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EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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122<br />

No quinto encontro, o grupo chegou bastante tenso devido a alguns<br />

acontecimentos nas instituições. Estavam presentes: Bruno, Denise, Júlia, Mariana, Paula,<br />

Tereza, Vanessa e Walter. Pela frequência na participação e pelo teor de suas falas também<br />

notamos que havia se constituído um espaço de confiança para compartilhar sentimentos mais<br />

reservados; o grupo se tornava mais coeso:<br />

“esses dias foram muito tumultuados. Um bombardeio de exonerações lá no<br />

nosso trabalho. Passei esses dias agitada. Estou passando, né? Amanheci<br />

preocupada, porque aí você está num cargo e de repente vai lá pro fundo do<br />

poço. Foi difícil.” (Vanessa)<br />

“No meu caso, eu estou com uma ansiedade <strong>em</strong> mim e eu não consigo<br />

controlar. E eu tô assim praticamente todo o t<strong>em</strong>po: <strong>em</strong> situações fora do<br />

trabalho... Preocupo com essa questão que foi colocada sobre o pessoal que<br />

está saindo. Então assim, você não respira...” (Walter)<br />

“É, eu vim pra cá com uma esperança, como se eu pudesse respirar, eu tô<br />

vivendo s<strong>em</strong> o ar. Primeiro pela questão do grupo, que é bom quando tá<br />

todo mundo passando juntos pelas situações, porque lá a gente não t<strong>em</strong><br />

t<strong>em</strong>po. Poder chorar, falar o tanto que suportar, porque tanto t<strong>em</strong>po que a<br />

gente t<strong>em</strong> de trabalho e é desconsiderado isso. Eu venho s<strong>em</strong>pre com essa<br />

coisa da esperança, de poder repensar esse momento e até dar espaço.”<br />

(Tereza)<br />

“Bom, eu me sinto b<strong>em</strong>, acolhido. É bom poder conversar nesse ambiente<br />

mais tranquilo, a gente presta mais atenção um ao outro, não é tão corrido<br />

como t<strong>em</strong> sido no trabalho.” (Bruno)<br />

De acordo com Yalom (2006, p. 121) “o grupo aumenta de importância quando os<br />

m<strong>em</strong>bros passam a reconhecê-lo como um rico reservatório de informações e apoio”.<br />

Percebendo o momento do grupo, decidimos aplicar uma técnica musicoterapêutica receptiva,<br />

que pudesse possibilitar um maior autoconhecimento e a compreensão das diferenças e<br />

estimular a habilidade para dar e receber feedback. Após a audição de quatro peças musicais,<br />

cada uma delas vinculadas a um el<strong>em</strong>ento da natureza – terra, água, vento, fogo 30 , alguns<br />

participantes falaram das sensações que tiveram durante a audição:<br />

“No momento da escuta o que prevaleceu foi a tranquilidade, a suavidade<br />

da água. Eu particularmente me senti molhada, parecia que tava até<br />

30 Foram utilizadas nessa experiência de audição musical músicas eletroacústicas que continham fragmentos de<br />

sons naturais.

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