02.09.2014 Views

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

132<br />

muitas vezes, poucas vezes, não apresentou; muito<br />

bom, bom, fraco e; outras. [...] (HOFFMANN,<br />

2007, p.11).<br />

No meu entendimento, a concepção classificatória não deveria ter<br />

espaço em nenhum nível de ensino, muito menos no segmento da<br />

educação infantil e sua permanência neste campo tem contribuído para a<br />

implantação das políticas de ranqueamento, atrapalhando, inclusive, a<br />

possibilidade de avançarmos em termos de uma avaliação que favoreça<br />

a qualificação do trabalho pedagógico.<br />

Por outro lado, não dá para “jogar o bebê fora com a água do<br />

banho” e, neste sentido, penso que as concepções diagnósticas e<br />

desenvolvimentistas de avaliação, por sua vez, feitas as devidas<br />

ressalvas, podem contribuir na qualificação em ampliação dos processos<br />

avaliativos das crianças, também na educação infantil. Ciasca e Mendes<br />

(2009, p. 302) parecem compartilhar deste meu ponto de vista:<br />

[...] repensar novas práticas de se conceber a<br />

avaliação propicia a tomada de consciência de<br />

certas inadequações que se registram,<br />

desencadeando a busca de alternativas melhores,<br />

sem deixar de valorizar e respeitar diferenças de<br />

desenvolvimento e de conhecimento, em processo<br />

criativo, associado ao prazer pela descoberta da<br />

construção de significados.<br />

Para finalizar este tópico da discussão, parece pertinente destacar<br />

outra questão presente na concepção de avaliação classificatória e que<br />

ficou evidente em Godói (2006), quando esta pesquisadora, no resumo<br />

de sua tese, descreveu o espaço onde sua pesquisa seria realizada e<br />

percebeu o uso da avaliação como uma das ferramentas de controle dos<br />

adultos sobre as crianças. Segundo essa autora:<br />

A avaliação presente neste espaço comparava,<br />

rotulava, classificava, ora reprovava, ora aprovava<br />

a criança. Uma avaliação baseada na vigia e no<br />

controle constante (na observação se a criança<br />

obedecia ou não às regras que eram<br />

determinadas), que disciplinava o corpo e<br />

determinava as formas das crianças se portarem,<br />

como: a maneira que deveriam se sentar, comer,<br />

dormir, brincar, entre outras. [...] (GODÓI, 2006,<br />

p. ix)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!