<br />
Isso significa que <strong>de</strong> nada adianta a comunida<strong>de</strong> científica<br />
apontar os impactos<br />
negativos e as conseqüências<br />
da ação<br />
humana sobre o planeta<br />
se não houver uma<br />
revisão drástica nos<br />
valores pessoais. Exigir<br />
mudanças <strong>de</strong> comportamento<br />
apenas da<br />
parte <strong>de</strong> terceiros não<br />
é suficiente.<br />
É preciso que a<br />
conscientização se inicie<br />
na primeira pessoa.<br />
Isso significa olhar no<br />
espelho, pois não haverá<br />
em to<strong>do</strong> o universo planeta suficientemente capaz <strong>de</strong><br />
suprir as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> quem se consi<strong>de</strong>ra o centro<br />
<strong>de</strong> tu<strong>do</strong>.<br />
Se o objetivo é fazer com que os outros modifiquem<br />
os seus hábitos, em primeiro lugar, é necessário rever<br />
atitu<strong>de</strong>s individuais. A luta contra quem polui e <strong>de</strong>preda<br />
o planeta, ou qualquer forma <strong>de</strong> vida que nele se encontra,<br />
<strong>de</strong>ve ter a mesma intensida<strong>de</strong> da mudança <strong>de</strong> valores<br />
pessoais consumistas, hábitos e comportamentos<br />
predatórios.<br />
<strong>Mai</strong>s <strong>do</strong> que apenas agir corretamente em relação<br />
ao meio ambiente, é fundamental que haja um esforço<br />
no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> fomentar atitu<strong>de</strong>s mais justas, fraternas e<br />
pacíficas com os outros seres humanos, uma vez que<br />
não existe coerência em amar e proteger os animais e<br />
as plantas enquanto se humilha, discrimina ou explora<br />
os próprios semelhantes, como se a espécie humana<br />
não fizesse parte <strong>do</strong> planeta Terra.<br />
Grupo Ambiental <strong>do</strong> TCM (da esq. para a dir.): Lívio Fornazieri, Carlos Alberto Martinelli,<br />
Graciela Tronco, Lectícia Maria Dias e Silva, Lígia Ribeiro Salsa Fonseca, Hércules<br />
Ricar<strong>do</strong> Migliano e Marcos Ta<strong>de</strong>u Barros <strong>de</strong> Oliveira<br />
Texto <strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Grupo Ambiental <strong>do</strong> TCM, cria<strong>do</strong><br />
em 2005.<br />
21
DECISÕES DO TCM<br />
Decisões <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />
2.286ª Sessão Ordinária<br />
23/08/2006<br />
1) TC 2.122.04-47<br />
2) Interessadas: Autarquia Hospitalar Municipal Regional<br />
Norte e Promed Santa Ângela Comércio e Remoções<br />
Ltda. – Contr. 033/2003-AHMRT R$ 465.296,70 – Termo<br />
<strong>de</strong> Retificação <strong>de</strong> 12/08/2005 (para constar que o fundamento<br />
correto da contratação emergencial é o artigo 24,<br />
inciso IV, da Lei Fe<strong>de</strong>ral 8.666/93 e não como constou<br />
<strong>do</strong> preâmbulo <strong>do</strong> instrumento respectivo)<br />
3) Objeto: Serviços <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> pacientes em ambulâncias<br />
para o Hospital Municipal Dr. Alexandre Zaio e<br />
para o Pronto-Socorro Municipal 21 <strong>de</strong> <strong>Jun</strong>ho, unida<strong>de</strong>s<br />
da Autarquia.<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Julga<strong>do</strong> regular o Contrato 033/2003-<br />
AHMRT e conheci<strong>do</strong> o Termo <strong>de</strong> Retificação, <strong>de</strong><br />
12/08/2005, a ele atrela<strong>do</strong>.<br />
Unanimida<strong>de</strong><br />
5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />
2.287ª Sessão Ordinária<br />
30/08/2006<br />
1) TC 2.051.06-62<br />
2) Interessadas: Cooperleste Cooperativa <strong>de</strong> Trabalho<br />
Singular <strong>do</strong>s Coletores <strong>de</strong> Materiais Recicláveis da Zona<br />
Leste – SMG<br />
3) Objeto: Representação contra o edital <strong>de</strong> Pregão<br />
37/2006-DGSS – Prestação <strong>de</strong> serviço especializa<strong>do</strong><br />
com veículo <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> cargas com motorista,<br />
para transporte <strong>de</strong> gêneros alimentícios<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Conhecida a representação em exame,<br />
uma vez que preenchi<strong>do</strong>s os pressupostos <strong>de</strong> admissibilida<strong>de</strong>,<br />
e, quanto ao mérito, julgada prejudicada a<br />
sua apreciação, em face das modificações <strong>do</strong> edital<br />
procedidas pela Administração, em cumprimento ao<br />
quanto <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> por este <strong>Tribunal</strong>. Determina<strong>do</strong>,<br />
também, que, cumpri<strong>do</strong>s os procedimentos previstos no<br />
artigo 58 <strong>do</strong> Regimento Interno <strong>de</strong>sta Corte, sejam os<br />
autos arquiva<strong>do</strong>s.<br />
Unanimida<strong>de</strong><br />
5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />
2.288ª Sessão Ordinária<br />
06/09/2006<br />
1) TC 4.029.03-31<br />
2) Interessada: Associação Central <strong>do</strong>s Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />
Heliópolis<br />
3) Objeto: Recebidas no exercício <strong>de</strong> 2002: Subvenção<br />
R$ 30.000,00, Rentabilida<strong>de</strong> R$ 216,44<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Acolhida a prestação <strong>de</strong> contas e quitada a<br />
entida<strong>de</strong> interessada.<br />
