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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

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Ainda sobre a avaliação qualitativa, Esteban (2003, p.26)<br />

entendia que,<br />

[...] a avaliação qualitativa configura-se como um<br />

modelo de transição por ter como centralidade a<br />

compreensão dos processos, dos sujeitos e da<br />

aprendizagem, o que produz uma ruptura com a<br />

primazia do resultado característico do processo<br />

quantitativo. O movimento da avaliação<br />

qualitativa relaciona-se ao processo de<br />

conhecimento articulado pela idéia de<br />

compreender o mundo e não de dominar e de<br />

manipular o mundo. Porém, esse deslocamento<br />

mantém-se nos marcos do pensamento moderno,<br />

caracterizado por uma concepção mecanicista da<br />

natureza e por uma visão a-histórica do sujeito.<br />

Se a avaliação é muito mais do que comprovar o aproveitamento<br />

dos estudantes numa determinada fase de sua trajetória escolar nos<br />

diversos segmentos educacionais, pensando numa perspectiva<br />

qualitativa, é possível concordar com Sacristán (1998, p. 297), quando<br />

este assinalou que ela “[...] serve para pensar e planejar a prática<br />

didática.” Certamente ao refletir sobre todo o processo educacional com<br />

vistas a sua transformação através do replanejamento de suas ações é<br />

que podemos pensar numa avaliação com caráter qualitativo, cujo<br />

resultado não seja expresso apenas em números ou usado para<br />

responsabilizar os estudantes por seu sucesso ou fracasso.<br />

Neste sentido, parecem pertinentes as palavras de Hoffmann<br />

(2008, p. 10):<br />

[...] A avaliação é substancialmente reflexão,<br />

capacidade única e exclusiva do ser humano, de<br />

pensar sobre seus atos, de analisá-los, julgá-los,<br />

interagindo com o mundo e com os outros seres,<br />

influindo e sofrendo influências pelo seu pensar e<br />

agir. Não há tomada de consciência que não<br />

influencie uma ação. Uma avaliação reflexiva<br />

auxilia a transformação da realidade avaliada.<br />

Villas Boas (2004, p.21) trouxe a compreensão, em uma de suas<br />

obras, de que “a avaliação acontece a todo o momento e em várias<br />

atividades da nossa vida”. Entretanto, outros aspectos da avaliação que

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