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EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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possam estabelecer contato. A palavra ISO é tomada do grego e significa igual. Assim,<br />

Altshuler (apud SILVA JÚNIOR, 2008) comprovou que a utilização de música idêntica ao<br />

estado de ânimo do cliente e seu t<strong>em</strong>po mental (hiperativo ou hipoativo) era útil para facilitar<br />

a resposta mental e <strong>em</strong>ocional deste. Logo, os clientes depressivos estabeleciam um melhor<br />

contato com a música de andamento lento, e os clientes <strong>em</strong> estado de euforia, com a música<br />

de andamento rápido.<br />

O Princípio de Compensação, apresentado por Poch Blasco (1988), mostra que<br />

através da audição de músicas, execução de um instrumento, canto ou dança, a música que se<br />

escolhe t<strong>em</strong> como função suprir as carências do indivíduo: seja a carência de descanso, devido<br />

a uma rotina carregada de atividades, seja de companhia, pela falta da referência de um grupo<br />

social ou a carência de alegria, causada por um momento de perda e/ou enlutamento.<br />

A música associa-se também ao Princípio do Prazer (ALTSHULER, apud POCH<br />

BLASCO, 1999) através da estética, já que pela cont<strong>em</strong>plação de uma obra de arte é possível<br />

experimentar sentimentos de gozo, satisfação, rejuvenescimento. A música restaura o estado<br />

de equilíbrio e ord<strong>em</strong> do corpo humano, ass<strong>em</strong>elhando-se ao ato de beber água quando se t<strong>em</strong><br />

sede.<br />

Benenzon (1985, p. 47) apresenta como princípio da Musicoterapia também o<br />

objeto intermediário, que é “um instrumento de comunicação capaz de atuar terapeuticamente<br />

sobre o paciente mediante a relação, s<strong>em</strong> desencadear estados de alarme intensos”. Dessa<br />

forma, o instrumento musical torna-se um transmissor que substitui o vínculo e mantém a<br />

distância. Ele pode ser tocado tanto pelo musicoterapeuta quanto pelo cliente, e ainda, mesmo<br />

s<strong>em</strong> o toque, pode vibrar frente à <strong>em</strong>issão sonora de ambos, o que gera uma vinculação<br />

íntima, mas de forma maleável e leve. Além disso, o autor identifica <strong>em</strong> sua prática clínica o<br />

objeto integrador, que desenvolve o papel da liderança <strong>em</strong> grupos musicoterapêuticos. Ele é,<br />

<strong>em</strong> geral, de fácil manejo, de grande volume e tamanho e de uma <strong>em</strong>issão rítmica potente;<br />

pertence à classe dos m<strong>em</strong>brafones e é de percussão. Em sua obra La Nueva Musicoterapia,<br />

Benenzon (1998) trata ainda do objeto experimental, objeto catártico, objeto defensivo, objeto<br />

enquistado, e objeto corporal. Assim, os instrumentos musicais <strong>em</strong> musicoterapia são<br />

utilizados como objetos simbólicos, que possibilitam a expressão de conteúdos por parte do<br />

cliente e diferentes formas de comunicação entre este e o musicoterapeuta.

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