Unanimida<strong>de</strong><br />
5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />
2.289ª Sessão Ordinária – 20/09/2006<br />
1) TC 2.121.04-84<br />
2) Interessadas: Autarquia Hospitalar Municipal Regional<br />
Norte e Capital Ambulâncias Ltda. – Contr. 034/2003-<br />
AHMRT R$ 776.154,48 e Tº <strong>de</strong> Reti-ratificação <strong>de</strong><br />
12/08/2005 (para fazer constar que o correto fundamento<br />
da contratação emergencial é o art. 24, inciso IV, da Lei<br />
Fe<strong>de</strong>ral 8.666/93)<br />
3) Objeto: Serviços <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> pacientes em ambulâncias<br />
para os Hospitais Municipais Dr. Carmino Caricchio,<br />
Dr. Ignácio Proença <strong>de</strong> Gouvêa, Pronto-Socorro Municipal<br />
Lauro Ribas Braga e Pronto-Socorro Municipal Vila Maria<br />
Baixa, unida<strong>de</strong>s integrantes da Autarquia<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Julga<strong>do</strong> regular o Contrato 034/2003-<br />
AHMRT, bem como conheci<strong>do</strong> o termo <strong>de</strong> reti-ratificação<br />
a ele atrela<strong>do</strong>.<br />
Unanimida<strong>de</strong><br />
5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />
1) TC 14.059.98-90<br />
2) Interessadas: SMG e Dáblios Comércio Representação<br />
Importação e Exportação Ltda. – Contr. 211/SEMAB-<br />
CAS/98 R$ 380.194,56<br />
3) Objeto: Aquisição <strong>de</strong> 100.051,20 quilos <strong>de</strong> sardinha em<br />
óleo comestível<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Acolhi<strong>do</strong> o Contrato 211/SEMAB-CAS/98,<br />
sem embargo da <strong>de</strong>terminação feita no âmbito <strong>do</strong> processo<br />
TC 5.785.98-20 Consoante proposta <strong>do</strong> Conselheiro<br />
Edson Simões, foi recomenda<strong>do</strong> à Origem que, <strong>de</strong> futuro,<br />
nos casos análogos ao presente, nos quais houver contratação<br />
<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> superior ao estabeleci<strong>do</strong> em ata <strong>de</strong><br />
registro <strong>de</strong> preços, tenha uma ampla pesquisa <strong>de</strong> preços,<br />
consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> expressamente a quantida<strong>de</strong> necessária,<br />
<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a aferir a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> preço em<br />
relação ao que foi registra<strong>do</strong>.<br />
Unanimida<strong>de</strong><br />
5) Relator: Conselheiro Maurício Faria<br />
2.291ª Sessão Ordinária<br />
27/09/2006<br />
1) TC 2.052.06-25<br />
2) Interessadas: Cooperleste – Cooperativa <strong>de</strong> Trabalho<br />
Singular <strong>do</strong>s Coletores <strong>de</strong> Materiais Recicláveis da Zona<br />
Leste – SMG – Representação contra o Edital <strong>do</strong> Pregão<br />
22
DECISÕES DO TCM<br />
036/2006-DGSS<br />
3) Objeto: Prestação <strong>de</strong> serviço especializa<strong>do</strong> no<br />
transporte com caminhões tipo baú, com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
carga <strong>de</strong> 6 a 8 toneladas, com 1 motorista e 1 ajudante,<br />
por caminhão<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Conhecida a representação, por aten<strong>de</strong>r<br />
aos pressupostos <strong>de</strong> admissibilida<strong>de</strong>, e, no mérito,<br />
julgada prejudicada, pela perda <strong>de</strong> seu objeto, uma vez<br />
que a Administração tomou as providências <strong>de</strong>terminadas<br />
para sanar as falhas editalícias apontadas por este<br />
<strong>Tribunal</strong>. Determina<strong>do</strong> que se proceda às comunicações<br />
previstas no artigo 58 <strong>do</strong> Regimento Interno <strong>de</strong>sta Corte,<br />
com posterior arquivamento <strong>do</strong>s autos.<br />
Unanimida<strong>de</strong><br />
5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />
1) TC 1.972.06-08<br />
2) Interessadas: Prodam e Itautec Philco S.A. – Grupo<br />
Itautec Philco – Pregão 08.001/05 – Ata <strong>de</strong> RP 02.10/05<br />
– Contr. CO-21.12/05 R$ 2.067.945,00 e Tº <strong>de</strong> Retiratificação<br />
CO/TA/RR-16.01/06 (red. <strong>de</strong> R$ 547.800,00<br />
– retificação das cláusulas I e X <strong>do</strong> contrato)<br />
3) Objeto: Fornecimento <strong>de</strong> 755 microcomputa<strong>do</strong>res na<br />
configuração “Desktop Tipo Gráfico”<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Acolhi<strong>do</strong> o Pregão 08.001/05, o Contrato<br />
CO-21.12/05 e o Termo <strong>de</strong> Reti-ratificação CO/TA/RR-<br />
16.01/06 e relevadas as improprieda<strong>de</strong>s apontadas<br />
nos autos, por meramente formais, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> feita,<br />
entretanto, severa <strong>de</strong>terminação à Companhia <strong>de</strong><br />
Processamento <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong><br />
– Prodam, para que observe com máximo rigor todas as<br />
etapas <strong>do</strong> procedimento <strong>de</strong> contratação pública, especialmente<br />
quanto à realização <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>,<br />
tantas quantas se façam necessárias, seja previamente<br />
à abertura <strong>do</strong> certame, seja ao longo <strong>do</strong> processamento<br />
da licitação, sob pena <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> sanção.<br />
