EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
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Assim, notamos que pelo conteúdo trabalhado, este encontro foi intenso,<br />
significativo; alguns participantes nos abraçaram ao final, e agradeceram, reforçando a<br />
importância de um espaço destinado a eles.<br />
“Foi muito marcante pra mim, eu me senti muito b<strong>em</strong> aqui e foi bom poder<br />
expressar.” (Tereza)<br />
A <strong>em</strong>oção vivida no segundo encontro, b<strong>em</strong> como a r<strong>em</strong>arcação do terceiro<br />
encontro para a s<strong>em</strong>ana seguinte, devido a alguns probl<strong>em</strong>as da musicoterapeuta com o<br />
horário, pod<strong>em</strong> ter sido fatores que influenciaram na redução do número de participantes no<br />
terceiro encontro. A falta de assiduidade dos participantes dificultou a nucleação do grupo e,<br />
<strong>em</strong> conseguinte, a continuidade do processo grupal.<br />
Com quatro participantes presentes, Bruno, Catarina, Sandra e Walter, iniciamos o<br />
terceiro encontro pedindo para que, baseados <strong>em</strong> como havia sido a s<strong>em</strong>ana e <strong>em</strong> como eles<br />
estavam se sentindo, realizass<strong>em</strong> a composição de uma música. O grupo permaneceu por um<br />
t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> silêncio, como que assustados com a proposta, <strong>em</strong> um misto de reflexão e tensão. A<br />
co-terapeuta então propôs uma frase musical inicial para auxiliá-los. No entanto, o grupo teve<br />
outra ideia e optou por desenvolvê-la. Assim, após um t<strong>em</strong>po determinado, os participantes<br />
conseguiram se organizar e concluíram a tarefa.<br />
Walter foi o participante que teve maior iniciativa, ficando evidenciada sua<br />
liderança na construção da música. Apesar de Bruno ter conhecimentos musicais, observamos<br />
que suas colocações foram ouvidas pelo grupo, mas não chegaram a se realizar de fato.<br />
Catarina esteve na maior parte do t<strong>em</strong>po da construção musical <strong>em</strong> silêncio, apenas<br />
observando. E Sandra, apesar de afirmar prontamente que “não levava jeito para isso”, deu<br />
sua contribuição.<br />
Dessa forma, avaliamos que a composição foi uma técnica que permitiu ao grupo<br />
se expressar, unir suas ideias e fazer com que a contribuição individual ressoasse no coletivo,<br />
alcançando os objetivos propostos de estimular a nucleação do grupo e identificar papéis. As<br />
t<strong>em</strong>áticas escolhidas pelo grupo: transformação, mudança e conquista, são marcadas pela<br />
força e pela motivação. Pod<strong>em</strong>os construir uma analogia: mesmo o ambiente profissional<br />
sendo estressante e desgastante, esses profissionais consegu<strong>em</strong> trabalhar ali, assim como<br />
mesmo a tarefa dada sendo considerada complicada, o grupo conseguiu cumpri-la. No<br />
momento do processamento, questões significativas foram abordadas, salientando a