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EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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músicas instrumentais 38 utilizadas des<strong>em</strong>penharam a função de objeto integrador. Foram<br />

disponibilizados também balões que funcionaram como objetos intermediários de contato.<br />

Durante o processamento o grupo mostrou-se participativo. Diferent<strong>em</strong>ente de<br />

outros encontros, os participantes tomaram a iniciativa <strong>em</strong> relacionar aquilo que surgiu na<br />

experiência musical com as ações do ambiente de trabalho. A tônica das falas se concentrou<br />

sobre a necessidade de cuidar de si mesmo; a importância <strong>em</strong> se afinar com o ritmo do outro e<br />

ainda a dificuldade <strong>em</strong> conseguir êxito ao trabalhar com muitas pessoas, devido à dispersão,<br />

como se o seguinte pensamento ocorresse “agora todo mundo vai cuidar, não fica comigo a<br />

responsabilidade” como ex<strong>em</strong>plificou Bruno. O grupo reafirmou o valor da coletividade:<br />

“eu estava vivendo uma síndrome do outro quando comecei o curso, do<br />

coletivo né? E depois de alguns toques de vocês, algumas atividades eu<br />

comecei a olhar pra mim. Eu gostei muito do primeiro momento e que dá<br />

pra ficar b<strong>em</strong> também, é interessante isso. No segundo momento, é<br />

interessante acertar o passo né? Nós d<strong>em</strong>os umas voltas até acertar o passo.<br />

E no terceiro eu curti muito, mas a preocupação era essa, o que estava<br />

estourando e o que estava caindo. Eu fiquei naquela coisa de não deixar o<br />

que estava comigo cair, né? Mas eu gostei das três partes sabe.” (Tereza)<br />

“eu, no primeiro momento achei que era uma particularidade com a gente,<br />

a gente precisa desse momento sozinho, todos nós precisamos. Nesse<br />

segundo momento da integração com o outro no nosso trabalho é muito<br />

importante pra gente dar um passo certo, então todo mundo integrado, todo<br />

mundo na mesma coletividade. Já no terceiro momento, um grupo maior,<br />

então existe uns que dispersam né? Então é importante pro nosso trabalho a<br />

gente centralizar nesse segundo momento que é da união, da partilha,<br />

juntos, para que no terceiro momento você tenha uma coletividade unida.”<br />

(Clara)<br />

“no terceiro momento, eu participei, mas depois eu recuei. Eu recuei me<br />

senti cansada. Eu acho que é exatamente isso que reflete o coletivo. (...)<br />

Porque no grupo vai ter s<strong>em</strong>pre aquele que vai puxar, uns ficam mais<br />

afastados... Mesmo com a lentidão de um, a desatenção do outro, no final a<br />

gente consegue fazer com que fique tudo b<strong>em</strong>.” (Catarina)<br />

Finalizado o processamento, as musicoterapeutas solicitaram uma avaliação por<br />

escrito de cada participante, ressaltando os pontos positivos e negativos do trabalho, s<strong>em</strong> a<br />

necessidade de identificação (Anexo XI). Em seguida, essas avaliações foram lidas e<br />

distribuímos uma l<strong>em</strong>brança ao grupo. Como encerramento, o grupo optou por cantar<br />

38 Primeiro momento: Ária da quarta corda, Bach; Segundo momento: Concerto de Branderburgo nº 3 <strong>em</strong> Sol<br />

Maior, Bach; Terceiro momento: Suíte <strong>em</strong> Si menor para flauta e cordas, Bach.

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