Unanimida<strong>de</strong><br />
5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />
1) TC 2.158.02-22<br />
2) Interessadas: SME e Construtora Progredior Ltda.<br />
– NE 60.99.014344.8 R$ 175.671,76<br />
3) Objeto: Fornecimento e instalação <strong>de</strong> 6 módulos préfabrica<strong>do</strong>s<br />
para salas, em chapas <strong>de</strong> aço galvaniza<strong>do</strong><br />
(Acomp. TC 2.434.02-06)<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Julgada irregular a <strong>de</strong>spesa analisada e<br />
<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> à Administração que a<strong>do</strong>te as providências<br />
cabíveis para que o Erário seja ressarci<strong>do</strong>, uma vez<br />
que, em conseqüência da má utilização <strong>de</strong> Atas <strong>de</strong><br />
Registro <strong>de</strong> Preços, houve serviços complementares<br />
medi<strong>do</strong>s a maior, medi<strong>do</strong>s e não justifica<strong>do</strong>s e os que<br />
não aten<strong>de</strong>ram às especificações técnicas. Aplicada<br />
com fundamento nos artigos 52, inciso II, e 53, da Lei<br />
Municipal 9.167/80, combina<strong>do</strong>s com os artigos 86 e<br />
87 <strong>do</strong> Regimento Interno <strong>de</strong>ste <strong>Tribunal</strong>, a multa <strong>de</strong> R$<br />
381,00 (trezentos e oitenta e um reais), individualmente,<br />
ao Senhor Secretário Municipal <strong>de</strong> Educação, à época, e<br />
aos Senhores Jair Militão da Silva, or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da <strong>de</strong>spesa,<br />
e Ubiratan Galvão, responsável pela fiscalização da obra.<br />
Determinada, também, a apuração <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s,<br />
ten<strong>do</strong> em vista a gravida<strong>de</strong> das situações relatadas, bem<br />
como o encaminhamento <strong>de</strong> cópia <strong>do</strong> presente julga<strong>do</strong><br />
ao Ministério Público <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />
Unanimida<strong>de</strong><br />
5) Relator: Conselheiro Maurício Faria<br />
1) TC 4.252.01-80<br />
2) Interessada: CET – Acompanhamento <strong>do</strong> edital <strong>de</strong><br />
licitação, na modalida<strong>de</strong> Concorrência 10/2001<br />
3) Objeto: Serviços <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção, registro e processamento<br />
<strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> infrações <strong>de</strong> trânsito referentes ao <strong>de</strong>srespeito<br />
à velocida<strong>de</strong> regulamentada para o local, através<br />
da utilização <strong>de</strong> equipamentos/sistema fixo <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção<br />
e registro automático <strong>de</strong> imagens e da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> infração,<br />
além <strong>de</strong> outros da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> tráfego <strong>do</strong> local fiscaliza<strong>do</strong><br />
(Acomp. TCs 2.905.02-22, 4.819.01-82 e 4.958.01-89)<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Julgada irregular a Concorrência 10/2001,<br />
eis que eivada <strong>de</strong> vícios insanáveis. Aplicada, com fundamento<br />
no artigo 52, inciso II, da Lei Municipal 9.167/80,<br />
a multa <strong>de</strong> R$ 381,00 (trezentos e oitenta e um reais) ao<br />
or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da <strong>de</strong>spesa, ten<strong>do</strong> em vista as irregularida<strong>de</strong>s<br />
apontadas nos autos.<br />
Unanimida<strong>de</strong><br />
5) Relator: Conselheiro Edson Simões<br />
2.293ª Sessão Ordinária<br />
05/10/2006<br />
1) TC 7.664.04-05<br />
2) Interessada: SFMSP e João Hiroshi Yoshida – Concorrência<br />
15/03 – Ata <strong>de</strong> RP 06/04 – Tº <strong>de</strong> Compromisso <strong>de</strong><br />
Fornecimento 16/2004 e NE 000946/04 R$ 40.000,00<br />
3) Objeto: Aquisição <strong>de</strong> crisântemos<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Julgadas regulares a Concorrência 15/03,<br />
a Ata <strong>de</strong> Registro <strong>de</strong> Preços 06/04, o Termo <strong>de</strong> Compromisso<br />
<strong>de</strong> Fornecimento 16/2004 e o ato <strong>de</strong>terminativo<br />
da <strong>de</strong>spesa representa<strong>do</strong> pela Nota <strong>de</strong> Empenho<br />
000946/04.<br />
Unanimida<strong>de</strong><br />
5) Relator: Conselheiro Edson Simões<br />
1) TC 6.631.04-02<br />
2) Interessadas: SF e Fundação Getúlio Vargas – FGV<br />
– Contr. SF 05/2004 R$ 3.179.450,00<br />
3) Objeto: Serviços técnicos especializa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> consultoria<br />
e assessoria para implantação e consolidação <strong>de</strong><br />
novos processos e mecanismos <strong>de</strong> atendimento direto<br />
23
DECISÕES DO TCM<br />
ao contribuinte<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Aprova<strong>do</strong> o Contrato SF 05/2004. Pelos<br />
votos <strong>do</strong>s Conselheiros Eurípe<strong>de</strong>s Sales – Relator e<br />
Maurício Faria – Revisor, foi relevada a falha relativa à<br />
remessa extemporânea <strong>de</strong> informações a esta Corte,<br />
por seu caráter formal. Venci<strong>do</strong>, neste particular, o<br />
Conselheiro Edson Simões que, nos termos <strong>do</strong> voto<br />
apresenta<strong>do</strong> em separa<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> em vista a irregularida<strong>de</strong><br />
