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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

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163<br />

como proceder a essa avaliação. Já a avaliação<br />

que a professora realizaria acerca das crianças,<br />

apesar desta modalidade não configurar-se como<br />

foco da presente investigação, parece também ter<br />

sido abordada de forma superficial nos<br />

documentos analisados, mas ainda assim percebi<br />

certo avanço: inicialmente era necessário avaliar<br />

os aspectos do desenvolvimento do que a criança<br />

já sabia e o que ela ainda não conseguia fazer,<br />

depois a avaliação foi tratada como um<br />

instrumento descritivo das realizações dos<br />

meninos e meninas em um determinado período,<br />

em conjunto com seu grupo. (STEININGER,<br />

2009, p. 182)<br />

Cuidando para não incorrer no equívoco de tentar construir uma<br />

verdade absoluta sobre as concepções presentes nas avaliações que são<br />

feitas a respeito das crianças que frequentam as instituições de educação<br />

infantil da RME de Florianópolis e tendo como referência os dados<br />

coletados na amostragem de campo, entendo que ainda estamos tentando<br />

compreender as possibilidades de uso, ou melhor, a importância dessa<br />

ação pedagógica.<br />

Assim, do mesmo modo que enfrentamos algumas dificuldades<br />

em transformar em ações alguns dos discursos sobre as especificidades<br />

da educação infantil, vinculando-a a construção de uma pedagogia da<br />

infância, quando se trata de avaliação, ainda vivemos a mesma<br />

contradição: fazemos a defesa de uma avaliação processual, formativa e<br />

mediadora, mas no cotidiano a utilizamos de maneira diagnóstica,<br />

desenvolvimentista e classificatória, reduzindo-a a instrumentos<br />

burocráticos que, muitas vezes também são excludentes.<br />

A respeito da questão 22 – “Como essa instituição entende o<br />

processo de Avaliação das Crianças?” – aproximadamente 55% das<br />

respondentes identificaram a avaliação como sendo processual.<br />

Entretanto, apenas cerca de 18% das respondentes revelou o<br />

entendimento de que esse processo seria contínuo.<br />

Já nos PPP’s e nas respostas transcritas das entrevistas embora a<br />

ideia de avaliação processual também esteja presente, não foi possível<br />

identificar nos discursos nenhuma relação com a perspectiva de<br />

continuidade de processo quando o assunto é avaliação das crianças. Na<br />

única vez em que a palavra “continuidade” apareceu nas referidas<br />

entrevistas, ela estava vinculada aos processos de discussão sobre<br />

avaliação:

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