Iana Sudo MEDICALIZAÃÃO DAS MULHERES - Instituto de ...
Iana Sudo MEDICALIZAÃÃO DAS MULHERES - Instituto de ... Iana Sudo MEDICALIZAÃÃO DAS MULHERES - Instituto de ...
SEGUNDA E TERCEIRA ENTREVISTAS Ficha de identificação • Entrevistada: Marina • Entrevistadora: Iana Sudo • Data: 29 set. de 2002 • Início: 15h • Local: Sede da ONG no Catete/RJ • Término: 16h30min • Mãe: Sim, um filho de 19 anos • Idade: 41 anos • Casada: Não. • Profissão: Psicóloga, aposentada. • Amamentou: Sim. Exclusivamente até o 6º mês, depois até os 1 ano e 15 dias. • Presentes no local: Isabela (secretária) e Beatriz (coordenadora). • Entrevistada: Beatriz (Bia) • Entrevistadora: Iana Sudo • Data: 29 set. de 2002 • Início: 15h • Local: Sede da ONG no Catete/RJ • Término: 16h30min • Mãe: Sim, duas filhas: uma de 22 anos e outra de 19 anos • Idade: 49 anos • Casada: Sim. • Profissão: Formada em Letras. • Amamentou: Sim. • Presentes no local: Isabela (secretária). Beatriz é uma das coordenadoras da ONG Amigas do Peito, e Marina é uma recente voluntária das Amigas do Peito. Já as conhecia, devido ao meu trabalho de campo. Na verdade, eu havia marcado a entrevista apenas com a Bia, para saber, além de outras coisas, sobre a história da ONG. Enquanto aguardava para entrevistar a coordenadora, aproveitei que Marina também se encontrava na sede das Amigas, e, enquanto inicio uma conversa informal com Marina, que, quando ela começa a falar sobre o porquê de alguns bebês não pegarem o peito da mãe, eu peço para gravar o nosso bate-papo, transformando-se, então, na minha segunda entrevista. Apenas quando Bia terminou seus compromissos, é que ela pode se juntar conosco e me concedeu, também, seu relato. As duas entrevistas encontram-
se juntas. Aqui, o anonimato das duas entrevistadas, dos respectivos filhos, do marido de Bia, da secretária e da pediatra foram garantidos, alterando-se os nomes. I: Iana (entrevistadora) M: Marina B: Beatriz (Bia) I: 20 de setembro de 2002. eu estou aqui, na sede das Amigas do Peito, fazendo a entrevista com a Marina e com a Bia. Mas aí, você (Marina) tava falando disso (de o bebê não conseguir mamar)? M: Então, muitas mães que dizem que o filho não quer mamar no peito, ta rejeitando, o Dias Rego (pediatra especializado em amamentação) descobriu, identificou uma das causas que é por exemplo: na hora de dar, de colocar o bebê no peito, ela faz pressão na cabeça dele, pra ele abocanhar, fazer a pega, entendeu. E o bebê quando nasce, ele ta muito sensível, então ele sente. I: Mas ele fez pesquisa? M: Fez. I: Porque teve uma moça (no grupo da Tijuca), eu nunca tinha visto (o filho não quis abocanhar o peito)... M: Ele sente aflição na cabeça, dor mesmo, porque a cabeça tá muito sensível. Então, só o fato de ela pegar ele pela cabeça, fazer uma pressão, faz com que o bebê, no reflexo pra evitar a dor, ele põe a cabeça pra trás, e a mãe que também ta sensível e confusa, ela diz que o bebê não quer mamar no peito dela. I: É, porque eu nunca tinha visto isso. Nessa reunião, foi uma moça, você não tava, ela falou que o problema dela é que o filho tava rejeitando o peito e ela foi até com a mãe dela também. M: É, eu não fui. I: Aí a Bia falou: ‘ah, vamos ver’. Aí ela foi pegando o neném e ele realmente não queria mamar, entendeu. Eu nunca tinha visto, não quis mamar. Mas eu não reparei essa coisa da cabeça. M: Pois é, mas aí tem que ver nos primeiros dias, entendeu, logo. I: É, aí a Bia e perguntou: ‘mas o que que deram?’ ela acha que deram glicose, NAN (na maternidade). M: alguma coisa, porque olha: cada caso é um caso, então, tem que pesquisar, tudo direitinho. I: É, porque eu tava te falando, aí... M: Aí, a mãe que diz que o bebê não quer, não quer mamar no peito dela, tem que ver a maneira como ela ta dando o peito, como é que esse bebê ta se sentindo, que associação ele tá fazendo, né, dessa situação ali com uma dor, porque a tendência do ser humano é evitar a dor. É evitar a dor e o desconforto. I: Aí, eu acho tão complexo e complicado a mãe já ta numa situação frágia, né, de pósparto. M: Exatamente.
- Page 61 and 62: procuram as Amigas porque têm o de
- Page 63 and 64: 4.1.1 Amigas do Peito - breve hist
- Page 65 and 66: 4.1.1.1 O grupo de mães da Tijuca
- Page 67 and 68: enquanto aguardava Beatriz. Convers
- Page 69 and 70: Na verdade, eu não posso nem dizer
- Page 71 and 72: etc. Um exemplo interessante é o m
- Page 73 and 74: Isto se enquadra na análise realiz
- Page 75 and 76: Contudo, se alguns médicos são cr
- Page 77 and 78: assim uma vida paralela, entendeu.
