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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

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É claro que nesta perspectiva, a avaliação jamais<br />

deverá ser utilizada de maneira punitiva contra as<br />

crianças, não se admitindo a reprovação ou os<br />

chamados vestibulinhos, para acesso ao Ensino<br />

Fundamental. A responsabilidade dos educadores<br />

ao avaliar as crianças, a si próprios e a proposta<br />

pedagógica, permitirá constante aperfeiçoamento<br />

das estratégias educacionais e maior apoio e<br />

colaboração com o trabalho das famílias.<br />

(BRASIL, 1998a, p. 498)<br />

Em 07 de abril de 1999, o CNE publica a Resolução nº. 01/99 que<br />

instituiu as DCNEI, cujo caráter de lei orientava “as Instituições de<br />

Educação Infantil dos Sistemas Brasileiros de Ensino, na organização,<br />

articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas<br />

pedagógicas”. (BRASIL, 1999b, s.p.) A respeito da avaliação feita sobre<br />

as crianças a referida resolução, em seu Artigo 3º, item V, do referido<br />

documento, destacava a necessidade das propostas pedagógicas<br />

anunciarem a forma de organização de suas estratégias avaliativas, tendo<br />

como base os registros realizados sobre as etapas alcançadas pelas<br />

crianças, além de reforçar o caráter de não promoção desses<br />

instrumentos, já apontado pela LDBEN de 1996.<br />

A ideia de etapas do desenvolvimento infantil a que se referiam<br />

às DCNEI demarcou de forma clara a influência das teorias psicológicas<br />

no campo educacional, incluindo a educação infantil. Para Varela<br />

(1999), Piaget e Freud se constituíram como referenciais obrigatórios<br />

nos processos de institucionalização da educação e, apesar de terem<br />

discussões teóricas diferenciadas, ambos concebiam a ideia de<br />

desenvolvimento infantil como etapas ou estágios. Nessa lógica,<br />

o ensino, em conseqüência, deve adequar-se cada<br />

vez mais aos interesses e necessidades dos alunos,<br />

à sua suposta percepção específica do espaço e do<br />

tempo. [...] (VARELA, 1999, p.98)<br />

Hoffman (2007), por sua vez, assinalava que a prática da<br />

avaliação na educação infantil tem origem diferenciada daquela<br />

praticada nos demais níveis educacionais. Entretanto, alertava para o<br />

fato de, historicamente, a educação infantil ter sido pautada nos modelos<br />

vigentes no ensino fundamental, respaldadas pelas decisões burocráticas<br />

das políticas educacionais estabelecidas pelos órgãos oficiais. Neste<br />

sentido, a referida autora ainda complementava:

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