03.09.2014 Views

EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

143<br />

Um participante comentou que durante a cena a técnica deveria ter uma postura<br />

séria, e Talita enfatizou que gostaria de ser uma técnica, uma psicóloga, para que pudesse<br />

entender melhor o porquê de um adolescente cometer um crime:<br />

“eu queria fazer muita pergunta, eu queria entender mais porque daquilo<br />

tudo que os adolescentes viv<strong>em</strong>, o porque daquilo, o porque assim da família<br />

ser daquele jeito. Então eu gostaria sim de ser uma psicóloga e eu acho que<br />

t<strong>em</strong> a ver comigo sim. Então, assim... Eu queria entender o porquê: t<strong>em</strong> a<br />

classe baixa que acontece isso, como t<strong>em</strong> a classe alta também”.<br />

Beatriz, sobre a sua personag<strong>em</strong> monitora, que é também a função que<br />

des<strong>em</strong>penha no dia-a-dia, comentou que s<strong>em</strong>pre procura elevar a auto-estima do adolescente,<br />

chamando-o pelo nome, e se denomina como uma “executora de tarefas”.<br />

“É... o educador é um executor das tarefas... e eu me sinto b<strong>em</strong> porque é um<br />

momento <strong>em</strong> que eu s<strong>em</strong>pre procuro ajudar um irmão, o adolescente, que<br />

está ali conosco. Eu me sinto útil na vida dele e muitas vezes, através das<br />

minhas ações, ele melhora. Mas quando vê a cena como um todo (ela aponta<br />

cada uma das pessoas)... É deprimente.” (Beatriz)<br />

Helena e Beatriz relatam ainda, com <strong>em</strong>oção, suas perspectivas sobre a atuação do<br />

monitor e como se relacionam com os adolescentes:<br />

“eu tento ajudar ele (adolescente), mostrar pra ele que a realidade é outra<br />

que ele t<strong>em</strong> uma família e que ele pode voltar a ser visto, fazer b<strong>em</strong>, buscar<br />

aquela identidade que ele perdeu, ele pode voltar e achar de novo. Pra isso<br />

t<strong>em</strong> que ter uma mudança.” (Helena)<br />

“então eu como uma educadora social, a gente sofre junto porque eu quero<br />

o melhor pra ele. Eu sei que estou ali e estou ajudando, falando,<br />

conversando com eles, na hora da refeição (...). Então eu sofri muito, eu<br />

sofri muito da seguinte forma: por ele ser um menor infrator, pela infração<br />

que eles cometiam aquilo ali é difícil pra eu aceita-los. Eu via o ato. Como<br />

eu tenho Deus eu fui trabalhando psicologicamente „Senhor, não posso ter<br />

esse pensamento‟. Então hoje, depois de tantos anos nessa área eu os vejo<br />

como pessoas. O ato <strong>em</strong> si que o levou ali... [faz sinal que não importa com<br />

as mãos, esqueceu].” (Beatriz)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!