02.09.2014 Views

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

24<br />

crianças e pelos adultos, no caso, as professoras. Também pinço nessa<br />

análise o indicativo que tais referenciais trazem sobre os instrumentos<br />

avaliativos passíveis de serem utilizados dentro da concepção de<br />

avaliação formativa e mediadora.<br />

Por sua vez, no item 3.2.3 – Avaliação Institucional – aponto que<br />

a avaliação institucional, em sua perspectiva teórica poderia estar<br />

vinculada a concepção formativa de avaliação, uma vez que objetiva a<br />

transformação dos processos educativos. Destaquei também que em<br />

relação à chamada “melhor qualidade”, embora já tenhamos alguns<br />

documentos e ações do MEC sobre o assunto, essa é uma discussão que<br />

ainda engatinha e esbarra numa diversidade de situações geográficas,<br />

históricas, culturais e sociais que, no meu entendimento, gerariam<br />

diversos modelos de “melhor qualidade”. Por outro lado, reafirmo<br />

minha preocupação com as propostas de ranqueamento. Para tanto, me<br />

apoiei em algumas referências sobre avaliação institucional que indicam<br />

a necessidade de realizar tais processos avaliativos, mas questionam a<br />

maneira como elas vêm sendo feitas.<br />

Para finalizar o capítulo, no item 3.2.4 –Avaliação Emancipatória<br />

– apoiado nas ideias de algumas das referências encontradas, alerto para<br />

o fato de que a participação dos sujeitos na apreensão, compreensão e<br />

posicionamento diante das escolhas de suas aprendizagens são<br />

diretamente influenciadas pelos condicionamentos sociais e culturais do<br />

coletivo onde estão inseridos que, por sua vez, têm sua trajetória<br />

histórica vinculada às relações de poder que se estabeleceram ao longo<br />

do tempo. Trago também a preocupação, trazida por algumas das<br />

referências, de que a avaliação qualitativa possa estar respaldando as<br />

práticas classificatórias no campo educacional, na medida em que está<br />

sendo realizada dentro de uma lógica de classificação social. Por fim,<br />

afirmo que talvez seja possível começar a romper com a lógica da<br />

classificação social no contexto da educação infantil, através da<br />

construção de instrumentos avaliativos sobre as crianças que sejam<br />

capazes de dar visibilidade aos seus processos educativos. Em síntese,<br />

proponho um processo avaliativo para as crianças que esteja em<br />

constante movimento, sem hierarquia, onde seja possível romper com a<br />

lógica dominante e, ao mesmo tempo, reconhecer e construir<br />

possibilidades de emancipação social para aqueles sujeitos cujas vozes<br />

ainda se configuram como ausentes, no nosso caso, as crianças que<br />

frequentam a educação infantil.<br />

Na construção do capítulo 3, somei as minhas ideias, as<br />

discussões encontradas nos documentos orientadores e também aquelas<br />

sistematizadas pelos seguintes autores: Santos (1996); Sacristán (1998);

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!