- Page 79 and 80: Todo dia eu falava que ia dar aquel
- Page 81 and 82: CONSIDERAÇÕES FINAIS Em 1995, dur
- Page 83 and 84: nossos dias, observam-se hábitos m
- Page 85 and 86: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALENCA
- Page 87 and 88: CAMARGO JR., K. R. de. Representaç
- Page 89 and 90: ________. Microfísica do poder. 18
- Page 91 and 92: LIMA, L. L. da G.; VENÂNCIO, R. P.
- Page 93 and 94: SANCHEZ, M. T. C. Amamentação - e
- Page 95 and 96: ANEXO A - ROTEIRO DAS ENTREVISTAS 1
- Page 97 and 98: L: Ah, tá, não. I: A sua idade, p
- Page 99 and 100: pra mim: “- Luiza, será que vale
- Page 101 and 102: L: É, não sei, sabe, aí...eu sei
- Page 103 and 104: hora comprei um abajur e daí fique
- Page 105 and 106: L: É, não, e foi engraçadíssimo
- Page 107 and 108: exemplo, eu não queria dar o NAN,
- Page 109 and 110: I: E o seu marido, quando você tav
- Page 111: uim. Talvez tenha sido o que eu mai
- Page 115 and 116: I: Ela já conhecia? M: Já, já. A
- Page 117 and 118: amamentar, ao contrário, era um ne
- Page 119 and 120: até os seis meses sem leite, sem o
- Page 121 and 122: de jornais das Amigas do Peito). Eu
- Page 123 and 124: B: É. Maravilhosa. Conhece ela? M:
- Page 125 and 126: que é o AMAMENTARTE, é uma grande
- Page 127 and 128: Peito, eu acho que nós somos umas
- Page 129 and 130: B: Claro. M: Será que seria possí
- Page 131 and 132: B: Ah, vão. De querer todas as res
- Page 133 and 134: Marica Lúcia, porque eu fiquei com
- Page 135 and 136: que toquem no meu peito”. Então,
- Page 137 and 138: que vai ter esse saco, ali, dentro
- Page 139 and 140: orelha, todo mundo, sabe: “ah”.
- Page 141 and 142: passou. Queria amamentar por achar
- Page 143 and 144: isso na cabeça de que eu tinha que
- Page 145 and 146: I: Mas você sabia dessas coisas? N
- Page 147 and 148: ninguém sabe muito bem, não há u
- Page 149 and 150: acredito nisso, senão eu não teri
- Page 151 and 152: chamou atenção “claro!”, ente
- Page 153 and 154: falavam assim: “- não, minha fil
- Page 155 and 156: Mas, hoje, se eu encontrasse algué
- Page 157 and 158: não vou mentir, não. Naquela prim
- Page 159 and 160: um processo também. Eu acho que es
- Page 161 and 162: assim, eu não tinha muita coragem,
SEGUNDA E TERCEIRA ENTREVISTAS<br />
Ficha <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação<br />
• Entrevistada: Marina<br />
• Entrevistadora: <strong>Iana</strong> <strong>Sudo</strong><br />
• Data: 29 set. <strong>de</strong> 2002<br />
• Início: 15h<br />
• Local: Se<strong>de</strong> da ONG no Catete/RJ<br />
• Término: 16h30min<br />
• Mãe: Sim, um filho <strong>de</strong> 19 anos<br />
• Ida<strong>de</strong>: 41 anos<br />
• Casada: Não.<br />
• Profissão: Psicóloga, aposentada.<br />
• Amamentou: Sim. Exclusivamente até o 6º mês, <strong>de</strong>pois até os 1 ano e 15 dias.<br />
• Presentes no local: Isabela (secretária) e Beatriz (coor<strong>de</strong>nadora).<br />
• Entrevistada: Beatriz (Bia)<br />
• Entrevistadora: <strong>Iana</strong> <strong>Sudo</strong><br />
• Data: 29 set. <strong>de</strong> 2002<br />
• Início: 15h<br />
• Local: Se<strong>de</strong> da ONG no Catete/RJ<br />
• Término: 16h30min<br />
• Mãe: Sim, duas filhas: uma <strong>de</strong> 22 anos e outra <strong>de</strong> 19 anos<br />
• Ida<strong>de</strong>: 49 anos<br />
• Casada: Sim.<br />
• Profissão: Formada em Letras.<br />
• Amamentou: Sim.<br />
• Presentes no local: Isabela (secretária).<br />
Beatriz é uma das coor<strong>de</strong>nadoras da ONG Amigas do Peito, e Marina é uma recente<br />
voluntária das Amigas do Peito. Já as conhecia, <strong>de</strong>vido ao meu trabalho <strong>de</strong> campo. Na<br />
verda<strong>de</strong>, eu havia marcado a entrevista apenas com a Bia, para saber, além <strong>de</strong> outras coisas,<br />
sobre a história da ONG. Enquanto aguardava para entrevistar a coor<strong>de</strong>nadora, aproveitei<br />
que Marina também se encontrava na se<strong>de</strong> das Amigas, e, enquanto inicio uma conversa<br />
informal com Marina, que, quando ela começa a falar sobre o porquê <strong>de</strong> alguns bebês não<br />
pegarem o peito da mãe, eu peço para gravar o nosso bate-papo, transformando-se, então,<br />
na minha segunda entrevista. Apenas quando Bia terminou seus compromissos, é que ela<br />
po<strong>de</strong> se juntar conosco e me conce<strong>de</strong>u, também, seu relato. As duas entrevistas encontram-