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EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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Cap. II – O ESPAÇO MUSICOTERAPÊUTICO COMO CAMPO DO<br />

REPRESENTACIONAL<br />

A escolha da fundamentação teórica para esta pesquisa configurou-se como uma<br />

tarefa permeada por ambivalências. À medida que se percebia a necessidade de dar atenção às<br />

d<strong>em</strong>andas específicas dos educadores sociais e às subjetividades evidenciadas através dos<br />

fazeres musicais no setting musicoterapêutico 8 , observou-se que, tratando-se desses<br />

indivíduos, o contexto social e suas probl<strong>em</strong>áticas deveriam ser considerados.<br />

No decorrer da disciplina „<strong>Música</strong>, Cultura e Sociedade‟ 9 , <strong>em</strong> contato com a<br />

Teoria das Representações Sociais, enfocadas pela História Cultural e pela Psicologia Social,<br />

tendo como fundamentação, sobretudo, Chartier e Moscovici, esses estudos ampliaram a<br />

percepção sobre a possibilidade de não se abandonar a dimensão social <strong>em</strong> função da<br />

individual. Duarte (2002) também foi abordado por observar que a psicologia social apresenta<br />

o enfoque que transcende a dicotomia „sujeito-objeto‟ e recorre a uma gama de mediações<br />

operadas pela relação fundamental do sujeito com os d<strong>em</strong>ais. O caráter original e subversivo<br />

de seu enfoque consiste <strong>em</strong> questionar a separação entre o individual e o coletivo, <strong>em</strong><br />

contestar a participação entre o psíquico e o social nos campos essenciais da vida humana<br />

(p.125).<br />

Dessa forma, pensar <strong>em</strong> representações sociais é considerar a pr<strong>em</strong>issa que “não<br />

existe uma ruptura entre o universo exterior e o universo do indivíduo ou do grupo, que o<br />

sujeito e o objeto não são absolutamente heterogêneos <strong>em</strong> seu campo comum” (DOTTA,<br />

2006, p.18). Trata-se de uma forma de apreensão e conhecimento que se t<strong>em</strong> do mundo, do<br />

enfoque de uma modalidade de conhecimento coletivo, partilhado, que se forja no dia a dia,<br />

“objetivando-se” <strong>em</strong> novas formulações, obras e práticas, s<strong>em</strong> deixar de se “ancorar” também<br />

<strong>em</strong> formulações, obras e práticas já existentes e que ao se difundir, “naturalizando-se”,<br />

implica <strong>em</strong> novas atitudes do sujeito na sua relação com o seu grupo t<strong>em</strong>po e espaço<br />

(MOSCOVICI, apud JODELET, 2001).<br />

8 Setting musicoterapêutico é o termo convencionado para designar o ambiente ou sala, juntamente com seus<br />

apetrechos e equipamentos, onde se desenvolv<strong>em</strong> os encontros musicoterapêuticos (QUEIROZ, 2003).<br />

9 Disciplina obrigatória da linha de pesquisa Educação Musical e Musicoterapia do <strong>Mestrado</strong> <strong>em</strong> <strong>Música</strong>-<strong>UFG</strong>,<br />

ministrada por Profa. Drª Glacy Antunes de Oliveira, Profa. Drª Magda de Miranda Clímaco e Profa. Drª Ana<br />

Guiomar Rezo Souza.

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