A Tempo - Revista de Pesquisa em Música - n°2 (jan/jun ... - Fames
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combinar com a interpretação” (GALAMIAN,<br />
1985, p. 3).<br />
Conforme o autor, “não adianta estudar<br />
muito se o estudo é do tipo que não traz<br />
resultados. A coisa mais preciosa para<br />
um instrumentista é ter a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
trabalhar eficient<strong>em</strong>ente, ou seja, usar o<br />
mínimo <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po possível para conseguir<br />
o máximo <strong>de</strong> resultados benéficos”<br />
(GALAMIAN, 1985, p. 93).<br />
Para ele, “é função do professor ensinar<br />
ao aluno que ele <strong>de</strong>ve lidar com o estudo<br />
como uma continuação da aula on<strong>de</strong>, na<br />
ausência do professor, ele <strong>de</strong>ve agir como<br />
professor ad<strong>jun</strong>to, <strong>de</strong> forma a se autoinstruir,<br />
atribuindo tarefas a si mesmo e<br />
supervisionando o seu próprio trabalho”<br />
(GALAMIAN, 1985, p. 93).<br />
A respeito <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as técnicos, Galamian<br />
relata que s<strong>em</strong>pre que for<strong>em</strong> encontrados<br />
<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser analisados, a fim <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar a<br />
natureza da dificulda<strong>de</strong>: afinação, mudança<br />
<strong>de</strong> posição, ritmo, velocida<strong>de</strong>, arcada,<br />
coor<strong>de</strong>nação das mãos. Ele sugere que<br />
“cada dificulda<strong>de</strong> seja isolada e reduzida a<br />
sua forma mais simples, a fim <strong>de</strong> facilitar a<br />
elaboração e aplicação <strong>de</strong> um procedimento<br />
<strong>de</strong> estudo para a mesma” (GALAMIAN, 1985,<br />
p. 99).<br />
“A mente <strong>de</strong>ve antecipar a ação e dar seus<br />
comandos com clareza e precisão. S<strong>em</strong><br />
exageros, o andamento do estudo, <strong>de</strong>ve<br />
ser lento na maioria das vezes” (GALAMIAN,<br />
1985, p. 99).<br />
Ainda a respeito <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as técnicos, o<br />
autor afirma que “os dispositivos <strong>de</strong> estudo<br />
usados para a solução dos mesmos, <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />
ser variados como, por ex<strong>em</strong>plo, alterando<br />
os ritmos, arcada, acentos, andamentos”.<br />
Segundo ele “esse procedimento<br />
proporciona um maior grau <strong>de</strong> segurança”<br />
(GALAMIAN, 1985, p. 99).<br />
Green (2006, p. 19) vê o estudo improdutivo<br />
como uma das experiências mais frustrantes<br />
da vida. Ela afirma que a tal estudo po<strong>de</strong>m<br />
ser atribuídas várias causas e cita algumas:<br />
- Falta <strong>de</strong> concentração;<br />
- Rapi<strong>de</strong>z no estudo permitindo que erros<br />
aconteçam;<br />
- Ausência <strong>de</strong> aprendizado <strong>de</strong> bons hábitos<br />
básicos <strong>de</strong> estudo.<br />
A autora afirma que estudar é uma ativida<strong>de</strong><br />
adulta que <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>terminação madura,<br />
e que, apesar <strong>de</strong> ser essencialmente uma<br />
repetição monótona, não t<strong>em</strong> que ser.<br />
“O primeiro antídoto b<strong>em</strong> sucedido<br />
para a monotonia é varieda<strong>de</strong>.<br />
Varieda<strong>de</strong> cria interesse. Interesse<br />
cria atenção. Atenção significa que<br />
os sentidos (ouvidos e olhos) estão<br />
trabalhando e que a mente está<br />
centrada, potência total, sobre o que<br />
está acontecendo” (GREEN, 2006, p. 20).<br />
Green é a favor do uso <strong>de</strong> motivos rítmicos<br />
no estudo. Para ela “motivo rítmico é fonte<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>”. Segundo a autora,<br />
com o uso <strong>de</strong> tal abordag<strong>em</strong>, “progredindo<br />
do nível mais fácil para o mais difícil,<br />
perceber<strong>em</strong>os um certo <strong>de</strong>senvolvimento<br />
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