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EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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Sandra: É, aí a gente pode fazer, ainda mais eu que não gosto do preto no<br />

branco, ficou b<strong>em</strong> minha cara, „pink‟, violão com brilho... E se fosse por<br />

mim eu ia passar brilho nesse negócio e ia ficar tudo brilhoso. E é muito<br />

gostoso a gente l<strong>em</strong>bra de um t<strong>em</strong>po b<strong>em</strong> primário, na infância quando a<br />

gente fazia essas coisas, s<strong>em</strong>pre que tiver a oportunidade, é muito gostoso<br />

fazer.<br />

Tereza: No nosso trabalho, alguém viu e falou „excelente‟, mas o excelente é<br />

justamente as misturas. A flor que um colocou, o babadinho que o outro faz,<br />

porque a gente t<strong>em</strong> mania do formal. E quando cada um contribui você olha<br />

e fala „Uau! Ficou show‟. E isso daqui ficou a cara de todo mundo, nas<br />

frases, <strong>em</strong> tudo. Eu não consigo ver outra forma de suportar a opressão s<strong>em</strong><br />

ser no coletivo. Não consigo. (...) Nós precisamos olhar o que realmente nós<br />

estamos defendendo, e quando eu vejo esse trabalho com um pedacinho de<br />

cada um e vejo o tanto que ficou lindo eu volto a confiar no coletivo. Olha<br />

aí, a gente dá conta. Eu sozinha falta... Quando t<strong>em</strong> um, t<strong>em</strong> outro é<br />

diferente.<br />

Vanessa: E t<strong>em</strong> hora que lá no meu trabalho, dependendo do meu estado, eu<br />

me sinto segura quando as minhas colegas com o olhar delas me ajuda... Às<br />

vezes a gente não chega n<strong>em</strong> a conversar, mas você percebe, eu sinto uma<br />

harmonia que eu estou b<strong>em</strong> e elas sent<strong>em</strong> que eu não estou.<br />

Ressaltamos a beleza do painel e a eficiência do grupo <strong>em</strong> produzi-lo. Pontuamos<br />

ainda como o grupo chegou naquele espaço preocupado com o que os encontros poderiam lhe<br />

oferecer, que conteúdos seriam passados e como esses pensamentos foram dando lugar aos<br />

sentimentos, às <strong>em</strong>oções.<br />

Para finalizarmos, perguntamos ao grupo o que eles gostariam de fazer com o<br />

painel. Nesse momento, surgiu uma nova questão para o grupo lidar e outra vez os<br />

participantes tiveram opiniões divergentes. Porém, perceb<strong>em</strong>os certo progresso quanto à<br />

capacidade de expor as ideias e mobilização para chegar ao um consenso. Assim, algumas das<br />

alternativas que <strong>em</strong>ergiram foram: mostrar ao Grupo II; e/ou expor nas instituições, como<br />

uma mensag<strong>em</strong> para aqueles que não estiveram no trabalho.<br />

Sandra defendeu que por aquele painel ser um trabalho do grupo era importante<br />

que ele ficasse com o grupo, já que outras pessoas não entenderiam o sentido daquela<br />

produção. Walter argumentou que independente de os observadores ter<strong>em</strong> participado ou não<br />

do trabalho, cada um teria uma compreensão diferente.<br />

Após algum t<strong>em</strong>po de discussão s<strong>em</strong> chegar<strong>em</strong> a um consenso, alguns<br />

participantes se queixaram que o horário de encerramento havia sido ultrapassado. Essas<br />

queixas pareciam ter o objetivo de fazer com que nós, musicoterapeutas, tomáss<strong>em</strong>os uma<br />

decisão e tivéss<strong>em</strong>os uma postura diretiva novamente. Não avaliando como saudável ao grupo

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