apontada, aplicou a multa <strong>de</strong> R$ 381,00 (trezentos<br />
e oitenta e um reais) ao or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da <strong>de</strong>spesa, com<br />
fundamento no artigo 52, inciso II, da Lei Municipal<br />
9.167/80.<br />
Unanimida<strong>de</strong>/<strong>Mai</strong>oria<br />
5) Relator: Conselheiro Eurípe<strong>de</strong>s Sales<br />
2.294ª Sessão Ordinária<br />
11/10/2006<br />
1) TC 3.450.03-70<br />
2) Interessadas: SMG e Comercial Milano Brasil Ltda.<br />
– Pregão 11/2003 – Contr. 185/SEMAB-DAS/2003 R$<br />
872.500,00<br />
3) Objeto: Aquisição <strong>de</strong> 250.000 quilos <strong>de</strong> frango em<br />
pedaços congela<strong>do</strong>s (coxa e sobrecoxa separa<strong>do</strong>s)<br />
(Acomp. TC 4.003.03-48)<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Conheci<strong>do</strong> o Pregão 11/2003 e julga<strong>do</strong><br />
regular o Contrato 185/SEMAB-DAS/2003. Pelos votos<br />
<strong>do</strong>s Conselheiros Roberto Braguim – Relator, Eurípe<strong>de</strong>s<br />
Sales e Maurício Faria, relevada a infringência <strong>do</strong> artigo<br />
26 da Lei Municipal 13.278/02, qual seja, a publicação<br />
a <strong>de</strong>stempo <strong>do</strong> contrato, uma vez que não há nos autos<br />
indícios <strong>de</strong> <strong>do</strong>lo, má-fé ou prejuízo ao Erário. Venci<strong>do</strong>,<br />
neste particular, o Conselheiro Edson Simões – Revisor<br />
que, consoante voto apresenta<strong>do</strong> em separa<strong>do</strong>, em<br />
razão da extemporaneida<strong>de</strong> apontada, aplicou ao<br />
or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da <strong>de</strong>spesa a multa <strong>de</strong> R$ 381,00 (trezentos<br />
e oitenta e um reais), com fundamento no inciso II <strong>do</strong><br />
artigo 52 da Lei Municipal 9.167/80.<br />
Unanimida<strong>de</strong>/<strong>Mai</strong>oria<br />
5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />
1) TC 4.951.01-30<br />
2) Interessadas: SVMA e Servimarc Construções Ltda.<br />
– TA 001/SMMA/2002 R$ 593.975,54 (prorrogação<br />
<strong>do</strong> prazo contratual), Tº <strong>de</strong> Recebimento Provisório<br />
04/DEPAVE/02 e Tº <strong>de</strong> Recebimento Definitivo 05/<br />
DEPAVE/02<br />
3) Objeto: Serviços <strong>de</strong> limpeza e conservação <strong>do</strong> Parque<br />
Ibirapuera<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Julga<strong>do</strong> regular o Termo Aditivo 01/<br />
SMMA/2002 e conheci<strong>do</strong> os Termos <strong>de</strong> Recebimento<br />
Provisório 04/DEPAVE/02 e Definitivo 05/DEPAVE/02.<br />
Pelos votos <strong>do</strong>s Conselheiros Roberto Braguim – Relator,<br />
Eurípe<strong>de</strong>s Sales e Maurício Faria, foi relevada a lavratura<br />
extemporânea <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s termos <strong>de</strong> recebimento provisório<br />
e <strong>de</strong>finitivo, porquanto ausentes indícios <strong>de</strong> <strong>do</strong>lo,<br />
má-fé ou prejuízo ao Erário, e <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>, entretanto,<br />
à Secretaria Municipal <strong>do</strong> Ver<strong>de</strong> e <strong>do</strong> Meio Ambiente<br />
que cumpra com rigor os prazos que lhe competem, sob<br />
pena <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> sanção. Venci<strong>do</strong>, neste particular, o<br />
Conselheiro Edson Simões – Revisor que aplicou a multa<br />
<strong>de</strong> R$ 381,00 (trezentos e oitenta e um reais), com fundamento<br />
o artigo 52, inciso II, da Lei Municipal 9.167/80,<br />
individualmente, aos responsáveis pela extemporaneida<strong>de</strong><br />
mencionada.<br />
Unanimida<strong>de</strong>/<strong>Mai</strong>oria<br />
5) Relator: Conselheiro Roberto Braguim<br />
2.295ª Sessão Ordinária<br />
25/10/2006<br />
1) TC 863.04-75<br />
2) Interessadas: SMT e CET – Contr. 768/03-SMT R$<br />
1.359.960,18<br />
3) Objeto: Serviços <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong> ambiente viário para<br />
a Implantação <strong>do</strong> Novo Sistema Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> Transporte<br />
Coletivo – Fase II<br />
4) Resulta<strong>do</strong>: Por maioria, pelos votos <strong>do</strong>s Conselheiros<br />
Roberto Braguim – Revisor, consoante <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />
voto apresentada, e Edson Simões, nos termos <strong>do</strong> voto<br />
em separa<strong>do</strong>, não acolhi<strong>do</strong> o Contrato 768/03-SMT, por<br />
violação aos artigos 195, § 3º da Constituição Fe<strong>de</strong>ral,<br />
combina<strong>do</strong> com o artigo 47, inciso I, letra “a”, da Lei<br />
Fe<strong>de</strong>ral 8.212/91, e artigo 2º da Lei Fe<strong>de</strong>ral 9.012/95.<br />
Pelos mesmos votos, foi exarada <strong>de</strong>terminação para que<br />
os futuros contratos sejam elabora<strong>do</strong>s e formaliza<strong>do</strong>s<br />
com o correto e a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> preenchimento <strong>do</strong>s requisitos<br />
estatuí<strong>do</strong>s no artigo 55 da Lei Fe<strong>de</strong>ral 8.666/93. Venci<strong>do</strong><br />
o Conselheiro Maurício Faria – Relator que, consoante<br />
relatório e voto apresenta<strong>do</strong>s, julgou regular o menciona<strong>do</strong><br />
