02.09.2014 Views

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

34<br />

papel na organização pedagógica, o que acabava limitando o nível de<br />

aceitação de suas orientações e intervenções no planejamento e também<br />

nas discussões e escrita das avaliações das crianças. Parecia haver a falta<br />

de compreensão de que compartilhar planejamentos, registros e<br />

avaliações de crianças poderiam qualificar, na prática, as propostas<br />

pedagógicas pensadas e realizadas na instituição, junto às crianças.<br />

Então, realizamos uma conversa com o grupo de profissionais, na<br />

tentativa de deixar claro o papel da supervisão escolar e da direção nesse<br />

processo de escrita da avaliação das crianças, destacando que nossas<br />

orientações e intervenções não seriam no sentido de modificar o teor<br />

central das escritas feitas pelas demais profissionais, mas sim de<br />

orientar, de problematizar sobre o que era ou não importante ser inserido<br />

nos instrumentos que seriam entregues as famílias. Mesmo com<br />

resistências por parte do grupo, eu e a supervisora do referido NEI<br />

fizemos as leituras e manifestamos sugestões por escrito nas avaliações<br />

que foram escritas sobre as crianças naquele semestre e que,<br />

posteriormente, foram discutidas individualmente com cada professora<br />

de sala. Ainda assim, nos instrumentos de avaliação (relatórios) que<br />

foram entregues às famílias houve quem tivesse mantido seus textos<br />

originais, sem considerar nossas contribuições.<br />

Logo em seguida saio da instituição com muitas frustrações<br />

referentes ao cargo que havia exercido e, embora não tenha conseguido<br />

perceber avanços significativos nas discussões e reflexões que vivemos<br />

naquele grupo durante minha passagem por lá, não dava pra dizer que<br />

parte das profissionais não havia ficado incomodada com o tipo de<br />

avaliação que fazíamos a respeito das crianças.<br />

Em 2004, participei de um processo seletivo numa instituição<br />

federal de educação básica, atuando como supervisor escolar substituto<br />

junto ao ensino médio. Nessa experiência, se por um lado encontrei<br />

dificuldades em realizar aquilo que eu entendia ser o meu trabalho,<br />

atuando juntos às profissionais das diversas disciplinas oferecidas aos<br />

estudantes, discutindo e apoiando-as em seus planejamentos, fui<br />

mobilizado a estudar mais de perto a legislação, em função das<br />

dificuldades que percebia nas relações que estabelecíamos com os<br />

estudantes, em especial quando o assunto era conselho de classe.<br />

Embora defendêssemos com veemência o caráter decisório destes<br />

conselhos sobre a avaliação individual que cada profissional das<br />

disciplinas fazia sobre seus estudantes, o que se via, na verdade era uma<br />

verdadeira batalha, visto que estas não aceitavam alterar suas notas ou<br />

pareceres finais quando era sugerido pelo conselho, alegando autonomia<br />

enquanto profissionais responsáveis pelas referidas disciplinas. O que se

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!