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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

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conhecimentos a serem explorados, a forma de planejamento, os<br />

registros individuais e coletivos. Portanto, faz-se necessário uma<br />

organização por parte das profissionais da educação infantil, no sentido<br />

de estabelecer coletivamente os critérios que vão orientar esses registros<br />

e, por conseguinte, os instrumentos avaliativos a serem socializados com<br />

as crianças, com os familiares e com a comunidade escolar. Neste<br />

sentido, parecem-me pertinentes as palavras de Hoffmann (2007, p.71),<br />

quando esta autora ressaltou<br />

[...] importância de não privilegiar, em inovações<br />

educacionais, o formato dos registros em<br />

avaliação em detrimento à essência desse processo<br />

– o de compreensão e acompanhamento da criança<br />

para lhe oportunizar o desenvolvimento pleno. Ou<br />

seja, não ocorre a transformação do processo<br />

avaliativo, numa instituição, ao se definir um novo<br />

parecer descritivo, ao se acrescentar novos itens às<br />

fichas ou se optar por relatórios de avaliação. Ao<br />

contrário, é uma outra postura avaliativa que<br />

evidencia o absurdo de certos registros,<br />

provocando a busca de melhores alternativas.<br />

Sendo assim, não dá para pensar em avaliação em educação<br />

infantil sem levar em conta as discussões que vem apontando, desde o<br />

fim da década de 90, a necessidade da construção de uma pedagogia da<br />

infância, que procure diferenciar a educação infantil do ensino<br />

fundamental, uma vez que<br />

[...] Diferenciam-se, escola e creche,<br />

essencialmente quanto ao sujeito, que neste último<br />

caso é a criança, e não o sujeito-escolar (o aluno);<br />

e quanto à definição de suas funções, ao contrário<br />

daquelas (que como vimos têm se constituído<br />

historicamente como uma pedagogia escolar),<br />

suas funções aqui encontram-se em processo de<br />

constituição. Uma “Pedagogia da Infância” e da<br />

“Educação Infantil” necessitam considerar outros<br />

níveis de abordagem de seu objeto: a criança, em<br />

seu próprio tempo, uma vez que se ocupa<br />

fundamentalmente de projetar a educação destes<br />

“novos” sujeitos sociais. (ROCHA, 1999, p.50)

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