ajuste e relevou as irregularida<strong>de</strong>s apontadas no curso da<br />
instrução processual, diante da excepcionalida<strong>de</strong> com que<br />
se reveste a contratação firmada, visan<strong>do</strong> à continuida<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>s serviços públicos em apreço, presta<strong>do</strong>s com exclusivida<strong>de</strong><br />
pela empresa contratada, por força <strong>de</strong> competência<br />
estabelecida em lei. Pelo voto <strong>do</strong> Conselheiro Roberto<br />
Braguim – Revisor, votan<strong>do</strong> o Conselheiro Presi<strong>de</strong>nte<br />
Antonio Carlos Caruso para efeito <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempate, nos<br />
termos <strong>do</strong> artigo 26, inciso IX, alínea “a”, <strong>do</strong> Regimento<br />
Interno <strong>de</strong>sta Corte, foram aceitos os efeitos financeiros já<br />
produzi<strong>do</strong>s, em obediência ao princípio da estabilização e<br />
consolidação das relações jurídicas consumadas. Venci<strong>do</strong>,<br />
neste particular, o Conselheiro Edson Simões, que não<br />
aceitou os referi<strong>do</strong>s efeitos.<br />
<strong>Mai</strong>oria<br />
5) Relator: Conselheiro Maurício Faria<br />
24
tcmsp - qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />
Ana Cristina Magalhães Andra<strong>de</strong> [*]<br />
ALIMENTOS FUNCIONAIS E O CORAÇÃO<br />
Há algumas semanas,<br />
no refeitório <strong>do</strong><br />
TCM, tivemos uma<br />
experiência bem interessante.<br />
Ao chegarmos<br />
para a refeição,<br />
éramos surpreendi<strong>do</strong>s<br />
com avisos <strong>de</strong> alimentos<br />
funcionais. No<br />
cardápio <strong>do</strong> dia havia<br />
um alimento e, em cada mesa, uma explicação da função<br />
daquele alimento no organismo. <strong>Mai</strong>s uma vez o <strong>Tribunal</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Contas</strong> vem em apoio a seus funcionários a fim <strong>de</strong> fazêlos<br />
refletir e viver melhor, em conjunto com a equipe <strong>do</strong><br />
refeitório.<br />
Você conhece a expressão: “Você é o que come”?<br />
No caso da sua saú<strong>de</strong>, ela não po<strong>de</strong>ria ser mais verda<strong>de</strong>ira.<br />
Uma dieta balanceada não só é eficaz na manutenção<br />
<strong>do</strong> peso como ajuda a prevenir muitas <strong>do</strong>enças e, o que<br />
é melhor, <strong>de</strong> uma maneira saborosa. Afinal, brindar com<br />
uma taça <strong>de</strong> vinho um belo prato <strong>de</strong> peixe com arroz integral<br />
rega<strong>do</strong>s no azeite não soa sacrificante, ou mesmo<br />
brindar a vida acompanhada com castanhas <strong>de</strong> caju como<br />
aperitivo, certo? Alimentos funcionais são <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s como<br />
“produtos alimentícios que trazem benefícios específicos à<br />
saú<strong>de</strong> além <strong>do</strong>s nutrientes tradicionais que estes contêm”<br />
ou “alimentos que contêm níveis significativos <strong>de</strong> componentes<br />
biologicamente ativos que trazem benefícios à saú<strong>de</strong><br />
além da nutrição básica”.<br />
Seja qual for a <strong>de</strong>finição a<strong>do</strong>tada, to<strong>do</strong>s os alimentos<br />
funcionais são vistos como promotores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e po<strong>de</strong>m<br />
estar relaciona<strong>do</strong>s à redução <strong>de</strong> riscos a certas <strong>do</strong>enças.<br />
Entretanto, os cientistas esclarecem que os alimentos<br />
funcionais sozinhos não po<strong>de</strong>m garantir boa saú<strong>de</strong>, eles<br />
po<strong>de</strong>m melhorar a saú<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> parte <strong>de</strong> uma dieta<br />
conten<strong>do</strong> uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentos, incluin<strong>do</strong> frutas,<br />
vegetais, grãos e legumes. Os alimentos funcionais contêm<br />
compostos bioativos, ou seja, os elementos que são<br />
capazes <strong>de</strong> atuar diretamente na prevenção e no tratamento<br />
<strong>de</strong> <strong>do</strong>enças. Em sua gran<strong>de</strong> maioria, os compostos<br />
bioativos estão distribuí<strong>do</strong>s entre as frutas, legumes,<br />
verduras, cereais, peixes e leite fermenta<strong>do</strong>. Eles<br />
são aproveita<strong>do</strong>s no próprio consumo <strong>do</strong>s alimentos in<br />
natura ou então isola<strong>do</strong>s e inseri<strong>do</strong>s em outros produtos<br />
passan<strong>do</strong> então a ser enriqueci<strong>do</strong>s com nutrientes.<br />
Base da alimentação <strong>do</strong> futuro, o que torna funcional<br />
um alimento é a presença ou não <strong>de</strong> um novo grupo <strong>de</strong><br />
compostos i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s nas frutas e nos vegetais: os<br />
fitoquímicos (fito é um prefixo grego que significa planta).<br />
Eles não são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s nutrientes já que nossas<br />
vidas não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>les da mesma forma que das<br />
vitaminas. Ainda não se sabe a maneira exata como os<br />
compostos <strong>de</strong> plantas agem em nosso corpo, pois os<br />
mecanismos <strong>de</strong> ação são tão diversos quanto os compostos:<br />
alguns atuam como antioxidantes, outros como<br />
