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Após a triagem, foi divulgada a data para o início dos atendimentos, sendo
informado o endereço do local de realização dos mesmos - Laboratório de Musicoterapia da
Escola de Música da Universidade Federal de Goiás.
O primeiro atendimento destinou-se aos esclarecimentos dos procedimentos
metodológicos da pesquisa, à assinatura do TCLE (Anexo II) e à realização das entrevistas
semiestruturadas, de forma individualizada com todos os participantes da pesquisa.
A entrevista semiestruturada é um instrumento de coleta de dados em que há uma
combinação de perguntas fechadas e abertas, pautando-se em roteiro com perguntas principais
elaboradas previamente pelo pesquisador, e complementada por outras questões inerentes às
circunstâncias no momento da entrevista. Esse roteiro assegura que as hipóteses e
pressupostos serão tratados na conversa, permitindo ainda que o entrevistado discorra sobre o
que lhe for perguntado com liberdade (MINAYO, 2006).
Essas perguntas fundamentais, que constituem a entrevista semiestruturada no
enfoque qualitativo, “são resultados não só da teoria que alimenta a ação do investigador, mas
também de toda a informação que ele já recolheu sobre o fenômeno social que interessa”
(TRIVIÑOS, 2007, p.146).
Gaskell (2002) afirma que a “entrevista qualitativa fornece os dados básicos para
o desenvolvimento e a compreensão das relações entre os atores sociais e sua situação” (p.64).
Desse modo, a escolha por tal procedimento teve como objetivo identificar como o educador
social se sente ao desempenhar sua função, averiguando qualitativamente os elementos
dificultadores naquele contexto de trabalho e, ainda, as diversas experiências significativas
com a música no decorrer de sua vida. Supõe-se que, através dessa modalidade de entrevista,
o educador tenha condições para desvelar o que o incomoda e o que lhe causa insatisfações.
Os materiais utilizados na entrevista foram: o roteiro para entrevista
semiestruturada, caneta e papel para anotações. As gravações das entrevistas poderiam
mensurar as perdas de conteúdos, mas apesar disso optou-se por não fazer uso de um gravador
de voz por considerar que o contexto dos entrevistados é permeado por situações de
insegurança, medos e incertezas, o que poderia fazer com que eles não falassem naturalmente
sobre os assuntos abordados. Assim, procurou-se ser fiel às respostas dos entrevistados, e
buscou-se transcrever todas as falas de forma literal.
O roteiro da entrevista semiestruturada seguiu o seguinte modelo:
1. trajetória de vida e trabalho;