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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

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eferida escola que voltaram a discutir o assunto com a profissional que<br />

deu continuidade ao trabalho de supervisão e acabaram fazendo algumas<br />

mudanças nos instrumentos de socialização de avaliação que escreviam<br />

para entregar as famílias.<br />

Ainda em 2003, volto a trabalhar na RME de Florianópolis, desta<br />

vez na função de diretor indicado num Núcleo de Educação Infantil<br />

(NEI). Em minha curta passagem por este espaço e entre tantos desafios<br />

enfrentados nessa nova função, eis que a avaliação das crianças acaba<br />

tomando um papel central, uma vez que ao ler os instrumentos<br />

produzidos e socializados com as famílias, anterior a minha chegada,<br />

encontro avaliações descritivas que dão maior ênfase ao comportamento<br />

e ao que as crianças ainda “não sabiam”, na perspectiva de uma<br />

educação infantil “pré-escolarizante”, contrariando, inclusive, as<br />

discussões que ocupavam lugar central nos documentos publicados e nas<br />

formações promovidas pela Secretaria Municipal de Educação (SME) de<br />

Florianópolis neste período e que apontavam a necessidade da<br />

construção de uma pedagogia da infância, que procurasse diferenciar a<br />

educação infantil do ensino fundamental, uma vez que<br />

33<br />

[...] a dimensão que os conhecimentos assumem<br />

na educação das crianças pequenas coloca-se<br />

numa relação extremamente vinculada aos<br />

processos gerais de constituição da criança: a<br />

expressão, o afeto, a sexualidade, a socialização, o<br />

brincar, a linguagem, o movimento, a fantasia e o<br />

imaginário. Não é, portanto, o objetivo final da<br />

educação da criança pequena o conteúdo escolar,<br />

muito menos em sua “versão escolarizada”, mas<br />

apenas parte e conseqüência das relações que a<br />

criança estabelece com o meio natural e social,<br />

pelas relações múltiplas entre crianças e destas<br />

com diferentes adultos (e destes entre si).<br />

(ROCHA, 2000, p. 28)<br />

Embora houvesse uma profissional de supervisão escolar atuando<br />

naquele NEI, não havia ainda na instituição uma clareza sobre o seu<br />

seu papel de controle, uma vez que a LDBEN 5692/71 “[...] lhe atribuía o papel de orientar<br />

todo o trabalho que deveria ser realizado no interior da escola, a fim de legitimar a estrutura de<br />

poder que estava posta [...]” (ALVES, 2002, s.p.). Na década de 80, a função de supervisora<br />

escolar começa a ser rediscutida, mas é somente na publicação da LDBEN 9394/96 “[...] que a<br />

ação supervisão escolar começa a ser considerada como sinônimo de coordenação<br />

pedagógica.” (ALVES, 2002, s.p.).

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