EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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78 Sabe-se, no entanto, que em outros países onde a Educação Social é amplamente reconhecida como ciência, campo de pesquisa e trabalho, este termo é empregado apenas para designar profissionais formados em nível superior. No Brasil começam a existir movimentos nessa direção. Para a inclusão dos sujeitos desta pesquisa, foram adotados os seguintes critérios: educadores sociais, monitores e técnicos, vinculados às UNI A, UNI B e UNI C, podendo ser de ambos os sexos; educadores sociais que apresentavam, à época, compatibilidade do horário de trabalho com os horários de atendimentos musicoterapêuticos; educadores sociais que demonstraram interesse e expressaram aceitação em participar da pesquisa através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (Anexo II), em atendimento à Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde; e educadores sociais que, preferencialmente, residissem em local próximo ao Laboratório de Musicoterapia (Setor Universitário), onde seriam realizados os encontros musicoterapêuticos. Já os critérios de exclusão foram: educadores sociais (monitores, técnicos e professores) de outras instituições que não as acima citadas; sujeitos selecionados, mas que não desejassem participar da pesquisa; e sujeitos que desejassem se retirar da pesquisa a qualquer momento. 3.4 – Os sujeitos da pesquisa Foram sujeitos desta pesquisa: os educadores sociais participantes dos atendimentos musicoterapêuticos em grupo e os profissionais da direção da UNI A e UNI B que atenderam aos critérios de inclusão acima citados. Para a formação dos grupos de educadores sociais foi realizada uma triagem de forma conjunta contando com a participação da pesquisadora responsável, dos diretores da UNI A e UNI B e da gerente de Gestão do Sistema Socioeducativo. Priorizou-se esta forma de triagem, uma vez que a gerente e os diretores possuíam conhecimentos sobre a dinâmica de trabalho e sobre o perfil dos educadores sociais, o que facilitaria a formação dos grupos. Ficou definido que o grupo I seria um grupo formado por técnicos e professores, reunindo-se às segundas-feiras, das 10h às 11h30min. O grupo II teria apenas monitores, reunindo-se às terças-feiras, das 19h às 20h30min. Os técnicos e professores são profissionais que são, no mínimo, graduados e possuem horários de trabalho semelhantes. Os monitores

79 possuem o segundo grau completo, e trabalham em regime de 12/36 horas. Dessa forma, o grupo I contou com um total de doze participantes e o grupo II, com sete participantes 21 . Este procedimento de compor um grupo com técnicos e professores e outro com monitores baseou-se no pressuposto de que um grupo homogêneo, ou seja, aquele em que seus componentes possuem características comuns em nível pessoal, social ou profissional, desenvolve aspectos que facilitam o trabalho a curto prazo, tais como: maior identificação com o coordenador do grupo, maior facilidade na realização de tarefas e expressão de conteúdos internos, além de uma integração mais rápida (RIBEIRO, 1994). Sendo assim, após visita nas duas unidades para apresentação do projeto aos diretores e para conhecimento da estrutura do local, foi elaborado um folheto explicativo sobre a pesquisa, informando os horários dos encontros do grupo I e grupo II, o local dos atendimentos e com uma breve explicação do que é a Musicoterapia. Este folheto foi entregue para a equipe das duas instituições, juntamente com os critérios de inclusão e exclusão, expostos no item 3.3. 3.5 – Estabelecendo Interfaces entre Musicoterapia e Ciências Sociais: uma pesquisa qualitativa Ao compreender as Ciências Sociais como um ramo da ciência que estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja, a vida social de indivíduos e grupos, e diante do objeto de estudo desta pesquisa - educadores sociais que atuam junto a adolescentes em cumprimento de medidas privativas de liberdade – é pertinente e valoroso estabelecer interfaces entre os campos da Musicoterapia e das Ciências Sociais. Nesse sentido, o objeto de estudo assume algumas características peculiares, atribuídas por este outro campo de conhecimento, o das Ciências Sociais. Este é visto como um objeto histórico, ou seja, considera-se que as sociedades humanas “vivem o presente marcado pelo passado e projetado para o futuro, num embate constante entre o que está dado e o que está sendo construído” (MINAYO, 1994, p.13). Para Richardson e Wainwright (1999), é essencial o estudo do desenvolvimento histórico de um fenômeno para revelar mudanças na sua conceitualização através do tempo, 21 Estes participantes serão apresentados com maiores detalhes no capítulo seguinte.

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Sabe-se, no entanto, que <strong>em</strong> outros países onde a Educação Social é amplamente<br />

reconhecida como ciência, campo de pesquisa e trabalho, este termo é <strong>em</strong>pregado apenas para<br />

designar profissionais formados <strong>em</strong> nível superior. No Brasil começam a existir movimentos<br />

nessa direção.<br />

Para a inclusão dos sujeitos desta pesquisa, foram adotados os seguintes critérios:<br />

educadores sociais, monitores e técnicos, vinculados às UNI A, UNI B e UNI C, podendo ser<br />

de ambos os sexos; educadores sociais que apresentavam, à época, compatibilidade do horário<br />

de trabalho com os horários de atendimentos musicoterapêuticos; educadores sociais que<br />

d<strong>em</strong>onstraram interesse e expressaram aceitação <strong>em</strong> participar da pesquisa através do Termo<br />

de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (Anexo II), <strong>em</strong> atendimento à Resolução<br />

196/96 do Conselho Nacional de Saúde; e educadores sociais que, preferencialmente,<br />

residiss<strong>em</strong> <strong>em</strong> local próximo ao Laboratório de Musicoterapia (Setor Universitário), onde<br />

seriam realizados os encontros musicoterapêuticos.<br />

Já os critérios de exclusão foram: educadores sociais (monitores, técnicos e<br />

professores) de outras instituições que não as acima citadas; sujeitos selecionados, mas que<br />

não desejass<strong>em</strong> participar da pesquisa; e sujeitos que desejass<strong>em</strong> se retirar da pesquisa a<br />

qualquer momento.<br />

3.4 – Os sujeitos da pesquisa<br />

Foram sujeitos desta pesquisa: os educadores sociais participantes dos<br />

atendimentos musicoterapêuticos <strong>em</strong> grupo e os profissionais da direção da UNI A e UNI B<br />

que atenderam aos critérios de inclusão acima citados.<br />

Para a formação dos grupos de educadores sociais foi realizada uma triag<strong>em</strong> de<br />

forma conjunta contando com a participação da pesquisadora responsável, dos diretores da<br />

UNI A e UNI B e da gerente de Gestão do Sist<strong>em</strong>a Socioeducativo. Priorizou-se esta forma de<br />

triag<strong>em</strong>, uma vez que a gerente e os diretores possuíam conhecimentos sobre a dinâmica de<br />

trabalho e sobre o perfil dos educadores sociais, o que facilitaria a formação dos grupos.<br />

Ficou definido que o grupo I seria um grupo formado por técnicos e professores,<br />

reunindo-se às segundas-feiras, das 10h às 11h30min. O grupo II teria apenas monitores,<br />

reunindo-se às terças-feiras, das 19h às 20h30min. Os técnicos e professores são profissionais<br />

que são, no mínimo, graduados e possu<strong>em</strong> horários de trabalho s<strong>em</strong>elhantes. Os monitores

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