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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - Prefeitura ...

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Contudo, foi com o desenvolvimento da ciência e o advento da<br />

modernidade que os “exames” ganharam lugar nos espaços escolares.<br />

A prática dos exames atinge o seu apogeu com a<br />

ascensão e consolidação da burguesia, uma vez<br />

que desprovida dos privilégios garantidos por<br />

nascimento e da fortuna da aristocracia recorre ao<br />

trabalho e aos estudos como forma de ascensão<br />

social. [...] (CHUEIRI, 2008, p.54)<br />

Em relação ao desenvolvimento das ciências, cabe destacar as<br />

contribuições da psicologia com a avaliação educacional, especialmente<br />

na organização dos testes educacionais cujos objetivos eram medir os<br />

conhecimentos e habilidades dos estudantes, mas que, segundo entendo,<br />

por serem padronizados, por desconsiderarem os aspectos de ordem<br />

social e cultural, contribuíram, e continuam a contribuir,<br />

significativamente para o processo de inclusão/exclusão destes<br />

estudantes na medida em que os classificam entre aqueles que “estão”<br />

ou “não estão habilitados” para acessar um determinado conhecimento.<br />

Essas classificações ainda têm um forte papel na nossa sociedade, em<br />

especial nos espaços educativos.<br />

Godoi (2006) destacou que na busca de maior rigor científico e<br />

maior controle dos métodos educacionais, no fim dos séculos XIX até<br />

meados do século XX foi se ampliando o processo de institucionalização<br />

da educação e nesse movimento a avaliação passou a ser estruturada<br />

com influência significativa dos testes de inteligência em<br />

desenvolvimento pelos estudos psicológicos da época. Tais influências<br />

da psicologia sobre a avaliação interferiram diretamente nas práticas<br />

pedagógicas.<br />

De acordo com Ramires (2008, p 54) “Autores como Saul (1994)<br />

e Sousa, S. (1995) apontam os estudos de Robert Thorndike no início do<br />

século XX como os primeiros a abordar os testes e medidas<br />

educacionais nos Estados Unidos. [...]”. Além dos estudos de Thorndike,<br />

Chueiri (2008, p.55), também destaca o primeiro teste de inteligência<br />

para crianças e adultos criados por Alfred Binet e Theodore Simon em<br />

1905.<br />

Outro trabalho destacado por Ramires (2008) é o “Estudo de Oito<br />

Anos”, desenvolvido nos Estados Unidos da América (EUA) por Ralph<br />

W. Tyler e Smith, em 1934, que acabou introduzindo diversos<br />

instrumentos de avaliação que até os dias de hoje permitem a coleta de<br />

informações a respeito do desempenho de estudantes, tendo como

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