EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
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respingando <strong>em</strong> mim, me veio um pouco de frio também. E pra mim ao<br />
mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que era onda, era uma chuva também lá dentro (...) O fogo<br />
eu não me identifiquei, porque é destruição.” (Vanessa)<br />
“Mas no meu vento, no momento do vento, a primeira coisa que me veio foi<br />
um red<strong>em</strong>oinho imenso, né? Um vento forte. E já no finalzinho da música foi<br />
que o vento acalmou.” (Walter)<br />
Trabalhando com a dimensão simbólica desses el<strong>em</strong>entos, cada participante, com<br />
o auxílio do grupo, foi refletindo sobre o modo de reação frente aos probl<strong>em</strong>as, como<br />
normalmente age <strong>em</strong> seu local de trabalho, as forças, os pontos negativos, os pontos a ser<strong>em</strong><br />
desenvolvidos s<strong>em</strong>pre associados ao el<strong>em</strong>ento com qual mais se identificaram durante a<br />
audição. A representação dos el<strong>em</strong>entos da natureza ainda nos possibilitou fazer uma<br />
associação à necessidade de uma equipe ter pessoas com habilidades diferentes,<br />
compl<strong>em</strong>entares. Dessa forma, também por meio do simbólico, o fato de Walter dizer a<br />
Tereza que ela se parecia com a água, por ser mais intuitiva, ter mais sensibilidade e ser<br />
apelidada de “mãezona”, por ex<strong>em</strong>plo, auxiliou a realização de feedback de uma forma mais<br />
espontânea.<br />
Esta foi uma técnica bastante rica; muitos conteúdos <strong>em</strong>ergiram nesse encontro,<br />
mas n<strong>em</strong> todos puderam ser trabalhados devido ao curto t<strong>em</strong>po. Por isso, solicitamos que os<br />
educadores continuass<strong>em</strong> a amadurecer as ideias ali evidenciadas durante a s<strong>em</strong>ana e no sexto<br />
encontro procuramos fazer novas conexões. Nesse dia, Catarina, Denise, Júlia, Tereza e<br />
Walter estiveram presentes. Seguindo uma sequência de músicas de estilos b<strong>em</strong> diversificados<br />
e com variação de duplas 31 , os participantes se expressaram corporalmente. Inicialmente<br />
desanimados, foram se soltando progressivamente, permitindo-se explorar novos gestos e<br />
brincar. Ao final da sequência, o grupo se apresentou cansado, mas também relaxado, e<br />
relataram:<br />
“o bom de fazer isso é que você coloca pra fora o seu estresse e tudo. Ao<br />
chegar <strong>em</strong> casa você não vai fazer isso, se não t<strong>em</strong> t<strong>em</strong>po pra você, muito<br />
menos pra fazer isso (...) Coloquei pra fora a ansiedade, as preocupações...<br />
Consegui focar no momento, não fiquei pensando no que teria pra fazer <strong>em</strong><br />
casa, se ia ou não conseguir.” (Denise)<br />
“Foi bom me soltar” (Catarina).<br />
31 Como o número de participantes era ímpar, a co-terapeuta também participou desta técnica.