EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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Pra que usar de tanta educação para destilar terceiras intenções.
Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado.
Ninguém respeita a constituição.
Mas todos acreditam no futuro da nação.
Cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si,
carrega o dom de ser capaz, e ser feliz.
Acontece que na vida a gente tem ser feliz por ser amado por alguém.
Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor.
Deixa eu dizer que te amo. Deixa eu pensar em você.
Isso me acalma, me acolhe a alma, isso me ajuda a viver.
Ao final da produção deste painel, os participantes apresentaram-no utilizando
sons e movimentos corporais. O grupo iniciou cantando uma melodia com a voz em bocca
chiusa 34 . Tereza recitou os versos musicais com vivacidade, criando gestos e buscando
interpretar aquilo que outrora estava preso no papel. No momento de ler o trecho “quando eu
mergulhei no azul do mar, sabia que era amor”, a participante alterou para “quando eu
mergulhei aqui na Musicoterapia, no azul, nem sabia mais o que era amor”. Finalizado o
texto, alguns participantes bateram palmas e o grupo retomou o trecho “deixa eu dizer que te
amo, deixa eu gostar de você, isso me acalma, me acolhe a alma, isso me ajuda a viver” e
continuou “hoje contei para as paredes coisas do meu coração. Passei no vento, caminhei
nas horas, mais no que faço a paixão... É um espelho sem razão, Fique aqui . Amor, I love
you, Amor, I love you Amor, I love...”
Ao ser questionado sobre como o grupo percebia essa produção, Paula falou sobre
superação e esperança. Sandra relatou que o que mais chamou a sua atenção na música fora a
primeira frase que mostrava como o ser humano tem que usar da educação no meio social
para chegar aonde quer. Paula denominou como “jogo de cintura” e Sandra confirmou. Tereza
ressalta que “não pode esquecer que não somos só objetos de comunicação, somos gente,
somos caçador e somos caçados também.”
Sobre a construção do cartaz o grupo comentou:
Sandra: É muito bom quando a gente pode...
Vanessa: Extravasar aqui, né?
34 Do italiano, que quer dizer “boca cerrada” (SADIE, 1994).