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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

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atuação no ensino médio, o destaque, entretanto, ficava por conta da<br />

discussão em torno da avaliação, especificamente no que dizia respeito à<br />

“aprovação” ou “reprovação” dos estudantes que já haviam sido<br />

diagnosticados com algum tipo de limitação física ou mental e eram<br />

reconhecidos na referida instituição como “estudantes com necessidades<br />

educativas especiais”.<br />

Foram necessárias muitas leituras dos documentos específicos<br />

sobre educação especial e o apoio das profissionais que atuavam na sala<br />

de multimeios, 8 nas discussões dos conselhos de classe, para amenizar<br />

as contínuas reprovações descontextualizadas dos estudantes com<br />

necessidades educativas especiais e, em alguns casos, nos mobilizarmos<br />

na mudança de postura pedagógica frente a estes estudantes. Também se<br />

evidenciaram nessas discussões o medo e o preconceito provocado pela<br />

falta de clareza sobre que postura pedagógica adotar com estes<br />

estudantes, a falta de estrutura para o atendimento deles, mas<br />

principalmente a ideia homogeneizadora que costumamos ter sobre o<br />

desenvolvimento das crianças e jovens.<br />

Em 2006, mobilizado pela grade curricular 9 que, no meu<br />

entendimento, poderia contribuir com minhas práticas e discussões no<br />

âmbito da instituição onde eu trabalhava e pela possibilidade de fazer<br />

uma especialização em instituição pública, participei do processo<br />

seletivo e, posteriormente, frequentei e conclui no ano de 2007 o curso<br />

de Especialização em Educação Profissional Técnica de Nível Médio<br />

Integrada ao Ensino Médio na Modalidade de Jovens e Adultos no<br />

Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina<br />

(CEFET/SC), em Florianópolis, Santa Catarina.<br />

Na disciplina “Avaliação Institucional da Educação e da Escola”<br />

da referida especialização, tivemos a possibilidade de acessar alguns<br />

instrumentos avaliativos aplicados por instituições particulares de ensino<br />

superior e me incomodou de forma significativa a defesa feita pelo<br />

professor titular da mesma de que tais instrumentos deveriam ser<br />

utilizados de forma maciça pelas redes públicas de ensino. Se por um<br />

lado tais instrumentos possibilitavam aos estudantes avaliar os diversos<br />

8 Na referida sala de multimeios, as profissionais que ali atuavam e que tinham formação<br />

específica em educação especial, atendiam as crianças com algum tipo de necessidade<br />

educativa especial, matriculadas nessa da instituição e também em outras instituições da região,<br />

incluindo as de educação infantil, em horário contrário aos de suas aulas, bem como<br />

orientavam as profissionais de sala, em algumas questões de organização do planejamento.<br />

9 A referida grade curricular, entre outras coisas, incluía uma determinada carga horária para<br />

disciplinas como “Planejamento, Sistematização e Avaliação do Trabalho Educativo”, “Gestão<br />

e Qualidade da Educação: conceitos e relações”, “Organização Escolar e Gestão”, “Avaliação<br />

Institucional da Educação e da Escola”.

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