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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

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vivenciados, sempre em caráter consultivo, sem participar das<br />

deliberações que o grupo tomava. Então, a partir de agosto de 2011, ao<br />

me juntar ao grupo de profissionais deste NEI, percebi que, entre as<br />

questões que precisaria dar atenção em minha atuação como supervisor<br />

escolar, destacavam-se a organização, a discussão e a sistematização do<br />

planejamento das propostas pedagógicas coletivas e também os<br />

processos avaliativos das crianças.<br />

Tal como ficou evidenciado durante minha trajetória profissional,<br />

os processos de avaliação implementados na educação sempre me<br />

incomodaram, uma vez que seus instrumentos acabavam sendo<br />

utilizados apenas para classificar os sujeitos, definindo quem era<br />

“capaz”, quem tinha um “bom desempenho” diante de uma atividade e,<br />

ainda, quem estava “apto” ou “inapto” para avançar e frequentar uma<br />

determinada série, fase ou grau de estudo, parecendo não haver<br />

nenhuma preocupação com a aprendizagem e, muito menos, com a<br />

riqueza das relações sociais e das trocas culturais presentes nos espaços<br />

educativos.<br />

Por isso, concordo com Esteban (2003, p. 19), quando esta<br />

afirma:<br />

A avaliação do rendimento escolar, indispensável<br />

ao processo classificatório, inscreve-se nas<br />

práticas sociais cujo objetivo ao examinar é vigiar<br />

e punir, como tão bem demonstrou Foucault. Na<br />

escola, a aprendizagem assim como o ensino, seria<br />

decorrência de um sistema eficiente de vigilância<br />

e de punição, facilmente traduzível em provas,<br />

testes, notas, conceitos, recuperação, aprovação,<br />

reprovação.<br />

Na educação infantil a avaliação das crianças de 0 a 5 anos se<br />

configura como uma das práticas presentes na organização pedagógica<br />

das instituições e seu processo de construção tende a ser organizado de<br />

diferentes formas nas mais diversas instituições, oscilando entre<br />

processos sistematizados de acompanhamento das crianças e autoreflexão<br />

de suas práticas por parte das profissionais até a mera utilização<br />

de diversos instrumentos de socialização (fichas avaliativas, relatórios<br />

individuais, relatórios gerais de atividades, dossiês, portfólios, pareceres<br />

descritivos, etc.) das crianças com a comunidade educativa. 13 Estes<br />

13<br />

Considero como integrantes da comunidade educativa as crianças, suas famílias, as<br />

educadoras e demais funcionários das instituições.

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