EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
147<br />
músicas instrumentais 38 utilizadas des<strong>em</strong>penharam a função de objeto integrador. Foram<br />
disponibilizados também balões que funcionaram como objetos intermediários de contato.<br />
Durante o processamento o grupo mostrou-se participativo. Diferent<strong>em</strong>ente de<br />
outros encontros, os participantes tomaram a iniciativa <strong>em</strong> relacionar aquilo que surgiu na<br />
experiência musical com as ações do ambiente de trabalho. A tônica das falas se concentrou<br />
sobre a necessidade de cuidar de si mesmo; a importância <strong>em</strong> se afinar com o ritmo do outro e<br />
ainda a dificuldade <strong>em</strong> conseguir êxito ao trabalhar com muitas pessoas, devido à dispersão,<br />
como se o seguinte pensamento ocorresse “agora todo mundo vai cuidar, não fica comigo a<br />
responsabilidade” como ex<strong>em</strong>plificou Bruno. O grupo reafirmou o valor da coletividade:<br />
“eu estava vivendo uma síndrome do outro quando comecei o curso, do<br />
coletivo né? E depois de alguns toques de vocês, algumas atividades eu<br />
comecei a olhar pra mim. Eu gostei muito do primeiro momento e que dá<br />
pra ficar b<strong>em</strong> também, é interessante isso. No segundo momento, é<br />
interessante acertar o passo né? Nós d<strong>em</strong>os umas voltas até acertar o passo.<br />
E no terceiro eu curti muito, mas a preocupação era essa, o que estava<br />
estourando e o que estava caindo. Eu fiquei naquela coisa de não deixar o<br />
que estava comigo cair, né? Mas eu gostei das três partes sabe.” (Tereza)<br />
“eu, no primeiro momento achei que era uma particularidade com a gente,<br />
a gente precisa desse momento sozinho, todos nós precisamos. Nesse<br />
segundo momento da integração com o outro no nosso trabalho é muito<br />
importante pra gente dar um passo certo, então todo mundo integrado, todo<br />
mundo na mesma coletividade. Já no terceiro momento, um grupo maior,<br />
então existe uns que dispersam né? Então é importante pro nosso trabalho a<br />
gente centralizar nesse segundo momento que é da união, da partilha,<br />
juntos, para que no terceiro momento você tenha uma coletividade unida.”<br />
(Clara)<br />
“no terceiro momento, eu participei, mas depois eu recuei. Eu recuei me<br />
senti cansada. Eu acho que é exatamente isso que reflete o coletivo. (...)<br />
Porque no grupo vai ter s<strong>em</strong>pre aquele que vai puxar, uns ficam mais<br />
afastados... Mesmo com a lentidão de um, a desatenção do outro, no final a<br />
gente consegue fazer com que fique tudo b<strong>em</strong>.” (Catarina)<br />
Finalizado o processamento, as musicoterapeutas solicitaram uma avaliação por<br />
escrito de cada participante, ressaltando os pontos positivos e negativos do trabalho, s<strong>em</strong> a<br />
necessidade de identificação (Anexo XI). Em seguida, essas avaliações foram lidas e<br />
distribuímos uma l<strong>em</strong>brança ao grupo. Como encerramento, o grupo optou por cantar<br />
38 Primeiro momento: Ária da quarta corda, Bach; Segundo momento: Concerto de Branderburgo nº 3 <strong>em</strong> Sol<br />
Maior, Bach; Terceiro momento: Suíte <strong>em</strong> Si menor para flauta e cordas, Bach.