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EMAC - UFG - EMAC - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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Ao conversarmos um pouco mais com os entrevistados, observamos que a<br />

compreensão de experiências musicais estava associada a tocar algum instrumento musical.<br />

No entanto, mesmo s<strong>em</strong> se ter um aprendizado formal de música, a vivência desta arte é<br />

inerente ao hom<strong>em</strong>. A música é uma forma de expressão humana, e se manifesta <strong>em</strong> todas as<br />

pessoas, culturas e etnias. Ela está presente nos mais diferentes rituais, e cada indivíduo<br />

desenvolve sentidos para a sua compreensão e seu uso.<br />

Em continuidade à análise iniciada a partir dos relatos do grupo I sobre as<br />

experiências musicais, cabe ressaltarmos a opinião de Queiroz (2003, p.17), que diz que<br />

“todos têm capacidade não só de produzir música e apreciar música, mas de experimentar nela<br />

um significado, viver algo significativo com a música”. O autor cita o ex<strong>em</strong>plo de uma roda<br />

de pagode, onde músicos e ouvintes não são grupos distintos, não se separam totalmente. Por<br />

mais que alguns sejam mais desenvoltos, todos pod<strong>em</strong> cantar e tocar <strong>em</strong> certa medida (ibid.,<br />

p.16).<br />

2) Experiências terapêuticas: um participante comentou que havia tido<br />

experiências com a música que lhe proporcionaram efeitos terapêuticos.<br />

“Já tive oportunidade de participar de algumas dinâmicas de grupo <strong>em</strong> que<br />

a música esteve presente e foram ótimas. Gosto de música e no meu dia-adia<br />

ela s<strong>em</strong>pre está presente. É uma forma de tranquilizar a mente e relaxar<br />

a alma.”<br />

A fala desse participante evidencia o potencial terapêutico da música, isto é, a<br />

capacidade que a música t<strong>em</strong> de ser benéfica ao ser humano tanto <strong>em</strong> um contexto terapêutico<br />

quanto no seu dia-a-dia. Ressaltamos, no entanto, que apesar do indivíduo ter experiências<br />

diversas com a música que o auxili<strong>em</strong> na promoção de b<strong>em</strong>-estar, isso difere do tratamento<br />

musicoterapêutico, <strong>em</strong> que cliente/grupo e musicoterapeuta, engajados com a música, viv<strong>em</strong><br />

um processo a fim de obter objetivos terapêuticos específicos.<br />

Expectativas quanto aos encontros musicoterapêuticos<br />

No grupo I, as expectativas sobre os encontros musicoterapêuticos puderam ser<br />

classificadas <strong>em</strong> três categorias:<br />

1) Benefícios profissionais: seis educadores ressaltaram o desejo de que este<br />

trabalho trouxesse contribuições para o seu campo profissional.

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