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EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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educadores que atuam na área prisional. Esta t<strong>em</strong>ática <strong>em</strong>ergiu no decorrer de reuniões com<br />

gestores e coordenadores desse setor, os quais ressaltaram a urgência de se implantar projetos<br />

que atendam a esses educadores especificamente. Entretanto, devido a algumas<br />

intercorrências relacionadas ao acesso ao Núcleo de Custódia e Penitenciária Odenicio<br />

Guimarães, antigo Cepaigo, <strong>em</strong> Aparecida de Goiânia (GO), somadas às dificuldades na<br />

formação de um grupo apenas com educadores sociais nesse espaço, optou-se por procurar<br />

outras possibilidades para a realização da pesquisa.<br />

Assim, chegou-se à Gestão do Sist<strong>em</strong>a Socioeducativo da Secretaria de Cidadania<br />

e Trabalho. Por ocasião da apresentação do projeto de pesquisa à equipe deste órgão, a<br />

coordenação deste fez um convite para que esta pesquisadora e sua orientadora participass<strong>em</strong><br />

de um evento destinado aos gestores e técnicos do sist<strong>em</strong>a socioeducativo, a fim de<br />

apresentar<strong>em</strong> o trabalho da Musicoterapia.<br />

Esses contatos suscitaram reflexões sobre os acontecimentos que cercam a rotina<br />

de um educador social. Como lidar com pessoas que ag<strong>em</strong> no limite entre a vida e a morte?<br />

Como tomar contato com vidas marcadas pela violência, exclusão, conflitos familiares,<br />

condições precárias e manter-se motivado para o cumprimento de suas funções? Muitos dos<br />

profissionais que atuam no campo da Educação Social não receb<strong>em</strong> formação ou orientação<br />

específica para desenvolver seu trabalho, apesar de ser evidente a necessidade de uma atuação<br />

diferenciada. Caro e Guzzo (2004) observam que quando há cursos de capacitação, esses se<br />

preocupam com a informação e conscientização, mas dificilmente com a formação pessoal do<br />

educador.<br />

Após esse contato inicial com a realidade do campo de pesquisa, decidiu-se pela<br />

formação de dois grupos para a realização dos encontros musicoterapêuticos. Esses grupos<br />

seriam compostos por educadores sociais de três unidades: Unidade de Internação A – UNI A;<br />

Unidade de Internação B – UNI B e Unidade de internação C – UNI C 16 , que receb<strong>em</strong><br />

adolescentes autores de atos infracionais para o cumprimento de medidas privativas de<br />

liberdade. No entanto, a UNI C absteve-se de participar desta pesquisa, alegando que o<br />

número de educadores sociais integrantes de seus quadros seria insuficiente para participar<br />

dos encontros musicoterapêuticos s<strong>em</strong> que houvesse prejuízos no des<strong>em</strong>penho das atividades<br />

da unidade.<br />

16 A fim de garantir o sigilo quanto à identidade dos sujeitos da pesquisa, assim como a confidencialidade do<br />

material coletado, foram adotados nomes fictícios ao referir-se a essas unidades.

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