inibi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> enzimas. Existem várias ações terapêuticas<br />
específicas <strong>do</strong>s alimentos funcionais, mas falaremos<br />
exclusivamente <strong>do</strong>s benefícios para o coração, ou<br />
seja, na prevenção e até mesmo parte <strong>do</strong> tratamento<br />
nas <strong>do</strong>enças cardiovasculares. Assim, os alimentos funcionais<br />
mais estuda<strong>do</strong>s para esta finalida<strong>de</strong> são: a soja,<br />
a aveia, os fitoesteróis, os flavonói<strong>de</strong>s, os antioxidantes<br />
e o ômega 3.<br />
SOJA – produtos à base <strong>de</strong> soja se relacionam<br />
com a prevenção <strong>de</strong> aterosclerose pela ação antioxidante<br />
das isoflavonas sobre as gorduras circulantes no sangue<br />
e ainda pela presença <strong>de</strong> fibras solúveis na sua estrutura.<br />
25
tcmsp - qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />
A proteína <strong>de</strong> soja po<strong>de</strong> reduzir os níveis <strong>de</strong> colesterol total<br />
e LDL-colesterol (“o colesterol ruim”). Alimentos à base <strong>de</strong><br />
soja são encontra<strong>do</strong>s em grãos <strong>de</strong> soja, queijos (“tofu”), molhos<br />
(“shoyo”, em menor quantida<strong>de</strong>), farinhas, leites <strong>de</strong> soja<br />
(extrato) e sucos, to<strong>do</strong>s bem-vin<strong>do</strong>s na sua alimentação.<br />
AVEIA – é um cereal <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> nutricional,<br />
rica em proteínas e seu alto teor <strong>de</strong> vitaminas também lhe<br />
confere proprieda<strong>de</strong> antioxidante. Possui parte <strong>de</strong> carboidratos<br />
<strong>do</strong> tipo solúvel em gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>, o que é muito<br />
importante. Dietas rico em aveia ou farelo <strong>de</strong> aveia e<br />
pobres em gordura saturada e colesterol po<strong>de</strong>m reduzir o<br />
risco <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças coronarianas.<br />
FITOESTERÓIS – são esteróis vegetais, naturais<br />
<strong>de</strong> sementes <strong>de</strong> girassol e grão <strong>de</strong> soja que interferem<br />
na absorção <strong>do</strong> colesterol a partir <strong>do</strong> intestino e reduzem<br />
os valores <strong>de</strong> colesterol total e LDL. As principais fontes<br />
são: margarinas especiais enriquecidas com fitoesteróis e<br />
óleos vegetais. Pesquisas <strong>de</strong>monstram que o consumo <strong>de</strong><br />
20 gramas <strong>de</strong> margarina enriquecida com fitoesterol diminui<br />
o LDL em 10 a 15% em 3 semanas.<br />
Consumi<strong>do</strong>s regularmente, reduzem mo<strong>de</strong>radamente<br />
os níveis <strong>de</strong> triglicéri<strong>de</strong>s, diminuem a agregação das<br />
plaquetas e reduzem a pressão arterial. É preferível não<br />
fritar.<br />
Não há dúvidas <strong>de</strong> que a alimentação exerce<br />
papel fundamental no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong><br />
placas <strong>de</strong> gordura, ou seja, aterosclerose das coronárias<br />
e que uma dieta balanceada po<strong>de</strong> atenuar seu aparecimento,<br />
<strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser introduzida precocemente nos<br />
hábitos <strong>de</strong> nossas vidas. Estas mudanças não incluem<br />
somente alterações na alimentação; mas uma mudança<br />
no estilo <strong>de</strong> vida, como aliviar o estresse com <strong>de</strong>scanso,<br />
lazer e praticar ativida<strong>de</strong> física. E o mais importante: viver<br />
intensamente cada momento com alegria.<br />
FLAVONÓIDES ANTIOXIDANTES – são encontra<strong>do</strong>s<br />
em: verduras, frutas, grãos, sementes, castanhas,<br />
condimentos, bebidas como o vinho tinto, sucos <strong>de</strong> uva e<br />
chás (preto e ver<strong>de</strong>). Estas substâncias dificultam a ligação<br />
das placas <strong>de</strong> gordura nas membranas <strong>do</strong>s vasos sanguíneos<br />
e também possuem ação anticoagulante. Alguns<br />
estu<strong>do</strong>s comprovam que os efeitos <strong>de</strong>stes flavonói<strong>de</strong>s<br />
ocorrem no consumo <strong>de</strong> vinho tinto e <strong>de</strong> suco <strong>de</strong> uva, pela<br />
diminuição <strong>do</strong> LDL no sangue, com melhora <strong>do</strong> en<strong>do</strong>télio<br />
em indivíduos que apresentam colesterol eleva<strong>do</strong>.<br />
ÔMEGA 3 – São áci<strong>do</strong>s graxos (tipo <strong>de</strong> gordura)<br />
encontra<strong>do</strong>s em alguns peixes gordurosos que vivem em<br />
águas profundas. São ricos em áci<strong>do</strong>s graxos ômega-3,<br />
peixes como salmão, atum, arenque, cavala e a nossa popular<br />
sardinha que, aliás, possui um <strong>do</strong>s mais altos teores.<br />
(Fonte: Folha <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>)<br />
[*] Ana Cristina Magalhães Andra<strong>de</strong> é <strong>do</strong>utora em Cardiologia Clínica<br />
pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> – USP e Assessora Médica <strong>do</strong><br />
TCMSP.<br />
26
Conselheiro Gimenez (1° plano à dir.) sen<strong>do</strong> aplaudi<strong>do</strong> após<br />
ser anunciada a sua presença no lançamento <strong>do</strong> Curso<br />
<strong>de</strong> Gestão Contratual<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> em 1987,<br />
