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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

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- Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES): com<br />

a coordenação da Comissão Nacional de Avaliação da Educação<br />

Superior (CONAES) e operacionalização do Inep, os processos<br />

avaliativos desse sistema procuram fazer a análise das instituições, dos<br />

cursos e dos estudantes do ensino superior, tendo como critérios de<br />

avaliação aspectos como ensino, pesquisa, extensão, responsabilidade<br />

social, gestão da instituição e corpo docente; assim, são considerados os<br />

resultados do ENA<strong>DE</strong>, das avaliações institucionais e dos cursos;<br />

- Índice Geral de Cursos (IGC): consiste num documento de consulta<br />

direcionados aos estudantes e construído a partir da média ponderada<br />

dos cursos de graduação e pós-graduação, sintetizando num único<br />

indicador a qualidade de todos os cursos de uma mesma instituição de<br />

ensino.<br />

Ao que parecem, estas ações e programas estão pautadas em<br />

avaliações construídas com tópicos meritocráticos, classificatórios, que,<br />

a partir do resultado do desempenho dos estudantes nos diversos níveis e<br />

modalidades de ensino, representados pelos índices estatísticos, vão<br />

constituindo um ranking que justifica determinadas medidas econômicas<br />

e políticas nas escolas e redes de ensino, sem que haja, no meu<br />

entendimento, uma preocupação com a aprendizagem e, principalmente<br />

com os contextos culturais, históricos, sociais e arquitetônicos em que<br />

elas acontecem.<br />

91<br />

O “rankiamento” promove a competitividade e<br />

provoca uma corrida injusta e desnecessária,<br />

criando uma seleção “nada natural” e<br />

marginalizada entre as instituições, e, além de<br />

classificá-las entre boas ou ruins, a educação<br />

passa a ser vista como uma mercadoria a ser<br />

comprada. (RAMPAZZO, 2009, p. 57-58)<br />

Apesar dos objetivos explicitados no site do MEC em relação às<br />

ações e programas pontuados anteriormente, entendo que tais<br />

avaliações, historicamente, têm responsabilizado os próprios estudantes<br />

pelo sucesso ou o fracasso de sua trajetória nas instituições escolares.<br />

Já no início da década de 90 Luckesi chamava atenção para a<br />

existência de uma pedagogia do exame nas instituições escolares cujo<br />

ápice era a aprovação nos vestibulares. Para o referido autor, “[...] a<br />

avaliação da aprendizagem, na medida em que estiver polarizada pelos<br />

exames, não cumprirá a sua função de subsidiar a decisão da melhoria<br />

da aprendizagem.” (LUCKESI, 2006, p.25) Do mesmo modo, também

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