EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
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momento, dificultava a percepção dos benefícios específicos da Musicoterapia: “porque aqui<br />
já vinha sendo feito um trabalho, lógico que não é igual, mas assim, a equipe já estava <strong>em</strong> um<br />
nível muito bom. Pode ser que por isso a gente não tenha percebido tanto”.<br />
Este entrevistado ressaltou também a necessidade de entender melhor o que era a<br />
Musicoterapia e que tipo de trabalho fora desenvolvido para que pudesse avaliar. Ele afirmou<br />
que como não havia participado dos atendimentos, não poderia analisar tal repercussão. As<br />
opiniões deste entrevistado, no entanto, diverg<strong>em</strong> do objetivo da entrevista, que era ter uma<br />
visão diferenciada do trabalho musicoterapêutico, justamente por parte de um profissional que<br />
não tenha participado dos atendimentos. Ressaltamos ainda que uma cópia do projeto desta<br />
pesquisa foi disponibilizada a cada gerente e explicações acerca de como se desenvolviam as<br />
experiências musicais <strong>em</strong> Musicoterapia foram dadas nos primeiros contatos com o campo.<br />
Na opinião dos entrevistados também não foram verificadas alterações nas<br />
relações interpessoais entre os educadores sociais que participaram da pesquisa com aqueles<br />
que não participaram, e dos educadores participantes da pesquisa com os adolescentes<br />
internados.<br />
Averiguamos, junto com os gerentes, que a composição dos grupos mesclando<br />
educadores sociais de duas instituições e de turnos de trabalho diferenciados contribuiu para<br />
que a repercussão das mudanças alcançadas nos atendimentos musicoterapêuticos se<br />
dissolvesse, e então, pulverizadas, não chegaram a influenciar outros educadores <strong>em</strong> seus<br />
campos específicos de atuação. “É porque o grupo é grande, então até ele (educador social)<br />
conseguir às vezes passar alguma coisa do que aconteceu lá...”.<br />
Ao final, aproveitamos também esse momento para dar um breve retorno à<br />
instituição acerca do trabalho desenvolvido, assegurando-lhes que após uma análise criteriosa<br />
dos dados, daríamos um feedback mais completo à instituição, entregando uma cópia da<br />
dissertação e colocando-nos à disposição para participar de uma palestra explicativa.<br />
Como feedback inicial, esclarec<strong>em</strong>os aos gerentes que os educadores sociais<br />
construíram um vínculo de confiança e desfrutaram do ambiente terapêutico para compartilhar<br />
conteúdos significativos de suas vidas. No geral, apesar da distância do laboratório de<br />
Musicoterapia e sendo, para alguns, um horário fora da jornada de trabalho, houve uma<br />
assiduidade regular. Enfatizamos ainda como os encontros musicoterapêuticos foram<br />
importantes aos educadores que durante o período do trabalho sofreram a perda de entes<br />
queridos.