1991 e 1995, o conselheiro aposenta<strong>do</strong> Francisco<br />
Martin Gimenez, faleci<strong>do</strong> no dia 15 <strong>de</strong> junho, <strong>de</strong>dicou<br />
12 anos da sua carreira a esta Instituição, entre<br />
as inúmeras e expressivas participações que teve na<br />
área jurídica e na política paulistana.<br />
Francisco Gimenez foi Conta<strong>do</strong>r, Advoga<strong>do</strong> e um <strong>do</strong>s<br />
responsáveis pela fundação e consolidação <strong>do</strong> MDB,<br />
embrião <strong>do</strong> PMDB. Em 1979, ingressou na Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> e foi imediatamente <strong>de</strong>signa<strong>do</strong><br />
como lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> parti<strong>do</strong> no legislativo municipal.<br />
Em novembro <strong>de</strong> 1984, na condição <strong>de</strong> verea<strong>do</strong>r<br />
e vice-lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> governo na Câmara Municipal, foi<br />
nomea<strong>do</strong> para o cargo <strong>de</strong> conselheiro <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Contas</strong> pelo então prefeito Mário Covas. Sobre a sua<br />
posse, disse o então conselheiro presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> TCM,<br />
José Altino Macha<strong>do</strong>: “Mo<strong>de</strong>sto, o verea<strong>do</strong>r Francisco<br />
Gimenez pediu que a cerimônia fosse informal e se<br />
realizasse no meu gabinete. Concor<strong>de</strong>i com o pedi<strong>do</strong><br />
porque não o sabia tão queri<strong>do</strong>. Nós não coubemos<br />
no gabinete, sen<strong>do</strong> necessário o plenário para acolher<br />
os amigos que vieram cumprimentar o novo conselheiro.”<br />
Durante os anos em que ocupou a presidência<br />
<strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong>, a Instituição <strong>de</strong>u importantes passos na<br />
informatização <strong>do</strong>s serviços, das rotinas e <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s.<br />
Com sua aposenta<strong>do</strong>ria compulsória, em junho<br />
<strong>de</strong> 1997, o conselheiro Gimenez <strong>de</strong>ixou o TCM. Por<br />
ocasião da comemoração <strong>do</strong>s 30 anos <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong>,<br />
Francisco Gimenez relembrou sua passagem pela<br />
instituição, em texto publica<strong>do</strong> na edição <strong>de</strong> novembro<br />
<strong>de</strong> 1998 da “Revista <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>”. Nele,<br />
<strong>de</strong>stacou o “trabalho diário e fecun<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong>, contribuin<strong>do</strong><br />
para a construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> mais<br />
justa”. Pergunta<strong>do</strong> sobre o que representaram os 12<br />
anos <strong>de</strong> vida no <strong>Tribunal</strong>, Gimenez foi enfático: “Esse<br />
H O M E N A G E M<br />
HOMENAGEM DO TCMSP<br />
AO CONSELHEIRO<br />
FRANCISCO MARTIN<br />
GIMENEZ<br />
perío<strong>do</strong> significou uma reviravolta na forma <strong>de</strong> encarar<br />
o tempo e uma experiência para refletir sobre as coisas<br />
que po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser corrigidas.”<br />
Francisco Martin Gimenez nasceu em Lins, interior<br />
<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, no dia 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1927. Formou-se<br />
Técnico em Contabilida<strong>de</strong> pela Escola <strong>de</strong> Comércio Olavo<br />
Bilac, na Lapa, em 1970, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma infância e<br />
juventu<strong>de</strong> humil<strong>de</strong>s. Com o diploma, pô<strong>de</strong> cursar Direito<br />
em Uberaba, Minas Gerais. Forma<strong>do</strong>, passou a advogar<br />
na Justiça <strong>do</strong> Trabalho. Em entrevista para o <strong>do</strong>cumentário<br />
institucional “Memórias <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong><br />
Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>”, Gimenez lembrou: “Não me<br />
recor<strong>do</strong> <strong>de</strong> ter, entre mais <strong>de</strong> mil clientes, <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> o<br />
emprega<strong>do</strong>r. Eu era advoga<strong>do</strong> <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>, <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r.”<br />
Após a sua aposenta<strong>do</strong>ria, o conselheiro esteve<br />
no TCM em várias oportunida<strong>de</strong>s. <strong>Mai</strong>s recentemente,<br />
participou <strong>do</strong> lançamento <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Gestão Contratual<br />
da Escola <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>, em 2004, e da Missa <strong>de</strong> Ação <strong>de</strong><br />
Graças, em 2005.<br />
Com pesar, o presi<strong>de</strong>nte Antonio Carlos Caruso<br />
comunicou, na sessão plenária <strong>do</strong> dia 20 <strong>de</strong> junho, o<br />
falecimento <strong>do</strong> conselheiro Francisco Martin Gimenez,<br />
ressaltan<strong>do</strong> o caráter, a retidão, a competência jurídica,<br />
o senti<strong>do</strong> profundamente humanista nas suas atitu<strong>de</strong>s e<br />
a sua passagem iluminada por esta Corte <strong>de</strong> <strong>Contas</strong>.<br />
