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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

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96<br />

ensino fundamental: esta parte da pesquisa consistiu na aplicação de<br />

questionários com a família de estudantes que frequentam o ensino<br />

fundamental, tentando relacionar a frequência ou não frequência em<br />

instituições de educação infantil com os resultados obtidos por estes na<br />

Provinha Brasil, aplicadas nas escolas de ensino fundamental no<br />

primeiro semestre de 2009.<br />

Tais objetivos, a meu ver, revelavam uma relação próxima entre a<br />

referida pesquisa e as demais ações e programas do MEC no que tange a<br />

avaliação das crianças, escolas e sistemas de ensino e me preocupa o uso<br />

destes resultados para a criação de um ranking também na educação<br />

infantil, nos moldes já instalados nos demais níveis de ensino.<br />

A Escala de Avaliação de Ambientes para Bebês e<br />

Crianças Pequenas – creche (ITERS–Revised) e a<br />

Escala de Avaliação de Ambientes de Pré-Escola<br />

(ECERS – Revised) foram desenvolvidas para<br />

serem utilizadas na observação e avaliação de<br />

ambientes e/ou programas voltados ao<br />

atendimento de crianças com idade entre zero e<br />

dois anos e meio, e entre dois anos e sete meses e<br />

cinco anos, respectivamente. (BRASIL, 2010a, p.<br />

71)<br />

Neste sentido, concordo com Hoffmann (2007) quando esta<br />

alertava sobre a necessidade de analisarmos o que significaria avaliar no<br />

contexto da educação infantil, inclusive para não repetirmos os modelos<br />

classificatórios e excludentes dos demais níveis de ensino. A referida<br />

autora justificou sua preocupação:<br />

[...] Em primeiro lugar, porque nessa instância<br />

educativa, felizmente a avaliação não se constitui<br />

como uma obrigatoriedade do sistema oficial de<br />

ensino em determinar índices de aprovação. E,<br />

sendo assim, é possível fugir de quaisquer<br />

procedimentos classificatórios e seletivos que<br />

imperam no ensino regular. E, principalmente,<br />

porque os estudos e pesquisas realizadas sobre<br />

avaliação, em todos os graus de ensino, permitem<br />

concluir que práticas classificatórias não têm sido<br />

exercidas em benefício dos alunos, contribuindo<br />

para o seu desenvolvimento e para a melhoria do<br />

processo de aprendizagem, mas contra os<br />

estudantes, como um eficaz instrumento de

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