Conselheiro Gimenez (à dir.) ainda em exercício<br />
no <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong><br />
27
SECRETÁRIO MUNICIPAL PARA<br />
PARTICIPAÇÃO E PARCERIA<br />
VISITOU O TRIBUNAL DE CONTAS<br />
secretário municipal para Participação e Parceria,<br />
O José Ricar<strong>do</strong> Franco Montoro, acompanha<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
secretário adjunto, <strong>Paulo</strong> Sérgio Costa, visitou o <strong>Tribunal</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Contas</strong> no dia 25 <strong>de</strong> junho. Na ocasião, foi recebi<strong>do</strong><br />
pelo presi<strong>de</strong>nte Antonio Carlos Caruso, pelo vicepresi<strong>de</strong>nte<br />
Edson Simões, pelo conselheiro Maurício<br />
Faria e pelo secretário geral da Instituição, João Alberto<br />
Gue<strong>de</strong>s. Também estiveram presentes, o subsecretário<br />
<strong>de</strong> Fiscalização e Controle, Lívio Fornazieri, o<br />
subsecretário Administrativo, Noé D´Agostini Neto e o<br />
chefe <strong>do</strong> Núcleo <strong>de</strong> Tecnologia da Informação, Mário<br />
Augusto <strong>de</strong> Tole<strong>do</strong> Reis.<br />
Na foto (da dir. para a esq.), o subsecretário<br />
Administrativo, Noé D´Agostini Neto, o presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong><br />
TCM, Antonio Carlos Caruso, o conselheiro Maurício<br />
Faria, o secretário para Participação e Parceria, José<br />
Ricar<strong>do</strong> Franco Montoro, o conselheiro vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
secretário geral <strong>do</strong> TCM, João Alberto Gue<strong>de</strong>s,<br />
O completou, no dia 24 <strong>de</strong> junho, oitenta anos, meta<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>s quais <strong>de</strong>dicou<br />
ao trabalho na Instituição.<br />
O colegia<strong>do</strong> e<br />
funcionários <strong>de</strong> diversas<br />
áreas <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong><br />
prestaram uma homenagem<br />
ao secretário,<br />
em uma <strong>de</strong>monstração<br />
<strong>de</strong> carinho<br />
à pessoa e respeito<br />
ao profissional.<br />
O presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong>,<br />
Antonio Carlos<br />
Caruso, <strong>de</strong>stacou a<br />
experiência e o conhecimento<br />
<strong>de</strong> cunho<br />
administrativo e jurídico<br />
<strong>do</strong> secretário geral.<br />
“Ele é a coluna mestra <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> e um exemplo <strong>de</strong><br />
homem público. É com imensa satisfação que compartilhamos<br />
a comemoração <strong>do</strong> seu octogésimo aniversário”,<br />
disse o presi<strong>de</strong>nte.<br />
<strong>do</strong> TCM, Edson Simões, o secretário adjunto da Secretaria<br />
Municipal para Participação e Parceria, <strong>Paulo</strong> Sérgio Costa,<br />
o subsecretário <strong>de</strong> Fiscalização e Controle, Lívio Fornazieri<br />
e o chefe <strong>do</strong> Núcleo <strong>de</strong> Tecnologia da Informação, Mário<br />
Augusto <strong>de</strong> Tole<strong>do</strong> Reis.<br />
METADE DA VIDA DEDICADA AO TRIBUNAL DE CONTAS<br />
O secretário geral João Alberto Gue<strong>de</strong>s foi o primeiro<br />
funcionário <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São<br />
<strong>Paulo</strong>. Sua nomeação<br />
para prestar serviço<br />
junto ao órgão foi<br />
publicada em 19 <strong>de</strong><br />
março <strong>de</strong> 1969, <strong>do</strong>is<br />
meses após a sessão<br />
plenária inaugural <strong>do</strong><br />
TCM. Assumiu, em<br />
1975, o cargo <strong>de</strong> secretário<br />
geral, no qual<br />
permanece há três<br />
décadas.<br />
Durante a comemoração,<br />
o secretário geral<br />
manifestou o orgulho<br />
<strong>de</strong> ter <strong>de</strong>dica<strong>do</strong><br />
gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> sua<br />
vida ao serviço público<br />
e ao município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. “Também tenho honra <strong>de</strong> ter<br />
começa<strong>do</strong> junto com esta Casa e <strong>de</strong> nela permanecer até<br />
hoje. Sou muito feliz por ter o reconhecimento, a amiza<strong>de</strong><br />
e o carinho <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os funcionários”, concluiu.<br />
Servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> TCM e o secretário geral João Alberto Gue<strong>de</strong>s ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> presi<strong>de</strong>nte Antonio<br />
Carlos Caruso e da subsecretária geral Vanda Pasqualin<br />
É uma publicação <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Contas</strong> <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.<br />
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Site: www.tcm.sp.gov.br • E-mail: imprensa@tcm.sp.gov.br<br />
• Presi<strong>de</strong>nte: Cons. Antonio Carlos Caruso<br />
• Vice-presi<strong>de</strong>nte: Cons. Edson Simões • Conselheiro-Correge<strong>do</strong>r: Roberto Braguim<br />
• Conselheiros: Eurípe<strong>de</strong>s Sales e Maurício Faria<br />
• Reportagem, fotos e revisão: Viviane Batista e Cristiano Manchini<br />
• Edição: Assessoria <strong>de</strong> Imprensa <strong>do</strong> TCMSP - Jornalista Responsável: Nadia Carlin - Mtb 35.295<br />
• Impressão: CompanyGraf e Gráfica <strong>do</strong> TCMSP